Desenvolvimento de teste ELISA de baixo custo e alto desempenho para Covid é tema de tese

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Aluno: Leonardo Maia Leony
Orientador: Fred Luciano Neves Santos
Título da tese: DESENVOLVIMENTO DE IMUNOENSAIOS ENZIMÁTICOS (ELISA) DE ALTO DESEMPENHO E BAIXO CUSTO PARA O DIAGNÓSTICO IN VITRO DA INFECÇÃO PELO SARS-COV-2
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 24/07/2024
Horário: 13h30
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 820 8124 8056
Senha: leonardo

Resumo

INTRODUÇÃO:  O SARS-CoV-2, patógeno zoonótico da família Coronaviridae, é o agente etiológico da COVID-19. As principais técnicas para diagnóstico in vitro da doença incluem ensaios moleculares, como a RT-qPCR, que são amplamente utilizados devido à sua precisão diagnóstica. Todavia, a sensibilidade desses métodos diminui com o tempo, enquanto os métodos de diagnóstico indireto aumentam em sensibilidade conforme a infecção progride. Apesar da alta precisão no início da infecção, os ensaios moleculares enfrentam desafios como altas taxas de falsos negativos, necessidade de infraestrutura complexa e custosa, além de exigirem mão de obra especializada. Testes sorológicos indiretos surgem como alternativas valiosas, especialmente quando as técnicas diretas falham, há demora no acesso à assistência médica, ou em locais isolados. Objetivo: Desenvolver, avaliar e validar imunoensaios enzimáticos indiretos (ELISA) de baixo custo e alto desempenho para a detecção de imunoglobulinas G (IgG) e M (IgM) anti-SARS-CoV-2, utilizando os antígenos S1 e S2. Material e Métodos. Os antígenos recombinantes S1 e S2 foram adquiridos comercialmente através da empresa Creative Diagnostics. Definiu-se o tamanho amostral com base em uma população acima de 1 milhão, frequência esperada de 5% e intervalo de confiança de 95%. As amostras foram inicialmente testadas com três kits comerciais de sorologia. Os ensaios foram padronizados usando checkerboard titration, e a razão de sinal-ruído foi utilizada para determinar as condições ideais para os testes. Avaliou-se o desempenho dos imunoensaios em termos de sensibilidade, especificidade, acurácia, área abaixo da curva ROC, razões de verossimilhança, índice Kappa de Cohen e razão de chances diagnósticas, intervalos de confiança de 95%. Resultados. Foram utilizadas 354 amostras de pacientes hospitalizados e positivos para SARS-CoV-2 por RT-qPCR, além de 338 amostras negativas pré-pandemia de doadores de sangue. O kit GOLD ELISA COVID-19 IgG+IgM detectou imunoglobulinas em 57,6% (204/354) das amostras positivas, enquanto os kits Anti-SARS-CoV-2 NCP ELISA IgG e Anti-SARS-CoV-2 NCP ELISA IgM detectaram IgG e IgM em 41,6% (147/353) e 43,1% (155/353) das amostras, respectivamente. Os ELISAs S1 e S2 IgG detectaram anticorpos em 52,4% (186/354) e 63,7% (225/323) das amostras, respectivamente. Conclusão. O ELISA S1 IgG apresentou sensibilidade similar aos kits comerciais, enquanto o ELISA S2 IgG apresentou desempenho superior. A análise de custos sugere que o ELISA S2 IgG é mais econômico que o ELISA S1 IgG, representando uma alternativa promissora para expandir o acesso ao diagnóstico de COVID-19 em variados contextos.

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