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Uma pesquisa analisou o desempenho de antígenos quiméricos para o diagnóstico da doença de Chagas crônica utilizando testes rápidos. O estudo liderado pelo pesquisador Fred Luciano Neves Santos, da Fiocruz Bahia, utilizou amostras de soro oriundas de diferentes regiões geográficas do Brasil e de pacientes com apresentações clínicas distintas da doença. O trabalho foi descrito em artigo publicado na revista BioMed Research International.
Os testes rápidos têm a vantagem de serem mais baratos e não necessitarem de equipamentos específicos, sendo uma metodologia promissora para o rastreamento da doença de Chagas por apresentar resultados em até 15 minutos, em instalações de saúde ou em áreas remotas com recursos limitados.
Para essa pesquisa, foram testadas 32 amostras de sangue positivas e negativas para Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. Essas amostras foram originadas de áreas endêmicas dos estados de Alagoas (AL), Bahia (BA), Goiás (GO), Minas Gerais (MG), Paraíba (PB) e Pernambuco (PE), além de áreas não endêmicas do Paraná (PR).
Independentemente da origem geográfica ou apresentação clínica, todas as amostras com anticorpos contra T. cruzi apresentaram resultado positivo tanto para antígenos quiméricos IBMP-8.1 quanto para o IBMP-8.4. O grupo reforça a necessidade de um estudo em larga escala (estudo de fase 2), com mais pacientes, para validar os resultados observados, previsto para ser realizado em 2021.