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O Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) celebrou seus 67 anos, no dia 29 de abril, reunindo pesquisadores, autoridades, gestores, funcionários, estudantes e representantes da sociedade civil. No evento, foi inaugurada a Exposição Fotográfica Memórias da Fiocruz Bahia, realizada a nomeação do Auditório Sonia Andrade e a abertura do Memorial Zilton Andrade, em homenagem ao casal de pesquisadores eméritos da Fiocruz Bahia, falecidos em julho de 2020 e outubro de 2022, respectivamente, com a participação da família dos cientistas.
Integraram a mesa de abertura a Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, André Joazeiro; a Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde, Rivia Barros; o Presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcus Sampaio; o Diretor de Empreendedorismo e Inovação da Secretaria de Educação da Bahia, Anderson Epifania; o Diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Marcos José Pinheiro; e o Pesquisador Emérito da Fiocruz e Representante da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bernardo Galvão.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, enviou uma mensagem por vídeo, falando da importância da preservação de acervos científicos e a valorização da memória institucional. “A Fiocruz tem sido uma guardiã do conhecimento científico e da memória coletiva que moldaram o nosso percurso. Nossos acervos não são apenas registros do passado, mas tesouros vivos e abrigam o legado da geração de cientistas, médicos e técnicos que marcam o desenvolvimento da ciência no nosso país, sempre visando a saúde da nossa população”, destacou.
Cristiani Machado representou a presidência da Fiocruz e citou as iniciativas que a Fiocruz Bahia tem realizado e contribuído para a ciência baiana e brasileira. “Falar em memória é olhar a nossa trajetória para compreender os desafios do presente, e sobretudo o que nós podemos construir juntos para o futuro. Vida longa ao IGM, vida longa a Fiocruz, salve a ciência, salve educação e salve o nosso SUS”.
Marilda Gonçalves falou sobre a trajetória do instituto, compartilhou momentos importantes e lembrou os dirigentes da instituição ao longo dos 67 anos. “Gostaria de agradecer a cada um que chega aqui, que faz com que essa comunidade esteja unida por um objetivo especial, que é fazer com que o IGM seja uma unidade técnico científica da Fiocruz que tem uma produção científica bastante expressiva. Agradeço a todas as pessoas que passaram e que continuam vivas em todos os nossos corações, como a doutora Sonia e o doutor Zilton Andrade”, ressaltou.
Em sua primeira visita à Fiocruz Bahia, Marcos Pinheiro salientou a importância da construção da identidade institucional. “Esses dias de memória, de comemoração, são muito importantes na constituição da identidade, e valorização da identidade dos nossos institutos, assim como foi lembrado do SUS, da Fiocruz e do povo baiano”, observou o diretor da COC.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado da Bahia parabenizou a Fiocruz e as pessoas que constroem a instituição. “A Fiocruz não é nada sem essas pessoas e sem esses funcionários, sem os pesquisadores, que estão aqui fazendo o trabalho do dia a dia, colocando a instituição no lugar de importância para ciência da Bahia, como está no Parque Tecnológico com o CIDACS ou aqui nessa unidade, fazendo tanto pela nossa ciência”, disse Joazeiro.
Marcos Sampaio, lembrou do período recente que foi preciso disputar a ciência como um direito da população. “A gente precisa reafirmar que aqui é o SUS que funciona, é o SUS que defende a democracia, que demonstra o quanto esse sistema é importante para o povo brasileiro”. Anderson da Epifania, representou a secretária de Educação do Estado, Rowenna Brito e reafirmou a relevância dos 67 anos da fundação na defesa da saúde e da vida. “Há mais de 20 anos, saindo de Candeias, do curso técnico em patologia clínica, vim estagiar aqui. Fico feliz de já ter pertencido a essa instituição e por ver colegas que atuam com garra para fazer com que a gente possa ter um futuro melhor no nosso país”.
Rivia Barros representou a secretária de Saúde da Bahia. Ela ressaltou a atuação da Fiocruz Bahia na defesa e fortalecimento do SUS’. “Ninguém pode dizer que não usa o SUS. A vigilância sanitária, por exemplo, está na vacina, está na água, na medicação que as pessoas tomam no Brasil, todos são usuários do SUS”, defendeu. Bernardo Galvão compartilhou sua vivência com Zilton Andrade e seus filhos ainda pequenos, quando estava construindo um serviço de patologia em Brasília.
A programação também contou com uma homenagem a Sonia e Zilton Andrade realizada por Marilda Gonçalves e o vice-diretor de Pesquisa da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio. Participaram ativamente da ocasião os filhos, netas e irmãs da família de Sonia e Zilton Andrade. O filho Carlos Andrade agradeceu a homenagem em nome dos familiares e disse que espera que o espaço com o nome de sua mãe sirva para os avanços da medicina, da saúde verdadeiramente pública e a serviço do povo, tema da luta de seus pais por toda a vida. “Quero agradecer e expressar toda a nossa gratidão à Fiocruz, ao IGM por manter essa memória viva. E homenagear os dois juntos como eles sempre estiveram e sempre viveram. Ainda mais às vésperas do centenário de meu pai, que se completa dia 14 de maio”, concluiu.
Também foram apresentadas a palestra ‘Constituição e Preservação de Acervos Científicos e Culturais da Fiocruz”, ministrada pelo diretor da COC e a mesa “Ciência e Saúde: Desafios para a preservação da memória institucional”, que finalizou o evento, com a participação de Aline Lacerda (COC); Maria Renilda Barreto (UFBA); Gillian Queiroga (Instituto de Ciências da Informação – ICI/UFBA); e mediação de Antônio Brotas (Fiocruz Bahia).
Visitação
A exposição Fotográfica Memórias da Fiocruz Bahia é aberta ao público e reúne registros de pesquisadores e pesquisadoras em plena função, tanto nos laboratórios, como em trabalhos de campo, imagens de vetores e parasitos, fotografias das estruturas físicas dos prédios e laboratórios, entre outras. A mostra seguirá aberta para visitação gratuita.
Texto por Jamile Araújo, com supervisão de Júlia Lins | Foto: Mateus Almeida