Segunda turma do PgPCT inicia o ano letivo 

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A aula inaugural do Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT) ocorreu na sexta-feira (02/06), na Fiocruz Bahia. Esta é a segunda turma para o Mestrado Profissional que iniciou em 2020. Com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o PGPCT faz parte de um programa piloto em Pesquisa Clínica composto por três instituições além da Fiocruz Bahia: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz-INI) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 

O evento contou com a presença do vice-diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz Bahia Vadeyer Reis, representando a Diretoria que não pôde estar presente. O vice-diretor parabenizou os novos mestrandos. “Nos colocamos à disposição para o que necessitem em termos de apoio institucional. A Fiocruz é uma instituição singular, que atua desde a pesquisa até a disseminação de informação em saúde. Desejo a vocês sucesso”. 

A coordenadora do curso, Conceição Almeida, também enalteceu a turma que, diante da qualidade do currículo dos inscritos, ampliou o número de vagas. A pesquisadora recordou que um dos objetivos do curso é qualificar os estudantes para conduzirem pesquisas clínicas e translacionais e em vigilância em saúde para que possam atuar como multiplicadores de conhecimento. “Na Fiocruz Bahia, os estudantes têm uma experiência produtiva e enriquecedora. Nós queremos convidar vocês a viver isso conosco”, comentou.  

Já o vice-coordenador do curso, Edson Duarte Moreira, mencionou as possibilidades de trabalho final do curso. “Gostaria de destacar que o produto final não é tão rígido quanto em um mestrado acadêmico. Há um leque de produtos que pode ser explorado e alinhado ao trabalho de vocês”. A coordenadora de Ensino, Clara Mutti, e as pesquisadoras Patrícia Veras e Deborah Bittencourt, que irão lecionar no curso, também participaram do encontro. 

Novos discentes 

Ao todo são 36 novos estudantes, sendo 28 profissionais de instituições públicas de saúde e 8 de instituições privadas. Além disso, o programa abrangeu profissionais de áreas diversas. São 13 médicos, 12 profissionais de Enfermagem, 3 de Farmácia e 3 fisioterapeutas; as outras vagas foram distribuídas entre profissionais de Odontologia, Nutrição, Ciências Biológicas, Psicologia e Sistemas de Informação. A seleção contemplou ainda candidatos de Salvador e de municípios do interior da Bahia.  

Daniela Almeida se dedica ao exercício da profissão como nutricionista oncológica há 11 anos. Com o ingresso no Mestrado Profissional, ela espera que o estudo acadêmico seja alinhado à prática clínica. “Espero desenvolver ferramentas de aplicação efetiva do conhecimento adquirido e habilidades que favoreçam importante ligação do ambiente acadêmico com o serviço de saúde do qual participo, aprimorando as práticas assistenciais e favorecendo condutas clínicas mais assertivas”, afirma. Para Daniela, outro forte motivo para essa escolha foi a possibilidade de trocas em uma turma multiprofissional.  

Já Patrícia Alessandra França, enfermeira sanitarista no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Bahia), buscou a especialização no eixo temático de Vigilância em Saúde. Ela conta ter boas expectativas quanto a formação e que espera poder causar impacto com os estudos. “As minhas expectativas vão no sentido de crescimento pessoal e profissional. Quero ter novas perspectivas de conhecimento e experiências na área da pesquisa e desenvolvimento de projeto que ao ser implementado no meu serviço, venha a impactar positivamente na saúde da população”, compartilha. 

Primeira turma  

Em 2022, o PgPCT formou a primeira turma de mestres. A docente do curso Theolis Bessa destaca que os ensinamentos da primeira edição ajudaram a ampliar o escopo do programa. “A primeira edição trouxe-nos bastante aprendizado com a orientação de estudantes que traziam suas questões a partir de sua prática profissional. Juntos, propusemos soluções que estavam ao seu alcance investigar e implementar. Temos uma excelente expectativa de continuarmos com essa proposta, crescendo com as sugestões, além da ampliação para a área de Vigilância em Saúde”. 

Eugênia Gramado, docente do PgPCT, conta que alguns dos alunos tiveram seu primeiro contato com a pesquisa no mestrado. “O curso promove a aproximação entre o profissional que está no atendimento direto ao paciente e os pesquisadores que podem ajudar a entender questões desse profissional”, avalia.  

Os mestres formados pelo PgPCT recomendam a experiência para outros profissionais. “O curso abriu meus horizontes, pretendo continuar pesquisando”, comenta a fisioterapeuta Ivana Espínola Cedraz, que atua no Centro Estadual de Oncologia (Cican), órgão ligado à Secretaria de Saúde do Estado. Cedraz realizou uma pesquisa sobre o grupo de apoio Sakura para mulheres com câncer de mama. 

Para a médica oncologista Vanessa Dybal um dos benefícios do Metrado Profissional foi poder pesquisar enquanto seguia com suas atividades. “O mestrado profissional é uma oportunidade bastante importante para os profissionais da saúde que desejam adquirir conhecimento científico. Até mais do que isso, é também uma chance de despertar o raciocínio científico na nossa prática”, opina.  

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