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Na sexta-feira (21/10) ocorreu o encerramento da programação da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Instituto Gonçalo Moniz (IGM), sede da Fiocruz Bahia. A primeira atividade foi a apresentação da sessão científica intitulada “Inovações no uso de grande volume de dados integrados na pesquisa em saúde”, ministrada por Maria Yury Ichihara, vice-coordenadora do Cidacs da Fiocruz Bahia.
A instituição também recebeu estudantes do Colégio Estadual Luiz Viana e do Colégio Bom Pastor para uma palestra sobre a história da Fiocruz e do Instituto Gonçalo Moniz e a exibição de um vídeo em homenagem a cientista Sonia Gumes de Andrade, mediada pelo coordenador da Gestão da Comunicação e Divulgação Científica, Antonio Brotas. Além disso, os estudantes também assistiram a apresentações de pôsteres e de experimentos realizadas pelos discentes de iniciação científica e de pós-graduação da instituição, e visitaram o Serviço de Histotecnologia e as Plataformas Tecnológicas. O evento também disponibilizou um espaço para fotografia instantânea impressa com o tema da SNCT.
Na abertura do encontro, Antonio Brotas recordou que a SNCT deste ano se soma às comemorações do bicentenário da independência brasileira. Ele afirmou que as atividades ofertadas na Fiocruz Bahia buscaram ressaltar desse caráter histórico, partilhando as memórias do instituto e as formas como a ciência contribui com o estado e com o país.
“Vocês podem passar aqui e se questionar sobre como nós funcionamos, e essa semana serve para matar essa curiosidade, para conhecer os profissionais e a nossa estrutura”, explica o coordenador. “Essa é uma casa de jovens também. Podemos pensar que a ciência é um lugar só para pesquisadores consolidados, mas não. Essa lógica de abertura não está circunscrita apenas à SNCT. As escolas podem organizar visitas e sempre temos atividades aqui para vocês”, completou.
Seguindo a apresentação, foi exibido um trecho do documentário “Sonia e Zilton: ciência, saúde e amor”, editado em homenagem a pesquisadora Sonia Andrade. Falecida no dia 11 de outubro, a pesquisadora teve grande influência nos estudos sobre a doença de Chagas e no desenvolvimento do curso de Pós-Graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PgPAT), realizado em ampla associação entre a Fiocruz Bahia e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
“Eu gostei muito de conhecer a história de Sonia e Zilton”, revelou Gabriela de Jesus, 18, do Colégio Bom Pastor. A aluna contou que se interessou pelo pioneirismo da cientista e pela importância que ela teve dentro do IGM. “Outra coisa é que foi muito bom ver a história da instituição, desde que ela surgiu lá no Rio de Janeiro. E ver também como ela se espalhou pelo Brasil”. Estudante no mesmo colégio, Alice Marota, 17, passou a vislumbrar novas possibilidades com a visita. “Eu conheci muitas coisas que e me ajudaram a pensar em ter uma carreira na área de saúde”.
Acompanhando os estudantes do Colégio Bom Pastor, a coordenadora pedagógica do Ensino Médio e Fundamental Aline Lopes relatou que esta não é a primeira atividade que o Colégio é convidado a participar. E reitera: os encontros são sempre interessantes. “Acho extremamente interessante e importante, porque nós desenvolvemos nos alunos não só a questão do senso crítico, mas incentiva também o interesse pela ciência e pela pesquisa. A Fiocruz Bahia precisa continuar esse tipo de trabalho”.
“O Colégio Luiz Viana está sempre aqui presente com a Fiocruz”, assinalou a professora de Educação Física Elza Rosana Malhado. Ela declarou que espera ter mais alunos envolvidos nas atividades do IGM e se orgulha dos estudantes que chegaram à Iniciação Científica e ao Mestrado na instituição. Em conjunto com o professor de Português e Artes, Antônio Fernando dos Santos, os docentes observaram o entusiasmo dos estudantes. “O que é ensinado aqui é uma complementação do que damos em sala de aula. Acho de fundamental importância que eles tenham essa referência de um instituto de ciência e tecnologia próximo deles, ainda mais nesse período de formação. E muitos ficam logo apaixonados”, confessou o professor.
O estudante do Colégio Luiz Viana Isaac Gonçalves, 17, sabe qual foi a parte que mais o deixou apaixonado. “A parte dos experimentos químicos”, afirmou, prontamente. Aficcionado por biologia na escola, ele coloca que o encontro o fez respeitar mais o trabalho desempenhado no IGM. “Podemos aprender mais como funcionam as coisas. Muitas pessoas acham que a pesquisa é fácil de fazer. Mas é muito mais difícil e requer tempo”.
Já sua colega Graziele Araújo, 16, não consegue decidir qual momento do dia ela mais apreciou. “Eu gostei de todos os momentos. Foi uma chance para a descoberta, para me aprofundar mais nas coisas. Na escola a gente não tem uma experiência como tem aqui dentro”.