Fiocruz Bahia participa da abertura da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Nesta segunda-feira (16/10) a Fiocruz Bahia participou da abertura da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador. O evento reuniu autoridades, professores, estudantes, representantes da Secretaria de Educação e da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia. Também participaram as reitoras da Universidade do Estado da Bahia, da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e o reitor da Universidade Federal da Bahia, além de membros da sociedade civil organizada. 

O evento contou com a presença da representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, a diretora do Departamento de Tecnologia Social e Economia Solidária e Tecnologia Assistiva, Sônia Costa, que defendeu o estímulo e a promoção da Ciência desde o ensino básico, não só na capital como também no interior do estado. “Esse tema não foi escolhido por acaso. A Ciência é real e está aqui para provar o conhecimento e suas possibilidades, e não para negar. É por isso que Ciência e Tecnologia é fundamental para a educação”, disse. 

Durante a abertura, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, assinou o decreto que regulamenta a Lei 14.315 – Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, aprovada em 2021, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento do setor no Estado. “Nós queremos fortalecer um sistema estadual de inovação, de ciência e tecnologia. Nós queremos fortalecer a nossa ação, porque com a lei a gente garante o orçamento. Não se faz política pública sem lei e sem dinheiro”, ponderou. O governador ainda realizou, junto ao secretário de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia, André Joazeiro, o lançamento da segunda edição da revista Bahia Faz Ciência que apresenta uma série de reportagens voltadas para o trabalho de pesquisadores, cientistas e estudantes de toda a Bahia. 

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves mediou a palestra apresentada pela cientista Jaqueline Goes, que falou sobre a importância das ciências básicas para o desenvolvimento sustentável, tema que norteia as atividades da 20ª edição da SNCT. “Para mim é uma enorme honra apresentar a Jaqueline Goes de Jesus que eu vi crescer literalmente e cientificamente. Jaqueline participou da Divulgação Científica durante a graduação e se tornou essa excelência em pesquisa’, afirmou. 

Durante a palestra, Jaqueline Goes relembrou a sua passagem pela Fiocruz, onde fez o Curso de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), e falou sobre a necessidade de compreender e valorizar o conhecimento em seus diferentes contextos, projetando o olhar para outras possibilidades do fazer científico, trabalhando para a popularização da Ciência e para a sua divulgação. “Quando criança eu não fui apresentada à Ciência, mas ao longo do processo fui entendendo que eu, mulher negra, poderia ser cientista…Por isso, a minha intenção é mostrar como a ciência básica é importante para o desenvolvimento sustentável”, disse. 

Durante o evento foi possível conferir a exposição de atividades científicas produzidas por pesquisadores e alunos das instituições de ensino e pesquisa da Bahia como a Fiocruz, o IF Baiano, a Faculdade Baiana de Medicina, a Fapesb, o Instituto Anísio Teixeira, dentre outros. 

Participação da Fiocruz Bahia na SNCT 

A 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia vai até a sexta-feira (20/10). Entre os dias 18 e 20 de outubro, a  Fiocruz Bahia vai receber estudantes de escolas públicas e particulares para participar das atividades que reúnem palestras, rodas de conversa, experimentos bioquímicos, demonstrações com óculos de realidade virtual, visitas técnicas e apresentação de procedimentos que são realizados em pesquisa clínica. 

Com 20 anos de trajetória, SNCT tem o objetivo de mobilizar a população em torno da importância da ciência como ferramenta para geração de valor, de inovação, de riquezas, de soluções para os desafios nacionais, de inclusão social e melhoria da qualidade de vida.

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Estudos evidenciam mecanismos de ação de novos antimaláricos

Pesquisadores investigaram quatro novos complexos metálicos contendo rutênio e ouro associados à amodiaquina, fármaco para tratamento da malária. O estudo, coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Diogo Moreira, demonstrou que a substância é eficaz na inibição do crescimento do Plasmodium, parasito causador da doença, em múltiplos estágios do ciclo de vida. Os resultados foram publicados no periódico Chemistry Europe.

Os estudiosos se basearam em conhecimentos anteriores de que as quinolinas são consideradas excelentes ligantes para coordenação de metais e são utilizadas como medicamentos para o tratamento da malária. Evidências indicam que metais de transição podem ser conjugados com as quinolinas para serem usados como ferramentas no tratamento.

Os complexos de amodiaquina contendo rutênio e ouro demonstraram ser potentes contra o desenvolvimento do parasito in vitro e in vivo. Estas propriedades podem ser atribuídas à capacidade dos complexos de reproduzir a supressão da desintoxicação do heme induzida pela amodiaquina, ao mesmo tempo que inibem outros processos no ciclo de vida do Plasmodium. Os achados do estudo indicam que a coordenação de metais com quinolinas antimaláricas é uma ferramenta química potencial para a concepção e desenvolvimento de medicamentos para malária e outras doenças infecciosas.

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Fiocruz Bahia vai participar da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

A Fiocruz Bahia vai receber, nos dias 18 a 20 de outubro, estudantes de escolas públicas e particulares para participar das atividades da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2023), que este ano tem como tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”. Também serão promovidas palestras e ações de divulgação científica em escolas de Salvador e do interior da Bahia.

Na programação, estão previstas palestras abordando sustentabilidade, rodas de conversa sobre doença de Chagas e igualdade de gênero na ciência, além de experimentos bioquímicos, demonstrações, com óculos de realidade virtual, de insetos, microorganismos e células, jogos, visitas técnicas e apresentação de procedimentos que são realizados em pesquisa clínica.

Com 20 anos de trajetória, SNCT tem o objetivo de mobilizar a população em torno da importância da ciência como ferramenta para geração de valor, de inovação, de riquezas, de soluções para os desafios nacionais, de inclusão social e melhoria da qualidade de vida.

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Pesquisadores serão empossados na Academia de Ciências da Bahia

A sessão de titulação e posse de novos acadêmicos da Academia de Ciências da Bahia (ACB), eleitos em 2023, será realizada no dia 20 de outubro, às 18h, no Espaço Raul Chaves, da Faculdade de Direito, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A pesquisadora e diretora, Marilda de Souza Gonçalves, e o pesquisador Bruno de Bezerril Andrade, da Fiocruz Bahia, serão admitidos na ACB como membros Titulares na área de Ciências da Vida. O evento é aberto ao público.

Também serão empossados outros sete membros Titulares, um membro Correspondente e um Junior, contemplando também as áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas, Agrárias e da Terra e Artes. A abertura do evento será realizada pelo presidente da ACB e pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral-Netto. A acolhida e a apresentação dos novos membros ficará por conta dos acadêmicos Jailson Andrade Nidia Lubisco e Luiz Marfuz. Marilda Gonçalves fará o pronunciamento em nome das novas acadêmicas e dos novos acadêmicos.

A ACB é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, fundada em 2010, que tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia como fator essencial ao bem estar social do País, fomentando a ligação entre os setores acadêmico, produtivo e governamental do Estado da Bahia.

Novos acadêmicos

Marilda Gonçalves é pesquisadora titular da Fiocruz Bahia, professora titular da Faculdade de Farmácia da UFBA e pesquisadora de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também é docente dos programas de pós-graduação em Patologia (PGPAT) da Faculdade de Medicina, da UFBA em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia; em Farmácia da Faculdade de Farmácia da UFBA; e em Biotecnologia e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia. 

É Diretora da Fiocruz Bahia e possui experiência na área de Hematologia e Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando na área de interação da genética com marcadores hematológicos, bioquímicos e imunológicos, principalmente nos seguintes temas: doença falciforme, hemoglobina fetal, anemias, leucemias e saúde materno-fetal.

Bruno Bezerril é pesquisador da Fiocruz Bahia e professor de cursos de Medicina na UniFTC, UNIFACS e dos cursos de pós-graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e também do PGPAT. Desde 2019 é co-investigador principal do consórcio Regional Prospective Observational Research for Tuberculosis (RePORT International) e o investigador principal deste consórcio no Brasil (RePORT Brasil). 

Estuda biomarcadores diagnósticos e prognósticos associados à patogênese de doenças infecciosas de grande relevância para saúde pública. Coordena um grupo multinacional de medicina translacional que mescla dados experimentais e clínicos para descrever vias inflamatórias envolvidas na imunopatogênese de doenças como tuberculose, HIV, hepatites virais, arboviroses, malária, leishmaniose e pneumonia bacteriana e lidera uma rede colaborativa de laboratórios na África do Sul, Índia, China e Estados Unidos, onde desenvolve estudos para validação dos resultados em locais com perfis epidemiológicos distintos. 

