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A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Sampaio Boaventura, é nova integrante da Academia de Ciências da Bahia (ACB), sendo empossada em cerimônia realizada no Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), no dia 8 de março. Juntamente com Viviane, mais três membros titulares e um membro júnior foram nomeados no evento: Meran Muniz da Costa Vargens; Leonardo Sena Gomes Teixeira; Sheila Maria Alvim de Matos e Laio Magno Santos de Souza.
A cerimônia contou com a presença do reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez; da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; e do diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Handerson Leite. O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, André Joazeiro, foi representado por Mara Souza.
Na mesa de abertura do evento, Marilda Gonçalves agradeceu pela honra de sediar a cerimônia no auditório da Fiocruz Bahia, parabenizando os novos acadêmicos, em especial Viviane, destacando a importância de se discutir avanços científicos após o período difícil que a ciência passou no Brasil. “Eu tenho certeza que vocês irão contribuir enormemente para elevar o patamar da ciência em nosso país” declarou Marilda.
Segundo o presidente da ACB, Manoel Barral-Netto, que também é pesquisador da Fiocruz Bahia, a cerimônia foi realizada no Dia Internacional da Mulher, para destacar o papel da mulher dentro da ciência, em especial com a posse das novas acadêmicas. É a primeira vez que a academia tem um novo grupo de ingressos com a maioria feminina, sendo três mulheres dos quatro membros titulares. “É importante destacar também que a diretoria e o conselho atual da academia possuem uma equidade entre homens e mulheres na sua composição, uma demonstração de interesse na correção da questão de gênero”, explicou Barral.
A importância da presença feminina na ciência foi um ponto relevante para Viviane ao tomar posse na ACB, reconhecendo o simbolismo da cerimônia ser realizada no Dia Internacional da Mulher. “Mais de um século depois das manifestações das tecelãs russas em busca de igualdade, ainda estamos aqui em busca de pão e paz, que eram as ambições delas na época. O trabalho na academia enquanto mulher segue nesse caminho de construir tijolos científicos para ajudar a criar essa ponte em busca da igualdade de gênero”, salientou a pesquisadora, enxergando esse desafio como um convite para trabalhar ciência cada vez mais como uma ferramenta de transformação social.
Sobre a pesquisadora
Viviane Boaventura é pesquisadora do Instituto Gonçalo Moniz e professora associada de Imunopatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui graduação em Medicina pela UFBA, especialização em Otorrinolaringologia na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, mestrado e doutorado em Patologia pela UFBA/Fiocruz Bahia. Possui experiência na área de medicina e imunologia de doenças infecciosas, nos seguintes temas: imunopatogênese, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas transmitidas por vetor. Atualmente, vem desenvolvendo trabalhos em COVID-19, em temas de clínica, saúde digital e efetividade de vacinas.