Dissertação busca caracterizar resposta imune após reforço das vacinas anti-Sars-CoV-2

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Estudante: Victoria Cruz Paraná
Orientação: Maria Fernanda Rios Grassi
Coorientação: Luana Leandro Gois
Título da dissertação: AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E CELULAR DE INDIVÍDUOS VACINADOS COM DOSES DE REFORÇO DA VACINA ANTISARS- COV-2
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 04/02/2025
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 840 1173 1758
Senha: victoria

Resumo

Introdução: As vacinas contra o SARS-CoV-2 induzem respostas humoral e celular específicas, mas o surgimento de variantes tornou necessárias doses de reforço. Objetivos: Este trabalho caracteriza a resposta imune humoral e celular após doses de reforço das vacinas anti-Sars-CoV-2. Metodologia: A população do estudo foi composta por 25 profissionais de saúde que completaram o esquema vacinal primário (CoronaVac ou ChAdOx1) e duas doses de reforço (BNT162b2 ou Ad26.COV2.S). Os títulos de anticorpos neutralizantes (NAb) foram determinados com o kit SARS-CoV-2 nAb ELISA e o título de IgG com ELISA indireto. Células T produtoras de IFN-γ e subpopulações de células T de memória produtoras de IFN-γ e TNF em resposta a peptídeos da sequência original e variantes Delta, Gama, Ômicron, Ômicron BA.4-5 e Ômicron XBB.1 foram quantificadas por ELISPOT e por citometria de fluxo, respectivamente. Resultados: A idade média dos participantes foi de 63,0±4,4 anos, a maioria era do sexo feminino (68%) e sem infecção prévia por Sars-CoV-2 (53%). Após o 1º reforço (n=25), 100% apresentaram NAb detectáveis [título geométrico médio (GMT): 223,1±1,0] e títulos de IgG (média: 1785±2705). Após o 2º reforço (n=18), os níveis de IgG (média: 3301±3355) e nAb (GMT: 460,4±4,3) aumentaram (p<0,05). Em relação à resposta celular, a frequência de respondedores e o número de SFC/10⁶ PBMC em resposta aos peptídeos da variante Ômicron XBB.1 após o 1º reforço (n=14) (93%; Mediana: 438,7 SFC/10⁶ PBMC; IQR 336,2–470,0 SFC/10⁶ PBMC) foram maiores comparados ao 2º reforço (n=16) (25%; Mediana: 27,5 SFC/10⁶ PBMC; IQR 0,0–275,0 SFC/10⁶ PBMC) (p<0,05). Além disso, o 1º reforço (n=18) vacinal teve maior frequência de células T de memória efetora (TEM) e transicional (TTM) CD4+ em resposta à sequência original e variantes. Após o 2º reforço (n=18), houve redução das células TTM CD4+, exceto para a variante Delta, enquanto as TEM CD8+ aumentaram. Houve predomínio de predomínio de células monofuncionais (IFN-γ+ ou TNF-α+). O 1º reforço elevou células monofuncionais IFNγ+ na subpopulação T de memória central (TCM) em resposta à Ômicron (Mediana: 1,1%; IQR 0,04 – 3,2%), mas essa resposta (Mediana: 0,00%; IQR 0,00 – 0,42%) e a produção de IFN-γ por linfócitos T CD4+ TTM para Ômicron XBB.1 (Mediana: 0,56%; IQR 0,04 – 1,40% vs Mediana: 0,07%; IQR 0,00 – 0,24%) diminuíram após o 2º reforço (p<0,05). Respostas TNF-α+ em T CD8+ TTM a Ômicron BA.4-5 também reduziram após o 2º reforço (Mediana: 0,87%; IQR 0,03 – 2,22% vs Mediana: 0,17%; IQR 0,12 – 0,84%) (p=0,02). Conclusão: Houve persistência da resposta humoral e celular após o 1º reforço vacinal em resposta à sequência do SARS-CoV-2 original e variantes. Todavia, não foi observado incremento da resposta celular após o 2º reforço. São necessários mais estudos para compreender as respostas imunológicas com doses adicionais e avaliar a necessidade de novos reforços

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