Pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho, recebem honraria por importantes contribuições à ciência

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho, receberam nesta quarta-feira (12/07) a Medalha Nacional de Mérito Científico. Criada em 1993, a honraria é concedida pela Ordem Nacional do Mérito Científico como forma de reconhecimento a profissionais com importantes contribuições à Ciência. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que entregaram as honrarias.

Maurício Barreto é médico graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com mestrado em Saúde Comunitária pela mesma instituição e Ph.D. em Epidemiologia pela University of London. Desde 2014 é pesquisador da Fiocruz Bahia.  Sua pesquisa abrange uma gama de diferentes tópicos, explorando questões relacionadas aos determinantes sociais e ambientais da saúde, desigualdades em saúde, impacto de intervenções sociais e integração do conhecimento social e biológico para explicações causais na saúde. Fundou e coordena, desde 2016, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), focado no uso e reuso de grandes bases de dados para pesquisa. Entre os projetos do Cidacs destaca-se a Coorte de 100 milhões de Brasileiros, que tem por foco avaliar efeitos de diferentes programas de proteção social na saúde. Em 2023, o Cidacs recebeu o prêmio “The Information and Data Distribution Award 2023 “ da Federação Mundial de Associações de Saúde Pública (WFPHA) pelo trabalho no uso de dados e pela produção de conhecimento em contextos adversos como a pandemia de Covid-19. A honraria foi entregue a Mauricio Barreto durante o 17º Congresso Mundial de Saúde Pública, realizado na Itália, com a presença de pesquisadores, gestores e profissionais de saúde de todo o mundo.

Edgar Marcelino de Carvalho é graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), fez especialização em Reumatologia e Imunologia pela University of Virginia (EUA), mestrado e doutorado em Medicina e Saúde pela UFBA e pós-doutorado em Imunologia no Weill Cornell Medical College (EUA). É pesquisador da Fiocruz Bahia e do Serviço de Imunologia do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos e Professor Titular aposentado da UFBA e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. É também Professor Adjunto do Weill Cornell Medical College (EUA) e Professor Adjunto da University of Iowa (EUA). 

Além dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, também foram condecorados a sanitarista e diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Benzaken, e o infectologista Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda. Em 2021, os dois cientistas tiveram as suas medalhas revogadas e, em protesto, outros 21 cientistas que seriam agraciados com a medalha assinaram uma carta renunciando à homenagem.

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Pesquisadores da Fiocruz Bahia recebem Medalha Nacional do Mérito Científico

Os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto e Edgar Carvalho foram condecorados com a Medalha Nacional do Mérito Científico nesta quarta-feira, 12/07, durante uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto. As medalhas foram entregues pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Durante seu pronunciamento, o presidente da República destacou a importância da Ciência para o desenvolvimento e o futuro do país. “Somos uma nação muito grande, temos desafios demais e não podemos nunca acreditar que teremos alguma chance de futuro sem a Ciência e os cientistas. Foi por meio da Ciência que conseguimos os nossos maiores feitos, que transcendem a academia e os laboratórios e se fazem presentes na saúde, na indústria, no campo e no dia a dia de cada pessoa desse país”, afirmou. 

Lula lembrou ainda o papel desempenhado pelos institutos de pesquisa brasileiros no combate à pandemia de Covid-19. “Se não fossem os nossos institutos de pesquisas, se não tivéssemos uma Fiocruz ou um Butantan, a pandemia de Covid-19 teria sido ainda mais severa com as vidas de nossa população. A verdade é que a Ciência é aliada da vida e do desenvolvimento e é nesse momento histórico que ela se faz mais necessária para o futuro do Brasil”, ressaltou.   

A solenidade marcou, ainda, a retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), órgão de assessoramento da Presidência que teve a última reunião realizada em agosto de 2018, além da assinatura do decreto que convocou a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevista para o primeiro semestre de 2024. 

Criada em 1993, a Ordem Nacional do Mérito Científico presta uma homenagem a profissionais com importantes contribuições para a Ciência, Tecnologia e Inovação.

*Com informações do Cidacs / Fiocruz Bahia

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Fiocruz Bahia disponibiliza bens para doação a órgãos públicos

Em cumprimento ao Decreto 9.373/2018, alterado pelo Decreto 10.340/2020, a Fiocruz Bahia comunica que está colocando à disposição bens diversos classificados como inservíveis, na situação de irrecuperável. 

Os interessados deverão entrar em contato com a Seção de Patrimônio, pelo telefone (71) 3176-2222 ou e-mail olivia.reis@fiocruz.br, e tratar com Olivia Reis e Denilson Reis. Caberá aos interessados a retirada e transporte dos bens.

Clique aqui para acessar a lista de bens. 

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Prorrogado prazo para a seleção de aluno especial do PGPAT

A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia, divulga a prorrogação do prazo para a seleção de aluno especial, no semestre 2023.2, até o dia 10 de julho, às 13h59. 

Confira o edital

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Em defesa da ciência, Fiocruz Bahia participa do desfile cívico do 2 de julho

A Fiocruz Bahia marcou presença no desfile cívico em homenagem à Independência da Bahia, realizado neste domingo (02/07). Vestindo a camisa do 2 de Julho pela Ciência, movimento promovido pela Academia de Ciências da Bahia, pesquisadores, alunos, colaboradores e demais membros da comunidade participaram do cortejo entre o Largo da Lapinha e a Praça do Campo Grande. A caminhada também contou com a presença da coordenadora nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, Cristina Araripe

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, participou do cortejo e falou sobre a importância de aproximar a ciência da população, especialmente neste dia de reverência aos heróis e heroínas na independência. “Nós estamos celebrando o bicentenário da Independência do Brasil na Bahia e é importante que a comunidade científica também esteja nas ruas para festejar as conquistas, mas também para nos unir em defesa da ciência. Esse é um dia importante para que possamos nos fortalecer para que juntos possamos superar os desafios que ainda temos pela frente”, afirmou. 

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura falou sobre a importância de aproveitar a data para relembrar a participação das mulheres e grupos historicamente invisibilizados nas lutas pela independência. “Participar do cortejo em comemoração ao 2 de julho tem um significado muito especial. Trata-se de um momento de resgate à memória da independência do Brasil iniciada na Bahia, feita pelo povo e representada pela cabocla e caboclo, com participação feminina, de negros e trabalhadores pobres. Representa o resgate das suas reivindicações, especialmente por melhoria nas condições de vida. Esses anseios são compartilhados pela Ciência que entende a sua importância para que haja pleno desenvolvimento do país”, afirmou.

Mesa de debate sobre a “A visão popular de Independência no 2 de Julho” finaliza a programação do  “Dois de Julho pela Ciência”

Na terça-feira (04/07), foi realizado o debate “A visão popular de Independência no 2 de Julho”, no Espaço Cultural 2 de Julho, na Reitoria do Instituto Federal da Bahia (IFBA). Marcando o encerramento das atividades promovidas pela Academia de Ciências da Bahia (ACB) para o “Dois de Julho pela Ciência”, a mesa redonda teve a participação de Sérgio Guerra, doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o Hendrik Kraay, doutor em História pela University of Texas at Austin e professor da University of Calgary e a Wlamyra Albuquerque, doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora da UFBA. O debate foi moderado por João José Reis, doutor em História pela Universidade de Minnesota e professor da UFBA.

Abrindo a mesa, Manoel Barral, presidente da ACB e pesquisador da Fiocruz Bahia, falou sobre a necessidade de ações que promovam a importância da liderança feminina, não somente no contexto da discussão histórica sobre o 2 de julho, mas também no cenário atual. “Houve avanços, mas ainda existe a necessidade de ir além do diagnóstico das falhas, no que tange a falta de representatividade feminina em posições de liderança na ciência, planejando ações concretas com um prazo razoável para solução do problema”, sinalizou. Esteve presente também a Luiza Mota, reitora do IFBA, que reforçou, em sua fala, a importância de discussões sobre o bicentenário da independência que reflitam sobre os avanços das políticas públicas do ensino público brasileiro e o enfrentamento dos desafios atuais.

Durante o debate, ganhou destaque a discussão sobre a importância do reconhecimento das lutas contra as tropas portuguesas na Bahia para a independência do Brasil, assim como o trabalho de resgate da história de figuras emblemáticas durante este processo, especialmente figuras femininas e negras. “É importante a movimentação pela conscientização popular de que os eventos ocorridos em 7 de setembro de 1822 não foram um cessar dos confrontos contra tentativas de avanço das tropas portuguesas em diversas regiões do Brasil. Assim como ocorreu na Bahia, houve uma alta adesão de mulheres, pessoas escravizadas, negros e pobres livres nos processos de luta pela independência em conflitos pelo terrítorio nacional, diferente da narrativa disseminada sobre a data de 7 de setembro, que erroneamente faz parecer que a independência brasileira foi um resultado baseado unicamente em decisões feitas por gabinetes políticos”, argumentou Sérgio Guerra durante sua fala.

