Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme chama atenção para a enfermidade de alta prevalência no Brasil

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Criado pela Organização das Nações Unidas, em 2008, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho, tem como principal objetivo chamar atenção de toda a sociedade para a existência e as complicações causadas pela enfermidade. A Doença Falciforme é uma condição genética e hereditária, que causa alteração nos glóbulos vermelhos do sangue, os fazendo assumir o formato de foice.

A enfermidade, que não tem cura, é a doença genética de maior prevalência no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas com Doença Falciforme no Programa Nacional de Triagem Neonatal foi de 1.087, em uma incidência de 3,78 a cada 10 mil nascidos vivos. Estima-se que, atualmente, há entre 60 mil e 100 mil pacientes com Doença Falciforme no país. A distribuição no Brasil é bastante heterogênea, sendo a Bahia, o Distrito Federal e o Piauí as unidades federadas de maior incidência.

O diagnóstico da doença pode ser feito através do Teste do Pezinho, que é obrigatório e deve ser realizado em todos os recém-nascidos, preferencialmente entre o 2º e o 7º dia de vida, a partir de gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê. Outra forma de detecção é do exame de eletroforese de hemoglobina.

Dentre as principais complicações causadas pela hemoglobinopatia estão as crises vaso-oclusivas, infecções por microorganismos encapsulados, principalmente do trato respiratório e septicemia, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico, priapismo, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e crise aplástica. Por isso, o acompanhamento por uma equipe multiprofissional é indispensável, garantindo melhor qualidade de vida para as pessoas nesta condição.

Na Fiocruz Bahia, a Doença Falciforme é tema dos estudos científicos desenvolvidos pela equipe do Laboratório de Investigação em Genética e Hematologia Translacional (LIGHT), coordenado pela pesquisadora Marilda Gonçalves, abordando temas como diagnóstico, tratamentos e novos estudos capazes de contribuir para maior qualidade de vida para pessoas nesta condição, atuando para a geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico.

Em celebração ao Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, a pesquisadora e diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e o doutor em Patologia Experimental, pelo programa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em ampla associação com a Fiocruz Bahia, Modeste Yahouedehou, falaram um pouco sobre a importância de chamar atenção para a DF, reforçando a sua condição de problema de saúde pública e gerando debate em diferentes esferas da sociedade.

Confira!

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