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Fiocruz Bahia participa da Expo Darwin200

A capital baiana sediará a expedição do Projeto DARWIN200 em apoio a iniciativas de conservação da biodiversidade e de educação ambiental

Dona de uma grande extensão de manguezais e uma rica diversidade marinha em seus oceanos, a Bahia recepcionará um dos mais importantes veleiros da Holanda, o Oosterschelde. Na lista como uma das regiões visitadas por Charles Darwin 200 anos atrás, a cidade baiana foi escolhida para capitanear atividades interativas que serão realizadas no espaço de visitação do veleiro com estudantes, universitários e jovens líderes conservacionistas determinados a inspirar soluções para os maiores desafios ambientais do nosso planeta

A equipe da expedição DARWIN200 tem como finalidade refazer o percurso de Charles Darwin pela América do Sul, visitando os principais locais onde, segundo seu diário de viagem, o jovem cientista foi impactado pelo que viu, coletou materiais e obteve pistas para a elaboração de sua teoria. Eles navegam na escuna de três mastros Oosterschelde de porto a porto em quatro continentes, participando de iniciativas de ciência cidadã ao longo do caminho para alguns dos cantos mais bonitos do mundo. O veleiro tem se tornado a ‘sala de aula mais emocionante do mundo’, divulgando suas descobertas para o mundo durante toda a viagem de dois anos através das mídias sociais.

Durante a estadia da expedição em Salvador, que ocorre entre os dias 18 e 27 de outubro, o Governo do Estado da Bahia, por meio de suas Secretarias, promoverá uma série de atividades visando apoiar iniciativas de conservação da biodiversidade e de educação ambiental para a sustentabilidade, como a exposição de stands, mesa redonda, biblioteca itinerante e mostra fotográfica que serão disponibilizadas de forma gratuita ao público, assim como uma incursão que será realizada com estudantes de Salvador e do Interior baiano, ao lado de pesquisadores que estão a bordo no Oosterschelde, dos mais belos veleiros históricos do mundo. Os pesquisadores viajantes sinalizam que “não é necessária experiência anterior em navegação para quem deseja participar, mas a paixão pela aventura é obrigatória”.

Além das atividades a serem realizadas durante o período em que o veleiro ficará atracado no Terminal Marítimo de Salvador – CONTERMAS, foi proposto também que a embarcação navegue pela Baía de Todos-os-Santos. Sua costa, repleta de manguezais que servem de berçário para a vida marinha, abastecem os recursos pesqueiros, protegem a costa de eventos extremos e são conhecidos como a vegetação com maior potencial de captação de carbono atmosférico, contribuindo de forma significativa para a mitigação das mudanças climáticas.

A programação e o formulário de inscrição para os eventos serão disponibilizados ao público previamente, conforme planejamento da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Secretaria de Educação (SEC), Secretaria de Cultura (SECULT), Secretaria de Turismo (SETUR) e da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), além do apoio da Marinha do Brasil, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), da Bahia Pesca, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai CIMATEC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dos Projetos TAMAR e Baleia Jubarte, e das empresas Suzano Papel e Celulose e Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás.

Mesa Redonda: ‘A Bahia na Década dos Oceanos’

Considerando suas atribuições no âmbito do Gerenciamento Costeiro do Estado da Bahia, a Sema, por meio da Superintendência de Políticas e Planejamento Ambientais – SPA e da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento Ambiental – SIDA, promoverá uma Mesa Redonda para a cerimônia receptiva de chegada da expedição DARWIN200 em Salvador, sob o tema: ‘A Bahia na Década dos Oceanos’. O momento de debate acontece no dia 18 de outubro e tem o objetivo explorar soluções transformadoras, com base na ciência oceânica.

Líderes Darwin: Programa de liderança para jovens conservacionistas

Permanecendo a bordo, enquanto o navio está atracado em portos importantes durante uma semana de cada vez, estarão pequenos grupos dos jovens naturalistas e conservacionistas mais capazes do mundo, chamados de “Líderes Darwin”. Com idades entre 18 e 27 anos, eles estão sendo escolhidos para completar um programa de treinamento de liderança envolvente e transformador, com base em sua notável demonstração de ações de conservação. Os líderes multinacionais Darwin serão orientados por especialistas locais em conservação que orientarão e supervisionarão os seus esforços.

A intenção é promover um valioso intercâmbio de competências para que os Líderes Darwin regressem aos seus países de origem capacitados com experiências e ideias que utilizarão durante o curso das suas carreiras na conservação. A Bahia será representada durante a excursão através da participação de jovens líderes pré-selecionados, os quais navegarão ao lado dos pesquisadores até o próximo destino do Oosterschelde.

Os Líderes de Darwin selecionarão uma espécie de animal ou planta, avaliarão o status de sua população e como ela mudou nos dois séculos desde a visita de Darwin, aprenderão sobre as iniciativas de conservação atualmente em vigor para protegê-la e investigarão suas próprias ideias para melhor conservar as espécies escolhidas em o futuro.

DARWIN200 é uma viagem global pioneira de dois anos (2023-2025) de 40.000 milhas náuticas a bordo do histórico navio Oosterschelde para treinar e capacitar 200 jovens líderes conservacionistas determinados e inspirar soluções para os maiores desafios ambientais do nosso planeta. O veleiro Oosterschelde, de bandeira holandesa, foi originalmente construído em 1917 e maravilhosamente restaurado. A rota da viagem vai para todos os principais portos visitados por Darwin e alguns extras, mas não atravessa o Oceano Índico.

SERVIÇO

O que: EXPO DARWIN 200: A Bahia na Década dos Oceanos
Quando: De 18 a 27 de outubro
Onde: Terminal Marítimo de Salvador – CONTERMAS
Horário: 08h30
Realização: Sema
Contato: (71) 99618-2470 / (71) 98400-6844

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Potencial do bitionol na leucemia mieloide aguda é avaliado em tese

Estudante: Ingrid Rayssa Souza Baliza Dias
Orientação: Daniel Pereira Bezerra
Título da Tese: “ESTUDO DO POTENCIAL DO BITIONOL COMO FÁRMACO CAPAZ DE ELIMINAR CÉLULAS-TRONCO DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA HUMANA”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 30/10/2023
Horário: 08h30
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 895 2765 2694
Senha de acesso: ingrid

Resumo

INTRODUÇÃO: As leucemias estão entre os cânceres mais frequentes do mundo e a leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia letal da medula óssea causada por alterações genéticas nos progenitores das células sanguíneas. As células-tronco leucêmicas (CTLs) são responsáveis pelo desenvolvimento de LMA, resistência a medicamentos e recaídas. Adicionalmente, verificou-se que o NF-kB é constitutivamente ativado em CTLs de LMA humanas, enquanto que as células tronco hematopoiéticas normais não expressam NF-κB. O bitionol (BT), um inibidor de NF-kB, é um medicamento anti-helmíntico aprovado pela FDA com potenciais propriedades antibacterianas, antivirais e antitumorais. OBJETIVO: Neste trabalho, focamos nas propriedades do BT em eliminar CTLs de LMA em modelo translacional in vitro e in vivo. MATERIAL E MÉTODOS: Para isso, BT foi testado em um painel de células cancerosas de tumores sólidos e hematológicos e não cancerosos para avaliar sua citotoxicidade. Também foi avaliado a capacidade de BT de eliminar CTLs utilizando anticorpos para CD13, CD33, CD34, CD38 e CD123. Ensaios para investigar o mecanismo de ação do composto foram realizados, incluindo ensaio de exclusão por azul de tripan, análise do padrão de morte celular, expressão de caspase-3 e PARP-1, despolarização mitocondrial, estresse oxidativo, indução de morte por ferroptose, avaliação do ciclo celular, capacidade de inibir a via NF-κB, regulação de diversos genes e ensaio in vivo utilizando camundongos NSG. Além disso, foi avaliada a combinação do BT com o venetoclax (VTX) e sua citotoxicidade. RESULTADOS: Este composto pode inibir a viabilidade celular de células cancerígenas de tumores sólidos e hematológicos e suprimir células progenitoras/tronco CD34+ de LMA. BT induziu a externalização de fosfatidilserina, perda do potencial mitocondrial transmembranar, ativação de caspase-3 e clivagem de PARP-1, fragmentação de DNA, condensação nuclear e encolhimento celular em células de LMA tratadas com BT, indicando indução de apoptose. Além disso, este composto aumentou os níveis de superóxido mitocondrial e a citotoxicidade induzida por BT foi parcialmente prevenida pelo co-tratamento com o inibidor de ferroptose ferrostatina-1, indicando a indução de ferroptose. BT reduziu significativamente a expressão de NF-κB p65 (pS529) e NF-κB p65 (pS536) e a translocação nuclear de NF-κB p65 em células de LMA, indicando que esta molécula pode suprimir a sinalização de NF-κB. BT também foi capaz de inibir o desenvolvimento de LMA em camundongos NSG em uma dosagem de 50 mg/kg com toxicidade sistêmica tolerada. Além disso, BT sinergizou com VTX em células de LMA, indicando o potencial do BT para aumentar os efeitos de VTX em pacientes com LMA. CONCLUSÃO: Juntos, esses dados indicam que o BT exibe importantes efeitos anti-LMA e é um potencial novo medicamento anti-LMA.