Em seguida, Hendrik Kraay apresentou alguns pontos-chave na história da comemoração da independência do 2 de julho na Bahia, focando no século 19, assim como a participação de mulheres, membros da classe trabalhadora e povos racializados nessas celebrações. “Como toda festa popular, as comemorações do 2 de julho tem a sua própria história em particular, constantemente renovada por aqueles que participam da festa, em um processo de invenção das tradições, através da criação, reinvenção e ressignificação dos elementos culturais e históricos que marcam a celebração”, pontuou.

Complementando o debate, Wlamyra Albuquerque reforçou a relevância nacional da história de independência do 2 de julho e a sua comemoração, não somente como um marco histórico regional, mas como um forte marcador na reconstrução narrativa sobre o Brasil enquanto república, em rompimento com a visão da independência nacional como uma conquista política alcançada por forças militares. Ainda em sua fala, a professora apontou que, ao longo da história, a festa do 2 de julho em Salvador os elementos presentes nas comemorações sempre tiveram um caráter plural , evidenciando as demarcações territoriais na cidade baseadas em raça e classe social. “A medida em que a festa se organiza, ela nos conta sobre as dinâmicas urbanas fundadas em hierarquias sociais, contudo, isso não significa que o Estado consegue totalmente moldar as comemorações com base na sua idealização de sociedade soteropolitana. A festa do 2 de julho é também um espaço de luta popular e construção da política cotidiana”, completou. 

Finalizando as falas apresentadas pela mesa, João José Reis destacou o papel fundamental executado pela população negra baiana nos campos de batalha pela independência na Bahia, não somente dos negros libertos, mas também de negros escravizados. “Muitos escravizados fugiram com o intuito de lutarem na guerra, acreditavam que a luta pela independência do país poderia também ser a luta pela sua própria independência e liberdade”, completou.

O 2 de Julho pela Ciência conta com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, além da Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Academia de Letras da Bahia, Academia de Engenharia da Bahia, Institutos de Ciência e Tecnologia, Sociedade Brasileira de Física, dentre outras instituições atuantes na produção de conhecimento, na defesa, divulgação e popularização da ciência. 

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Fiocruz Bahia participa da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde

A Fiocruz Bahia participou da 17ª edição da Conferência Nacional de Saúde, realizada entre os dias 02 e 05 de julho, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), teve como tema ‘Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia!’.

A cerimônia de abertura, realizada às 19h do domingo (02/07), contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, que falou sobre a importância da Conferência enquanto um ato de resistência e apoio à democracia. “Eu venho da Bahia, com muita alegria. Não pude participar do grande cortejo hoje, mas participei de um evento lindo da Academia de Ciências da Bahia e depois de um evento lindo de homenagem democrática, popular, neste 2 de julho. E hoje nós, por coincidência, realizamos essa 17ª Conferência Nacional de Saúde neste dia 2 de julho. E lá em Salvador eu pude cantar por duas vezes, além do hino nacional, o hino da Bahia. E agora vou pedir a contribuição de vocês. Vamos mencionar todos juntos esse trecho: “com tiranos não combinam brasileiros, brasileiros corações”. Viva a democracia! Viva o SUS!”, enfatizou. 

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, reforçou o coro em defesa do SUS e falou sobre as conquistas e desafios na construção de políticas para a saúde pública. “Algumas vezes nos entristecemos por situações alheias à nossa vontade, mas sempre trabalhamos para fazer o melhor e assim seguiremos, de mãos dadas, superando desafios e fazendo do amanhã um novo dia”, afirmou. 

A Fundação Oswaldo Cruz foi representada por uma comitiva com cerca de duzentas pessoas que participaram das discussões em prol da defesa do SUS e de avanços para a saúde pública. Para a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que esteve em Brasília, a Conferência é uma importante realização, especialmente neste momento de reconstrução das políticas públicas essenciais para toda a população brasileira. “Nós estamos aqui defendendo o nosso Sistema Único de Saúde, os procedimentos dos SUS e cada um dos nossos grupos populacionais. Estamos em defesa da saúde da população negra e da diversidade de gênero e raça”, afirmou. 

O último dia do evento, realizado na quarta-feira (05/07) contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que falou sobre a importância da participação de representantes de diferentes esferas da sociedade. “Há 37 anos foi realizada a primeira conferência nesse país e desde a primeira, as conferências têm determinado a qualidade da saúde. Todas as conquistas que temos são obra do trabalho de vocês que participam da Conferência Nacional da Saúde, exigindo do governo que faça as coisas melhorarem” afirmou Lula. 

Durante o evento, o presidente recebeu o apoio dos movimentos sociais, dentre eles, da Associação HTLVida, que atua no acolhimento, orientação e atendimento gratuito a pessoas que vivem com o HTLV, vírus que pertence à mesma família do HIV, o vírus causador da AIDS e afeta os linfócitos –  células de defesa do organismo. O grupo, que está realizando uma campanha para a compra de um imóvel que irá abrigar a sua sede, entregou uma camisa ao presidente. A ação chama atenção para a importância de informar e conscientizar as pessoas, além de reforçar a necessidade de políticas públicas que beneficiem esse grupo.  

Realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde são espaços de participação popular e diálogo entre gestores e sociedade, visando a construção de políticas públicas para o SUS. Em 2023, participaram do evento mais de 6 mil pessoas, entre membros da sociedade civil, profissionais da saúde, representantes de fóruns regionais, organizações e movimentos sociais. O principal objetivo é discutir propostas e políticas públicas para o campo da saúde, especialmente para o Sistema Único de Saúde (SUS). A conferência contou ainda com a participação do diretor geral da Organização Pan-Americana da Saúde Opas/OMS, Jarbas Barbosa; da ministra do meio ambiente, Marina Silva; da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

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Simpósio REDE-TB Bahia será realizado nos dias 17 e 24 de julho

O Simpósio REDE-TB Bahia será realizado nos dias 17 e 24 de julho, presencialmente, no Auditório do Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia. As inscrições para o evento, que é uma atividade pré-congresso do X Workshop da REDE-TB, estão abertas até 24/07 através do link. A participação é gratuita. 

São oferecidas 100 vagas, sendo 50% preferenciais para profissionais da área. Para concorrer às vagas reservadas é preciso apresentar comprovação na inscrição.

O Simpósio REDE-TB Bahia é um evento de atualização com palestras de pesquisadores locais que atuam em diferentes temas, com impacto no manejo, tratamento e vigilância da tuberculose. Com este evento, pretendemos criar uma oportunidade de interlocução com pessoas que trabalham na assistência à saúde da nossa população e que são afeitas ao problema da tuberculose, uma das principais causas de morte por doenças infecciosas em nosso país e em todo o mundo. Os participantes terão também a oportunidade de conhecer melhor a Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose.

Confira a programação completa: 

17 de julho de 2023

12h30 – Credenciamento e recepção

13h30 – Apresentação do evento

13h40 – Layana Alves – Cenário epidemiológico atual da tuberculose na Bahia

14h00 – Luciana Sobral – Tratamento da infecção tuberculosa latente (ILTB) em contatos de pacientes com tuberculose

14h20 – Tarcísio Silva – Tuberculose na população em situação de rua

14:40 – intervalo

15h00 – Erica Chimara – Vigilância da tuberculose multirresistente a fármacos

15h20 – Theolis Bessa – Candidatos a novas vacinas para o controle da tuberculose

15h40 – Debate com os palestrantes

16h20 – Encerramento

24 de julho de 2023

13h00 – Credenciamento e recepção

14h00 – Apresentação do evento

14h10 – Ramon Andrade – Resposta às cepas vacinais utilizadas no Brasil (BCG Moreau-RJ e BCG Russia)

14h30 – Joilda Nery – Tuberculose na população negra

14h50 – Ações do Comitê Baiano de Tuberculose

15h10 – Eliana Matos – Novo esquema terapêutico reduzido para TB-DR

15h40 – Debate com os palestrantes

16h10 – Encerramento

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Fiocruz Bahia participa do Seminário Dois de Julho das Mulheres

A Fiocruz Bahia participou do Seminário Dois de Julho das Mulheres: Liderança feminina na ciência, realizado no salão nobre da reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O evento faz parte da programação do 2 de julho pela ciência, promovido pela Academia de Ciências da Bahia e contou com a presença da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, do presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mário Moreira, e da coordenadora nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, Cristina Araripe, além de pesquisadores, estudantes e demais membros da comunidade científica e da sociedade civil. A mesa foi composta pela ministra da saúde, Nísia Trindade; a secretária de educação do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro; a representante do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, Julieta Palmeira; o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Manoel Barral; o reitor da UFBA, Paulo Miguez; a presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader e a secretária de saúde do Estado da Bahia, Roberta Santana.

Abrindo o seminário, o presidente da Academia de Ciências da Bahia, Manoel Barral falou sobre a importância de falar sobre o protagonismo feminino, especialmente no contexto do 2 de julho e dos grandes desafios atuais. “Hoje a Academia presta uma homenagem bastante importante à Drª Nísia Trindade Lima pela sua trajetória de liderança feminina que se maximizou pelo profícuo trabalho como presidente da Fiocruz, quando fomos assolados pela combinação de pandemia e pandemônio, e pela atual firme condução do Ministério da Saúde, com realizações rápidas e um planejamento do futuro”, pontuou.  

