Fiocruz Bahia participa da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde

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A Fiocruz Bahia participou da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde, realizada entre os dias 02 e 05 de julho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), teve como tema ‘Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia!’.

A cerimônia de abertura, realizada às 19h do domingo (02/07), contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que falou sobre a importância da Conferência enquanto um ato de resistência e apoio à democracia. “Eu venho da Bahia, com muita alegria. Não pude participar do grande cortejo hoje, mas participei de um evento lindo da Academia de Ciências da Bahia e depois de um evento lindo de homenagem democrática, popular, neste 2 de julho. E hoje nós, por coincidência, realizamos essa 17ª Conferência Nacional de Saúde neste dia 2 de julho. E lá em Salvador eu pude cantar por duas vezes, além do hino nacional, o hino da Bahia. E agora vou pedir a contribuição de vocês. Vamos mencionar todos juntos esse trecho: “com tiranos não combinam brasileiros, brasileiros corações”. Viva a democracia! Viva o SUS!”, enfatizou. 

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, reforçou o coro em defesa do SUS e falou sobre as conquistas e desafios na construção de políticas para a saúde pública. “Algumas vezes nos entristecemos por situações alheias à nossa vontade, mas sempre trabalhamos para fazer o melhor e assim seguiremos, de mãos dadas, superando desafios e fazendo do amanhã um novo dia”, afirmou. 

A Fundação Oswaldo Cruz foi representada por uma comitiva com cerca de duzentas pessoas que participaram das discussões em prol da defesa do SUS e de avanços para a saúde pública. Para a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que esteve em Brasília, a Conferência é uma importante realização, especialmente neste momento de reconstrução das políticas públicas essenciais para toda a população brasileira. “Nós estamos aqui defendendo o nosso Sistema Único de Saúde, os procedimentos dos SUS e cada um dos nossos grupos populacionais. Estamos em defesa da saúde da população negra e da diversidade de gênero e raça”, afirmou. 

O último dia do evento, realizado na quarta-feira (05/07) contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que falou sobre a importância da participação de representantes de diferentes esferas da sociedade. “Há 37 anos foi realizada a primeira conferência nesse país e desde a primeira, as conferências têm determinado a qualidade da saúde. Todas as conquistas que temos são obra do trabalho de vocês que participam da Conferência Nacional da Saúde, exigindo do governo que faça as coisas melhorarem” afirmou Lula. 

Durante o evento, o presidente recebeu o apoio dos movimentos sociais, dentre eles, da Associação HTLVida, que atua no acolhimento, orientação e atendimento gratuito a pessoas que vivem com o HTLV, vírus que pertence à mesma família do HIV, o vírus causador da AIDS e afeta os linfócitos –  células de defesa do organismo. O grupo, que está realizando uma campanha para a compra de um imóvel que irá abrigar a sua sede, entregou uma camisa ao presidente. A ação chama atenção para a importância de informar e conscientizar as pessoas, além de reforçar a necessidade de políticas públicas que beneficiem esse grupo.  

Realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde são espaços de participação popular e diálogo entre gestores e sociedade, visando a construção de políticas públicas para o SUS. Em 2023, participaram do evento mais de 6 mil pessoas, entre membros da sociedade civil, profissionais da saúde, representantes de fóruns regionais, organizações e movimentos sociais. O principal objetivo é discutir propostas e políticas públicas para o campo da saúde, especialmente para o Sistema Único de Saúde (SUS). A conferência contou ainda com a participação do diretor geral da Organização Pan-Americana da Saúde Opas/OMS, Jarbas Barbosa; da ministra do meio ambiente, Marina Silva; da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

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