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Diretora da Fiocruz Bahia participa da entrega da Comenda 2 de Julho ao pesquisador Júlio Croda

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, esteve nesta quinta (21/9), na entrega da Comenda 2 de Julho ao pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Júlio Croda, em cerimônia realizada na Plenária da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

A honraria foi proposta pela Deputada Estadual Fabíola Mansur para homenagear o pesquisador baiano pelo seu trabalho voltado para a saúde pública, em especial ao se dedicar à pesquisa de doenças infecciosas que acometem populações vulnerabilizadas. Em seu discurso durante a cerimônia, Fabíola destacou o trabalho realizado por Croda durante a pandemia da Covid-19, não apenas como médico e cientista, mas também como comunicador ao levar informações importantes para a sociedade brasileira.

“Na pandemia, a comunicação foi fator primordial e Júlio fez isso de forma brilhante e didática. Os meios de comunicação do país viram nele uma das maiores referências para levar informação de verdade, numa época de tanta fake news”, disse a deputada. 

Marilda foi ao púlpito discursar sobre o homenageado e lembrou o profissionalismo e compromisso do pesquisador, ressaltando a seriedade com que realizava seus trabalhos desde o início da carreira na Fiocruz Bahia. Croda realizou Iniciação Científica no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular (LPBM), onde foi aluno do pesquisador Mitermayer Galvão, convivendo nos laboratórios com os pesquisadores como Manoel Barral; Aldina Barral e a própria Marilda, tendo como colega Guilherme Ribeiro, hoje pesquisador da instituição baiana. 

“Você se tornou uma figura muito importante dentro do nosso país para mostrar que a ciência salva vidas e está à disposição da nossa sociedade. Para nós, da Fiocruz, é uma felicidade ter vocês no nosso corpo de pesquisadores”, disse a diretora, lembrando o trabalho de Croda no desenvolvimento do teste rápido para leptospirose, com pesquisadores da unidade. 

A Fiocruz Bahia ocupa um lugar importante na formação de Croda como cientista, que exaltou o aprendizado não só científico que obteve com os pesquisadores que conviveu nesse período, mas também o humanista, com compromisso social. “Ter esses profissionais envolvidos na minha formação desde cedo foi fundamental para eu me tornar o pesquisador que eu sou hoje em dia. Todos os meus mestres da Fiocruz me mostraram o sentido de usar a saúde para transformar realidades e levar justiça social”, disse o homenageado. 

Sobre o pesquisador

Julio Henrique Rosa Croda nasceu em Salvador em 1978, onde estudou na Faculdade de Medicina da UFBA em 1997. Foi aluno de Iniciação Científica no Laboratório de Patologia e Biologia Molecular (LPBM)do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), posteriormente realizou residência em Infectologia na Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e dedica-se à desenvolver uma série de estudos na área de doenças infecciosas, respiratórias e arboviroses.

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Inscrições abertas para seleção de PIBIC – Ações Afirmativas

O Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) e o Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz Bahia tornam público o Edital para seleção de bolsistas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas IGM/FIOCRUZ – 2023/2024, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC). As inscrições estão abertas até 06/10/2023.

O Projeto Institucional de Iniciação Científica – Ações Afirmativas concederá bolsas com duração de 12 meses, podendo se candidatar estudantes de graduação que se autodeclaram negros e negras ou indígenas, regularmente matriculados em instituições de ensino superior (pública ou privada) localizadas no Estado da Bahia.

Os estudantes selecionados por este Edital serão vinculados aos projetos de pesquisa previamente contemplados através da Chamada Interna.

Clique aqui e consulte o edital.

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Retorno do evento presencial marca XXI Epimol

O XXI Curso Internacional de Epidemiologia Molecular em Doenças Infecciosas e Parasitárias Emergentes (XXI Epimol) foi realizado entre os dias 03 e 08 de setembro, nas dependências da Fiocruz Bahia. O evento, coordenado pelos pesquisadores Mitermayer Galvão e Luciano Kalabric, da Fiocruz Bahia, e Joice Neves, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi a primeira edição presencial do curso após a pandemia de Covid-19. Não houve edições em 2020 e 2021, e em 2022 foi realizado em formato remoto.

O curso, de âmbito internacional, é especialmente elaborado para apresentar os princípios e práticas desta disciplina em epidemiologia, a profissionais de laboratório e epidemiologistas de instituições regionais representativas, envolvidas com doenças infecciosas e parasitárias de relevância para a saúde pública. Foram oferecidas 25 vagas para participantes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), 20 para estudantes de pós-graduação da Fiocruz Bahia, 10 para livre concorrência e 20 para ouvintes.

Um dos destaques do evento foi a homenagem a um dos criadores do curso, o professor da Universidade de Berkeley (EUA), Lee Riley, que faleceu no ano passado. Participaram do tributo, colegas, ex-alunos e professores. “Esta edição está sendo marcante pela falta do professor Lee Riley, que considero o pai do Epimol. A ausência dele constitui um desfalque muito grande para todos, ele deu uma contribuição marcante na condição de médico, cientista, professor e educador. A gente tem que continuar com o curso cada vez melhor, principalmente lembrando do exemplo que ele foi para todos nós”, disse Mitermayer Reis.

“Ano passado a gente fez as aulas online e estão todas gravadas, o que foi bom porque ficou como memória do professor Lee, que faz bastante falta. É importante a gente voltar a ter os alunos aqui, presencialmente, fazendo as atividades em grupo”, comentou Luciano Kalabric. Além do Brasil, tiveram participantes de Moçambique, Paraguai, Argentina, Colômbia e Panamá.

Joice Neves falou sobre o desafio de realizar o evento sem um de seus mentores e fez um balanço da evolução do curso ao longo dos 21 anos. “Estamos incorporando cada vez mais técnicas baseadas em sequenciamento de genoma, de como a gente faz análise e utiliza essa ferramenta nos estudos epidemiológicos, e também ampliamos as abordagens. Quando a gente começou, o curso era focado em bactérias, hoje abordamos vírus, como arboviroses, Covid-19 e vírus respiratórios, e doenças parasitárias”, explicou.

A professora da Universidade de Tulane (EUA), Claudia Herrera, foi convidada para ministrar uma aula sobre biologia molecular na doença de Chagas, e afirmou que também está aprendendo. “Para mim esse é o melhor dos cursos de epidemiologia molecular, porque tem epidemiólogos, biólogos moleculares que estão unindo os dois conceitos, os estudantes estão ávidos por informação e os temas estão bem organizados. Está me dando muitas ferramentas que posso aplicar em outros lugares, além de que também estou criando um network importante”, pontuou.

A participante do curso, Dandara Santos, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Medicina Investigativa, da Fiocruz Bahia, considera o Epimol enriquecedor. “A gente vê uma qualidade fenomenal do corpo docente, professores que são referências internacionais na área de epidemiologia clínica e molecular. Isso traz para nós, alunos, um grande incentivo para continuar nossa carreira na área da epidemiologia, principalmente vendo a prática baseada em evidências”.

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Pesquisas da Fiocruz Bahia são apresentadas no MedTrop 2023

O 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o Medtrop 2023,  reuniu, de 10 a 13 de setembro, associados, autoridades, pesquisadores e estudantes no Centro de Convenções de Salvador. O evento foi presidido pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, e organizado pela SBMT, que tem como presidente Julio Croda, pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul. O congresso contou com a presença da diretoria da Fiocruz Bahia, além de pesquisadores e estudantes que apresentaram seus trabalhos e com um stande da Fiocruz.

