Dissertação avaliou as características histopatológicas do carcinoma ductal in situ

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AUTOR: Thiago Mattos Acrux
ORIENTADOR: Daniel Abensur Athanazio
TÍTULO DA TESE: “CARCINOMA DUCTAL IN SITU DA MAMA (CDIS) PURO E ASSOCIADO AO INVASIVO: ACHADOS ARQUITETURAIS, CITOLÓGICOS E IMUNOHISTOQUÍMICOS.”
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 14/12/2017

RESUMO

INTRODUÇÃO: Muitos esquemas de classificação foram propostos para o carcinoma ductal in situ. A heterogeneidade arquitetural é amplamente reconhecida. A classificação citonuclear
parece ter maior significado de prognóstico do que o padrão arquitetural.

OBJETIVO: Este estudo avaliou as características histopatológicas do carcinoma ductal in situ incluindo grau citológico e padrão arquitetural e imunohistoquímica (IHQ) em CDIS puros e associados a carcinoma invasivo.

MÉTODOS: Avaliamos uma série de 232 casos de CDIS puro ou associado ao carcinoma mamário invasivo de um total de 493 carcinomas mamários proveniente de uma população constituída por mulheres diagnosticadas com câncer de mama e submetidas a cirurgia no Hospital Terciário São Rafael, na cidade de Salvador/Brasil, no período de 2011 a 2015.

RESULTADOS: O CDIS apresentou um padrão arquitetural misto na maioria dos casos (56%) sendo o subtipo sólido a morfologia mais comum (30%). CDIS de alto grau foi identificado em 84/221 casos (38%) e comedonecrose estava presente em 106/221 casos (48%). Entre os padrões arquiteturais do CDIS, o alto grau foi mais comum no subtipo sólido (61/155 casos, 39%; p <0,001). Apenas 32% dos tumores com padrão papilar possuíam alto grau nuclear. Os pacientes com CDIS de alto grau eram mais jovens em relação aos pacientes com CDIS de baixo grau (media 50 vs 59 anos). O tamanho do tumor foi maior na presença de comedonecrose do que na ausência (media 27 vs 20 mm / p = 0,009). Foi mais frequente o HER 2 positivo no CDIS puro (32%) comparado ao CDIS associado ao invasivo (19%), (p ,135) e o Ki 67 positivo alto (> 20%) foi mais frequente no grupo CDIS associado ao invasivo (54%) (p 0,064). O RE foi positivo em 81% dos casos com padrão cribriforme (p,013). Foi observada uma concordância considerável entre componentes in situ e invasivos em relação ao grau (kappa ponderada = 0,64).

CONCLUSÃO: Demonstramos maior frequência de positividade da expressão do HER-2 em CDIS que no CDI e do RE e Ki-67 no CDIS associado ao CDI. Observamos maior relação do RE com o baixo grau nuclear, enquanto o Ki-67 ao alto grau. O CDIS apresentou mais alto grau nuclear quanto ao CDI. Houve maior freqüência de apresentação mista dos padrões arquiteturais. O padrão puro menos comum foi o micropapilar e o mais comum o sólido. A comedonecrose foi mais freqüente no padrão sólido. Nossos resultados mostraram que o alto grau era mais comum no subtipo sólido e comedonecrose e o baixo grau mais freqüente no cribriforme. Encontramos maior comprometimento da margem cirúrgica no CDIS puro em comparação com o invasivo associado ao CDIS.

Palavras-chave: Carcinoma ductal in situ, Padrão arquitetural, Imunohistoquímica, Câncer de mama.

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