Mesas redondas e oficinas foram destaques do Meninas Baianas na Ciência

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A segunda edição do Meninas Baianas na Ciência, organizado pela Fiocruz Bahia com apoio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), foi realizada nos dias 11, 15 e 16 de fevereiro, em modelo remoto. O encontro reuniu pesquisadoras e alunas da pós-graduação da Fiocruz Bahia, que ministraram oficinas a alunas da rede pública de ensino, sobre temas como biologia da célula, vacina, métodos de diagnóstico e desenvolvimento de drogas para diversos tipos de tratamento. 

O evento, que acontece no contexto do Dia Internacional da Mulher e Menina na Ciência – 11 de fevereiro, é promovido pelas pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Karine Damasceno, Isadora Siqueira e Natália Tavares. A iniciativa tem como objetivo incentivar meninas de escolas públicas de Salvador, Bahia a conhecer e a se interessar pelas áreas de ciência e tecnologia, a partir dos exemplos de atuação de mulheres na ciência, visando inspirar essa vocação, além de fortalecer e divulgar o papel das mulheres nas atividades em áreas de ciência da saúde.

No primeiro dia, aconteceu o evento integrado virtual da Fiocruz em nível nacional. No dia 15, na mesa redonda de abertura, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, destacou a importância das parcerias e das iniciativas da instituição, que este ano está completando 65 anos. “Temos um quantitativo acima de 600 pessoas que desempenham diversas atividades na unidade regional. Destas, em torno de 50% são mulheres, então elas constituem uma força de inteligência e trabalho importante na nossa unidade. O espírito é que continuemos nesse caminho, dando oportunidades e trazendo as meninas para que elas conheçam nossa instituição e nossas pesquisas”, declarou. 

Ricardo Riccio, vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Bahia, fez um perfil da participação das mulheres na instituição, no âmbito da pesquisa. “Nossa situação é diferenciada, temos muitas mulheres líderes, chefes e gestoras de grupos e setores. É fundamental que ações como essas, que são lideradas pela Fiocruz, especialmente pela unidade regional da Bahia, possam expor esses exemplos de sucesso de meninas na ciência”, avaliou. De acordo com o vice-diretor, na unidade há 50 servidores em atividade de pesquisa, destes 43% são mulheres. Dos 12 laboratórios da Fiocruz Bahia, cinco são chefiados por mulheres.  

Para a vice-diretora de Ensino, Cláudia Brodskyn, o incentivo à participação de estudantes na ciência é fundamental. “A Fiocruz tem incentivado meninas do Ensino Médio, com iniciativas como as bolsas de Provoc, e, posteriormente, na graduação, com bolsas de Iniciação Científica, que são extremamente importantes para conhecer o universo da pesquisa e da docência, é importante passar o conhecimento adiante. Fazer ciência é árduo mas compensador”, observa. Também participaram da mesa redonda as coordenadoras dos programas de pós-graduação PGBSMI e PGPAT, Deborah Fraga e Valéria Borges, respectivamente. 

Patricia Oliveira, coordenadora do Programa Ciência na Escola, da SEC, ressaltou as ações promovidas pela Secretaria através do programa e comentou sobre a parceria com a Fiocruz. “A gente tem muitos espaços para ocupar enquanto mulheres, pensando na promoção da aprendizagem dos nossos estudantes, despertando o interesse delas pela área científica e fomentando as estratégias da iniciação científica”, disse. 

No terceiro dia do evento, Juliana Menezes, coordenadora do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia, mediou a mesa redonda sobre os programas de iniciação científica (IC) e iniciação científica Junior, abordando aspectos como o desenvolvimento de um projeto de pesquisa e o primeiro contato com o pensamento científico. Participaram das discussões as alunas de IC Polyana Bernardes, Astrid Goycochea e Lorena Martins, que estão há 3 na Fiocruz Bahia. “A iniciação científica é o início da formação do pesquisador, mas esse treinamento de desenvolvimento de análise crítica proporcionado por essa experiência os estudantes levam para a vida toda, independente se vão ser pesquisadores ou não. É uma experiência extremamente enriquecedora e proveitosa”, salienta Juliana.

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