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A pesquisadora da Fiocruz Bahia Nelzair Vianna recebeu o certificado do curso Climate Reality Leadership Corps, que aconteceu nos dias 27 a 29 de junho, nos EUA. Trata-se de um curso de formação de liderança em mudanças climáticas com representantes de diversos países e setores: ciência, governo, educação, empreendedores e sociedade civil. O evento foi promovido pelo The Climate Reality Project, organização sem fins lucrativos, que tem como Fundador o Ex Vice Presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz, Al Gore, que ministrou algumas palestras.
A pesquisadora conta que foi a única representante do Brasil neste treinamento, entre outros líderes locais já formados em eventos anteriores. “A partir da minha história profissional e pessoal tive a oportunidade de aplicar candidatura para este curso, que seleciona pessoas engajadas na sua comunidade. Foi pontuado a minha atuação como pesquisadora neste tema e engajamento na comunidade local. Meu objetivo é, por meio da ciência, poder dialogar com os outros setores para enfrentar as situações de vulnerabilidade que ainda podem, de alguma forma, serem revertidas”, afirma Vianna.
Estudando esta temática desde 2005, a pesquisadora do Laboratório de Epidemiologia Molecular e Bioestatística – LEMB, começou realizando estudos sobre a contaminação atmosférica urbana por metais pesados em sete locais de Salvador e seguiu seus estudos aplicando a metodologia de análise de riscos, trazendo evidencias científicas para a tomada de decisão em políticas públicas locais. Hoje, é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas científicas na área de Saúde Ambiental na Fiocruz Bahia.
“Considerando que a crise climática atualmente também é reconhecida como emergência médica, torna-se relevante envolver a instituição na produção de conhecimentos e engajamento diante das soluções propostas para o combate às mudanças climáticas”, conta. “A oportunidade de realizar este treinamento com uma liderança tão influente em nível global como o Al Gore foi instigante, sobretudo pela capacidade que ele tem de envolver, além de cientistas na área climática e da saúde, outros atores fundamentais para a busca de soluções ao que estamos vivendo”, completa a pesquisadora.