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Realizado nesta terça-feira, (08/10), no auditório do Instituto Anísio Teixeira (IAT), o ‘Seminário Divulgação e Educação Científica: Caminhos para inclusão, equidade racial e de gênero’ reuniu professores da rede pública, pesquisadores, representantes de instituições públicas e membros da sociedade civil.
A programação teve início com a apresentação ‘Eu sou o samba’, do Coral Naomar Alcântara, formado por estudantes da Escola Estadual Naomar Alcântara e regido pelo professor Caio Almeida. A mesa de abertura foi composta pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; pelo diretor-geral do Instituto Anísio Teixeira, Yuri Rubim; pela coordenadora de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Francileide Araújo e pela técnica pedagógica da Superintendência de Educação Profissional e Tecnológica da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Marcia Rodrigues.
A iniciativa é uma parceria entre a Fiocruz Bahia; o Instituto Anísio Teixeira; a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia; Secretaria de Promoção da Igualdade Racial; Secretaria de Educação do Estado da Bahia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.
O diretor-geral do IAT, Yuri Rubim, abriu o evento falando sobre a importância de unir esforços para discutir temas que impactam diretamente na formação dos estudantes, destacando a necessidade de promover uma educação antirracista. “A gente considera a missão de trazer um pouco mais de equilíbrio para a nossa sociedade, construindo uma sociedade com cada vez menos preconceito, encarando o problema de frente”, afirmou.
A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, falou sobre as ações afirmativas realizadas pela instituição, com ênfase nas iniciativas voltadas para inclusão e equidade, citando o seminário como mais uma importante oportunidade de discutir temas relevantes para toda a sociedade. “Esse seminário representa uma discussão de pautas muito duras, mas que precisam ser enfrentadas. Nós precisamos falar do racismo estrutural, do letramento racial e precisamos falar que todo mundo precisa de oportunidade. A educação transforma e nós estamos aqui plantando essa semente de transformação. Eu desejo que esse seminário traga frutos e que juntos possamos modificar um cenário que é cercado de violência e discriminação”, disse.
A representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Francileide Araújo, ressaltou a urgência em discutir temas relacionados ao reconhecimento e preservação dos saberes e tecnologias ancestrais, além de promover ações voltadas para a inclusão e permanência de mulheres, especialmente as mulheres negras, no campo da produção científica. “Quando a gente fala de ciência é preciso reafirmar que existe uma ciência que é feminista, posicionada, que debate raça e classe. E isso também é produção de ciência”, ponderou.
Márcia Rodrigues, representante da Secretaria de Educação, reforçou a importância de fortalecer o discurso antirracista, colocando negros e negras no centro da discussão. “Aproveitemos esse seminário, estejamos vigilantes e atentas. Sou muito feliz pelo enegrecimento desse auditório e vamos empretecer esse discurso também”, disse.
Após a mesa de abertura foi realizada a conferência ‘Vamos conversar sobre racismo ambiental?’, ministrada pela pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais, Rosy Mary dos Santos Isaias. Durante a sua fala, a convidada fez um apanhado histórico abordando temas como os impactos da mineração e do desmatamento, o uso de agrotóxicos, o consumo exagerado de plástico e a urgência de pensar estratégias de sustentabilidade, especialmente em comunidades vulnerabilizadas. “A saúde do meio ambiente impacta em nossa saúde, direta ou indiretamente. É preciso pensar que a poluição impacta muito mais as populações periféricas, mas ela também vai bater em quem não está nas periferias”, alertou.
A programação da manhã foi finalizada com a mesa ‘Comunicação e divulgação científica para a equidade racial e de gênero’, mediada pelo assessor de comunicação da Fiocruz Bahia, Antonio Brotas. A mesa contou com a participação de Daniel Damasceno, pesquisador do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT); de Douglas Falcão, pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); da fundadora, diretora executiva e tutora do Instituto Sumaúma, Taís Oliveira e da coordenadora do Grupo de Pesquisa de Comunicação Antirracista e Pensamento Afrodiaspórico do Intercom, Márcia Guena.
Educação científica e comunicação antirracista
Durante a tarde, a programação teve início com a mesa ‘Educação Científica e Antirracista’, composta pela professora do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia, Barbara Coelho Neves; pela professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Joelma Santos e pela técnica pedagógica da Coordenação do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado, Gizele Souza. A mesa contou com a mediação de Adelmo dos Santos, professor do Instituto Anísio Teixeira.
Em seguida, a mesa ‘Experiência de Educação e Comunicação Antirracista no Contexto Brasileiro’, mediada pelas professoras do Instituto Anísio Teixeira, Liane Amorim e Simone Alves, foi formada pelas professas da Universidade Federal da Bahia, Deboraci Brito Prates e Leticia dos Santos Pereira; pela professora do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, Jucy Silva; da representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Larissa Ferreira Gonçalves, pela professora do Colégio Estadual Cosme de Farias, Moselene Costa dos Reis e pela professora da Educação Básica de Camaçari, Vitalina Silva.
O encerramento do evento ficou por conta do recital dos alunos do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia: Aída Sacramento, Ana Beatriz da Silva, Vitória Barros e Lais Raelle Cruz.
Por Dalila Brito