Em seguida, o reitor da UFBA, Paulo Miguez, saudou os presentes e abriu espaço para a leitura da moção de apoio à ministra Nísia Trindade, proferida pela vice-diretora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, Joilda Nery. A carta reconheceu avanços no campo da saúde coletiva proporcionadas através do Sistema Único de Saúde, destacando serviços como o SAMU, a Estratégia de Saúde da Família e o Programa Nacional de Imunizações. Também foram apontados os desafios enfrentados pela ministra durante os primeiros seis meses de seu mandato e a retomada de ações como a redução de filas para procedimentos eletivos, a campanha de vacinação, o relançamento do programa Mais Médicos e da Farmácia Popular. “Pela competência, pelo compromisso público e pela integridade moral, as dirigentes e os dirigentes das unidades acadêmicas da área de saúde da Universidade Federal da Bahia se manifestam publicamente em apoio à ministra Nísia Trindade Lima, que deve permanecer no cargo pelo bem da saúde dos brasileiros”, dizia a carta. 

A secretária de educação do Estado da Bahia, Adélia Pinheiro, falou sobre a importância do evento e da presença das mulheres nos espaços de poder e produção de conhecimento. “Neste dia, neste tempo, é importante falar para homens e mulheres, baianas, baianos, brasileiras e brasileiros, e para além desse recorte territorial, que as mulheres precisam estar na ciência, mas não somente. Em todos os postos de poder e de trabalho, da forma como quiserem, mas sempre em igual proporção a que nós estamos na população”, declarou.  

Na sequência, foi exibido um vídeo enviado pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que parabenizou pela realização da atividade e as contribuições femininas para a independência da Bahia. “Quero dizer que o empoderamento feminino é um tema prioritário para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, desde que assumimos temos buscado instrumentos para ampliar o acesso, garantir a permanência e viabilizar a ascensão das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas. Muito além da igualdade de oportunidade que queremos assegurar, a participação feminina na produção de conhecimento é uma questão de excelência”, pontuou. 

Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a assessora do presidente da Agência Pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério, Julieta Palmeira reforçou a fala da ministra Luciana e falou sobre a necessidade de reafirmar a participação feminina nas lutas pela Independência da Bahia e as contribuições femininas em dias atuais. “É preciso resgatar o protagonismo feminino em nossa sociedade. Quando se fala em liderança de mulheres na ciência é muito importante se colocar a necessidade de dar visibilidade…Nós queremos uma educação de equidade, uma educação inclusiva, democrática e não sexista”, afirmou Julieta defendendo que as mulheres possam ocupar diversas áreas da ciência. 

A presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Nader, também ressaltou a importância de promover políticas para o acesso e a permanência de mulheres nos espaços de produção do conhecimento. “Ciência é um pilar do desenvolvimento e em nenhum lugar do mundo é visto como gasto, mas sim como um investimento”, defendeu Helena, que é a primeira mulher presidente da Academia em mais de cem anos de existência. 

Por fim, a ministra da saúde, Nísia Trindade Lima, apresentou uma breve perspectiva histórica sobre a presença das mulheres na ciência, falou sobre os desafios enfrentados em sua gestão à frente do Ministério e ações que estão sendo postas em prática, como o  Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça e Valorização das Trabalhadoras que tem como principal objetivo promover a equidade de gênero e raça dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), prevendo a criação e ampliação de condições necessárias para o exercício desses princípios entre os profissionais do SUS. “Se nós não tivermos essa visão integrada, as ações se perdem e acabam sendo pontuais, que não fazem com o que o SUS, que é essa grande inovação, essa grande conquista democrática possa garantir maior inclusão social como é o seu projeto de origem. Nós precisamos trabalhar uma agenda de governo, mas nós também precisamos de uma agenda como sociedade, esse é o ponto.” concluiu. 

A programação do 2 de Julho pela Ciência foi realizada nos dias 1º, 2 e se estende até o dia 4 de julho, contando com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, além da Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Academia de Letras da Bahia, Academia de Engenharia da Bahia, Institutos de Ciência e Tecnologia, Sociedade Brasileira de Física, dentre outras instituições atuantes na produção de conhecimento, na defesa, divulgação e popularização da ciência. 

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Reprogramação metabólica em monócitos humanos infectados com leishmania é tema de dissertação

Estudante: Gabriela Duarte da Silva
Orientação: Cláudia Ida Brodskyn
Título da Dissertação: “Investigação da reprogramação metabólica em monócitos humanos infectados com Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 13/07/2023
Horário: 14h00
Local: Auditório Aluízio Prata

Resumo

INTRODUÇÃO: A leishmaniose é uma doença tropical causada pelo protozoário intracelular obrigatório do gênero Leishmania. Diferentes espécies de Leishmania desenvolveram mecanismos distintos de evasão imune, como a interrupção da sinalização celular e de processos metabólicos, afim de obter uma infeção efetiva nas células mononucleares do hospedeiro. No entanto, como as diferentes espécies de Leishmania impactam no metabolismo celular do hospedeiro permanece pouco compreendido. OBJETIVO: Assim, o objetivo deste estudo é dissecar a assinatura metabólica das duas espécies de Leishmania: L. amazonensis e L. braziliensis, na infecção de monócitos humanos. MATERIAL E MÉTODOS: Monócitos humanos foram coletados do sangue periférico de doadores saudáveis e foram infectados com Leishmania spp. por 18 horas, e as taxas de acidificação extracelular (ECAR) e consumo de oxigênio (OCR) foram obtidas através do Seahorse. Além disso, foram realizadas dosagens da produção de lactato e óxido nítrico através de espectrofotometria. Os monócitos foram pré-incubados com diferentes inibidores das principais vias metabólicas para verificação das concentrações inibitórias mínimas que não provocam a morte celular. Avaliou-se, ainda, a porcentagem de células infectadas, bem como o número de parasitas por célula mediante o tratamento com os inibidores metabólicos. Em adição, avaliamos a massa mitocondrial e o potencial de membrana por meio das sondas “MitoTrackers” por citometria de fluxo. A produção de espécies reativas de oxigênio mitocondrial e celular foram mensuradas através das sondas “MitoSox” e “Cellrox” respectivamente, por microscopia de fluorescência. A dosagem de citocinas foi adquirida através do Luminex. Os dados obtidos foram então submetidos à análise estatística, e os valores foram considerados significativos quando p ≤ 0,05. RESULTADOS: Nossos dados demonstram que monócitos infectados por L. amazonensis e L.braziliensis exibem um perfil metabólico semelhante, levando a uma menor taxa de acidifação extracelular e consumo de oxigênio. Quando os monócitos são tratados com diferentes inibidores das vias metabólicas previamente à infecção, há uma maior produção de lactato, entretanto, quando os monócitos são tratados após infecção, há uma diminuição da produção de lactato. Monócitos infectados, tratados com inibidores que atuam no metabolismo glicolítico, mitocondrial, na β-oxidação e síntese de ácidos graxos apresentaram uma diminuição na carga parasitária, mostrando a importância dessas vias para a sobrevivência do parasita. Além disso, observou-se que a infecção por ambas espécies de Leishmania aumenta a massa mitocondrial e o potencial de membrana, bem como, interferências no metabolismo dos monócitos estão relacionadas com o aumento do estresse oxidativo, elevando a produção de espécies reativas de oxigênio celular (ROS) e mitocondrial (mtROS) que auxiliam na eliminação do parasita. CONCLUSÃO: Este estudo demonstra que a infecção por L. amazonensis e L.braziliensis apresenta um perfil semelhante na alteração do metabolismo celular. A inibição do metabolismo do hospedeiro é relevante para eliminação do parasita, evidenciando que interferências no metabolismo celular são de suma importância para erradicar a infecção. Esse trabalho destaca o potencial do metabolismo celular dos monócitos como um futuro alvo terapêutico para modular a infecção por Leishmania spp. Palavras-chave: Metabolismo; Reprogramação metabólica; Leishmania spp.

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Fiocruz Bahia participará do “2 de julho pela Ciência”

A Fiocruz Bahia vai participar das atividades de celebração dos 200 anos da Independência da Bahia (1823-2023), promovidas pela Academia de Ciências da Bahia, nos dias 1, 2 e 4 de julho.

Tendo como foco a defesa da ciência, da educação e do compartilhamento do conhecimento, no dia 1º, será realizado o seminário presencial “O 2 de Julho das mulheres: Liderança feminina na ciência”, com a participação das ministras Nisia Trindade Lima (Ministério da Saúde), Luciana Santos (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e da presidente da Academia Brasileira de Ciências (ACB), Helena Nader, além de outras autoridades e convidados. O evento acontece das 10h às 12h, no Salão Nobre da Reitoria da UFBa.

No dia 2 de Julho, os cientistas, acadêmicos e integrantes de instituições parceiras participarão do cortejo “O 2 de Julho pela Ciência”. A concentração está marcada para às 8h, no Largo da Lapinha, com saída prevista às 9h. O trajeto até o Largo do Terreiro de Jesus é estimado entre 60 a 90 minutos de caminhada. Já estão confirmadas a participação de várias instituições, como a Fiocruz Bahia, Academia de Letras da Bahia, Academias de cidades do interior baiano, Universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).

