PLOS One publica estudo sobre polimorfismo associado à gravidade da síndrome inflamatória de reconstituição imune

Getting your Trinity Audio player ready...

role-tuberculose-aidsO pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Andrade, conduziu um estudo que analisa o papel da enzima Leucotrieno A 4 Hidrolase (LTA4H) na ocorrência e gravidade clínica da síndrome inflamatória de reconstituição imune (SIRI), em uma coorte de pacientes co-infectados com HIV e tuberculose. Os resultados da pesquisa estão descritos no artigo Role of LTA4H Polymorphism in Tuberculosis-Associated Immune Reconstitution Inflammatory Syndrome Occurrence and Clinical Severity in Patients Infected with HIV, publicado no periódico científico PLOS One, no dia 19 de setembro.

Além de Andrade, fizeram parte da equipe de estudiosos Leonardo Gil-Santana e Jilson Almeida, da Fiocruz Bahia, em parceria com pesquisadores vinculados às instituições indianas National Institute for Research in Tuberculosis, Government Hospital of Thoracic Medicine e Government Vellore Medical College and Hospital. O grupo de especialistas avaliou prospectivamente 142 pacientes portadores das duas enfermidades, virgens de tratamento antirretroviral, no sul da Índia.

No estudo, foi analisado o genótipo da enzima LTA4H, estimando a frequência do genótipo de tipo selvagem (CC) e dos genótipos mutantes (CT ou TT), nos pacientes que desenvolveram ou não a síndrome SIRI após o início do tratamento antirretroviral. Foram realizados testes para verificar a associação entre os polimorfismos da LTA4H, bem como a incidência e gravidade da síndrome.

De acordo com os resultados, 86 indivíduos apresentaram o genótipo selvagem (CC), nos quais a incidência de SIRI foi de 34%, e 56 tiveram genótipos mutantes (43-CT e apenas 13-TT), com incidência da síndrome de 37%. Do total de pacientes, 51 desenvolveram a SIRI depois do início do tratamento. Os resultados mostraram, ainda, uma frequência maior da síndrome grave no grupo de genótipos mutantes em comparação ao de genótipo selvagem. Além disso, a terapia com corticoides foi efetiva no tratamento da SIRI em todos os casos, independente do genótipo de LTA4H.

De acordo com os pesquisadores, esses achados são relevantes para a adoção de medidas de precaução na gestão da síndrome, no qual um teste genotípico pode auxiliar na previsão da gravidade clínica da SIRI, orientando a administração de doses de esteroides (corticoide), talvez até de maneira profilática.

Clique aqui para ler o texto na íntegra.

twitterFacebookmail
[print-me]