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A segunda-feira, 16/12, foi marcada pela inauguração do Bio-IGM, o biobanco da unidade da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia. Com capacidade para armazenar mais de 600 mil amostras, a estrutura reúne amostras biológicas coletadas através das pesquisas desenvolvidas no âmbito da instituição. O biobanco representa um importante avanço, contribuindo para o fortalecimento da ciência aberta e o compartilhamento de dados e amostras, respeitando normas técnicas e éticas necessárias para o seu funcionamento.
Com uma estrutura robusta, o biobanco conta com ultrafreezers que alcançam a temperatura de -80ºC, refrigeradores, freezers -30ºC, um grande contêiner de nitrogênio líquido e equipamentos que garantem a qualidade e a segurança do armazenamento das amostras. O biobanco já conta com cerca de 40 mil amostras derivadas do diagnóstico da Covid-19, doença de Chagas e esquistossomose.
A mesa de abertura contou com a participação da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; do Vice-Diretor de Pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio; da superintendente de Desenvolvimento Científico da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI, Isabel Sartori; da representante da Rede Fiocruz de Biobancos e da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas, Daiane Sertório; do Deputado Federal, Jorge Solla; e do superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia, representando a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Luiz Henrique Gonzales D’utra. Em seguida, as curadoras do biobanco, Eugênia Granado e Adriana Lanfredi apresentaram o percurso desde a criação até a instalação de toda a estrutura.
A cerimônia também contou com a presença da diretora de Hematologia da Fundação Hemoba, Anelisa Costa Streva, da diretora do Laboratório Central de Saúde Pública-LACEN, Arabela Leal; e do assessor parlamentar Gabriel Carvalho, representando a deputada federal, Alice Portugal.
Durante o evento, a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves falou sobre a importância do biobanco para a realização de pesquisas. “A importância de um biobanco se dá exatamente para que essas etapas (construção e validação de métodos diagnósticos) sejam feitas de maneira rápida para que nós possamos dar respostas de Saúde Pública para a nossa população… Esse biobanco representa uma organização para que nós possamos enfrentar futuros agravos de Saúde Pública”, afirmou.
O Vice-diretor de Pesquisa, Ricardo Riccio, falou da importância de tornar a ciência aberta e acessível a todos, respeitando os critérios éticos e legais. “Temos hoje um dia festivo, um dia de muita felicidade para todos nós e esperamos que esse biobanco possa fortalecer todo o ecossistema de pesquisa da Bahia e da nossa região”, afirmou.
O Deputado Federal Jorge Solla destacou a importância de acompanhar e contribuir para conquistas como a criação do biobanco. “Conquistas como essa são fundamentais para o desenvolvimento das pesquisas em saúde em nosso estado. Então, para nós é muito importante estar acompanhando, contribuindo e presenciando as conquistas que estão sendo feitas”, ponderou.
A representante da Rede Fiocruz de Biobancos, Daiane Sertório, parabenizou a equipe de trabalho e destacou que, a partir de agora, o Bio-IGM passa a integrar a rede oficial da instituição, prestando um serviço para toda a comunidade científica. “Os biobancos não são só um repositório, eles são fontes de colaborações, de parcerias, são um fomento à translação do conhecimento para que pesquisa básica possa virar produtos e serviços para o SUS”, ponderou.
Representando a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Isabel Sartori, reforçou o compromisso da SECTI com o desenvolvimento científico e tecnológico, destacando a parceria com a Fiocruz Bahia. “Esse é um momento de crescimento e de aprendizagem que eleva o desenvolvimento da ciência do estado da Bahia e do Brasil, e a importância da Bahia nesse cenário nacional e internacional”, destacou.
Representando a SESAB, Luiz Henrique Gonzales D’utra destacou a necessidade de investir em políticas e ações que ajudem a fortalecer o Sistema Único de Saúde. “Essa iniciativa é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da pesquisa, para o desenvolvimento e apoio às políticas públicas e para a colaboração nacional e internacional em pesquisas”, enfatizou.
A cerimônia foi concluída com o descerramento da placa e uma visita guiada pelas instalações do biobanco.
Texto: Dalila Brito | Fotos: Dalila Brito e Sailon Beserra