Finalizando as comemorações, no dia 4 de Julho, das 16h às 18h, na Reitoria do IFBA, ocorrerá o debate presencial com transmissão online, “A visão popular de independência no 2 de Julho”. O evento contará com moderação do acadêmico João José Reis (UFBA), e terá a participação de Wlamyra Albuquerque (UFBA), de Sérgio Guerra (UFRB) e de Hendrik Kraay (University of Calgary – Canadá). 

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Dissertação avalia desempenho diagnóstico da fração RBD da proteína Spike do SARS-CoV-2

Estudante: Larissa de Carvalho Medrado Vasconcelos
Orientação: Fred Luciano Neves Santos
Co-orientação: Isadora Cristina de Siqueira
Título da Dissertação: “AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DA FRAÇÃO RBD DA PROTEÍNA SPIKE DO SARS-COV-2 PARA O IMUNODIAGNÓSTICO DA COVID-19”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 13/07/2023
Horário: 14h00
Local: Sala de Vídeoconferência e Zoom
ID da reunião: 893 9206 5744
Senha de acesso: larissa

Resumo

INTRODUÇÃO: O SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2) é um betacoronavírus pertencente à família Coronaviridae. A COVID-19, doença causada pelo vírus, apresenta quadro clínico inespecífico e de gravidade variada. O diagnóstico padrão da fase aguda é através de ensaios moleculares, no entanto imunoensaios são utilizados para fornecer informações complementares. Dentre as proteínas do SARS-CoV-2, a fração RBD da proteína Spike consiste em um potencial candidato para ser usado como matriz antigênica em ensaios sorológicos indiretos. OBJETIVO: Avaliar o desempenho diagnóstico da fração RBD da proteína Spike do SARS-CoV-2 para o imunodiagnóstico da COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: A fração recombinante RBD foi cedida pelo Instituto de Desenho de Proteínas (Institute for Protein Design, Seattle-WA, EUA). O ELISA indireto foi padronizado para determinação da melhor quantidade do antígeno RBD, e a melhor titulação do anticorpo secundário IgG e IgM e das amostras séricas. A avaliação do potencial diagnóstico da RBD foi realizada utilizando 705 amostras séricas caracterizadas através de testes comerciais para detecção do SARS-CoV-2, sendo 354 amostras positivas para COVID19 e 351 negativas, obtidas de doadores de sangue antes do início da pandemia. Para a avaliação da reatividade cruzada foram utilizadas 135 amostras pré-pandemia positivas para outras doenças infecto-parasitárias. RESULTADOS: Após a definição das melhores condições para realização dos imunoensaios, o RBD-ELISA IgG apresentou boa capacidade diagnóstica com AUC de 84,6%, sensibilidade de 48%, especificidade de 99,1% e acurácia de 73,5%. Já o RBD-ELISA IgM demostrou capacidade diagnóstica razoável com AUC de 76,5%, sensibilidade de 51,1%, especificidade de 94,6%, e acurácia de 72,8%. Ao estratificar as amostras pelo intervalo de coleta após início dos sintomas, foram observadas diferenças nos parâmetros de desempenho para ambos os testes, os quais mostraram-se maiores para amostras coletadas no intervalo de 15-21 dias. Ao avaliar a reatividade cruzada, o RBDELISA IgG obteve uma taxa de 4,4% (6/135) de reatividade, enquanto o RBD-ELISA IgM teve apresentou taxa de 3,7% (5/135). CONCLUSÃO: O RBD-ELISA IgG e IgM são capazes de diferenciar amostras positivas de negativas, apresentando boa capacidade diagnóstica. Quando realizada a estratificação dos resultados por data da coleta após a data do início dos sintomas, ambos os testes apresentaram elevado desempenho no intervalo de 15-21 dias. Todavia, o uso dos testes em paralelo possibilitou o aumento nos parâmetros de desempenho independente do período em que a coleta da amostra foi realizada. Palavras-chave: Sorodiagnóstico da COVID-19; RBD; Spike, SARS-CoV-2.

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PGPCT abre inscrição para credenciamento de docentes

O curso de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) inicia o credenciamento de novos professores permanentes e colaboradores com critérios baseados no documento de área, publicado no site da CAPES. 

Os professores que possuem interesse devem manifestar-se através do preenchimento deste formulário, com devolução em PDF, até o dia 12/07/2023, conforme cronograma abaixo, para o e-mail pgpct@fiocruz.br. Os currículos na plataforma Lattes devem estar atualizados, pois serão utilizados pela Comissão avaliadora. 

CRONOGRAMA 

Inscrições Até 12 de julho 
Homologação das inscrições 13 de julho 
Avaliação 14 a 19 de julho 
Homologação dos resultados 20 de julho 
Divulgação do Resultado 21 de julho 
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PGPCT abre seleção para bolsista de Pós-Doutorado da CAPES

A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) torna pública a Chamada 03/2023 para a seleção de bolsista de pós-doutorado, concedida pela CAPES, por meio Acordo de Cooperação técnica nº 1116/2022. O objetivo é fomentar a Rede Brasileira de Pesquisa Clínica (RBP Clin), através do Programa Piloto em Pesquisa Clínica.

Clique aqui e consulte a Chamada Pública.

Para conhecer os docentes do programa, clique aqui.

Qual o valor e duração da bolsa?
Trata-se de bolsa concedida pela CAPES no valor de R$ 5200,00 pelo período de 12 meses, prorrogável a critério do colegiado do curso.

Quem pode se candidatar?
Podem se candidatar portadores de título de doutorado com atuação nas áreas: Pesquisa Clínica, Oncologia ou Vigilância Sanitária e que atendam aos requisitos do item 2 da Chamada Pública 03/2023.

Como e quando será o processo seletivo?
Os candidatos serão avaliados pelo seu currículo, carta de interesse e entrevistas que ocorrerão nos dias 18 e 19 de julho.

Como se inscrever?
As inscrições deverão ser encaminhadas, até o dia 12 de julho, para o e-mail pgpct@fiocruz.br, em único arquivo PDF, identificado com o nome do candidato. Os documentos deverão ser salvos na seguinte ordem:

-Ficha de inscrição (Anexo I)
-Identidade
-CPF
-Comprovante de endereço
-Diploma de Doutorado frente e verso
-Carta de recomendação.
-Carta de interesse do candidato, incluindo o link do Currículo Lattes.

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Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme chama atenção para a enfermidade de alta prevalência no Brasil

Criado pela Organização das Nações Unidas, em 2008, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, celebrado em 19 de junho, tem como principal objetivo chamar atenção de toda a sociedade para a existência e as complicações causadas pela enfermidade. A Doença Falciforme é uma condição genética e hereditária, que causa alteração nos glóbulos vermelhos do sangue, os fazendo assumir o formato de foice.

A enfermidade, que não tem cura, é a doença genética de maior prevalência no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas com Doença Falciforme no Programa Nacional de Triagem Neonatal foi de 1.087, em uma incidência de 3,78 a cada 10 mil nascidos vivos. Estima-se que, atualmente, há entre 60 mil e 100 mil pacientes com Doença Falciforme no país. A distribuição no Brasil é bastante heterogênea, sendo a Bahia, o Distrito Federal e o Piauí as unidades federadas de maior incidência.

O diagnóstico da doença pode ser feito através do Teste do Pezinho, que é obrigatório e deve ser realizado em todos os recém-nascidos, preferencialmente entre o 2º e o 7º dia de vida, a partir de gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê. Outra forma de detecção é do exame de eletroforese de hemoglobina.

Dentre as principais complicações causadas pela hemoglobinopatia estão as crises vaso-oclusivas, infecções por microorganismos encapsulados, principalmente do trato respiratório e septicemia, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico, priapismo, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e crise aplástica. Por isso, o acompanhamento por uma equipe multiprofissional é indispensável, garantindo melhor qualidade de vida para as pessoas nesta condição.

Na Fiocruz Bahia, a Doença Falciforme é tema dos estudos científicos desenvolvidos pela equipe do Laboratório de Investigação em Genética e Hematologia Translacional (LIGHT), coordenado pela pesquisadora Marilda Gonçalves, abordando temas como diagnóstico, tratamentos e novos estudos capazes de contribuir para maior qualidade de vida para pessoas nesta condição, atuando para a geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico.

Em celebração ao Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, a pesquisadora e diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e o doutor em Patologia Experimental, pelo programa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em ampla associação com a Fiocruz Bahia, Modeste Yahouedehou, falaram um pouco sobre a importância de chamar atenção para a DF, reforçando a sua condição de problema de saúde pública e gerando debate em diferentes esferas da sociedade.

Confira!

