Dissertação aborda distribuição da esquistossomose em uma área urbana de Salvador

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Autoria: Camila Freitas Chaves
Orientação: Luciano Kalabric Silva
Título da dissertação: EPIDEMIOLOGIA DA ESQUISTOSSOMOSE EM UMA ÁREA URBANA DA CIDADE DE SALVADOR-BA
Programa: Pós-Graduação em em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 28/01/2022
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: No Brasil, apesar da diminuição na intensidade da migração rural-urbana, a população urbana continua crescendo constantemente. Isso, combinado a outros fatores, promove a urbanização acelerada e desordenada, levando ao surgimento de áreas com precárias condições de moradia e saneamento, e a disseminação e persistência da esquistossomose em áreas urbanas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi descrever e explicar a distribuição da esquistossomose em uma área urbana da cidade de Salvador-BA, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS: Em 2019, quatro pontos ao longo do rio do Cobre e um ponto no riacho vizinho foram selecionados para confirmar a presença de Biomphalaria sp. e avaliar a contaminação fecal de coleções hídricas pelo método Coliscan Easygel®. Um estudo de corte-transversal foi conduzido na comunidade com coleta de dados e amostras. Foi realizado um inquérito sociodemográfico e coletadas até três amostras de fezes em dias diferentes para diagnóstico de Schistosoma mansoni com Kato-Katz. As amostras positivas foram purificadas e genotipadas utilizando 15 marcadores microssatélites RESULTADOS: Dos cinco pontos de coleta de água, quatro apresentaram contaminação fecal e dois, a presença de Biomphalaria sp. Participaram dos inquéritos epidemiológico e parasitológico 1.134 residentes. A média de idade foi de 33,6 anos (21,0 DP), a maioria era do sexo feminino (59%). Testaram positivos para S. mansoni 62 participantes (5,5%), com uma carga parasitária média baixa (88,5 opg). Estão associadas a infecção S. mansoni as variáveis sexo masculino, idade maior que 20 anos, contato com água, frequência e duração do contato e tipos de contato relacionados a recreação. Os índices de diferenciação das infrapopulações (Di) e das infrapopulações sobre a população componente (Dic) foram ambos moderados. O tamanho da população efetivo (Ne) foi de 38.197, que é um número imensurável para nossos computadores. CONCLUSÃO: O bairro de Pirajá possui as condições ideias para a persistência e disseminação da esquistossomose e representa uma área de transmissão local em Salvador-BA. Pela grande relevância cultural e histórica do bairro, Pirajá precisa de uma intervenção infraestrutural tanto para auxiliar no controle da esquistossomose, quanto pela saúde do ambiente local. Palavras-chave: esquistossomose urbana, Schistosoma mansoni, saneamento básico.

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