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A chefe do serviço de Qualidade e Biossegurança da Fiocruz Bahia, Hilda Carolina de Jesus Rios Fraga, está participando do projeto “Controle de leitos de campanha de paciente da Pandemia Covid-19”, da equipe do Doutorado de Difusão do Conhecimento (DMMDC) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).
A proposta foi uma das 48 selecionados no edital nº 01/2020 do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), para o enfrentamento à doença. O projeto inicialmente será feito na Bahia, com possibilidade de extensão de abrangência a nível nacional.
A iniciativa pretende ajudar na previsibilidade de oferta, demanda e permanência do paciente no leito de campanha destinado à Covid-19. Serão moduladas três redes neurais, utilizando a tecnologia Deep Learning (técnica de aprendizado de máquina, a partir de Redes Neurais Artificiais), para prever o tempo de permanência do paciente no leito; a demanda formada por pacientes graves e com possibilidade de complicação vindos das unidades de saúde e a disponibilidade de leitos de campanha com base nos recursos disponíveis.
Antonio Carlos Souza, professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) e atual coordenador geral do DMMDC, explica que o projeto foi idealizado diante da atual pandemia da Covid-19, com intuito de contribuir para o desenvolvimento de uma nova solução tecnológica que possa auxiliar nas tarefas de tomada de decisão para enfrentamento da doença.
“Com base no cronograma, teremos a etapa da validação dos módulos do sistema em unidades de atendimento à Covid-19, em novembro/2020. O prazo final para conclusão do projeto será em dezembro/2020”, pontua Antonio Carlos Souza.
A servidora da Fiocruz Bahia e aluna do DMMDC participará do projeto contribuindo com ações e informações relacionadas às medidas de biossegurança de pacientes com Covid-19 internados em hospitais de campanha na Bahia e de profissionais que estão trabalhando nestes ambientes na linha de frente no atendimento ao paciente.
Hilda comenta que o tema da biossegurança na pandemia tem se destacado, atualmente, frente o grande número de profissionais que têm se contaminado. “Esta contaminação pode ter como causa inicial a ausência utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) ou ainda uso indevido dos mesmos em virtude de deficiência no treinamento de utilização. A ideia é contribuir com informações sobre esta temática e divulgar quais são as melhores condutas de proteção individual que diminuem o risco de contaminação de pacientes e profissionais”, afirma a servidora.
Para a doutoranda, estudar e divulgar conhecimento científico neste momento e em relação ao coronavírus é fundamental, “uma vez que estamos diante de uma pandemia de proporções desconhecidas e ainda muito carente de informação científica. Nosso objetivo é unir esforços e contribuir para a tomada de decisões na temática apresentada”, aponta.
De acordo com o professor, após a pandemia e diminuição dos casos graves, esse sistema poderá ser utilizado em outras situações epidemiológicas, em outras epidemias e pandemias, por trabalhar com previsibilidade e replicabilidade.
* Com informações do IFBA.