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Estudante: Sálvia Maria Canguçu da Rocha
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da dissertação: “COMPARAÇÃO ENTRE MULHERES SUBMETIDAS A MASTECTOMIA COM E SEM RECONSTRUÇÃO IMEDIATA EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE SALVADOR-BAHIA, 2017 A 2019”
Programa: Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 30/03/2023
Horário: 09h00
Local: Sala do Zoom
ID da reunião: 813 2610 7307
Senha de acesso: salvia
Resumo
Introdução: A reconstrução mamária imediata faz parte do tratamento de câncer de mama de mulheres submetidas a mastectomia, fundamental para preservação da autoestima e qualidade de vida. A lei 12802 de 2013 da reconstrução mamária garante cirurgia reconstrutiva da mama em casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer. Objetivo geral: Estudar, retrospectivamente, as mulheres submetidas a mastectomia com e sem reconstrução mamária imediata, os resultados pós-operatórios e tempo decorrido entre a cirurgia e o início da terapêutica adjuvante. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza observacional e retrospectivo, cujo propósito é estudar se a cirurgia de mastectomia com reconstrução mamária imediata interferiu no início da terapêutica adjuvante para o câncer de mama pós mastectomia, visto que estudos observaram que as complicações cirúrgicas da reconstrução imediata são duas vezes maiores no grupo submetido a reconstrução em relação a mastectomia sem reconstrução. O recrutamento da população foi por amostragem não probabilística por conveniência entre as pacientes com diagnóstico histopatológico de câncer de mama operadas no serviço de mastologia do Hospital Aristides Maltez de 2017 a 2019. Resultados: 366 mulheres realizaram mastectomia para o tratamento do câncer de mama. Dessas 158 (43,2%) mulheres foram submetidas a mastectomia com reconstrução imediata e 208 (56,8%) que não foram submetidas à reconstrução. Quanto a temporalidade do tratamento adjuvante, observamos no grupo que realizou mastectomia com reconstrução, 44,3% do tiveram seu tratamento adjuvante iniciado em até 60 dias e 55,7% com 61 dias ou mais. E no grupo que não realizou reconstrução, 53,3% iniciou adjuvancia em até 60 dias e 46,6% com 61 dias ou mais, não havendo, entretanto, diferença estatisticamente significativa entro os dois grupo (p=0,251).Conclusão: As complicações cirúrgicas precoces e tardias não tiveram interfência no atraso do início do tratamento adjuvante em nenhum dos grupos, O tempo entre a cirurgia e o início do tratamento adjuvante: seja hormonioterpia, quimioterapia ou radioterapia, comparando as pacientes reconstruídas com as não reconstruídas, não foi estatisticamente significante entre os dois grupos. Assim como o momento da intervenção cirúrgica e o tipo de tratamento adjuvante não apresentaram relação com a incidência de complicações. Impacto: Como fator positivo do estudo estão o tamanho da amostra e os resultados, com os conhecimentos adquiridos, apoiarão novas produções de pesquisa sobre a temática tão relevante e fomentar políticas públicas de mais acesso a Reconstrução mamária imediata.