Fiocruz Bahia marca presença no Dois de Julho Pela Ciência

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Pesquisadores, alunos, colaboradores e demais membros da comunidade da Fiocruz Bahia participaram das atividades do Dois de Julho Pela Ciência, iniciativa que ocorre desde 2018 e tem como foco a defesa da ciência e da educação. Em 27 de junho ocorreu o seminário “As lutas de independência do Nordeste do Brasil”, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. No dia 02 de julho, os participantes marcaram presença no desfile cívico em homenagem à Independência da Bahia, entre o Largo da Lapinha e a Praça do Campo Grande, em Salvador.

A ação é realizada pela Academia de Ciências da Bahia (ACB), em parceria com a Fiocruz Bahia, Academia de Letras da Bahia, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência, Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão, Sociedade Brasileira de Física e Sociedade Brasileira de Química.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, falou sobre a importância da participação da instituição na iniciativa. “Considero de suma importância o movimento que tem sido realizado pela Academia de Ciências da Bahia, parabenizando a gestão atual, em especial ao seu presidente, o dr. Manoel Barral-Netto. Realizar a atividade em Cachoeira reforça o papel cívico do Dois de Julho, consolida a luta do povo baiano pela independência e reforça a necessidade de união de toda a academia baiana”.

Programação

No primeiro dia, a atividade foi realizada na Câmara Municipal de Cachoeira, com apoio da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), reunindo pesquisadores da Bahia, do Piauí e de Pernambuco. A mesa de abertura foi formada pelo presidente da ACB e pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto; pelo presidente da Academia de Letras da Bahia (ALB), Ordep Serra; o chefe de gabinete da reitoria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Silvio Soglia; e pela Diretora do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB), Dyane Brito.

Manoel Barral falou sobre a importância de realizar o evento na cidade de Cachoeira e a necessidade de aproximar instituições da capital baiana com organizações sediadas no interior. “Esse é um ambiente que fervilha todo esse processo de lutas pela independência. Temos feito o esforço para o contato com as universidades no interior do estado, motivando-as para que participem das mobilizações e que realizem em suas próprias cidades”, afirmou.

Os convidados destacaram as contribuições do povo cachoeirano para a concretização da independência do Brasil na Bahia, destacando a necessidade de reavivar as lutas pela independência, atualizando os seus agentes e reforçando o protagonismo de homens e mulheres, negros e negras, e indígenas, ao tempo que defendem a ciência e a produção científica.

Após a abertura, a mesa foi formada pela professora Associada de História do Brasil Colonial na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Ana Paula Medicci; pelo professor do Departamento de História da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Jhony Santana; e pelo professor do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Paulo Cadena. A apresentação foi mediada pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Evelina Hoisel e pelo professor da UFRB, Fabio Guerra.

Dentre os principais pontos discutidos estavam a formação do exército independentista no Piauí, as estratégias para a expulsão dos portugueses do Piauí e do Maranhão, e o papel das elites locais nesse processo. Também foram apresentadas informações sobre o comércio de cativos em Pernambuco durante o século XIX e as mobilizações sociais na Bahia durante os conflitos que antecederam o 2 de julho de 1823.

Texto: Dalila Brito e Júlia Lins | Foto: Caique Fialho e Mateus Almeida

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