Fiocruz Bahia recebe Mario Moreira para encontro com a comunidade

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O candidato à presidência da Fiocruz, Mário Moreira, esteve no Instituto Gonçalo Moniz (IGM/ Fiocruz Bahia), na última sexta-feira (10), cumprindo agenda de campanha. Mario se reuniu com a comunidade para dialogar sobre suas propostas para dar continuidade ao trabalho exercido desde que assumiu interinamente o cargo com a saída da ex-presidente – e atual ministra da Saúde – Nísia Trindade.

Na abertura do encontro, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, ressaltou o papel exercido por Mario em momentos cruciais para a Fundação, como no enfrentamento da pandemia da Covid-19, resultando na sua escolha pelo Conselho Deliberativo como candidato único para assumir o cargo nos dois anos restantes do mandato. “É uma grande honra recebê-lo aqui por conta da sua parceria com o IGM, muitas das nossas conquistas, principalmente estruturais e de projetos de pesquisa, tiveram uma ajuda inestimável de Mário Moreira”, declarou Marilda.

Mário iniciou contando um pouco de sua trajetória profissional até chegar à Fiocruz, em 1994, e, mais tarde, tornar-se vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, em 2017. O papel da Fiocruz durante o enfrentamento da pandemia foi um dos assuntos discutidos pelo presidente em exercício em sua fala, reforçando a importância da Fundação em um momento tão crítico e diante de tantos ataques à saúde e à ciência.

“A Fiocruz tem um capital reputacional mais elevado hoje em dia do que tinha há três, quatro anos atrás. É uma instituição com alto reconhecimento no Brasil e também no exterior. A nossa reputação construída nos 120 anos de fundação é fantástica, mas a atuação na pandemia elevou o reconhecimento da sociedade como um todo”, declarou Mário.

Tal reputação permitiu que a Fiocruz atuasse como uma instituição do estado brasileiro nesse período, apesar de, no papel, não ser por direito. Por conta disso, o candidato declarou que uma das propostas de curto prazo seria a transformação do estatuto da Fundação em lei nacional, uma vez que o documento, atualmente, é um decreto do presidente da república e, a depender do governante, pode ser alterado ou até mesmo eliminado no que já está instituído.

O avanço que a instituição conquistaria com a transformação do estatuto em lei permitiria mais autonomia, como no campo da contratação de novos funcionários e definição de concurso público. Essa foi mais uma proposta apresentada por Mário na conversa com os servidores, pesquisadores, bolsistas e terceirizados. “Nós temos uma série de reivindicações, como a possibilidade da Fiocruz contratar CLT para projetos temporários, já que com o déficit de pessoal que nós temos no momento, não conseguiremos contratar através de concurso”, explicou o presidente.

O processo democrático interno da instituição foi exaltado por Mário como uma força da Fiocruz, garantido seu funcionamento pleno mesmo em tempos sombrios. O candidato assegurou que suas metas e projetos não são para apenas seu período na presidência e sim para o futuro. “Nós iniciamos com o atual governo um processo de reconstrução do país, sobretudo das instituições de ciência e tecnologia, tão destruídas, como uma batida de carro: amassa rápido e demora um tempão para consertar”.

Após a fala do candidato à presidência, os presentes puderam debater questões mais específicas com Mário, trazendo demandas dos laboratórios e setores em busca de uma melhor parceria entre a matriz da Fundação e a unidade em Salvador. 

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