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O pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Marcelino de Carvalho Filho, recebeu, ontem (12/9), o IV Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, na grande área “Ciências Biológicas e da Vida” – Edição 2018. Concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), a escolha do cientista para o prêmio foi com base nas análises das trajetórias acadêmicas e inserção social da produção intelectual. Também foram avaliadas as parcerias nacionais e internacionais, a contribuição para a formação de recursos humanos; e a colaboração com o sistema de fomento e pesquisa no país.
Edgar Carvalho agradeceu o reconhecimento. “Esse é um momento de comemoração, de celebração que muito me honra, mas não poderia deixar de destacar que nós estamos fazendo essa premiação num momento muito difícil para a pesquisa no Brasil, principalmente na Bahia”, afirmou. O pesquisador, que também é membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências da Bahia, destacou o papel fundamental da educação e da pesquisa científica para o desenvolvimento.
“Espero que esse prêmio continue a ser oferecido e a Fapesb continue contribuindo apara a ciência. Que esse prêmio seja estímulo para jovens que estão começando a abraçar a carreira cientifica”, comemorou. Além da placa de honra ao mérito, Edgar Carvalho foi contemplado com o valor de R$30 mil.
Na abertura da solenidade, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, fez uma apresentação sobre a “Pesquisa Científica no Campo da Saúde”. Antes de ministrar o tema, a diretora se declarou “extremamente” honrada em realizar a apresentação que aconteceu também em comemoração ao aniversário de 17 anos da Fapesb. “Gostaria de parabenizar e reforçar a importância o papel da Fapesb no desenvolvimento da ciência na Bahia. Nós precisamos estar estimulados para poder vencer momentos difíceis como o que a ciência se encontra”, disse.
O presidente da Fapesb comentou que o nome da premiação não poderia ser mais apropriado. “O professor Roberto Santos a todo momento demonstra uma energia positiva que chega a todos e nos fortalece. Hoje, nós estamos contemplando pesquisadores das ciências biológicas e da vida, áreas extremamente estratégicas para desenvolver nosso país tendo em vista a quantidade de dificuldades e doenças que estamos enfrentando e que cada vez mais reforça a importância da pesquisa cientifica para enfrentar esses desafios”, afirmou Lázaro Cunha.
Encerrando o evento, o ilustre Roberto Santos, que entregou o prêmio ao pesquisador, afirmou que é uma grande satisfação participar de um momento tão importante para a vida da Bahia. “É um prazer ver o trabalho do doutor Edgar Marcelino, que se destaca por seu potencial acadêmico. É merecedor de muitos prêmios no campo das ciências médicas. Por isso, cumprimento o professor Marcelino pelo excelente trabalho que tem feito em todos os cargos que ocupou de forma merecida, até mesmo no enfretamento das dificuldades. Isso nos faz ter confiança na nossa juventude”, finalizou. Ele também fez questão de cumprimentar a Fapesb por proporcionar um momento de satisfação para a ciência baiana.
Também estiveram presentes no evento, o chefe de gabinete da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), Igor Galvão; o professor Thierry Petit Lobão, representando o reitor da Universidade Federal da Bahia, a professora Eliana Azevedo, representando a Academia de Ciências da Bahia; e a Secretária de Políticas para as Mulheres da Bahia, Julieta Palmeira.
Sobre o pesquisador
Edgar Marcelino de Carvalho Filho nasceu em Salvador (Bahia) e é graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/ 1973). Fez especialização em Reumatologia e Imunologia pela University of Virginia (1979), mestrado (1977) e doutorado (1986) em Medicina e Saúde pela UFBA e pós-doutorado em Imunologia no Weill Cornell Medical College (1990-1991).
Tem formação em Clínica Médica com ênfase em Imunologia Clínica, Doenças Tropicais e Reumatologia, e tem como principais áreas de atuação em pesquisa a Imunopatogênese das leishmanioses, imunopatologia e manifestações clínicas associadas à infecção pelo HTLV-1, Imunopatogênese da Esquistossomose, Influência das helmintíases na resposta imune das doenças inflamatórias crônicas e doenças auto-imunes e Imunoterapia nas doenças infecciosas. Foi bolsista do Howard Hugges e Presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia.
Atualmente, é Pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), Professor Titular Aposentado de Clínica Médica da UFBA, Professor Titular Aposentado de Imunologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e Pesquisador Associado do Serviço de Imunologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES/UFBA). É também Professor Adjunto do Weill Cornell Medical College e Professor Adjunto da University of Iowa. É editor do Plos Neglected Tropical Diseases, e do corpo editorial do Case Reports in Medicine e da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. É Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Tropical.
Com informações da Fapesb