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O semestre letivo 2021.1 da Fiocruz Bahia foi iniciado nesta quarta-feira, 17. Para dar as boas vindas aos novos alunos, a instituição promoveu uma aula inaugural seguida de uma roda de conversa. O evento, realizado às 9h, através da plataforma virtual Zoom, contou com a presença de discentes, professores, coordenadores e colaboradores do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI), Deborah Fraga e Luciano Kalabric; do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PGPAT), Valéria Borges e Clarissa Gurgel e do Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional (PPGPCT), Conceição Almeida e Edson Moreira.
A Vice-Diretora de Ensino e Informação, Patrícia Veras, iniciou o evento agradecendo a presença de todos os participantes. Em seguida, a Diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, recepcionou os discentes, apresentando um pouco do Instituto Gonçalo Moniz e da estrutura disponível para a realização de pesquisas. Marilda também reforçou a importância de formar novos profissionais que possam atuar em futuras investigações científicas. “Os nossos pesquisadores mais novos têm dado uma colaboração excepcional e muitos deles foram nossos alunos egressos de nossos programas de pós-graduação”, enfatizou.
O evento também contou com a presença das representantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria Cristina Guillam e Márcia Silveira. A Coordenadora Geral de Educação, Cristina Guillam, falou sobre a necessidade de discutir a pandemia da Covid-19, levando em consideração a sua relação com os marcadores sociais que atravessam grande parte da população. O evento foi marcado pela palestra ‘A produção científica sobre Covid-19 e as desigualdades sociais’, ministrada pela professora do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA), Estela Aquino e foi mediada pela pesquisadora Conceição Almeida.
A palestrante apresentou um panorama da pandemia, traçando uma linha cronológica a partir do primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil e os seus impactos na produção científica. Estela falou sobre a constante mudança no cenário e os desafios enfrentados. “Qualquer coisa que a gente fala atualmente sobre a pandemia, sobre a Covid-19, é necessariamente provisória. Aquilo que a gente está habituado a conviver quando estamos discutindo ciência se agudiza muito, exatamente pela velocidade com que as coisas estão ocorrendo e como os conhecimentos estão sendo produzidos”, afirmou.
Segundo a convidada, com o início da pandemia em 2020, além de todas as mudanças na saúde pública mundial, notou-se também um aumento exponencial na produção científica na busca por respostas para o controle da pandemia. Segundo ela, na medida em que o número de casos aumentou, cresceu também a quantidade de estudos relacionados ao tema. Estela destacou ainda as principais mudanças ocorridas no contexto da produção científica como a distribuição mais rápida de financiamento para a realização de pesquisas, a aceleração dos mecanismos de revisão por pares, priorizando as publicações sobre Covid-19, o aumento das cooperações científicas e a abertura do acesso às publicações sobre o tema.
Dentre os principais pontos abordados pela professora está a necessidade de estudar os determinantes sociais que influenciam na maneira como a população é afetada pela pandemia, tornando importante considerar posição social, gênero e raça enquanto categorias analíticas. Segundo a convidada, a produção e a divulgação dos conhecimentos científicos precisaram se adequar ao novo contexto de vida, sendo necessário aderir a novos métodos de revisão e publicação que sejam mais rápidos, mas assegurem a qualidade e a credibilidade das abordagens. A pesquisadora destacou também diferenças de gênero na autoria das publicações científicas sobre Covid-19, ressaltando a dificuldade das mulheres em conciliar as atividades de pesquisa em tempos de pandemia.
Roda de conversa apresenta as principais ações de Ensino
Na sequência, Patrícia Veras apresentou as ações de sucesso implementadas pela equipe de Ensino em parceria com a Assessoria de Comunicação (Ascom), com o apoio da Diretoria do IGM da Fiocruz Bahia desde 2019 e que seguem se aprimorando a cada ano. Dentre estas ações, foram citados: o #Papo Acadêmico, um espaço permanente de diálogo entre a equipe de ensino e os discentes; o Prêmio Gonçalo Moniz; capacitação do corpo docente e discente pela oferta de cursos de metodologias ativas de ensino e da disciplina de Didática Especial em parceria com o professor Daniel Manzoni; a oferta do curso de Divulgação Científica e lançamento do Edital 2021.
Foram citados ainda, as ações realizadas no contexto da pandemia da Covid-19, como os Seminários Integrados sobre Sars-Cov2, que contou com a participação de 96 discentes, sendo 79 da pós-graduação e 17 da Iniciação Científica. A vice-diretora ressaltou ainda a participação dos discentes como voluntários na Plataforma Diagnóstico Molecular para Covid-19.
Outro momento que marcou o evento e emocionou os presentes foi a homenagem póstuma aos alunos: Eric Page (PGPAT) e Fabiano Simões (PGBSMI), realizada pelos professores Clarissa Gurgel e Luciano Kalabric, respectivamente. “A equipe de Ensino do IGM Fiocruz seguirá apoiando nossa comunidade acadêmica discente em mais um ano desafiador. Seguiremos juntos”, declarou Patrícia Veras.
Para acompanhar a aula na íntegra, clique aqui.