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O Programa de Pós-graduação em Patologia Humana (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em associação com a Fiocruz Bahia, comemorou 50 anos de existência com evento realizado nos dias 29 de novembro a 02 de dezembro, na Fiocruz Bahia. A celebração, que reuniu docentes, discentes e estudantes egressos, simboliza a trajetória de sucesso e contribuição do PGPAT para a formação de recursos humanos de excelência no país, especialmente na região Nordeste.
A solenidade de abertura contou com a participação da coordenadora do programa, Clarissa Gurgel; da vice-coordenadora Juliana Perrone; da coordenadora Geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guillan, representando a Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado; a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves; o coordenador de Iniciação à Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA, Leandro Abreu, representando o reitor Paulo Miguez; e do diretor da Faculdade de Medicina da UFBA, Antonio Alberto Lopes.
Para Guillain, o evento é a culminância de um longo trajeto. “Hoje, esse trajeto resulta nesse momento festivo de comemoração, um momento com aspectos que juntam a emoção, a humanidade e ao mesmo tempo a racionalidade científica”. Leandro Abreu reiterou a relevância do PGPAT. “Parabenizo o esforço de todos os envolvidos para que esse programa alcançasse seu nível de excelência. Esse é um marco de tempo da qualidade e compromisso com a formação de tantos profissionais e cientistas de excelência”.
Lopes parabenizou a coordenação do programa e mencionou a influência da patologia para sua própria formação. “Ressalto a importância da patologia para a formação médica e vejo o estabelecimento da parceria entre UFBA e Fiocruz Bahia muito importante para todos nós”. Marilda Gonçalves mencionou os fundadores do programa, os pesquisadores Zilton e Sonia Andrade, e destacou dois momentos importantes da história do PGPAT. “O programa, sob coordenação do Dr. Manoel Barral, ampliou o escopo de profissionais das áreas das ciências da saúde e biomédicas no programa, decisão importante para o sucesso PGPAT. Outro marco foi a organização da Vice-Diretoria de Ensino do IGM, durante a Vice-Diretoria do Dr. Bernardo Galvão”.
Clarissa Gurgel, egressa do PGPAT, introduziu o evento lendo um memorial resumido sobre o programa, mencionando momentos históricos. “Preparamos um evento que comemora os nossos discentes, egressos, nossas linhas de pesquisas históricas e a inovação da patologia computacional”. Concluiu ratificando: “somos resultado de uma cadeia firme e sustentável de sabedoria, dedicação e amor pelo ensino e pela pesquisa que reflete na formação de melhores profissionais de saúde na assistência e para a academia. Somos mais do que uma associação entre duas grandes instituições, a UFBA e a Fiocruz; somos uma unidade indissociável que fortalece o Sistema Nacional da Pós-Graduação, a democracia, a diversidade, a esperança, a saúde e educação pública de excelência. Abraçamos a riqueza de experiências multiculturais, a solidariedade e a inclusão; acreditamos no poder de transformar e multiplicar de cada profissional que se forma no PGPAT.”
Sessões temáticas
No primeiro dia, foram realizadas, pela manhã, a sessão temática “Integra PGPAT: Construindo Pontes entre a Graduação e a Pós-Graduação”, com apresentações de doutorandos do curso, e a sessão intitulada “UFBA e Fiocruz: Instituições Parceiras no Cenário do Ensino e Pesquisa da Região Nordeste”, ministrada por Ronaldo Lopes, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA, e Cristina Guillan.
Pela tarde, ocorreu uma mesa redonda de egressos do PGPAT, na qual o pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Freitas, abordou “A pós-graduação e a formação médica”; a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Jaqueline Góes, falou sobre “A importância da diversidade na pós-graduação”; e o pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Bezerril, apresentou “A importância da internacionalização”.
No dia 1º de dezembro, a programação também incluiu a sessão científica com o tema “Como a IA poderá impactar a Patologia Computacional?”, ministrada pelo professor Fernando José Ribeiro Sales, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma palestra sobre o futuro da pós-graduação no Brasil, apresentada pelo coordenador da Área de Medicina II da CAPES, Julio Croda.
Também aconteceram sessões que abordaram a equidade de gênero e popularização da ciência na pós-graduação e importância da representação estudantil. Na mesa de encerramento, a coordenação do programa prestou uma homenagem aos egressos, estudantes e ex-coordenadores do PGPAT. Logo após, ocorreu a Sessão Anatomoclinica, dos Clubes de Especialidade.
Conferências Clínico-Patológicas
As Conferências Clínico-Patológicas 2023, que fazem parte do calendário acadêmico do PGPAT, foram realizadas no dia 30/11. O coordenador do curso e pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington Santos, abriu o evento apresentando uma breve história da patologia diagnóstica. Ao longo do dia, especialistas de diversas instituições do país abordaram temas como técnicas histoquímicas e imuno-histoquímicas, patologia renal e computacional, ambientes digitais na patologia, uso de inteligência artificial e diagnóstico, a rede PathoSpotter, dentre outros.
Participaram estudantes da pós-graduação, patologistas e profissionais das ciências da computação de várias universidades. De acordo com Santos, este ano, o curso lançou a proposta de criação de uma Sociedade Brasileira de Patologia Digital e Computacional. “Foi criada uma comissão que trabalhará na proposta e deverá apresentar os encaminhamentos já na Assembleia anual da Sociedade Brasileira de Patologia”, explicou o coordenador.
O programa
O PGPAT teve início em 1973 e tem ênfase nas áreas de imunopatologia de doenças infecciosas e crônicas, inserindo-se em Patologia Humana e Patologia Experimental. Alcançou o conceito 6 na CAPES nas últimas quatro avaliações, sendo um dos melhores avaliados entre os Programas de Patologia do Brasil. O corpo docente interdisciplinar oportuniza uma visão integrada da patologia e suas aplicações, favorecendo projetos transversais de ciência, tecnologia e inovação com expressão nacional e internacional. A relevância acadêmica e inserção na área de conhecimento da Patologia refletem em uma contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil e do mundo.