No primeiro dia, foi realizada a cerimônia de abertura que contou com representantes do Ministério da Saúde, de instituições de ensino e pesquisa, como a Fiocruz, e da sociedade civil. Na ocasião foi entregue a Medalha Carlos Chagas, de pesquisador sênior da SBMT, ao pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Carvalho, e realizada a premiação de Jovem Pesquisador, na qual o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Investigativa (PGBSMI), da instituição, Matheus de Jesus, recebeu o primeiro lugar na categoria Doutorado. Durante a programação foram realizadas mesas redondas, mini conferências, conferências e apresentações orais e de pôster. 

O coordenador do  Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, Maurício Barreto, ministrou a conferência  “Pobreza, Desigualdades e Justiça Social: As Intrincadas Relações Entre Democracia e Saúde”. O pesquisador abordou os estudos sobre impactos de marcadores sociais para a saúde pública, destacando temas como saúde da população negra e índigena, programas de transferência de renda e outras políticas públicas. A conferência foi mediada por Mitermayer Reis.

O pesquisador colaborador da Fiocruz Bahia, Albert Ko, apresentou a conferência “Fazendo funcionar a equidade na saúde: pesquisa conduzida por comunidade sobre infecções emergentes em populações urbanas marginalizadas”. O conferencista prestou homenagem ao professor Lee Riley, falecido em 2022, parceiro de projetos da Fiocruz Bahia e um dos criadores do curso Epimol, que teve sua 21ª edição realizada dias antes do MedTrop. Ko também homenageou Dom Phillips, jornalista britânico falecido no ano passado, que fazia parte do projeto “Construindo Comunidades Saudáveis em Favelas Urbanas Brasileiras”, em que ensinava inglês para jovens de Marechal Rondon e Alto do Cabrito, em Salvador. 

Mesas redondas 

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, apresentou sua pesquisa na mesa redonda “Infecção na doença falciforme” e moderou a miniconferência “Racismo e população negra: um olhar sobre as doenças negligenciadas e infecciosas”, que contou com a palestra de Joilda Nery, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. O vice-diretor de Pesquisa, da instituição e pesquisador Ricardo Riccio foi palestrante da mesa sobre “Implementação do plano de eliminação da esquistossomose.

Um dos destaques do evento foi a mesa “Futuros tropicalistas da ciência: excelência na pós-graduação da Bahia”, compostas por pesquisadoras e estudantes da Fiocruz Bahia. A discussão foi moderada pelas pesquisadoras Valéria Borges e Natália Tavares. O trabalho apresentado por Ícaro Boniek abordou  influência do pré-diabetes e do diabetes no agravamento da Covid-19; Mariana Pereira foi sobre anemia em pessoas vivendo com HIV; e Kercia Cruz tratou do potencial quimioterápico do 17-DMAG na leishmaniose.

A mesa “Genômica e suas aplicações no estudo de doenças infecciosas” foi apresentada e moderada pelo pesquisador Ricardo Khouri, que falou sobre a metagenômica clínica e os estudos relacionados ao tema realizados na Fiocruz Bahia. A pesquisadora Viviane Boaventura participou das mesas que abordaram Epidemiologia Digital, discutindo os programas de telessaúde, telemedicina e dados da atenção primária como ferramentas importantes para a predição de surtos; e “Transmissão e impacto do vírus chikungunya no Brasil”.

O tema “Big Data em Medicina Tropical” foi abordado na mesa com a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Arthur Queiroz que falou sobre a era multi-ômica na resolução de problemas em medicina tropical. O pesquisador apresentou os avanços na área e as contribuições para a ciência, defendendo a importância de investimentos em infraestrutura. 

Mini conferências

Mediada pela pesquisadora Fernanda Grassi, a miniconferência “Vias de Transmissão e agregação familiar do HTLV-1 na Bahia” foi ministrada pelo Pesquisador Emérito da Fiocruz Bahia, Bernardo Galvão. Com a presença das representantes da Associação HTLVida, o evento discutiu sobre diagnóstico, vias de transmissão, tratamento e os projetos desenvolvidos de forma interdisciplinar.

A miniconferência “Desestruturação do baço e morte em doenças infecciosas graves” foi apresentada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington dos Santos, e mediada pelo professor da Universidade Federal do Piauí, Carlos Henrique Nery. O projeto RePORT-Brasil, voltado para descrever os resultados clínicos do tratamento da tuberculose no Brasil, foi apresentado pelo pesquisador Bruno Bezerril, com moderação da pesquisadora Theolis Bessa.

O pesquisador Leonardo Farias apresentou a miniconferência “Mapeamento de Epítopos de Proteínas de Schistosoma para o desenho racional de uma vacina”, com mediação do pesquisador Luciano Kalabric. Outra mini conferência foi apresentada, pelo pesquisador Edgar Carvalho, sobre quimioterapia combinada à modulação da resposta imune no tratamento da leishmaniose tegumentar. 

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Fiocruz Bahia recebe representantes do Distrito Especial Sanitário Indígena

A Fiocruz Bahia recebeu a chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena, Távila Aparecida de Assis Guimarães, e o Coordenador Distrital de Saúde Indígena da Bahia, Cacique Flávio Kaimbé, do Distrito Especial Sanitário Indígena da Bahia (DSEI- BA), no dia 26 de julho. Com o objetivo de estreitar as relações entre as instituições e conversar sobre acordos cooperação técnica, foi realizada uma reunião com a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e os vice-diretores de Pesquisa, Ensino e Gestão, Ricardo Riccio, Claudia Brodskyn e Valdeyer Reis, respectivamente.

Os representantes do DSEI-BA também se encontraram com membros do Núcleo de Estudos em Saúde Indígena (NESI), representados pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, Fred Luciano e Marcos Vinícius Lima, além da professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Soraia Cordeiro. Na ocasião, os especialistas apresentaram o andamento do projeto em Saúde Indígena.

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Vacina da Covid-19 em gestantes não apresenta risco para bebês, aponta estudo

Pesquisadores realizaram um estudo para avaliar a segurança das vacinas contra Covid-19 de plataforma de vírus inativado (CoronaVac) e de mRNA (Pfizer) durante a gravidez, observando se a imunização poderia estar associada a problemas no nascimento do bebê e na mortalidade neonatal. O trabalho demonstrou que a vacinação contra a Covid-19, em todos os trimestres da gravidez, independentemente do tipo de vacina, é segura e não aumenta o risco de resultados adversos no nascimento ou de óbito. A pesquisa contou com base de dados e coautoria da Prefeitura do Rio de Janeiro. 

O estudo de coorte retrospectivo com população da cidade do Rio de Janeiro, contou com 17.513 nascidos vivos únicos, concebidos entre 15 de maio e 23 de outubro de 2021. Não foi encontrado aumento significativo de bebês com nascimento prematuro, com baixo peso ou pequeno para a idade gestacional, com Apgar abaixo de 5 (escala de avaliação clínica rápida de recém-nascidos) ou de morte neonatal. Uma proteção leve, mas consistente, foi demonstrada contra o nascimento prematuro em mulheres que receberam diferentes plataformas de vacinas durante o terceiro trimestre de gravidez.

Os resultados do estudo foram publicados no International Journal of Epidemiology, da Universidade de Oxford (UK), no dia 10 de setembro. A pesquisa foi realizada pelo projeto VigiVac, da Fiocruz Bahia, de avaliação digital da campanha nacional de imunização contra o coronavírus, coordenado pelo pesquisador Manoel Barral.

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Fiocruz participa do Cosems Norte e Nordeste 2023

O Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) esteve presente no 9º Congresso Norte/Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde e do 10º Congresso dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia, que ocorreu entre os dias 4 e 6 de setembro, no Centro de Convenções de Salvador. O evento reuniu representantes de mais de 2 mil municípios das duas regiões do Brasil, onde palestras e mesas de discussões trouxeram o tema “As especificidades do Norte e Nordeste na Regionalização do SUS” para o debate. 

A Fiocruz contou com um stand na feira de exposição do congresso, com totens interativos mostrando as ações a nível nacional e das regionais, além do espaço da Editora Fiocruz, com alguns livros sobre saúde à venda para os congressistas. Além da exposição, a instituição participou de diversos debates nos três dias de eventos. 

