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Publicado na revista Nature Communications, um estudo do projeto VigiVac do CIDACS/ Fiocruz Bahia analisou a efetividade da vacina CoronaVac em crianças de 6 a 11 anos, durante o período de predominância da variante Ômicron do SARS-CoV-2. Os cientistas concluíram que as duas doses da vacina têm nível baixo de proteção contra infecções sintomáticas, mas possuem proteção moderada contra hospitalizações por casos graves. Clique aqui e confira o artigo completo.
Após duas semanas de aplicação da segunda dose, a CoronaVac apresentou efetividade de 39,8% contra a infecção sintomática e 59,2% de proteção contra os casos graves da Covid-19. Nenhuma morte por coronavírus foi registrada nos casos analisados.
Para a pesquisa, os cientistas analisaram dados de 197.958 pessoas, referentes ao período de 21 de janeiro a 15 de abril de 2022. Os dados foram coletados do e-SUS Notifica, o sistema nacional de vigilância de resultados da testagem para Covid-19, e do SIVEP-Gripe, sistema de informações sobre doenças respiratórias agudas.
No artigo, os pesquisadores comentam que uma publicação do Chile relatou níveis similares de proteção da vacina em crianças de 3 a 5 anos (38,2% contra infecções sintomáticas e 64,6% contra os casos graves), durante a predominância da variante Ômicron, enquanto no período de predominância da variantes Delta o nível foi de 77,8%.
Os estudiosos reforçam a importância da vacinação do público infantil pois, apesar de serem raros os casos graves de Covid-19 em crianças, há ainda outros efeitos que a doença pode causar, como a síndrome da COVID-19 longa e síndrome inflamatória multissistêmica que podem, além do impacto na saúde, levar a prejuízos na escolarização.