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Pesquisadores da Fiocruz Bahia comprovaram que a inclusão do teste rápido DPP-LVC ao protocolo de diagnóstico da leishmaniose visceral canina torna a detecção desta doença mais acurada. O trabalho foi publicado no periódico científico PLOS Neglected Tropical Diseases, no artigo intitulado The Rapid Test Based on Leishmania infantum Chimeric rK28 Protein Improves the Diagnosis of Canine Visceral Leishmaniasis by Reducing the Detection of False-Positive Dogs.
Os cães em centros urbanos são considerados o principal reservatório da leishmaniose visceral e, no Brasil, uma das medidas de controle dessa endemia é a eutanásia dos animais que apresentam sorologia positiva para a infecção pelo parasito Leishmania infantum.
No estudo, coordenado pelas pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras e Deborah Fraga, a equipe de especialistas comparou dois protocolos: o anteriormente utilizado (EIE-LVC-Ensaio de ELISA como triagem e IFI-LVC-Imunofluorescência como comprobatório) e o recentemente implantado (DPP-LVC-Teste rápido como triagem + EIE-LVC-Ensaio de ELISA como comprobatório) pelo Ministério da Saúde, no Brasil.
O objetivo dos pesquisadores foi avaliar se o novo protocolo, que substitui o teste de ELISA (EIE-LVC) pelo teste rápido (DPP-LVC) na triagem, além do teste ELISA ter passado a ser usado como teste comprobatório, tornou o diagnóstico do cão com leishmaniose visceral mais eficaz. Para isso, a equipe testou a acurácia dos dois protocolos utilizando mais de 700 soros de cães como uma amostra randômica da população de cães de uma área endêmica para leishmaniose visceral canina.
Após análise dos dados e comparação dos resultados, foi possível concluir que o protocolo que utiliza o teste rápido, DPP-LVC, implantado no Brasil em novembro de 2011, efetivamente, tornou o protocolo mais acurado na detecção da leishmaniose visceral canina, por diminuir significativamente diagnósticos equivocados, os chamados falso-positivos, podendo ter levado a redução de eutanásia desnecessária de cães.
Além das coordenadoras do estudo, pertencentes ao Laboratório de Patologia e Biointervenção (LPBI) da Fiocruz Bahia, estão dentre os autores do artigo os estudantes em fase de graduação e pós-graduação da instituição: Luciano Vasconcellos Pacheco, Lairton Souza Borja, Leila Andrade Bastos e Manuela da Silva Solcà.
Clique aqui para acessar o artigo publicado em janeiro.