A abertura dos congressos aconteceu na noite de segunda, 4/9, com a presença de autoridades e de mais de 4 mil inscritos, na Plenária do centro de convenções. Estiveram na abertura o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; a ministra da saúde, Nísia Trindade; a secretária de saúde do estado, Roberta Santana; a secretária de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, e a presidente do Cosems Bahia, Stela Souza. 

Nísia enfatizou a importância da reconstrução do SUS em sua gestão, após os riscos que sofreu nos últimos anos, com acréscimo da pandemia, celebrando a oportunidade de estarem todos ali, reunidos, representando seus municípios. “Um Brasil tão diverso, tão desigual, mas tão forte quando estamos unidos para a construção coletiva da saúde, afirmou”. 

O principal tema das falas na abertura foi a valorização do Sistema Único de Saúde, lembrando a importância de um encontro importante como o Cosems Norte e Nordeste, onde diversos profissionais da área da saúde municipal se reuniram para trocar experiências e estabelecer parcerias, como destacou o governador do estado. “Temos a expectativa de que o 9º Congresso Norte e Nordeste seja o momento de congruência de ideias, de debates, mas, acima de tudo, nos oriente para os próximos anos”, disse Jerônimo, reforçando a saúde nacional como interesse maior entre todos ali presentes. 

A presidente do Cosems Bahia solicitou um minuto de silêncio pelos profissionais de saúde perdidos durante a pandemia. 

Mesas e palestras

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, esteve presente em mesas de discussões durante o congresso. No dia 5, coordenou a mesa “Pesquisa científica em saúde pública no norte nordeste”, na Sala Rio Grande do Norte, que contou com a presença da pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura, que discutiu seus trabalhos sobre Covid longa e Chikungunya, apresentando dados de um estudo realizado em três cidades baianas.

Já na quarta, dia 6, a diretora esteve presente na mesa-debate “Fiocruz e Saúde Pública Nacional”, juntamente com a Chefe de Gabinete de Bio-Manguinhos, Tatiana Sanjuan, apresentando a Fiocruz Bahia e as atividades de pesquisa, inovação e educação que a instituição realiza no estado da Bahia. 

Para encerrar o congresso, Marilda Gonçalves participou da mesa “Convergências especificidades do norte e nordeste na regionalização do SUS”, que reuniu alguns coordenadores das mesas satélites para recapitular as discussões que ocorreram ao longo do evento. A mesa contou com a presença de Stela dos Santos Souza, presidente COSEMS/BA e diretora CONASEMS; Charles Cezar Tocantins de Souza, presidente do COSEMS/PA; José Cristiano Soster, diretor da Sesab. A discussão estabelecida no encontro gerou o documento final do congresso, levado para a plenária de encerramento.  

Sobre o congresso

O Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, considerado um dos maiores eventos regionais da Saúde Pública realizados no Brasil, é realizado pelo Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS Bahia) e contará com a tradicional “Feira aqui tem SUS” com estandes dos COSEMS, CONASEMS e Ministério da Saúde, de instituições e empresas, públicas e privadas, que irão expor e divulgar suas experiências, produtos, serviços e tecnologias ligados à saúde pública. 

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Palestras e prêmios marcam participação da Fiocruz no MedTrop 2023

Na noite do último domingo, dia 10/09, ocorreu a abertura do 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), o Medtrop 2023. O evento reúne, até o dia 13 de setembro, associados, autoridades, pesquisadores e estudantes no Centro de Convenções de Salvador. O Medtrop 2023, presidido pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Mitermayer Galvão dos Reis, tem como tema “Desafios para Medicina Tropical no Século XXI: Como enfrentá-los?”. A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, pesquisadores e estudantes da instituição estiveram presentes na cerimônia de abertura e participam da programação.

A solenidade foi marcada pela leitura da Carta Aberta do 8º Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas, uma das três Reuniões Satélites que ocorrem em paralelo ao congresso. A carta foi lida pela presidente da Associação de Chagas da Bahia (ACHABA), Amélia Bispo, demandando das autoridades e pesquisadores presentes ações para a prevenção, tratamento e assistência aos portadores de doenças negligenciadas, como HTLV, doença de Chagas e hanseníase.

Representando a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, o evento contou com a participação da Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), Ethel Maciel. Nísia não pode estar presente no congresso por conta do ciclone que devastou a região do sul do Brasil na última semana e a fala de Ethel destacou os novos desafios que a saúde enfrenta com as mudanças climáticas, que acrescentam aos costumeiros já enfrentados, envolvendo doenças infecciosas, negligenciadas e crônicas. “Quando o primeiro momento da emergência climática passa, muitas doenças, principalmente as tropicais, assolam a população que já estava sofrendo. Nossas políticas públicas precisam ser diferentes com esses novos desafios”, destacou a secretária.

O Vice-Presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) da Fiocruz representou o presidente da instituição, Mário Moreira, e considerou a manifestação do fórum de doenças negligenciadas como “dever de casa” para os ali presentes, identificando algumas iniciativas importantes que a Fiocruz já desenvolve e apoia. “Essas iniciativas fazem parte de um esforço da instituição, mesmo durante um período de dificuldade e desmonte do sistema de financiamento da ciência e tecnologia do país, então saímos daqui vendo o que a gente pode melhorar e para quem a gente pode fazer mais”.

Já o Diretor Científico do CNPq, Olival Freire Júnior, falou da importância de entender o sistema brasileiro de apoio à ciência e tecnologia como não pertencente a um único ministério, um dos pilares desse sistema sendo a aliança entre Ministério da Saúde e Ministério da Ciência e Tecnologia. “Nunca trabalhamos tanto como agora, com os convênios que o Ministério da Saúde tem realizado conosco desde o início do ano”.

Além do presidente da SBMT, Julio Croda, e do presidente do evento Mitermayer Galvão, também participaram da abertura Socorro Grass, representante da Organização Pan-americana da Saúde no Brasil (OPAS Brasil); Carlos Gadelha, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Ministério da Saúde); Nésio Fernandes, Secretário de Atenção Primária à Saúde (Ministério da Saúde), Ceuci Nunes, presidente da Bahiafarma; a deputada estadual Fabíola Mansur, representando a Assembleia Legislativa da Bahia; Antônio Lopes, representando a Universidade Federal da Bahia; o médico Roberto Badaró, representando a Academia de Medicina da Bahia; e Alexandre Meneses, coordenador do 8º Fórum de Doenças Negligenciadas.

O evento

Considerado o maior evento do Brasil sobre medicina tropical, o MedTrop 2023 teve cerca de 3.000 inscritos e conta com mais de 600 palestrantes brasileiros e do exterior, que estão envolvidos em reuniões, cursos, mesas redondas, miniconferências, conferências e apresentações orais e de pôster. As discussões abordam temas de relevância na saúde, como as arboviroses, tuberculose, Covid-19, doença de Chagas, HTLV, esquistossomose, leishmaniose, mudanças climáticas, saúde da população negra, dentre outros.

Julio Croda comentou a participação da Fiocruz e a realização do evento na Bahia. “Nosso congresso é muito rico cientificamente. A Fiocruz está participando muito ativamente, com uma grande proporção de palestrantes, assim como alunos dos diferentes programas de pós-graduação da instituição, por conta da tradição da medicina tropical da Fundação. A nossa história está intimamente ligada à história da SBMT”, comenta o presidente da SBMT, que também é pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul. “A particularidade desse ano, que contribui para o sucesso do evento, é a Bahia. Salvador é uma cidade multicultural, multirracial, que atrai o público para discutir temas importantes”, completa.

O presidente do congresso, Mitermayer Galvão, destacou a diversidade de temas e de participantes. “As discussões vão desde questões epidemiológicas, clínicas, sociais a ambientais. Do ponto de vista macro, nós temos pessoas de todos os continentes, o que dá para gente a oportunidade de saber o que está se passando em todos esses lugares. Obviamente temos temas que são comuns como a Covid-19, mas tem patologias que são mais específicas em determinadas regiões”, pontua. Mitermayer também observa a diversidade de gênero e etária dos participantes. “São majoritariamente jovens na faixa de 20 a 30 anos, isso demonstra renovação”.

