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Estudante: Thais Alves de Santana
Orientação: Milena Botelho Pereira Soares
Título da tese: Identificação de biomarcadores para a qualidade de células-tronco mesenquimais para tratamento de trauma raquimedular
Programa: Pós-Graduação em em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 10/09/2024
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 870 5351 3291
Senha: defesa
Resumo
INTRODUÇÃO: O trauma raquimedular (TRM) é uma condição clínica que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo e ainda não possui um tratamento eficaz. Sendo assim, as células-tronco surgem como uma alternativa para o tratamento desses pacientes. Dentre elas, as células-tronco mesenquimais (MSCs) se destacam por apresentarem uma série de vantagens, principalmente, devido à secreção de fatores com potencial para auxiliar na regeneração tecidual. Contudo, devido à heterogeneidade dessas células e às diferenças existentes entre as células dos pacientes se faz necessária a realização de testes de potência, visando a identificação de novos marcadores que possam ajudar na seleção das MSCs de melhor qualidade. OBJETIVO: Identificar marcadores, com base nas características biológicas de células-tronco mesenquimais obtidas de pacientes com TRM, que podem ser utilizados para avaliar a qualidade de uma MSC para uso clínico. MÉTODOS: Inicialmente, as MSCs foram caracterizadas por citometria de fluxo e pela análise de diferenciação celular, para depois serem cultivadas em meio DMEM e XF para comparações entre o cultivo em diferentes meios. Para identificação dos genes com potencial, foi realizada uma análise de bioinformática. Já para a proliferação celular foi realizado o experimento de PD com posterior análise de expressão gênica e de parâmetros morfológicos de forma e tamanho usando equipamento automatizado. Além disso, as células submetidas ao PD foram marcadas para avaliar a atividade de ꞵ-galactosidase e de genes de senescência, bem como para análise de estresse por MITOSOX e de morte celular por Anexina/PI. Para avaliar o potencial imunomodulador, as MSCs foram co-cultivadas com PBMCs marcadas com CFSE para avaliação por citometria de fluxo, enquanto para avaliação do efeito antifibrosante, foi analisado o cultivo de fibroblastos co-cultivados com as MSCs. Ao final de ambos os experimentos, foi realizada uma análise da expressão de genes de imunomodulação e fibrose nas MSCs. RESULTADOS: as MSCs cultivadas em meio XF apresentaram um aumento da expressão de alguns dos genes analisados e da sua proliferação, bem como uma redução de tamanho em relação às cultivadas em DMEM. A análise do PD revelou diferenças significativas entre as linhagens, com aumento da expressão de genes de proliferação/stemness nas com melhor desempenho, que também apresentavam um tamanho reduzido e menor expressão de genes de senescência. Já a avaliação de estresse e morte celular mostrou um aumento da marcação para algumas das MSCs, enquanto outras apresentavam uma redução, com aumento da expressão de genes de sobrevivência. Por fim, os ensaios funcionais de imunomodulação, efeito antifibrosante mostraram que fomos capazes de padronizar a ativação de fibroblastos e linfócitos in vitro, com mudanças na expressão gênica das MSCs. Além disso, diferenças significativas entre as linhagens e os controles foram observadas nos dois primeiros ensaios. CONCLUSÃO: os experimentos mostram que fomos capazes de identificar grupos de genes com potencial para serem usados para avaliar a qualidade das MSCs visando o tratamento do TRM. Palavras-chave: MSCs; TRM; Testes de potência; Proliferação