Uso da Atovaquona no tratamento da malária é tema de mestrado

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Autoria: Caroline Conceição Sousa
Orientação: Diogo Rodrigo de Magalhães Moreira
Título da dissertação: “AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DE COMPLEXOS DE RUTÊNIO (III) CONJUGADOS COM AS NAFTOQUINONAS LAPACHOL OU ATOVAQUONA COMO CANDIDATOS A FÁRMACOS ANTIMALÁRICOS”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 26/01/2021
Horário: 14h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 943 8773 5155

RESUMO

A malária é uma doença infecciosa complexa e grave que acomete milhões de pessoas no mundo, principalmente em países da África, Ásia, regiões do mediterrâneo e América do Sul. O surgimento de cepas resistentes aos fármacos antimaláricos agravou o cenário, tornando-se uma necessidade urgente a busca de e desenvolvimento novos candidatos a antimaláricos. Nosso grupo de pesquisa tem demonstrado nos últimos anos a atividade antiparasitária de complexos metálicos conjugados com moléculas naturais e antimaláricos. No presente trabalho, foram estudados quatro complexos metálicos rutênio-naftoquinona: Derivado 1, Derivado 2, conjugados rutênio-atovaquona; Derivado 3 e Derivado 4, conjugados rutênio-lapachol. Os compostos foram avaliados quanto a atividade antiparasitária in vitronas cepas 3D7, D10 e W2do Plasmodium falciparum. O Derivado 1 e 2 foram os mais potentes dentre os fármacos testados, com valores de IC50 na faixa nanomolar, e baixa toxicidade frente à células de mamíferos (J774 e HepG2). Buscando entender o possível mecanismo de ação, os Derivados 1 e 2 foram avaliados quanto a ligação com a glutationa reduzida, dos quais o Derivado 1 exibiu melhor desempenho, dando indícios de que possivelmente esse complexo aja por essa via. Em modelo antiparasitário in vivo, o Derivado 1 suprimiu a parasitemia em relação ao grupo veículo e exibiu perfil semelhante ao fármaco referência (Atovaquona). O Derivado 2, testado em duas doses diferentes, reduziu a parasitemia apenas na maior dose. A supressão da parasitemia refletiu nas taxas de sobrevivência dos animais tratados, sendo superiores ao grupo não-tratado. Nossos resultados in vitro e in vivo mostram que os complexos metálicos rutênio-naftoquinona são potentes e eficazes e, portanto, candidatos promissores para a quimioterapia da malária.

Palavras-chave: Malária, antiparasitários, naftoquinonas, lapachol, Atovaquona, complexos metálicos.

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