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Professores e gestores da educação pública do município de Valença participaram de uma atividade presencial no Instituto Gonçalo Moniz, sede da Fiocruz Bahia, durante a tarde de sexta-feira (16). O objetivo da visita foi promover o conhecimento e o contato com as atividades desenvolvidas no Instituto. Após as atividades, os docentes retornaram com o desejo de partilhar a experiência com seus alunos.
Estiveram presentes 28 professores da área de ciências, representando as 16 escolas da rede pública, das zonas urbana e rural do município. O encontro começou a ser articulado em abril deste ano e é a primeira atividade com os profissionais de Valença. A coordenadora técnica da Secretaria Municipal de Educação de Valença Lisiane Bernardes foi uma das articuladoras do encontro. O primeiro contato com as atividades da Fiocruz Bahia ocorreu por uma palestra online com alunos da UFBA, sobre a Leishmaniose, quando se tratou também das atividades do Instituto.
“Assim que voltamos aos trabalhos presenciais, entrei em contato com a Fiocruz Bahia”, relata. A coordenadora também já atuou como professora de geografia em sala de aula e entende a importância da promoção de atividades formadoras como essa. “Nós sempre buscamos esse tipo de atividade, porque dessa forma, conseguimos fazer um trabalho pedagógico com maior consistência, mais próximo da realidade. Quando nós vivenciamos esse aprendizado, fica mais fácil passar para os nossos alunos, usar novas metodologias”, declara.
Lisiane e a coordenadora técnica dos anos finais de ensino, também da Secretaria de Educação, Josineide Neri, utilizam a mesma expressão para se referir ao contato entre os professores e alunos. “Eles estão no chão da sala de aula”, comenta Josineide. “Estamos aqui com os professores de ciência que trabalham do 6° ao 9° ano. O nosso objetivo é fazer com que esse professor tenha uma vivência da instituição, para que possa levar conhecimento aos alunos que de fato chegue aos nossos estudantes”, afirma, entusiasmada.
É com orgulho que a coordenadora relata as conquistas do corpo estudantil da cidade: os estudantes acumulam medalhas e menções honrosas nas Olimpíadas Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), da Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) e da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).
“Desde então, nós temos um interesse muito grande dos professores para continuar motivando os estudantes na área da ciência e a buscar novas descobertas. Agradeço pela oportunidade de trazer nossos colegas para visualizar esse espaço, ter acesso e levar novos conhecimentos para a sala de aula. É um privilégio para a gente”, completa a professora.
No chão da sala de aula
O professor Daniel Mazzei, da Escola Municipal Dr. José Andrade Soares, partilha desse orgulho. Alguns de seus alunos foram os responsáveis pelas conquistas nas Olimpíadas e ele próprio recebeu a condecoração de “Honra ao Mestre” pelo trabalho feito em sala. O professor pretende aproveitar a atiçar a curiosidade dos alunos com a visita. “Quando se abre a porta dos institutos também se aproxima a população, isso faz com que ela se sinta mais participativa, mais presente. Todo o conhecimento que esses professores vão levar daqui, será repassado. Eles vão relatar um pouco do que aprenderam e vão enriquecer suas aulas”, comenta.
Professor de ciências do Colégio Estadual Bernardo Bispo dos Santos, da Comunidade Quilombola do Distrito de Jiquiriça, Adonias Ramos também acredita na importância dessa aproximação. “Meu intuito é conhecer melhor a instituição e também analisar como podemos inovar na questão da metodologia, no aprendizado das nossas aulas de ciências”. Como atuante em uma escola de zona rural, com trabalho em uma comunidade aldeada, Adonias acredita no potencial que suas aulas podem ter para os estudantes. “Nós sabemos que os futuros cientistas irão sair da educação”, defende.