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Segunda turma do PgPCT inicia o ano letivo 

A aula inaugural do Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT) ocorreu na sexta-feira (02/06), na Fiocruz Bahia. Esta é a segunda turma para o Mestrado Profissional que iniciou em 2020. Com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o PGPCT faz parte de um programa piloto em Pesquisa Clínica composto por três instituições além da Fiocruz Bahia: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz-INI) e Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 

O evento contou com a presença do vice-diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz Bahia Vadeyer Reis, representando a Diretoria que não pôde estar presente. O vice-diretor parabenizou os novos mestrandos. “Nos colocamos à disposição para o que necessitem em termos de apoio institucional. A Fiocruz é uma instituição singular, que atua desde a pesquisa até a disseminação de informação em saúde. Desejo a vocês sucesso”. 

A coordenadora do curso, Conceição Almeida, também enalteceu a turma que, diante da qualidade do currículo dos inscritos, ampliou o número de vagas. A pesquisadora recordou que um dos objetivos do curso é qualificar os estudantes para conduzirem pesquisas clínicas e translacionais e em vigilância em saúde para que possam atuar como multiplicadores de conhecimento. “Na Fiocruz Bahia, os estudantes têm uma experiência produtiva e enriquecedora. Nós queremos convidar vocês a viver isso conosco”, comentou.  

Já o vice-coordenador do curso, Edson Duarte Moreira, mencionou as possibilidades de trabalho final do curso. “Gostaria de destacar que o produto final não é tão rígido quanto em um mestrado acadêmico. Há um leque de produtos que pode ser explorado e alinhado ao trabalho de vocês”. A coordenadora de Ensino, Clara Mutti, e as pesquisadoras Patrícia Veras e Deborah Bittencourt, que irão lecionar no curso, também participaram do encontro. 

Novos discentes 

Ao todo são 36 novos estudantes, sendo 28 profissionais de instituições públicas de saúde e 8 de instituições privadas. Além disso, o programa abrangeu profissionais de áreas diversas. São 13 médicos, 12 profissionais de Enfermagem, 3 de Farmácia e 3 fisioterapeutas; as outras vagas foram distribuídas entre profissionais de Odontologia, Nutrição, Ciências Biológicas, Psicologia e Sistemas de Informação. A seleção contemplou ainda candidatos de Salvador e de municípios do interior da Bahia.  

Daniela Almeida se dedica ao exercício da profissão como nutricionista oncológica há 11 anos. Com o ingresso no Mestrado Profissional, ela espera que o estudo acadêmico seja alinhado à prática clínica. “Espero desenvolver ferramentas de aplicação efetiva do conhecimento adquirido e habilidades que favoreçam importante ligação do ambiente acadêmico com o serviço de saúde do qual participo, aprimorando as práticas assistenciais e favorecendo condutas clínicas mais assertivas”, afirma. Para Daniela, outro forte motivo para essa escolha foi a possibilidade de trocas em uma turma multiprofissional.  

Já Patrícia Alessandra França, enfermeira sanitarista no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Bahia), buscou a especialização no eixo temático de Vigilância em Saúde. Ela conta ter boas expectativas quanto a formação e que espera poder causar impacto com os estudos. “As minhas expectativas vão no sentido de crescimento pessoal e profissional. Quero ter novas perspectivas de conhecimento e experiências na área da pesquisa e desenvolvimento de projeto que ao ser implementado no meu serviço, venha a impactar positivamente na saúde da população”, compartilha. 

Primeira turma  

Em 2022, o PgPCT formou a primeira turma de mestres. A docente do curso Theolis Bessa destaca que os ensinamentos da primeira edição ajudaram a ampliar o escopo do programa. “A primeira edição trouxe-nos bastante aprendizado com a orientação de estudantes que traziam suas questões a partir de sua prática profissional. Juntos, propusemos soluções que estavam ao seu alcance investigar e implementar. Temos uma excelente expectativa de continuarmos com essa proposta, crescendo com as sugestões, além da ampliação para a área de Vigilância em Saúde”. 

Eugênia Gramado, docente do PgPCT, conta que alguns dos alunos tiveram seu primeiro contato com a pesquisa no mestrado. “O curso promove a aproximação entre o profissional que está no atendimento direto ao paciente e os pesquisadores que podem ajudar a entender questões desse profissional”, avalia.  

Os mestres formados pelo PgPCT recomendam a experiência para outros profissionais. “O curso abriu meus horizontes, pretendo continuar pesquisando”, comenta a fisioterapeuta Ivana Espínola Cedraz, que atua no Centro Estadual de Oncologia (Cican), órgão ligado à Secretaria de Saúde do Estado. Cedraz realizou uma pesquisa sobre o grupo de apoio Sakura para mulheres com câncer de mama. 

Para a médica oncologista Vanessa Dybal um dos benefícios do Metrado Profissional foi poder pesquisar enquanto seguia com suas atividades. “O mestrado profissional é uma oportunidade bastante importante para os profissionais da saúde que desejam adquirir conhecimento científico. Até mais do que isso, é também uma chance de despertar o raciocínio científico na nossa prática”, opina.  

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Fiocruz Bahia encerra a 31ª RAIC com premiação de trabalhos 

A 31ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da Fiocruz Bahia premiou os melhores trabalhos apresentados pelos estudantes de Iniciação Científica e Tecnológica da unidade, entre os dias 31 de maio a 2 de junho. O evento é realizado pelo Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), com o objetivo de acompanhar o progresso dos bolsistas. Os estudantes vencedores são indicados para a competição nacional da Fiocruz.  

Com mais de 70 apresentações, a vice-diretora de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia Claudia Brodskyn agradeceu a todos os estudantes que participaram. Para ela, todos os participantes são vitoriosos. “A RAIC é um acontecimento único dentro da nossa instituição, uma vez que todos os estudantes de Iniciação Científica apresentam seus projetos e resultados para diferentes bancas de avaliação para demonstrar seu conhecimento e maturidade em relação ao projeto”, afirma. “Na Fiocruz Bahia, a Iniciação Científica representa uma das portas de entrada dos estudantes de graduação para a pesquisa e inovação. Nossos pesquisadores estão com as portas abertas para receber essa nova geração”. 

Na Fiocruz Bahia, a Iniciação Científica (IC) abarca estudantes desde o nível médio, com o Programa de Vocação Científica (Provoc), passando pela graduação até a pós-graduação. Para o coordenador do PROIIC, Jorge Clarêncio, isto mostra a abrangência e o interesse que há por essas iniciativas. Ele considera este um momento de grande importância na vida do pesquisador. “O jovem cientista está apresentando os dados coletados e isso, no mundo científico, é de extrema importância, pois é nesse momento que os dados são validados. Esse momento de apresentação e de estar a frente da comunidade científica é um exercício importante para o estudante”. 

O evento também contou com a sessão científica ministrada pelo pesquisador Marcelo Bozza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o tema “Infecção x doenças: carreadores oligossintomáticos de patobiontes e patógenos”. 

Premiação 

Os estudantes premiados foram Luana Aragão, Amanda Mota Coelho, Julio Cesar Queiroz e Carla Polyana Oliveira. Iane Kathleen Silva foi escolhida para o prêmio de Melhor Trabalho pelo PROVOC.  Receberam menção honrosa Luma Bahia Figueiredo, Gabriel Alves, Bruno Sousa e Márcio Andrade, e, pelo Provoc, a estudante Agatha Raissa Silva.  

A estudante de Biomedicina, da UNIME, e do bacharelado interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Luana Aragão afirmou que o prêmio é a realização de um sonho. “É uma honra fazer parte da Iniciação Científica na Fiocruz, uma instituição de extrema relevância para o país. Me sinto imensamente grata e feliz pelo prêmio, e o vejo como reconhecimento da minha dedicação e da importância do projeto que estou desenvolvendo”, declara.  

Julio Queiroz, estudante de Biomedicina na Unifacs, aproveitou a oportunidade para também agradecer ao orientador Bruno Solano e aos outros pesquisadores do laboratório que realizaram a pesquisa em conjunto com ele. O trabalho do estudante analisou o efeito de células do cordão umbilical humano em um modelo de depressão. De acordo com ele, a premiação serve como incentivo para a equipe de pesquisa. “Eu fiquei muito feliz, honrado e surpreso. Esse projeto é lindo e fazer jus a grandeza dele me deixou orgulhoso. Além disso, gostei muito da RAIC, porque durante esse período eu consegui acompanhar diversos trabalhos e conhecer outros estudantes”.  

“Pra mim, é muito gratificante ver meu esforço sendo reconhecido, porque eu vim de longe pra fazer faculdade e saber que estou no caminho certo me deixa extremamente feliz e grata pelo curso que escolhi fazer”, afirma Amanda Coelho. A estudante de Biotecnologia aproveitou a ocasião para agradecer aos orientadores da sua pesquisa, Daniel Bezerra e Larissa Mendes, do Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (LETI). 

A estudante do 2° ano do ensino médio do Colégio Estadual Professor Carlos Barros, Iane Kathleen, se emocionou com a premiação e quis receber o prêmio ao lado da professora do colégio. Orientada pela pesquisadora Nelzair Viana, Iane participa de uma pesquisa no âmbito das atividades do Laboratório de epidemiologia molecular e bioestatística Provoc. “Minha sensação é de dever cumprido. Eu sinto que consegui passar minhas experiências de uma forma que a banca pudesse entender. Pretendo continuar pesquisando, tendo minhas vivências fora do laboratório, com meus colegas do colégio”, coloca.  