Premiações

O evento foi marcado também pela entrega de dois prêmios importantes. A Medalha do Mérito Científico Carlos Chagas, de Pesquisador Sênior da SBMT, foi entregue ao pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Marcelino de Carvalho Filho, por sua produção científica na área de Medicina Tropical. Em seu agradecimento, Edgar lembrou o pesquisador Heonir de Jesus Pereira da Rocha, seu mentor em sua trajetória científica, e Carlos Chagas, por suas contribuições para a Medicina Tropical, destacando a importância das colaborações realizadas ao longo de sua carreira.   

“Tão importante quanto a colaboração científica, foi a amizade que nasceu, com carinho e respeito, eu gostaria de agradecer a todos esses colaboradores e dividir com eles essa honraria a qual recebi”, comentou.

O estudante de doutorado, Matheus de Jesus, foi premiado com o 1º lugar na categoria Doutorado, por sua pesquisa que busca otimizar o uso da proteína presente na leishmania para melhorar o diagnóstico da doença no Brasil em animais. “Nesse trabalho, nós pretendemos diminuir ao máximo essa identificação cruzada na testagem e aumentar a detecção em animais sem sintomas, posteriormente testando em humanos com comorbidades e que possuem menor detecção atualmente”, explicou Matheus.

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Deborah Bittencourt, que orienta o estudante desde a época da Iniciação Científica, considera o momento como a coroação da sua carreira. “Um dos papéis mais importantes que a gente tem como pesquisador é na formação de recurso humano, então ver um aluno, que eu acompanho com esse projeto desde o início da carreira, conquistar esse reconhecimento, é uma emoção”, declarou a pesquisadora.

Fotos: Lucas Nour

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PGPAT divulga edital para processo seletivo 2024.1 e 2024.2

O Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Ampla Associação coma Fiocruz Bahia, divulga o edital para processo seletivo 2024 (semestres 2024.1 e 2024.2) para os Cursos de Mestrado e Doutorado acadêmico. O período de inscrição será de 02/10 até as 23:59 do dia 24/10/2023. As condições e critérios que regulamentam o processo seletivo estão especificados no Edital.

Os editais para mestrado e doutorado estão disponíveis no site do PGPAT.

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Tese investiga atividades cardiovasculares do NONO2P

Estudante: Raiana dos Anjos Moraes
Orientação: Darízy Flávia Silva Amorim de Vasconcelos
Título da Tese: “NONO2P INDUZ VASORRELAXAMENTO EM ARTÉRIA CORONÁRIA E MESENTÉRICA, INOTROPISMO NEGATIVO E HIPOTENSÃO: UM DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO PROMISSOR PARA O TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 22/09/2023
Horário: 09h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 864 7291 8539
Senha de acesso: raiana

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. O dano ao endotélio reduz a síntese e/ou biodisponibilidade de óxido nítrico (NO), que tem um papel na hipertensão, infarto do miocárdio e aterosclerose. O NO está envolvido em várias funções, como a manutenção da homeostase vascular e cardíaca. Os doadores de NO são vasodilatadores potentes, mas podem apresentar toxicidade e/ou tolerância vascular. Dessa forma, na tentativa de produzir uma nova alternativa terapêutica, na forma de fármaco da classe dos doadores de NO, o NONO2P foi sintetizado, e ainda não há relatos na literatura sobre a atividade cardiovascular. O objetivo deste estudo foi investigar as atividades cardiovasculares do NONO2P, bem como descrever os mecanismos de ação envolvidos nas respostas relaxantes observadas na artéria mesentérica superior. Métodos: Ratos Wistar (13-18 semanas) foram eutanasiados e a artéria mesentérica superior e coronária foram isoladas para registro da tensão isométrica em banho de órgãos ou miógrafo, respectivamente. Adicionalmente, em átrios isolados foram avaliados a frequência e a força de contração cardíaca. Ratos Wistar e espontaneamente hipertensos (SHR) foram usados em experimentos in vivo para avaliar a pressão arterial e a frequência cardíaca. Células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC) foram usadas para avaliar a citotoxicidade do NONO2P usando o ensaio de alamar blue. Células endoteliais de camundongos foram usadas para avaliar espécies reativas de oxigênio intracelular (ROS) e níveis de NO após tratamento com NONO2P usando intensidade de fluorescência (FI) com o corante fluorescente, DHE ou DAF, respectivamente. Este projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal da Bahia (CEUA/UFBA nº 4169290420). Resultados: Em células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC), o NONO2P não foi tóxico nas concentrações testadas (6,25, 12,5, 25 ou 50 µM). NONO2P aumentou consideravelmente a concentração de NO nas células endoteliais de camundongos. A administração cumulativa de NONO2P (0.1 ρM to 3µM) em anéis de artéria mesentérica pré-contraídos com fenilefrina, 1 μM, induziu vasorrelaxamento independente do endotélio. O sequestrador de radicais livres de óxido nítrico (NO• ) (PTIO; 100 μM e hidroxocobalamina; 30 μM) e o sequestrador de ânions nitroxil (NO− ) (L-cisteína; 3 mM) diminuíram os relaxamentos promovidos por NONO2P. Além disso, a presença do inibidor específico da guanilato ciclase solúvel, ODQ (10 µM), quase aboliu o efeito vasorrelaxante induzido por NONO2P. KT5823 (inibidor seletivo de PKG; 1 μM) atenuou o efeito relaxante induzido por NONO2P em comparação com a resposta controle. Adicionalmente, NONO2P induziu vasorrelaxamento em anéis expostos a solução de Tyrode despolarizante contendo KCl 60 mM ou KCl 20 mM, que foi atenuado em relação ao controle, sugerindo a participação de canais para K+ . A resposta vasorrelaxante induzida por NONO2P foi significativamente atenuada na presença de BaCl2 (30 μM), um bloqueador de canais para potássio retificadores de entrada (Kir), na presença de 4-AP (1 mM), um bloqueador de canais para potássio dependentes de voltagem (Kv) e na presença de iberiotoxina (50 nM), um bloqueador de canais para potássio sensíveis a Ca2+ de grande condutância (BKCa). O relaxamento induzido por NONO2P foi atenuado pelo ácido ciclopiazônico (10 µM), indicando que a ativação da SERCA está envolvida nesse relaxamento. Interessantemente, o NONO2P exibiu um efeito vasorrelaxante em diferentes vasos sanguíneos (artérias mesentéricas e coronárias). No entanto, a exposição ao NONO2P por 30 e 60 minutos induziu tolerância a esse doador de NO em anéis mesentéricos, assim como o NONO2P estimulou a produção de ROS nas células endoteliais. A administração aguda de NONO2P induziu hipotensão em animais normotensos e hipertensos não anestesiados. Além disso, NONO2P causou um efeito inotrópico negativo sem alterar a ritmicidade cardíaca. Conclusão: Esta é a primeira evidência do efeito vasorrelaxante induzido pelo NONO2P na artéria coronária e mesentérica. Interessantemente, o NONO2P pode liberar diferentes tipos de NO, radicais livres de NO (NO• ) ou espécies de ânions nitroxil (NO− ). O efeito vasorrelaxante independente do endotélio induzido por NONO2P envolve a ativação da guanilato ciclase solúvel, PKG, ativação de canais de K+ e SERCA. Além disso, NONO2P pode reduzir a força de contração cardíaca. Por outro lado, a pré-exposição ao NONO2P pode promover o desenvolvimento de tolerância vascular. Esta é a primeira evidência dos efeitos da hipotensão induzida por este doador, tornando-se uma molécula promissora como uma nova alternativa terapêutica possível para o tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão e angina.

