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Promovido pela biblioteca de Ciências Biomédicas Eurydice Pires de Sant’Anna, o Workshop “Gestão da identidade online de pesquisadores e métricas em nível de autor: plataformas e indicadores” reuniu pesquisadores e outros profissionais da ciência e da saúde, nesta quarta-feira (6/12), na Fiocruz Bahia. Ministrado pelo professor adjunto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Ronaldo Ferreira de Araujo, o conteúdo abordou a gestão da identidade dos pesquisares como atores da comunicação científica.
O workshop foi dividido em dois momentos. Pela manhã, palestras contemplaram a parte teórica, e no período da tarde, houve a prática de como utilizar plataformas da internet. A capacitação fez parte do Programa Treinamentos Continuados da Fiocruz Bahia, o qual oferece cursos para utilização diversos recursos tecnológicos de informação tais como bases de dados e organizadores de referências.
Martha Silvia Martinez, bibliotecária e organizadora do workshop, afirmou que um dos principais objetivos do curso é que os pesquisadores saibam como manejar as plataformas e gerir melhor a produção científica. “O intuito de trazer o curso foi para que haja maior aproximação da produção acadêmica com o público. O meio científico deve buscar transladar o conhecimento produzido para as pessoas, principalmente nós que somos da área de saúde. O trabalho da ciência se manisfesta através das publicações e existem diversas etapas até o conhecimento produzido chegue para quem foi feito”, destacou Martinez.
De acordo com Araújo, é de suma importância que o pesquisador entenda não somente da utilização das plataformas, mas também a importância delas. “Há um movimento de valorizar não só o artigo ou periódico científico, mas também o papel da autoria, o protagonismo do pesquisador no processo de comunicação”, explicou.
Sobre as plataformas utilizadas no universo científico, o professor afirmou que não somente as redes sociais acadêmicas (ORCID; AuthorID; ResearcherID; Google Acadêmico; Publons; ScienceOpen profile; ImpactStory) são utilizadas, mas também o Twitter e o Facebook. “Os estudos que analisam as métricas alternativas, que é a circulação da informação científica nesse ambientes, têm indicado uma predileção do Twitter. Depois vem o Facebook, que é a maior rede no mundo, mas que tem uma dificuldade de cobertura das bases de ferramentas que coletam esse dados”, ressaltou Araújo.
Uma das participantes do curso, Maria de Fátima Amoreira Martins, representante da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), considera importante conhecer essas novas interações que vieram com o advento da internet. “Para que a ciência possa chegar até as pessoas, ela também tem que estar presente nessas redes digitais. Esta é uma questão que deve ser institucionalizada e pode ser um princípio de atuação para a VPEIC, pois acaba impactando em várias questões dentro da ciência aberta”, avaliou.