Abertura nacional 

A abertura nacional do evento ocorreu no dia oito de maio, no Rio de Janeiro. Na cerimônia, que faz parte do calendário oficial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram destacadas a importância da Iniciação Científica na formação de novos pesquisadores e no incentivo de uma nova postura frente a ciência.  

Participaram da mesa de abertura o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz Rodrigo Correia; a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação Cristiani Vieira Machado; a coordenadora do Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (ESPJV) Cristiane Nogueira Braga, também integrante da coordenação  do Programa de Vocação Científica (Provoc) da Fiocruz; e Maria de Fátima Baptista, assessora da vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas e colaboradora do Programa Inova Fiocruz. O evento contou com a mediação da jornalista Cristiane Boar, da vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas.  

Os integrantes da mesa ressaltaram a importância da Iniciação Científica na vida de jovens pesquisadores. Rodrigo Correia afirma que, mesmo aqueles que não seguirem na carreira acadêmica, encontram benefícios na experiência. “A IC possui um muito maior de educar, de ajudar a descobrir a ciência”. O vice-presidente recordou outras ações de incentivo ao ingresso na vida acadêmica, como o programa “Pibic nas Comunidades” e o Provoc, que está ativo em todas as unidades da instituição. 

Cristiani Machado concorda com a visão exposta sobre a IC. “Muitas pessoas não seguem na trajetória científica, mas muda a sua visão sobre o papel da ciência na sociedade. Além disso, a formação interdisciplinar é muito importante. Quanto mais vocês experimentam na trajetória profissional, mais rica ela pode ser”, assegura. “A IC foi uma das coisas mais importantes que fiz na minha vida, porque condicionou várias escolhas, inclusive a escolha de trabalhar como pesquisadora”, compartilha Machado.  

A programação foi encerrada por uma palestra conduzida pelo pesquisador da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca. O cientista foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do teste que indicava em tempo real as mutações do coronavírus.

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Pint of Science aproxima ciência da sociedade com papo descontraído em bares de Salvador

A ciência saiu dos laboratórios e foi para as mesas de bares e restaurantes. Essa é a proposta do Pint of Science, evento onde pesquisadores discutem ciência e suas contribuições para a sociedade enquanto degustam um copo de cerveja. A edição de 2023 aconteceu nos dias 22, 23 e 24 de maio e, em Salvador, contou com a Fiocruz Bahia na sua organização, junto a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Realizado no Bar Tampinha, o primeiro dia do evento trouxe a sustentabilidade como tema central e contou com a participação do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA e coordenador do INCT-Carne, Ronaldo Lopes, que compartilhou sua experiência na área de avaliação de alimentos e qualidade da carne. Já a pesquisadora Carolina Souza, também da UFBA, abordou o aproveitamento de resíduos para obtenção de bioprodutos e as iniciativas da startup “SuperBugs Alimentos Funcionais”, empresa voltada para a produção sustentável de insetos comestíveis, financiada pelo Programa Centelha Bahia.

A última participação da noite ficou por conta da pesquisadora da Fiocruz Bahia, Nelzair Vianna, com a palestra “Ciência e decisão”. A apresentação contou com o lançamento do gibi com o mesmo nome de sua fala com ilustrações de Pablito Aguiar, contando a história do projeto de monitoramento da qualidade do ar em Salvador. Nelzair falou sobre a necessidade de aproximar cientistas e a sociedade, reforçando a importância do fazer científico para a saúde da população.  “Participar do Pint of Science foi uma oportunidade de interagir com o público em geral, trazendo a importância da ciência para as decisões que fazem parte do nosso dia a dia. Falamos sobre como as decisões políticas para gerenciar riscos sobre poluição do ar em Salvador foram baseadas em evidências científicas”, ponderou.

No dia 23, o Pint of Science aconteceu na cervejaria Art Malt, no bairro do Rio Vermelho. Antes da abertura oficial do evento, uma quebra de protocolo marcou o tom da temática da noite, “Sendo inspiração: Meninas e Meninos nas Ciências”: a estudante Giulia Victoria foi chamada ao palco para conhecer Jaqueline Góes, uma das palestrantes do evento. Giulia, que recentemente foi aprovada em primeiro lugar em Química, na UFBA, tem a pesquisadora como inspiração.

O exemplo da estudante casou com as três apresentações da noite. Abrindo o evento, Natália Tavares, da Fiocruz Bahia, trouxe dados sobre a presença feminina nos espaços científicos, desde a graduação até a profissionalização, dialogando com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como um dos objetivos a igualdade de gênero. A pesquisadora compõe a comissão do projeto Meninas Baianas na Ciência que faz parte do movimento pelo fim da discriminação de gênero da Fiocruz e busca mostrar a estudantes do ensino médio da rede pública que elas podem seguir a carreira científica, explicou Natália. As meninas selecionadas para o programa desenvolvem atividades dentro dos laboratórios do instituto e assim dão os primeiros passos nessa carreira, vivendo na prática o poder transformativo que essa iniciativa tem.  “Quando elas vão na Fiocruz e colocam a mão na massa, percebem que não é algo distante, que elas podem fazer isso também” declarou a pesquisadora.

Jaqueline Góes foi a segunda palestrante do evento, levando para a mesa do bar sua trajetória como pesquisadora, ou melhor, cientista, como ela prefere ser chamada, para trazer mais aproximação com o público geral. “Cria” da Fiocruz Bahia, Jaqueline contou sua história desde quando decidiu estudar Biomedicina até seus projetos de mestrado e doutorado na fundação, para mostrar como cada passo foi importante para chegar ao estrelato, ao fazer parte da equipe que sequenciou o genoma do Sars-Cov-2 em tempo recorde em 2020, assim que o primeiro caso foi registrado no Brasil.

O reconhecimento internacional pelo seu feito e sua representatividade como mulher negra na ciência é um exemplo de como a igualdade de gênero e raça precisa ser alcançada para que Jaqueline não seja o único ponto fora da curva na área. A egressa da Fiocruz Bahia disse que enxergou todo o sucesso como um grande propósito, para dar oportunidade para as futuras cientistas da mesma forma que ela recebeu em pontos cruciais da carreira.

“Se não tiver oportunidade não adianta, você pode ser a pessoa mais talentosa do universo, seu talento vai ficar guardadinho na gaveta. A gente precisa ter oportunidade, a gente precisa oferecer plataformas para que esses talentos possam ser visibilizados” reafirmou Jaqueline, aproveitando a oportunidade para falar em primeira mão sobre o Instituto Jaqueline Góes, que futuramente irá potencializar as carreiras dessas meninas e mulheres negras e indígenas.

Finalizando o segundo dia, o doutorando da Fiocruz Bahia, Matheus de Jesus, falou sobre a Síndrome de Impostor tão presente na vida dos estudantes e pesquisadores já formados. Apesar de não ser considerado um transtorno mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS), existe uma preocupação por parte dos psicólogos para tratar os transtornos que podem levar a essa síndrome, como ansiedade e depressão.

Discutir saúde mental é de extrema importância dentro da carreira acadêmica, para evitar que esses transtornos levem a uma autocobrança exacerbada e a síndrome se instale, piorando o quadro do indivíduo. Autossabotagem e crenças negativas foram alguns exemplos de fatos agravantes citados por Matheus em sua apresentação, trazendo seu relato pessoal para ajudar outras pessoas na mesma situação. O doutorando falou abertamente sobre precisar da ajuda profissional em dado momento da vida e a necessidade de normalizar tratamentos com psicólogo e psiquiatra, como se trata de outras doenças.  “São questões que a gente precisa começar a conversar e a normalizar porque esse tipo de sentimento é uma questão recorrente entre os alunos” acrescentou Matheus.

O último dia de festival, realizado na quarta-feira, 24, na hamburgueria Red Burger, contou com palestras dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Bruno Bezerril, Fred Santos e Clarissa Gurgel, além do professor do SENAI CIMATEC, Daniel Almeida Filho. Com o clima descontraído, os convidados abordaram temas como ciência e medicina, doença de Chagas, pesquisas sobre o câncer e inteligência artificial.

Primeiro a se apresentar, Bruno Bezerril falou sobre a interação entre ciência e saúde, apresentando as diferenças e semelhanças das trajetórias do médico, do cientista e do médico cientista, ressaltando o constante aperfeiçoamento e avanços dos estudos científicos. “O fato da ciência estar sempre em mudança é o que faz com que ela seja fantástica”, afirmou. Em seguida, Fred Luciano fez um breve apanhado histórico sobre a doença de Chagas, passando pelas inovações e contribuições científicas para o diagnóstico e tratamento da doença, como é o caso do teste TR Chagas Bio-Manguinhos, com estudos conduzidos pelo pesquisador.

