Imunopatogênese de Tuberculose Multirresistente a Fármacos é alvo de investigações em dissertação

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AUTOR: Silas Gabriel Souza De Oliveira
ORIENTADORA: Theolis Costa Barbosa Bessa
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: ESTUDO EXPLORATÓRIO DE BIOMARCADORES DA EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM TUBERCULOSE MULTIRESISTENTE (tbmr)
PROGRAMA:  Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 18/09/2018

RESUMO

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença considerada como um grave problema de saúde pública, sendo a primeira causa de morte entre as doenças infecciosas. O uso inadequado dos medicamentos antituberculose relaciona-se ao aparecimento de cepas de Mycobacterium tuberculosis (Mtb) resistentes a esses fármacos, sendo de especial interesse a resistência combinada a rifampicina e isoniazida, as drogas mais eficazes contra o bacilo, denominada tuberculose multirresistente (TBMR), que precisa ser tratada com um esquema terapêutico alternativo que apresentam menor taxa de cura, efeitos colaterais mais graves e frequentes, custo de tratamento mais elevado, e prognóstico menos favorável. Modificações do esquema terapêutico são realizadas quando se detecta falha em controlar a carga bacteriana no escarro, porém esse indicativo de falha é avaliado pela persistência de bacilos em cultura após seis meses de tratamento, um período longo em que pode ocorrer a transmissão de bacilos resistentes a partir do paciente índice. A identificação de outros parâmetros que possam sinalizar a falha terapêutica de forma mais precoce será muito útil para o manejo desses pacientes.

OBJETIVOS: Estudar, de forma exploratória, os níveis séricos de moléculas relevantes para a imunopatogênese da tuberculose em uma coorte de pacientes com tuberculose multirresistente a fármacos (TBMR), como potenciais biomarcadores da falha terapêutica.

METODOS: Trata-se de um estudo observacional com coorte prospectivo, com seguimento de 18 meses, de forma a iniciar as análises preferencialmente no tempo zero de tratamento. Características sócio-demográficas e clínicas foram obtidas a partir de entrevista aos pacientes ou fontes secundárias utilizando questionário padronizado. Os sangues dos voluntários foram coletados nos tempos para a obtenção do soro, plasma e pellet. As moléculas fora dosadas por ELISA ou CBA.

RESULTADOS: Após seis meses de tratamento houve maior diferenciação dos níveis das moléculas estudadas em comparação aos níveis pré-tratamento. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as proteínas e os desfechos clínicos. Não foram observadas separação muito distinta entre os níveis das proteínas apresentados por voluntários com desfecho desfavorável em relação àqueles com desfecho favorável.

CONCLUSÃO: Houve diferenças nos níveis das moléculas aos seis meses após o tratamento quando comparados ao pré-tratamento. Não houve diferenciação nos níveis das moléculas quando comparamos desfechos clínicos favoráveis e desfavoráveis.

Palavras-chave: tuberculose; biomarcadores; esquemas de tratamento; multirresistência

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