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O Papo Acadêmico, realizado no dia 29 de setembro, através da plataforma virtual Zoom, abordou o tema ‘Cuidado Emocional com a Comunicação Não Violenta (CNV)’, apresentado pela bióloga Thayna Meirelles. A convidada, que é mestre pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia, e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), falou sobre o papel da CNV, destacando a proposta de mudanças na forma de nos relacionarmos com o outro e compartilharmos poder.
O evento, que contou com a presença de professores, alunos e demais colaboradores dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia, foi mediado pela coordenadora de Ensino Valéria Borges, que falou sobre a importância da iniciativa. “O Papo Acadêmico foi criado em 2019 com a proposta de ser, de fato, um lugar de acolhimento e troca com o nosso corpo discente, a coordenação dos programas e toda a equipe de ensino da Fiocruz Bahia. E hoje nós temos o prazer de receber uma egressa de mestrado que irá compartilhar sobre sua trajetória e atual área de atuação”, afirmou.
Em sua apresentação, Thayna Meirelles falou sobre a sua formação acadêmica, sua passagem pela Fiocruz Bahia e como essas experiências ajudaram a construir o seu caminho para a CNV, tema ao qual se dedica há 5 anos. Segundo a palestrante, a chamada comunicação trágica – pautada nas posturas que criticam, rotulam e ordenam – estão enraizadas na sociedade e são ensinadas desde o núcleo familiar, ganhando força em ambientes como a escola e o mercado de trabalho. “Infelizmente, a gente não aprende a liderar, a gente aprende a comandar”, explicou.
A palestrante falou ainda sobre a necessidade de sair da política de julgamentos em que há uma dicotomia entre certo e errado e mudar o foco para aquilo que é importante para o cuidado com os seres humanos, fundamentado em sentimentos como o pertencimento, saúde, colaboração, paz e confiança. “Na comunicação não violenta, a gente dá nome às nossas necessidades, a gente traz a comunicação também, mas a gente acredita que elas representam a própria força vital”, disse.
Meirelles também falou sobre a relação entre problemas de saúde mental, como a depressão, o ambiente de trabalho e as diversas formas de nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas. “O nosso convite, o convite da comunicação não violenta, efetivamente, é tirar o foco sobre o que a gente pensa sobre nós e os outros e colocar o foco no que sentimos, para encontrar as nossas necessidades e fazer escolhas melhores na vida”, concluiu.
Em seguida, a vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn, agradeceu à palestrante pela participação e falou sobre a complexidade de praticar a comunicação não violenta em diversos ambientes, ressaltando os desafios de aprender a lidar com as emoções. “É importante essa fala, principalmente para os alunos. Esse é um momento muito difícil para quem escolhe a vida acadêmica no Brasil. Especialmente nesse momento que é muito particular. A gente tem que ter a coragem de encarar este tema e saber o que é melhor”, pontuou. Por fim, foi aberto o espaço para contribuições por parte dos ouvintes que puderam compartilhar as suas experiências com os presentes.
Confira a palestra completa aqui
Sobre a palestrante
Thayna Meirelles é formadora em Comunicação não violenta e fundadora da Konekti que oferta cursos e treinamentos de CNV. Sua trajetória trabalhando com empatia e com a Abordagem Centrada na Pessoa iniciou em 2011, quando se tornou voluntária do Centro de Valorização da Vida. Iniciou seus estudos em CNV com cursos no Brasil e desde 2018, conta com diversas experiências internacionais, incluindo três imersões pelo Centro Internacional em CNV, treinamento em CNV voltada à Educação e formação em mediação usando a CNV. Atualmente encontra-se em processo de certificação como treinadora internacional pelo The Center for Nonviolent Communication.
Informações Konekti:
Site: www.cnvkonekti.com
Instagram: @cnvkonekti