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A Fiocruz Bahia atingiu a marca de 125 artigos publicados em 2015, a maior dos últimos nove anos. Neste período, os pesquisadores da instituição ampliaram em 60% a publicação de artigos científicos, em importantes periódicos nacionais e internacionais. O dado, além de expressivo no aspecto quantitativo, representa o esforço da unidade pela manutenção da qualidade na pesquisa ao mesmo tempo em que aponta para a diversificação desta produção, alcançando áreas até então pouco exploradas. “Ampliamos consideravelmente nosso desempenho nos estudos além das doenças parasitárias e em desenvolvimento tecnológico, por exemplo”, avaliou o Diretor, Manoel Barral-Netto.
Um balanço das atividades da Fiocruz Bahia foi apresentado pelo diretor no final do mês de dezembro. Dados consolidados da produção científica, nos últimos cinco anos, confirmaram a tradição da instituição na área de doenças parasitárias, com a publicação de 162 artigos. A novidade ficou por conta do expressivo aumento de trabalhos em doenças crônico-degenerativas, que atingiram a marca de 91 publicações. As doenças virais aparecem na terceira posição com 69 artigos. No campo de desenvolvimento tecnológico, foram publicados 137 artigos relativos a esforços voltados para o desenvolvimento de vacinas, testes diagnósticos e biomarcadores, por exemplo.
Na apresentação foram mostrados dados que situam a atuação da unidade no estado, no âmbito do Fórum das Unidades Regionais (FUR), que “estimulou a cooperação entre as regionais e agora está reforçando as estratégias que permitam somar competências científica em áreas promissoras”, explica Barral-Netto. Entre as 09 unidades e escritórios da Fundação fora dos campi do Rio de Janeiro, a Bahia está na segunda posição em publicação nas áreas de doenças parasitárias e doenças virais, mas assume a liderança na área de doenças crônico-degenerativas. Segundo o diretor, os dados devem servir para a identificação das potencialidades de parcerias e não para a constituição de um ranking. “Em relação às enfermidades virais, por exemplo, enquanto a Fiocruz Bahia tem forte presença de estudos epidemiológicos, a Fiocruz Pernambuco se concentra mais nas questões ligadas ao próprio vírus, mostrando uma potencial área de cooperarão entre as duas Unidades”.
INVESTIMENTOS EM PESQUISA
Na solenidade, foram apresentados ainda os esforços da instituição para manter as atividades de ensino e pesquisa, frente as restrições orçamentárias, a exemplo dos investimentos para viabilizar a publicação de artigos, a manutenção da taxa de bancada e as bolsas de mestrado, doutorado e iniciação científica, além da implementação do mestrado profissional em Administração, oferecido pela Escola de Administração da UFBA.
A soma de novos equipamentos como o Elispot, a Microdissecação a Laser, o Tissue Microarray e o novo Cluster de informática, que devem potencializar a pesquisa em diversas áreas, foram destacados. Esta perspectiva tecnológica é reforçada pelos convênios com a FIEB-Senai/Cimatec, que ampliaram as possibilidades de pesquisas nas áreas de supercomputação e big data, diagnóstico, kits e dispositivos, nanotecnologia e materiais. O evento serviu também para expressar os resultados no ensino, comemorar o encerramento, com êxito, do Curso de Especialização em Ensino de Biociências e Saúde. “Incrementamos nossa participação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovemos diversos cursos de capacitação, por meio de parcerias com instituições nacionais e internacionais, que permitiu interação com outros pesquisadores, estudantes, profissionais da saúde, gestores públicos e a sociedade em geral”, avaliou.
Fonte: Ascom Fiocruz Bahia