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Pesquisadores investigaram quatro novos complexos metálicos contendo rutênio e ouro associados à amodiaquina, fármaco para tratamento da malária. O estudo, coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Diogo Moreira, demonstrou que a substância é eficaz na inibição do crescimento do Plasmodium, parasito causador da doença, em múltiplos estágios do ciclo de vida. Os resultados foram publicados no periódico Chemistry Europe.
Os estudiosos se basearam em conhecimentos anteriores de que as quinolinas são consideradas excelentes ligantes para coordenação de metais e são utilizadas como medicamentos para o tratamento da malária. Evidências indicam que metais de transição podem ser conjugados com as quinolinas para serem usados como ferramentas no tratamento.
Os complexos de amodiaquina contendo rutênio e ouro demonstraram ser potentes contra o desenvolvimento do parasito in vitro e in vivo. Estas propriedades podem ser atribuídas à capacidade dos complexos de reproduzir a supressão da desintoxicação do heme induzida pela amodiaquina, ao mesmo tempo que inibem outros processos no ciclo de vida do Plasmodium. Os achados do estudo indicam que a coordenação de metais com quinolinas antimaláricas é uma ferramenta química potencial para a concepção e desenvolvimento de medicamentos para malária e outras doenças infecciosas.