Na sequência, a pesquisadora Clarissa Gurgel apresentou um panorama das pesquisas realizadas sobre o câncer e as contribuições de profissionais de diferentes áreas na busca por respostas cada vez mais efetivas para a saúde pública. A cientista reforçou o importante papel do evento enquanto um espaço de provocação para futuros profissionais. “É um espaço de conexão da ciência com a sociedade e se, talvez, eu tenha inspirado uma única a mente jovem a seguir a trajetória científica e buscar soluções inovadoras para os desafios da pesquisa em câncer, isso ratifica o meu propósito enquanto cientista”.

A noite foi finalizada com a palestra de Daniel Almeida, que falou sobre a Inteligência Artificial e os seus impactos para a saúde e a ciência no futuro, abordando temas como a medicina personalizada e modelos promissores para o desenvolvimento de novos métodos e ferramentas de pesquisas, diagnósticos e tratamentos.

Para a pesquisadora da Fiocruz Bahia e coordenadora-adjunta do Núcleo Salvador do festival, Valéria Borges, a realização de um festival como o Pint of Science é um grande desafio e um trabalho em equipe intenso para a organização. “O evento reforça que precisamos criar mais espaços de interação de cientistas com a população. Despertar o interesse da sociedade pela pesquisa e fazer chegar à informação correta é o melhor caminho para se combater o dano causado pelas Fake News. Nada melhor do que o ambiente descontraído para brindar a Ciência”, afirmou.

Romero Nazaré, estudante do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa da Fiocruz Bahia (PgBSMI), também falou sobre a sua participação no evento. “Foi incrível! Aprendemos muito. Vimos o quanto a realização de um evento é desafiadora, mas as boas risadas, a alegria, o brilho no olhar e entusiasmo das pessoas é gratificante e recompensador”, disse.

O Pint of Science Salvador teve a coordenação geral por Denis Soares (UFBA) e contou com uma comissão local formada por Jailson Andrade (UFBA), Samuel Pita (UFBA), Rafael Short  (UFBA) e Márcio Santos (Fiocruz Bahia), além de professores, alunos e demais colaboradores das instituições envolvidas.

Sobre o festival

O Festival Internacional de Divulgação Científica Pint of Science teve início no ano de 2013, em Londres, por iniciativa de estudantes que queriam contar sobre suas pesquisas e os seus resultados positivos utilizando ambientes descontraídos como bares e restaurantes. O Pint chegou ao Brasil em 2015 e, em Salvador, ocorre desde 2017 coordenado pelo Prof. Denis Soares, diretor da Faculdade de Farmácia da UFBA.

Em 2023, o evento aconteceu simultaneamente em 25 países, em mais de 400 cidades, 120 delas no Brasil. Esta versão tem um gosto especial por ser o primeiro evento presencial pós-pandemia após importantes contribuições da Ciência nas áreas de vacina e epidemiologia da COVID-19. Em 2024, o festival será realizado de 13 a 14 de maio, despertando o interesse de toda a comunidade científica e aproximando temas importantes de toda a sociedade. Próximo ano, o Pint of Science Salvador estará sob nova direção geral de Valéria Borges (Fiocruz Bahia).

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Pesquisador Bernardo Galvão é eleito membro correspondente da Academia Nacional de Medicina 

O pesquisador emérito da Fiocruz Bahia, Bernardo Galvão, foi eleito como membro Correspondente Nacional, junto com outros profissionais e acadêmicos, pela Academia Nacional de Medicina (ANM). Integrantes da entidade se reuniram em Plenária para eleger novos membros e correspondentes, no dia 18 de maio. A escolha foi feita com base na significativa contribuição do cientista para a medicina. A diplomação dos novos membros ocorrerá no dia 8 de dezembro, na sede da ANM, no Rio de Janeiro.

Bernardo Galvão é um médico especialista nas áreas de Patologia e Imunologia. Entre suas maiores contribuições, Galvão tornou-se conhecido por ter sido o primeiro cientista a isolar o vírus HIV na América Latina, o que posteriormente foi utilizado em políticas públicas de prevenção de contágio do vírus pela transfusão de sangue. Atualmente, o pesquisador é um forte aliado no combate ao contágio do retrovírus HTLV-1, que possui altos índices de dispersão na Bahia.  

Sobre a Academia 

A ANM é uma instituição com mais de um século de história. Foi fundada ainda sob o império de Dom Pedro I, em 1829. Com o objetivo de contribuir para o estudo e desenvolvimento das práticas médicas do país, os membros da ANM se reúnem periodicamente para debates e trocas de conhecimento. A Academia promove ainda premiações, congressos e cursos abertos.  

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Resultado final do processo seletivo do PROFORTEC

O Comitê Técnico Assessor do PROGRAMA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE – PROFORTEC-SAÚDE promovido pelo IGM torna público o resultado final da seleção do programa de formação, nos perfis Laboratórios e Plataformas e Ciência de Dados, respectivamente, e convoca os candidatos para a matrícula.

Clique aqui para consultar.

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Fiocruz Bahia participa de visita da ministra Luciana Santos ao Parque Tecnológico

O secretário André Joazeiro, a diretora Marilda Gonçalves, a ministra Luciana Santos e a vice-coordenadora do CIDACS da Fiocruz Bahia, Maria Yury.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, e outros representantes da instituição participaram da visita da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ao Parque Tecnológico da Bahia, ontem (25/05). Também esteve presente o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro. Eles se reuniram com os representantes da comunidade acadêmica, como os reitores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Na ocasião, Luciana Santos apresentou as propostas do ministério e se colocou à disposição da comunidade científica e acadêmica para colaborar com a recuperação e o avanço da ciência e tecnologia.

A ministra esteve em Salvador para anunciar, junto com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, R$ 25 milhões em investimentos em pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico na Bahia. Somente o Parque Tecnológico receberá de R$ 9 milhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Pela manhã, a ministra também visitou o Senai Cimatec, um dos mais avançados centros de tecnologia e inovação do Brasil.

Investimentos

Os recursos serão destinados à construção do Centro de Inovação e Tecnologias Estratégicas, que vai atender demandas da indústria relacionadas à biotecnologia, além de pesquisas na área da Inteligência Artificial. Também, vai viabilizar a implementação do Programa de Interiorização do Parque Tecnológico e a criação da Estação Maker da Indústria Criativa.

Segundo a ministra, os anúncios fazem parte dos esforços do MCTI para descentralizar as políticas e os recursos para ciência, tecnologia e inovação. “Essa descentralização é fundamental para reduzir as assimetrias regionais e para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que atendam às demandas específicas de cada região do país”, explicou a ministra.

Luciana Santos também anunciou a implementação de programas de qualificação profissional na área das Tecnologias da Informação e da Comunicação em parceria com a Softex. A estimativa é que o programa receba R$ 15 milhões em investimentos. “São três programas de Residência em TICs que estamos desenvolvendo para ampliar o acesso e as oportunidades de ingresso nas carreiras tecnológicas. Um deles voltado para o fortalecimento do setor de TICs no sul da Bahia”, afirmou.

“Nessa agenda aqui hoje, a ministra traz o alento do orçamento, mas traz também o diálogo com o setor produtivo”, disse o governador Jerônimo Rodrigues.

Saúde e desastres naturais

A ministra ainda anunciou a liberação de R$ 1 milhão em recursos do Fundo Nacional de Saúde no âmbito do edital de Doenças Negligenciadas para avaliação de um biomarcador e para o desenvolvimento de um teste diagnóstico de baixo custo para Doença de Chagas. Também foi assinado um acordo entre o Cemaden e o governo da Bahia para fortalecer as ações de prevenção, monitoramento e alertas de desastres naturais.

“Todos esses investimentos têm o objetivo de ampliar o acesso da população aos benefícios da ciência e tecnologia, gerando bem-estar e qualidade de vida para as brasileiras e os brasileiros.”

Luciana Santos acrescentou que pretende fortalecer as parcerias com estados e municípios. Na Bahia, o MCTI deve apoiar dois projetos da Secretaria do Trabalho para criar um Centro Público de Economia Solidária e de um Centro Vocacional Tecnológico para games e aplicativos, que terá o potencial de atrair jovens em situação de vulnerabilidade social e oferecer uma oportunidade de emprego e renda.

