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A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, em conjunto com as professoras da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Soraia Cordeiro e Junia Dutra, articularam uma campanha para fabricação de máscaras para população indígena baiana, como medida de enfrentamento ao novo coronavírus.
A produção será inicialmente destinada a comunidades indígenas do sul da Bahia, região que vem demonstrando número crescente infecções por coronavírus, sendo populações de maior risco, como os Pataxós e Tupinambás. “Pretendemos ampliar para outras regiões do estado em um segundo momento, a depender de apoio que obtivermos”, explica Isadora Siqueira.
Interessados em ajudar o projeto podem fazer doação através do site de crowdfunding clicando aqui. A distribuição das doações será feita pelo Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI-BA).
A ideia de realizar a campanha surgiu em um grupo de pesquisas em saúde indígena coordenado pela pesquisadora, do qual as professoras da UFBA fazem parte. “Conversando com outros membros desse grupo pensamos em iniciar essa ação e ajudar na proteção dos indígenas do nosso estado. Estamos formando uma rede de costureiras que irão confeccionar as máscaras das suas casas”, contou a pesquisadora.
A Bahia conta com cerca de 31 mil indígenas de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). De acordo com Isadora, é importante dar atenção à saúde dos povos indígenas nessa pandemia, pois estão entre os grupos mais vulneráveis ao contágio pelo novo coronavírus, tendo em vista dados prévios de outras doenças infecciosas nessas comunidades.
“Prevemos que são populações mais suscetíveis, sujeitas a maior gravidade da doença, também por residirem em locais afastados ou próximos a pequenos municípios, portanto possuem pouco acesso aos serviços de saúde”, observa.