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Um estudo analisou a resposta imunológica local e sistêmica na evolução da leishmaniose cutânea. A pesquisa, coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Edgar M. Carvalho, avaliou se a produção de citocinas, substância que media funções celulares, no sangue dos pacientes refletia o que foi documentado na lesão. Os resultados do trabalho foram publicados em artigo no periódico Pathogens que pode ser acessado aqui.
O papel da resposta imune no desenvolvimento das lesões na leishmaniose tem sido bastante estudado, mas ainda existem lacunas nos resultados observados em laboratório para o manejo clínico da doença. A leishmaniose cutânea pode ser causada por mais de 10 espécies diferentes de parasitas do gênero Leishmania. Embora as lesões cutâneas causadas pelas diferentes espécies sejam semelhantes, o desenvolvimento delas pode ser bem diferente.
Participaram do estudo 22 pacientes com leishmaniose cutânea, por Leishmania braziliensis, com diagnóstico positivo através de PCR. As citocinas foram testadas em células do sangue e biópsias de pele. Todas as avaliações imunológicas foram realizadas antes da terapia para tratamento da doença.
Os resultados indicaram que a resposta imune nas lesões por L. braziliensis é diferente da observada no sangue periférico. Os dados sugerem que, além das citocinas IL-1β e GzmB, a IL-17 participa da patologia da leishmaniose cutânea e pode ser utilizada como marcador de gravidade da doença.
Texto: Jamile Araújo com supervisão de Júlia Lins.