*Com informações do MCTI e Secti

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Dissertação descreve perfil farmacoepidemiológico de pacientes com mieloma múltiplo

Estudante: Monique Almeida da Costa
Orientação: Darizy Flávia Silva Amorim de Vasconcelos
Título da Dissertação: “PERFIL FARMACOEPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM MIELOMA MÚLTIPLO (MM) ATENDIDOS EM CLÍNICA ESPECIALIZADA PARA TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SALVADOR”.
Programa: Pós-Graduação em em Pesquisa Clínica e Translacional
Data de defesa: 14/06/2023
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 883 7307 8604
Senha de acesso: monique

Resumo

INTRODUÇÃO: O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica maligna caracterizada pela proliferação de células plasmáticas. É mais comum em idosos e seu tratamento envolve várias opções farmacológicas, sem um padrão bem definido. Nesse contexto, a farmacoepidemiologia é uma importante ferramenta para avaliar o uso desses medicamentos na prática clínica, identificar padrões de prescrição e avaliar a eficácia e segurança dessas terapias, além de fornecer informações importantes para melhorar a qualidade do tratamento e a gestão dos recursos de saúde. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico, sociodemográfico e terapêutico de pacientes com diagnóstico de MM em um ambulatório especializado no tratamento oncológico no município de Salvador, caracterizando os pacientes segundo aspectos sociais e demográficos descrevendo a farmacoterapia, enfatizando os possíveis sinais de toxicidade e efeitos adversos apresentados para fornecer informações clínicas para cooperação técnica dentro da equipe multidisciplinar. DESENHO DO ESTUDO: Estudo observacional, descritivo, de corte transversal, de pacientes com diagnóstico de Mieloma Múltiplo atendidos entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2022, em uma clínica privada e especializada em tratamento oncológico no município de Salvador, Bahia, Brasil. RESULTADOS: A análise dos dados indicou que a maioria dos pacientes era do sexo feminino (60,5%) e tinha idade média de 69 anos. A maior parte dos pacientes autodeclaram a cor parda (83,9%) e apresentava comorbidades, como hipertensão arterial (67,6%), dislipidemia (29,4%) e diabetes mellitus (20,6%). A terapia de primeira linha mais comum foi o esquema terapêutico com associação de bortezomibe, ciclofosfamida e dexametasona (37,2%), chamado de VCD, e o uso de bisfosfonatos também foi comum (53,5%). O uso de VCD foi associado a um maior risco de anemia grau 3, enquanto a lenalidomida foi associado a um maior risco de evento neutropênico grave. No geral, esses resultados fornecem informações importantes sobre o perfil farmacoepidemiológico dos pacientes com MM, destacando a importância da escolha adequada do tratamento e da avaliação cuidadosa do perfil de risco dos pacientes. CONCLUSÃO: O presente estudo contribui para a compreensão da farmacoepidemiologia do mieloma múltiplo, identificando as terapias mais comuns e os possíveis efeitos adversos associados. Isso pode auxiliar na tomada de decisão clínica e no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com MM. No entanto, é importante considerar as limitações do estudo, como o tamanho da amostra e a seleção por conveniência dos pacientes. Palavras-Chave: mieloma múltiplo; farmacoepidemiologia; efeitos adversos.

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Fiocruz Bahia participa de audiência pública sobre acesso a medicamentos 

Uma audiência pública da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) contou com a participação de diversas instituições da área da saúde para debater o tema “Acesso aos Medicamentos em Defesa da Vida”. A sessão faz parte das ações preparatórias para a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que ocorrerá entre os dias 3 a 5 de julho, em Brasília (DF). O vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviço de Referência da Fiocruz Bahia, Ricardo Riccio, representou a unidade baiana da Fiocruz na audiência realizada no dia 08 de maio. 

A Audiência ocorreu também por iniciativa do “Projeto Integra – articular políticas públicas para fortalecer o direito à Saúde”, uma mobilização social entre a Fiocruz, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Escola Nacional dos Farmacêuticos (ENF), com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Esta é a terceira das cinco audiências que ocorrem no país antes da 17ª Conferência.  

As discussões encaminharam uma série de pontos tratando do tema, com o objetivo principal de levantar as necessidades locais e mobilizar as instituições nesse debate. Foram abordados tópicos como o acesso da população tratamentos de doenças crônicas, o papel da Sesab no planejamento da distribuição de medicamentos nos municípios, as problemáticas envolvendo a necessidade de alguns pacientes de recorrer à Justiça para acessar medicamentos. Com base na própria experiência de pesquisa e no trabalho da Fiocruz Bahia, Riccio contribuiu com as discussões trazendo o olhar do papel da ciência nesta questão do direito à saúde.  

“Quando falamos no acesso a medicamentos, podemos ter uma ideia muito fechada na questão da assistência farmacêutica. Mas precisamos pensar que existem populações negligenciadas na capital e no interior do estado. Muitas vezes não há acesso aos medicamentos por conta da ausência de investimentos e de médicos na região. Então, como podemos trazer a ciência para perto, para contribuir nessa questão”, declara.  

O pesquisador exemplifica essa questão com o tratamento da esquistossomose, uma das doenças negligenciadas que mais atinge populações empobrecidas em todo o mundo. “O tratamento para a esquistossomose é um medicamento chamado Praziquantel, que só é indicado em bula para crianças a partir de 4 anos de idade. Abaixo dessa faixa etária não existe medicamento. Mas não pela falta de assistência farmacêutica, mas pela falta de investimentos em ciência e saúde pública”, explica Riccio.  

Além das parlamentares comunistas Alice Portugal (PCdoB) e Olivia Santana (PCdoB), que conduziu a audiência, também estiveram presentes o presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos Fábio Basílio; o representante da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) Luiz Henrique Dutra, superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia (Saftec); a diretor-presidente da Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma) Ceuci Nunes; o presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES/Sesab) Marcos Sampaio; a diretora do Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia (Sindifarma) Soraya Amorim, entre outros. 

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Estudo revela novo genótipo do vírus da dengue circulando na Bahia

Pesquisadores realizaram sequenciamento genético do vírus da dengue de pacientes residentes da cidade de Feira de Santana, na Bahia, e identificaram um novo agrupamento do vírus dengue tipo 1, do genótipo V, na região. No estudo, foram obtidos 19 genomas de dois tipos do vírus da dengue: tipo 1 (17) e tipo 2 (2). As análises filodinâmicas e epidemiológicas também revelaram a persistência do genótipo III do tipo 2.

Esses achados reforçam o papel crucial da vigilância genômica para acompanhar a evolução das cepas circulantes de dengue e entender sua disseminação pela região por meio de eventos de importação inter-regional, provavelmente causados pela mobilidade humana, e os possíveis impactos sobre saúde pública e gestão de surtos. Os resultados do trabalho, coordenado pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, foram publicados na “Viruses“, importante revista de virologia.

Entre 2017 e 2022, o Brasil registrou mais de 3 milhões de casos de dengue, com concentração maior na região do Nordeste. A dengue é uma doença complexa, que apresenta desde quadros assintomáticos até hemorrágicos, com risco de morte. Trata-se de uma doença endêmica em países tropicais, colocando quase metade da população global em risco de contrair a enfermidade. Devido ao cenário epidemiológico alarmante, promover a vigilância genômica de cepas virais circulantes é fundamental para antecipar possíveis impactos na saúde da população e orientar a resposta a surtos.

Como o uso em larga escala de uma vacina contra o vírus da dengue se torna cada vez mais iminente, é vital fornecer dados genômicos sobre a diversidade viral em uma determinada localidade, bem como descrever sua distribuição espacial e identificar áreas de risco. Essas informações são essenciais para a tomada de decisões em saúde pública e para a identificação de áreas de risco, bem como de grupos vulneráveis, além de ser fundamental para o desenvolvimento de medidas preventivas e campanhas de conscientização.

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Pesquisador Edson Moreira recebe prêmio no King’s College em Londres

O prêmio busca reconhecer os profissionais que fazem contribuições significativas para o avanço da Medicina Farmacêutica.

Edson Duarte Moreira Jr, pesquisador da Fiocruz Bahia, recebeu o Prêmio Global Fellow in Medicines Development, em cerimônia realizada no King’s College, em Londres (Reino Unido), ontem, dia 22 de maio, por suas contribuições significativas para o avanço da Medicina Farmacêutica. O prêmio foi instituído pela International Federation of Associations of Pharmaceutical Physicians and Pharmaceutical Medicine (IFAPP), atualmente chamada Global Medicines Development Professional. 

“Não se faz pesquisa individualmente, mas com o esforço coletivo de muitos talentos. Portanto, divido esse prêmio com minha equipe, sem o trabalho árduo e a dedicação de cada membro, isso não teria sido possível”, declarou o cientista. E mencionou a importância das instituições das quais faz parte. “Só tenho a agradecer à Fiocruz e às Obras Sociais Irmã Dulce que me deram régua e compasso para traçar essa trajetória”, acrescentou.

A seleção para a premiação é feita por um comitê formado por representantes da IFAPP; da Faculdade de Medicina Farmacêutica, pertencente aos Royal Colleges of Physicians de Londres, Edimburgo e Glasgow (UK), e de uma rede de parceiros públicos e privados da Europa, voltada à inovação em medicamentos. Os premiados recebem o título de Global Fellow in Medicines Development e tornam-se membros do comitê global de especialistas para ajudar no avanço das disciplinas envolvidas no Desenvolvimento de Medicamentos/Medicina Farmacêutica.

O pesquisador

Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Edson Moreira tem mestrado em Saúde Pública e doutorado em Epidemiologia pela Universidade de Columbia, em Nova York, e pós-doutorado pela Universidade McGill, em Montreal. Atualmente, é pesquisador titular da Fiocruz Bahia, vice-coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) e docente do Curso de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI), ambos da Fiocruz Bahia. É Líder do CPEC – Centro de Pesquisa Clínica da Obras Sociais Irmã Dulce.

Dr. Edson foi coordenador dos estudos da vacina para COVID-19 da Pfizer no Brasil. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq (1D) e membro titular da Academia de Ciências da Bahia.

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