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Nesta quinta-feira (18/8), 85 estudantes dos colégios estaduais Raul Sá, Cosme de Farias, Central da Bahia e do Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA), de Salvador, realizaram uma visita à Fiocruz Bahia. A atividade estava prevista na programação do projeto “Sons e Imagens da Bahia”, fruto de parceria entre a instituição e a Sociedade de Promoção da Casa Oswaldo Cruz, que oferta oficinas teóricas e práticas sobre audiovisual para estudantes baianos. Para a visita, foram ministradas palestras, oficinas de audiovisual e de grafite, e experimentos científicos, apresentados por discentes da pós-graduação. Os estudantes também puderam fazer visitas aos espaços de pesquisa da Fiocruz Bahia.
O projeto “Sons e Imagens da Bahia” está em sua segunda etapa, com realização de uma série de oficinas sobre roteiro, produção, edição e outros aspectos do audiovisual. Antonio Brotas, coordenador da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica do instituto, comentou acerca dos benefícios que o projeto pode oferecer aos participantes. “Os alunos vivenciaram diversas oficinas, com a possibilidade de aprender bastante conteúdo. No final, ainda fizeram um filme que será exibido em uma mostra”. “Vocês são os futuros cineastas”, disse aos estudantes. Brotas também agradeceu o empenho dos professores que tornaram o projeto possível.
Duas palestras foram ministradas por alunas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental (PGPAT). A discente Elaine Carvalho explicou como as vacinas agem no corpo humano. Já a nutricionista Camila Almeida, do grupo Cientistas Veganas, explicou a relação entre sustentabilidade ambiental e alimentação para os alunos. Ao final, foram sorteadas células de defesa de pelúcia, ofertadas pela Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), para as atividades de divulgação científica.
Para a professora de química e orientadora de iniciação científica do Colégio Central, Fernanda Brito, o envolvimento dos alunos é um dos maiores benefícios do projeto. “Os alunos puderam conhecer um espaço como esse, interativo, e ter esse contato com o mundo da ciência que eles não veem muito, só na televisão, é muito bacana”, avalia a professora. Ela também conta que os alunos que passam pelo Sons e Imagens da Bahia ganharam mais confiança para divulgar os projetos desenvolvidos no clube de ciências da escola.
Evelyn da Silva, de 16 anos, estudante do Colégio Central, foi uma das participantes do Sons e Imagens em 2021. Durante o período mais duro da pandemia, as atividades foram desenvolvidas online, mas, ainda assim, a aluna relata que gostou da experiência. “Venho editando alguns vídeos, aprendi a usar melhor as imagens, a tirar fotos mais bonitas e aproveitar a iluminação”. Segundo Evelyn, estar presente no instituto foi proveitoso. “É a primeira vez que venho. Estou aproveitando bastante”.
O estudante do Colégio Estadual Cosme de Farias Daniel Souza, de 15 anos, ficou empolgado com a possibilidade de usar um microscópio. “Estou achando muito interessante e educativo. Pude conhecer várias coisas que a gente não vê no nosso ambiente comum. Esse projeto foi de grande importância na minha escola e para mim também”, expõe Daniel.
Sarah de Oliveira, de 14 anos, aluna do Colégio Estadual Raul Sá, disse que o projeto aproximou sua turma. “Peguei uma monitora maravilhosa, pessoas que nos ensinaram do início ao fim. Nós conversamos bastante para desenvolver o filme. Ficamos mais aliviados quando começamos a conversar com nossos colegas, o que não acontecia tanto”, conta. A aluna, que também é monitora do clube de ciências de sua escola, revelou ter gostado mais das visitas aos laboratórios.
Mostra de filmes
A atividade de extensão foi a segunda realizada pelo projeto. No dia 28 de julho, houve um encontro presencial no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, em Catu (Ba). Foram oferecidas palestras, oficinas de podcast, fotografia, edição de vídeo, grafite, uma conversa sobre audiovisual e game, além de exposições de lâminas de microscópio e a coleção de insetos da Fiocruz Bahia. Com a participação de estudantes de outras escolas da cidade, estima-se que mais de 300 alunos estiveram presentes.
O Sons e Imagens da Bahia conta com a parceria de 21 escolas do estado nesta edição, sendo nove escolas do interior. São mais de 130 alunos participando do projeto, cujo resultado final, a mostra de filmes realizados durante os cursos, será exibida no dia 26 de agosto, no Colégio Estadual da Bahia – Central.
O projeto conta com o patrocínio das empresas Wilson, Sons, Bayer e Drogasil através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão cultural é da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. Uma realização da Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo.