Getting your Trinity Audio player ready...
|
AUTORA: MOTA, Roberta Alves.
ORIENTADORA: SOARES, Milena Botelho Pereira.
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Avaliação do potencial terapêutico de células-tronco mesenquimais superexpessando IGF-1 no tratamento de lesão raquimedular em modelo experimental. 71 f. il.
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz Bahia
DATA DE DEFESA: 01/09/2016
RESUMO
A lesão medular é uma patologia que atinge a qualidade de vida dos pacientes, possui uma alta incidência e ocasiona um alto custo para o governo e a sociedade. Até hoje, os tratamentos convencionais utilizados não são completamente eficazes na restauração da lesão raquimedular. Assim, a busca por novas alternativas terapêuticas é de extrema importância. A terapia celular, incluindo o uso de células-tronco mesenquimais (CTM), emergiu como uma área promissora no tratamento da lesão medular, demonstrando melhora na função neurológica, como mostrado em modelos experimentais. Além do potencial terapêutico das MSC em lesões da medula espinhal, vários fatores de crescimento, incluindo IGF-1, estão presentes nestas células, o que pode melhorar a recuperação da lesão medular. O IGF-1 é um importante regulador biológico no organismo, incluindo o estimulo à diferenciação de vários tipos celulares, assim como apresentar atividade anti apoptótica. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos das CTM superexpessando IGF-1 no tratamento lesão medular em modelo experimental murino. Os camundongos foram lesionados e transplantados com CTM-GFP+, CTM-GFP+-IGF-1 ou salina. As avaliações funcionais foram realizadas uma vez por semana durante quatro semanas utilizando a Basso Mouse Scale. As avaliações de imunofluorescência foram realizadas 2 e 5 dias após a lesão para quantificar o número de células GFP+ e avaliar proliferação e apoptose das células transplantadas, assim como nas células endógenas no sítio da lesão. Os resultados obtidos demonstraram que os camundongos transplantados com CTM-IGF-1 apresentaram melhora gradual na função locomotora, com diferença estatisticamente significativamente na segunda, terceira e quarta semanas, quando comparado com o grupo CTM. As análises de imunofluorescência mostraram que não houve diferença na quantificação das células GFP+ entre os grupos. Porém o grupo CTM-IGF-1 apresentou uma tendência no aumento do número de células Ki-67+ e menor número de células caspase-3+, quando comparado com o grupo CTM, 5 dias de transplante. Um significante aumento na proliferação e apoptose das células endógenas no grupo CTM-IGF-1 foi observado em relação aos tempos de 2 e 5 dias, quando comparado ao grupo CTM. Os resultados demonstraram que houve diferença no grupo CTM comparado com os grupos salina e CTM-IGF-1 no tempo de 2 dias após o transplante. Porém, no dia 5 não houve diferença entre os grupos. Com base nestes resultados, a superexpressão de IGF-1 pelas CTM contribuiu para uma melhor recuperação dos camundongos lesionados, e pode levar a opções terapêuticas inovadoras para o tratamento da lesão medular, com foco na terapia utilizando células geneticamente modificadas.
Palavras-chave: Lesão raquimedular; Célula-tronco; IGF-1.