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O 11º Simpósio Brasileiro de Química Medicinal (BrazMedChem 2023) reuniu químicos, farmacêuticos, diversos profissionais da área biomédica e estudantes brasileiros para discutir ferramentas de última geração na descoberta de medicamentos, no Centro de Convenções de Salvador, nos dias 25 a 27 de outubro. O evento, realizado pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ) em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), contou com o apoio da Fiocruz Bahia, e teve como presidente o professor da UFBA, Marcelo Castilho, e vice-presidente o pesquisador da unidade, Diogo Moreira.
A abertura foi realizada no dia 24 e contou com a participação do vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio. É a primeira vez que o evento bianual acontece em Salvador. Segundo Moreira, a próxima edição será organizada pela Fiocruz, em 2024. “É um evento relevante, que aborda pesquisas que buscam desenvolver fármacos, principalmente no contexto do Brasil, pois temos uma demanda muito grande de doenças de importância local”, afirma.
A programação do BrazMedChem contou com mais de 30 palestrantes estrangeiros, sessão de pôster, mesas redondas sobre a crescente atuação da mulher na química medicinal, além de apresentações orais. No dia 26, a vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação de Farmanguinhos da Fiocruz, Núbia Boechat ministrou a palestra “Falta de produção interna de API em um mundo devastado pela pandemia e pela guerra: impacto na produção farmacêutica pública”.
A apresentação abordou aspectos como políticas que impactaram a produção de APIs no Brasil, o complexo industrial da saúde, as atividades de Farmanguinhos e exemplos de pesquisas desenvolvidas na unidade. “Sempre trago para os congressos uma visão não puramente acadêmica, mas da importância de nós, cientistas, trabalharmos na parte industrial e que possamos levar esses benefícios diretamente à população brasileira. O objetivo é que as pessoas saibam o que falta no sistema e a importância do nosso trabalho para o SUS”, concluiu.