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Dissertação avalia efeito do heme no recrutamento de leucócitos na anemia falciforme

Estudante: Kaio Jefté Santos de Oliveira Dias Caldeira de Andrade
Orientação: Jaime Ribeiro Filho
Título da Dissertação: “Heme induz ativação de leucócitos e modula o metabolismo de eicosanoides em modelo murino de anemia falciforme”
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana e Experimental
Data de defesa: 27/09/2023
Horário: 14h00
Local: Sala Virtual do Zoom
ID da reunião: 812 3375 6844
Senha de acesso: defesa

Resumo

INTRODUÇÃO: O termo Doença falciforme (DF) designa um conjunto de doenças hereditárias caracterizadas por mutações no gene que codifica a subunidade β da hemoglobina (HBB), dentre as quais a AF se destaca como um problema de saúde pública mundial em termos de incidência, prevalência e morbimortalidade. Evidências demonstram que a AF é caracterizada por uma reposta inflamatória estéril causada principalmente por produtos de hemácias falciformes, tais como o heme. Embora seja conhecido que o heme atue como um estímulo inflamatório em modelos in vivo e in vitro, o seu papel no metabolismo lipídico na doença falciforme ainda é pouco compreendido. OBJETIVO: Avaliar o efeito do heme no recrutamento de leucócitos e metabolismo de eicosanóides em modelo murino de anemia
falciforme. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos transgênicos para a anemia falciformes (n=6/grupo) dos genótipos AA (saudáveis) e SS (falciformes) foram desafiados por via intrapleural com solução de hemina. Seis hotas após o desafios, os animais foram eutaziados e o lavado pleural e o pulmão foram coletados. A contagem total e diferencial de leucócitos do lavado foi realizada por microscopia. Células coradas com oil red O foram analizadas quanto ao número de corúsculos lipídicos por microscopia. A expressão gênica em células do lavado foi realizada por PCR e a dosagem de eicosanoides no sobrenadante foi realizada por ensaio imunoenzimático. A inflamação pulmonar foi avaliada por imunohistoquímica. RESULTADOS: O desafio com heme aumentou o número de neutrófilos e o conteúdo lipídico de leucócitos do lavado pleural em em animais de ambos os fenótipos, demonstrando indicando ser um estímulo para recrutamento e ativaçção de leucócitos. O heme induziu um aumento na expressão relativa dos genes de COX-1 e PLA2 apenas em camundongos falciformes que, curiosamente, apresentaram menores níveis de LTB4. Por fim, camundongos falciformes apresentaram maior inflamação pulmonar, que foi pouco afetada pelo heme. CONCLUSÃO: O desafio com heme estimulou o recrutamento e ativação de leucócitos em camundongos saudáveis e falciformes. No entanto, apenas camundongos falciformes estimulados com heme apresentam maior expressão gênica de enzimas produtoras de eicosanoides, indicando alterações no metabolismo de eicosanoides em camundongos falciformes são diretamente rlacionadas com a ação do heme, in vitro, o que é corroborado pela observação de desequilíbrio na produção de PGE2 e LTB4 nesse modelo experimental. Em perspectiva, esses achados contribuirão para estabelecer modelos animais para o estudo de novas abordagens terapêuticas em doenças inflamtórias hemolíticas como a anemia falciforme. Palavras-chave: Anemia falciforme. Inflamação. Corpúsculos lipídicos. Heme. Modelo murino.

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Fiocruz Bahia participa do 9º Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde 

A Fiocruz estará presente no Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, considerado um dos maiores eventos regionais da Saúde Pública realizados no Brasil, que terá a sua 9ª edição realizada entre os dias 4 e 6 de setembro, no Centro de Convenções de Salvador. Com o tema “As especificidades do Norte e Nordeste na Regionalização do SUS”, o encontro vai reunir gestores, trabalhadoras e trabalhadores de Saúde e profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde de 2244 municípios das duas regiões do Brasil.

O evento é realizado pelo Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS Bahia) e contará com a tradicional “Feira aqui tem SUS” com estandes dos COSEMS, CONASEMS e Ministério da Saúde, de instituições e empresas, públicas e privadas, que irão expor e divulgar suas experiências, produtos, serviços e tecnologias ligados à saúde pública. Neste ano estão previstos 53 estandes.

A Fiocruz vai participar com estande oficial, mostrando as atividades realizadas pela instituição no Brasil, com destaque para as unidades regionais da Fundação do Norte e Nordeste. A participação no evento reafirma a aproximação da instituição com o COSEMS, enquanto ente representativo das secretarias municipais de saúde, com o objetivo de manter e ampliar os vínculos institucional. Além disso, o congresso é uma oportunidade de prefeitos, secretários e outras autoridades possam conhecer um pouco mais a instituição.

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Atividades de divulgação científica marcam participação da Fiocruz Bahia no Bon Odori

A Fiocruz Bahia participou do XV Festival da Cultura Japonesa e 30º Bon Odori, organizado pela Associação Cultural Nippo Brasileira de Salvador (Anisa), que foi realizado no Parque de Exposições de Salvador, de 25 a 27 de agosto, reunindo milhares de pessoas para celebrar a cultura japonesa, com atrações para todas as idades. O primeiro dia contou com a visita de escolas públicas.

As atividades de divulgação científica no estande da Fiocruz Bahia foram apresentadas por pesquisadores, técnicos e estudantes de pós-graduação da instituição, que abordaram técnicas histológicas, o ciclo da esquistossomose e outros helmintos, insetos vetores, extração de DNA, câncer de mama, dentre outros temas. Também ficaram à disposição dos visitantes, jalecos, óculos de proteção, balões volumétricos coloridos e adereços em alusão ao bigode de Oswaldo Cruz para as crianças tirarem fotos como tema “Futuros cientistas”.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, salientou a oportunidade que o festival oferece para a instituição participar com um ambiente para a divulgação e comunicação científica em saúde. “Como de costume, nós recebemos vários visitantes, que estavam curiosos por saber questões relacionadas à saúde e, também, à Fiocruz. O evento evento foi concorrido assim como nosso estande”, avaliou a diretora.

Valdirene Carvalho, que visitou o estande junto com o filho, achou interessante as atividades e ações propostas, principalmente para as crianças. “Meu filho gosta muito de ciência, gostamos bastante da mesa de experimento do PH e a representação da célula, com a explicação”, disse.

A experiência das ações para as crianças também foi destacada por Elisangela Meneses. “As atividades que envolvem química e vacina, contextualizando os últimos momento que vivemos, com a criação de vacinas, faz a criança vivenciar assuntos abstratos. É também uma maneira de eles experienciarem, quem sabe, uma futura profissão”, afirmou.

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Informações sobre a Chamada Interna para bolsas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas

O Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) e o Núcleo Pró-Equidade de Gênero e Raça do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) convocam a sua comunidade científica e acadêmica para apresentar projetos de pesquisa em resposta à Chamada Interna – Indicação de projetos para bolsas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas IGM/FIOCRUZ – 2023/2024 do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC). Podem ser encaminhados até 2 (dois) projetos de pesquisa selecionados pelos laboratórios ou setores. Os projetos devem ser encaminhados até o dia 11/09. Os estudantes que participarão do programa serão selecionados posteriormente pelo PROIIC através de Edital público e vinculados aos projetos com base no perfil indicado pelos orientadores. Veja mais detalhes sobre o projeto e acesse a chamada.

Qual o objetivo desse projeto?

O projeto tem como objetivo ampliar o acesso de estudantes de graduação, que se autodeclaram negros e negras ou indígenas à Iniciação Científica na Fiocruz Bahia, contribuindo para assim aumentar as chances de diversificação racial no quadro de pesquisadoras e pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (IGM) e nas demais instituições brasileiras.

Quantas vagas são oferecidas e quem poderá participar?

Em consonância com a Política de Ações Afirmativas da Fiocruz, serão ofertadas 14 vagas, equivalente a 20% do total de cotas de Iniciação Científica do Instituto Gonçalo Moniz.

Podem se candidatar estudantes de graduação que se autodeclaram negros e negras ou indígenas, regularmente matriculados em instituições de ensino superior (pública ou privada) localizadas no Estado da Bahia, ter cursado o nível médio completo em escola da rede pública ou ter cursado o ensino médio completo em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola.

Como está estruturado o projeto?

O projeto está estruturado em 2 etapas. A primeira é uma Chamada Interna para Indicação de projetos de pesquisa pelos setores e laboratórios da Fiocruz. Essa etapa está aberta recebendo as indicações de projeto até 11/09.

A segunda etapa é a seleção dos estudantes, através de Edital público a ser divulgado nas Instituições de Ensino Superior. Ao final dessa etapa, os estudantes serão vinculados aos projetos com base nos projetos e no perfil indicado pelos orientadores na primeira etapa.

Como ocorrerá a indicação e seleção dos projetos de pesquisa?

Os projetos de pesquisa devem ser encaminhados conforme a Chamada Interna – Indicação de projetos para bolsas de Iniciação Científica – Ações Afirmativas IGM/FIOCRUZ – 2023/2024 do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC).

Os orientadores devem ser servidores, pesquisadores visitantes ou bolsistas de pós-doutorado do IGM – FIOCRUZ com carga horária mínima de 40 (quarenta) horas semanais.

Cada laboratório ou setor deve indicar até 2 dois projetos de pesquisa, previamente selecionados pelas chefias dos setores, indicando qual é o projeto prioritário e qual o projeto suplente.

