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O diagnóstico de contaminação pelo novo coronavírus em felinos de um zoológico em Nova Iorque (EUA), noticiado em abril, chamou a atenção de pessoas que possuem animais de estimação, durante a pandemia de Covid-19. Apesar de o vírus ser um agente infeccioso que já circulava em animais silvestres, uma das principais preocupações após a notícia, foi se os pets poderiam se contaminar e desenvolver a doença, além dos riscos de contaminar os humanos.
A pesquisadora da Fiocruz Bahia e médica veterinária, Deborah Bittencourt, explica não há evidências que os animais tenham um papel na transmissão do SARS-COV-2 para os humanos, “apesar de que informações de pesquisas publicadas até este momento mostram que animais domésticos, como cães, gatos e ferrets, conhecidos como furão, podem se infectar com a Covid-19”, observa a pesquisadora.
Recentemente, casos de gatos que testaram positivo para coronavírus foram relatados, porém foram casos isolados e com sintomas respiratórios leves. Para a pesquisadora colaboradora da Fiocruz Bahia e professora da veterinária da UFBA, Manuela Solcá, os artigos científicos atuais apontam para um maior risco de infecção em gatos quando comparados a cães e ferrets, mas ainda são necessárias mais investigações sobre esses casos.
Cuidados com os pets
As pesquisadoras apontam para cuidados que é preciso tomar com os pets durante o isolamento social e quarentena. O ideal é evitar ao máximo sair com os animais, mas para os cães que só fazem as necessidades na rua, os passeios devem ser rápidos e é necessário realizar a higienização das patas com água e sabão no retorno para casa, lembrando que é importante secar bem para evitar micoses e infecções bacterianas.
Não é recomendado o uso de álcool em gel na higienização nem de loções antissépticas encontradas no mercado, pois pode irritar as patas dos animais. Caso algum membro da família se infecte com a Covid-19, é recomendado que a pessoa limite seu contato com animais e, em último caso, utilize máscaras e lave bem as mãos na manipulação dos pets e de seus alimentos. Deve-se evitar beijar, ser lambido ou dividir comida com os animais também.
Se houver outro membro da casa não infectado, este deve ficar responsável pelo animal, e o indivíduo infectado não deve entrar em contato com o pet. E, nestes casos, deve-se evitar passear com os animais para que ele não leve o vírus para fora da casa, nas patas ou nos pelos.