Fundação Oswaldo Cruz conclui Eleições 2016 para a Presidência

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Claudia Lima (CCS/Fiocruz)

A Comissão Eleitoral informou, no dia 25 de novembro, o resultado da apuração dos votos das Eleições Fiocruz 2016 para a Presidência, que foram encerradas às 23h. De 23 a 25 de novembro, 4.415 servidores votaram para o mandato 2017-2020 com taxa de comparecimento às urnas de 82,1 %. A candidata Nísia Trindade, atual vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, foi a primeira colocada, com 2.556 votos em primeira opção (59,7 %) e 534 votos em segunda opção. É a primeira vez na história da instituição que uma mulher é eleita pelos servidores para presidir a Fiocruz.

A primeira colocada Nísia Trindade, ao centro, acompanhada da Comissão Eleitoral da Fiocruz e da candidata Tania Araújo-Jorge (foto: Peter Ilicciev)
A segunda colocação ficou com a pesquisadora e ex-diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Tania Araújo-Jorge, que obteve 1.695 votos em primeira opção (39,6 %) e 656 votos em segunda opção. Na segunda-feira (28 de novembro), às 9h, a Comissão Eleitoral apresentará o resultado ao Conselho Deliberativo da Fiocruz para homologação. O resultado será enviado para o ministro da Saúde.
“A política é um valor que cabe a nós, que temos a tradição de lutar pela cidadania e pela reforma sanitária, resgatar”, disse Nísia Trindade em breve discurso de agradecimento (foto: Peter Ilicciev)
Nísia Trindade fez um breve discurso de agradecimento. “Nesse momento, gostaria de compartilhar com vocês a ideia de que a Fiocruz, a partir de segunda-feira, esteja unida. A palavra de unidade é fundamental”, afirmou. “Vivemos um momento muito difícil no Brasil e no mundo, um momento de descrédito na política. A política é um valor que cabe a nós, que temos a tradição de lutar pela cidadania e pela reforma sanitária, resgatar”, disse Nísia.

Democracia

O presidente da Comissão Eleitoral da Fiocruz e superintendente do Canal Saúde, Arlindo Fábio Gómez de Souza, deu início ao processo de apuração dos votos na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no campus sede da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, exatamente às 19h. “O enriquecimento é óbvio nos avanços desta prática democrática que nos norteia nesta Casa”, disse na abertura dos trabalhos. “Nós honramos as tradições e particularmente aqueles companheiros que lutaram tanto pela liberdade e democracia no nosso país e na nossa instituição. Uma vez mais se coloca esse processo eleitoral como um processo civilizatório”, discursou Arlindo.

“Uma vez mais se coloca esse processo eleitoral como um processo civilizatório”, discursou Arlindo de Souza (foto: Peter Ilicciev)
O permanente aprendizado em lidar com as diferenças e o contraditório como “algo absolutamente normal” foi destacado pelo presidente da Comissão. Ele falou da importância da utilização das redes sociais no processo. “Nós ainda não estamos acostumados com a presença desse elemento novo das redes sociais, que têm uma função absolutamente fundamental. Essas eleições propiciaram um aprendizado na utilização e na relevância que elas têm”, afirmou. A apuração foi transmitida em tempo real, com acesso aberto.

A tecnologia permitiu ampliar a participação no processo eleitoral. “Alcançamos quase a totalidade dos trabalhadores. No último debate, foram 1.871 conexões. Uma das campanhas que acompanhava e filmava, teve mais de 500 conexões”, informou. O processo eleitoral foi iniciado com uma convocatória, em 9/9. Depois do período de inscrição, divulgação, impugnação e homologação das candidaturas, de 19 a 30/9, começaram as campanhas das duas candidatas inscritas, de 3/10 a 22/11. A Comissão Eleitoral promoveu dois debates, em 25/10 e 17/11.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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