As indicações devem ocorrer através do envio da documentação indicada na Chamada Interna até o dia 11/09 para o e-mail do PROIIC (proiic@fiocruz.br).

A documentação será analisada por uma Comissão de Avaliação e Seleção, composta por um membro PROIIC e dois membros pesquisadores externos. As 14 vagas serão distribuídas entre os 12 laboratórios, CIDACS e ASCOM, uma por setor, de forma que serão contemplados todos os projetos indicados como prioritários pelos chefes destes setores. No caso de não haver indicação de projetos por todos os setores, as vagas remanescentes serão preenchidas pelos projetos suplentes, ordenados de acordo com os critérios explicitados na Chamada Interna.

Como ocorrerá a seleção dos estudantes e vinculação aos projetos?

A seleção dos estudantes será realizada através de Edital público elaborado com base nos perfis identificados previamente identificados na Chamada Interna. Os estudantes serão selecionados pela mesma comissão de avaliação e seleção em duas etapas: a primeira etapa, eliminatória, realizará análise do desempenho escolar, currículo e carta de interesse e selecionará até 2 vezes o número de vagas para participar da segunda etapa, que será uma entrevista. As inscrições para essa etapa serão de 21/09 a 06/10/2023.

A partir do perfil indicado pelos orientadores na Chamada Interna e do perfil identificado nos estudantes durante o processo seletivo, será realizada a vinculação dos estudantes aos projetos.

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Estudo da Fiocruz Bahia vai testar medicação infantil para esquistossomose

Um estudo clínico envolvendo a versão pediátrica do medicamento Praziquantel, chamada de L-Praziquantel, será realizado por cientistas do Programa de Pesquisa Translacional em Esquistossomose (Fio-Schisto). O trabalho conta com a coordenação do pesquisador Ricardo Riccio e vice-coordenação da pesquisadora Isadora Siqueira, além da participação dos pesquisadores Mitermayer Galvão Reis e Luciano Kalabric, da Fiocruz Bahia. O trabalho faz parte da proposta contemplada no edital de Pesquisa Clínica em Esquistossomose do Programa Inova Fiocruz.

A pesquisa será desenvolvida em comunidades da Bahia e de Sergipe, ao longo de três anos, com a participação de crianças de três meses a seis anos de idade. “O L-Praziquantel é um comprimido menor, que não possui o mesmo sabor desagradável que o utilizado em adulto, e é orodispersível, podendo ser diluído na boca e administrado com água”, relata Riccio.

O pesquisador esclarece que, como os testes do consórcio responsável pelo desenvolvimento do medicamento foram realizados no Quênia e na Costa do Marfim, o objetivo da pesquisa será analisar os efeitos em crianças brasileiras. “Sabemos que existem diferenças genéticas da população africana para a população brasileira, assim como podem existir diferenças genéticas entre o parasito que está na África e o que está no Brasil. A ideia é que possamos fornecer parâmetros para a população brasileira de que esse medicamento é seguro e eficaz”, completa.

Tida pela OMS como uma das 20 doenças mais negligenciadas, a esquistossomose é uma das doenças parasitárias mais prevalentes em todo o mundo, afetando principalmente populações empobrecidas. A doença é transmitida pelo parasito Schistosoma e afeta o trato intestinal e outros órgãos, como fígado e baço. Em crianças, a doença pode causar anemia e sequelas mais graves, levando, consequentemente, à morte.

Isadora Siqueira reitera o objetivo geral do projeto, recordando da relevância da iniciativa. “Os resultados deste projeto trarão benefícios diretos a populações afetadas pela esquistossomose, doença tão negligenciada que até o momento não tem tratamento disponível para crianças acometidas”. Além dos membros da Fiocruz Bahia, integram o projeto o pesquisador Carlos Graeff, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e Fernando Schmelzer Bezerra, da Universidade Federal do Ceará (UFC). A pesquisa conta ainda com a parceria importante do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade da Fiocruz responsável pela produção e distribuição do praziquantel pediátrico que será utilizado neste estudo.

O L-Praziquantel

A versão pediátrica do medicamento foi desenvolvida pelo Consórcio Praziquantel Pediátrico, criado em julho de 2012. A dose do Praziquantel para uma criança de até 6 anos é medida em relação ao seu peso, mas, além da dosagem não regulada, há a questão do tamanho do comprimido e do forte sabor que possui, o que dificulta a administração do medicamento.

O L-Praziquantel foi desenvolvido para suprir a lacuna de tratamento mais amigável a essa população, estimada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em até 50 milhões de indivíduos em idade pré-escolar atingidos pela doença. Atualmente, o medicamento é analisado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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Pesquisadores são nomeados novos membros da Academia de Ciências da Bahia

A Academia de Ciências da Bahia (ACB) publicou os nomes dos novos acadêmicos que passaram a integrar a organização, no dia 16 de agosto. Entre os agraciados estão os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Bruno de Bezerril Andrade e Marilda de Souza Gonçalves, que também é diretora da instituição. Ambos foram nomeados como Membros Titulares na área de Ciências da Vida.

Ao todo foram sete Membros Titulares nas áreas das Artes, Ciências da Vida, Ciências Exatas, Agrárias e da Terra e Ciências Sociais e Sociais Aplicadas. Também foi nomeado um Membro Correspondente em Ciências da Vida e um Membro Junior em Ciências Exatas, Agrárias e da Terra.

Marilda Gonçalves

Marilda Gonçalves possui graduação em Farmácia Bioquímica e graduação em Farmácia opção Alimentos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado e doutorado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Doutorado Sanduíche no Medical College of Georgia, e realizou pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia (EUA). 

Atualmente, Gonçalves é pesquisadora titular da Fiocruz Bahia, professora titular da Faculdade de Farmácia da UFBA e pesquisadora de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também é docente dos programas de pós-graduação em Patologia da Faculdade de Medicina da UFBA em Ampla Associação com a Fiocruz Bahia; em Farmácia da Faculdade de Farmácia da UFBA; e em Biotecnologia e Medicina Investigativa da Fiocruz Bahia. 

É Diretora do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e possui experiência na área de Hematologia e Genética, com ênfase em Biologia Molecular, atuando na área de interação da genética com marcadores hematológicos, bioquímicos e imunológicos, principalmente nos seguintes temas: doença falciforme, hemoglobina fetal, anemias, leucemias e saúde materno-fetal.

Marilda Gonçalves também é editora associada do periódico Brazilian Journal of Hematology and Hemotherapy, membro da Associação Brasileira de Hamatologia, Hematologia e Terapia Celular e é revisor regular de revistas como a Plos One, Scientific Reports, British Journal of Haematology, American Journal of Hematology and Haematologica.

Bruno Bezerril

Bruno Bezerril é graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutor em Patologia Humana (UFBA/ Fiocruz Bahia) e realizou pós-doutorado no National Institute of Allergy and Infectious Diseases, do National Institutes of Health (EUA). Atualmente, é pesquisador da Fiocruz Bahia e professor de cursos de Medicina na UniFTC, UNIFACS e da pós-graduação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Desde 2019 é co-investigador principal do consórcio Regional Prospective Observational Research for Tuberculosis (RePORT International) e o investigador principal deste consórcio no Brasil (RePORT Brasil). 

Bezerril estuda biomarcadores diagnósticos e prognósticos associados à patogênese de doenças infecciosas de grande relevância para saúde pública. Coordena um grupo multinacional de medicina translacional que mescla dados experimentais e clínicos para descrever vias inflamatórias envolvidas na imunopatogênese de doenças como tuberculose, HIV, hepatites virais, arboviroses, malária, leishmaniose e pneumonia bacteriana e lidera uma rede colaborativa de laboratórios na África do Sul, Índia, China e Estados Unidos, onde desenvolve estudos para validação dos resultados em locais com perfis epidemiológicos distintos. 

É membro da Academia Nacional de Medicina (categoria Jovem Liderança), da Interacademy Medical Panel (Alemanha), da Royal Society of Medicine (Inglaterra), além de ser membro permanente da Collaboration for TB Vaccine Discovery (CTVD, Gates Foundation). É Section Chief Editor do periódico Frontiers in Tropical Diseases, foi Editor Associado do periódico BMC Infectious Diseases e é revisor regular de revistas como New England Journal of Medicine, Science Translational Medicine, JAMA, Nature Medicine e Lancet.

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