Mostra de filmes marca encerramento da 2ª edição do projeto Sons e Imagens da Bahia

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O projeto Sons e Imagens da Bahia, realizado pela Fiocruz Bahia em parceria com a Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz da Fiocruz (SPCOC), encerrou nesta sexta-feira (26) a edição de 2022. O evento contou com cerimônia e a II Mostra de Filmes Sons e Imagens da Bahia, na qual foram exibidos 17 filmes produzidos por 133 alunos de 12 escolas de Salvador e nove do interior baiano, lotando o auditório de mais de 150 lugares, do Colégio Estadual da Bahia – Central, na capital baiana. Os vídeos abordaram temas como bullying; catástrofes naturais da Bahia; a vida das marisqueiras do recôncavo baiano; o luto; e a internet no cotidiano.

Durante a abertura do evento, uma mesa institucional foi composta por representantes da Fiocruz Bahia; da SPCOC; empresas patrocinadoras; e do secretário de Educação do Estado da Bahia, Danilo Melo. O dia ainda foi contemplado com a apresentação cultural dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia – Orquestra Neojiba, vinculada à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Governo do Estado da Bahia. Os estudantes que participaram do projeto Sons e Imagens passaram por uma série de oficinas de roteiro, produção audiovisual, direção de fotografia para dispositivos móveis, som e edição, totalizando 71 horas de aulas remotas, 11 horas de monitoria e 12 horas de gravação dos filmes, acompanhados de monitores. Foram oferecidas duas turmas, com 200 vagas no total.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, reforçou o papel da educação na vida dos estudantes. “A escola em que eu estudei o meu fundamental me deu a base para que eu pudesse chegar aonde cheguei. A educação é o que nos leva às alturas”, afirma a ex-aluna da Escola Estadual Severino Vieira. Para Marilda, é através da educação que os jovens irão alcançar seus sonhos, como ela pôde alcançar. “Estar aqui hoje é um momento emocionante. É um momento em que eu vejo o futuro do Brasil, onde vejo adolescentes que estão desenvolvendo trabalhos muito especiais”.

“Esse momento que a gente chama de encerramento é, na verdade, uma abertura para novos projetos”, iniciou Antonio Brotas, coordenador do projeto e da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica da Fiocruz Bahia. Além da participação dos alunos, Brotas também reforçou a importância da contribuição dos professores, gestores e outros colaboradores. “Essa foi uma iniciativa muito inovadora. A combinação do ‘aprender fazendo’ foi muito poderosa, mas exige um empenho grande de todos os envolvidos”, continuou o coordenador, que agradeceu a participação de todos.

Cristina Araripe, coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz, acompanhou a Mostra via videoconferência. “Eu só posso dizer que é uma alegria tremenda falar com vocês, usando essa tecnologia, para dizer o seguinte: alunos e professores da Bahia contem sempre com a Fiocruz”.

Também participaram do evento as representantes das empresas patrocinadoras Mônica Jaén, diretora de sustentabilidade da Wilson Sons; Adriana Medeiros, analista de Comunicação da Wilson Sons; Aline Rocha, especialista em Comunicação e Engajamento Comunitário da Bayern. Gabriela Rocha, representante da Giro – Planejamento Cultural, produtora responsável pelas oficinas, também esteve na mesa de abertura.

Participação dos docentes

Os professores e gestores foram homenageados com um certificado entregue pela Fiocruz. A professora Shirley Costa, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, saudou com alegria a iniciativa. “Eu quero aproveitar para dizer a vocês, estudantes de Salvador e dos outros municípios que estão aqui, que não desistam jamais de participar de iniciativas como essa”, incentivou.

Fernanda Pereira Brito, professora de química e iniciação científica do Colégio Central, afirmou que já vê a iniciativa dando frutos. “Temos alunos participando do clube de ciências que já estão aplicando e participando de concurso de vídeos com o que aprenderam na edição do ano passado. Eu costumo dizer que a aprendizagem que vocês estão tendo vão usar em outros momentos”.

Professor de história e segurança do trabalho do Centro Territorial de Educação Profissional Piemonte do Paraguaçu, de Itaberaba, Cleiton contou que os estudantes já participavam de um projeto da Feira de Ciências da Bahia (Feciba) quando foi proposto a integração com o Sons e Imagens. O produto final foi um documentário sobre o lixão de Itaberaba. “Quero parabenizar a Fiocruz, a Secretaria de Educação, por fomentar isso, porque esses jovens são protagonistas e são o futuro. Espero estar em outros projetos também”.  

Divulgação científica na escola

O Sons e Imagens realizou também algumas atividades de divulgação científica. A primeira delas foi o encontro presencial no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, em Catu (Ba), ocorrido no dia 28 de julho. Além das oficinas com ferramentas de comunicação, foram ofertadas palestras, oficinas de grafite, um bate-papo sobre audiovisual e game, atividades científicas como a exposição de lâminas de microscópio e a apresentação da coleção entomológica da Fiocruz Bahia. O evento foi aberto para estudantes de outras escolas e estima-se que mais de 300 alunos estiveram presentes. 

Visita à Fiocruz Bahia

Além de visitar as escolas, a Fiocruz Bahia também convidou os estudantes para conhecer o Instituto Gonçalo Moniz, sede da fundação no estado. Realizada no dia 18 de agosto, a atividade contou com a presença de 85 estudantes dos colégios estaduais Raul Sá, Cosme de Farias, Central da Bahia e do Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), de Salvador. Além da apresentação de pôsteres, experimentos científicos, palestras e oficinas, os estudantes também puderam visitar os laboratórios da Fiocruz Bahia e entender mais sobre as pesquisas realizadas na instituição.

Confira as imagens (fotos de Patricia Almeida):

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