Autor: Julia Lins
Pesquisadores investigam receptores de proteína para o processo de resposta de patógenos
Receptores acoplados às proteínas G (GPCRs), alvo de 40% dos medicamentos vendidos atualmente, são objetos de estudo em uma revisão publicada no volume 136 do periódico Advances in Immunology, em agosto. A autoria do trabalho é dos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto e Pablo I. Pereira Ramos, em parceria com Júlio Scharfstein, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), primeiro autor da publicação. O capítulo G Protein-Coupled Kinin Receptors and Immunity Against Pathogens tem como finalidade o estudo das proteínas que formam parte do Sistema Calicreína-Cinina (SCC) e receptores de Cinina.
O texto elucida que, dentro da resposta de patógenos virais, bacterianos e protozoários como o Trypanosoma cruzi e Leishmania, os receptores dessa família de proteínas – que agem na captação de sinais químicos externos e ativação de sinalização no interior da célula – podem ser importantes. Além disso, busca-se retratar as interações funcionais entre vários processos e os GPCRs no contexto da sinalização.
Uma mineração de dados com base em 25 estudos transcritômicos envolvendo patógenos fúngicos, bacterianos e protozoários permitiu analisar os perfis de expressão gênica de vários GPCRs e receptores de Cinina em tecidos e células humanas, revelando os diferentes papeis moleculares destas proteínas frente à infecções patogênicas.
SESSÃO TÉCNICA EXTRA – Explicando e interpretando o teste FS Qtf para o diagnóstico da Tb latente
Regulação e função do ferro intracelular em Leishmania amazonensis
SESSÃO TÉCNICA – n3D: Cultura celular magnética em 3D e suas aplicações
Participação de pacientes marca evento sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis
A I Mostra Baiana de Prevenção e Testagem do HIV e ISTs (MOBAH) aconteceu na Fiocruz Bahia – IGM, com o objetivo discutir o status atual e o combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismo, além de debater novos métodos e formas de testagem para o HIV. A organização do evento, que ocorreu na segunda-feira (27), foi realizada pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, Prefeitura de Salvador, Instituição Beneficente Conceição Macêdo, a Coordenação Estadual DST/AIDS Bahia e a Fiocruz Bahia. A MOBAH integrou as atividades da “Semana Vermelha”, que antecede o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (1º de dezembro).
No encontro, foram realizadas mesas com discussões relacionadas às epidemias e pesquisas dessas doenças, com os temas: “Avanços do poder público no enfrentamento da epidemia do HIV”; “Pesquisa e inovação tecnológica em IST”; “Experiências exitosas: diferentes abordagens na prevenção e na testagem do HIV e de outras ISTs”; e “Panoramas e tendências no campo da prevenção combinada”. Houve, também, um painel sobre a prevenção combinada em grandes eventos, como o carnaval. Entre essas atividades, foram destaque a apresentação do coral de crianças assistidas pela Instituição Beneficente Conceição Macêdo e performance da Drag Queen, Enelris Star.
O pesquisador da Fiocruz Bahia, Luiz Alcântara, um dos organizadores do MOBAH, concluiu que o evento foi bem sucedido, além de firmar uma importante parceira com as secretarias municipal e estadual de Saúde. “Conseguimos passar tudo que pretendíamos de divulgação científica e de prevenção para o público presente. O curso foi eficiente, tudo que planejamos foi abordado em relação a HIV, sífilis, HLTV I e Hepatite”, destacou Alcântara.
Sobre as pessoas presentes, o pesquisador ressaltou a participação de diversos setores da sociedade. “Tínhamos tanto indivíduos pertencentes à grupo em situação de risco, jovens, adolescentes, representantes da sociedade civil e pacientes”. E alertou sobre quais pessoas podem estar inseridas nesse grupo de risco. “Hoje em dia, todo mundo é grupo de risco, desde que você não previna. Para haver prevenção, tem que ter educação. Você tem que educar as pessoas para a prevenção”, afirmou.
O representante da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab),Thiago Jordão, disse que foi uma experiência muito gratificante, rica e valiosa por causa da exposição dos trabalhos de ONGs, instituições de pesquisa e do poder público, além de novos vínculos com pessoas que trabalham com a temática. Também afirmou que a mostra atualizou o conhecimento sobre testagem e resultados, incentivando as pessoas a trabalharem mais pela causa.
Helena Lima, representante da Secretaria Municipal de Saúde, também disse estar satisfeita com o evento. Relatou que foi “produto de um sonho coletivo” entre programas públicos de combate e Organizações de da Sociedade Civil (OSC), além de ser um estimulo ao envolvimento e à divulgação do tema. Afirmou, também, que o ativismo social é de extrema importância para o combate ao HIV, já que seria um grande suporte para os programas e ao enfrentamento conjunto.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016, quase 16 mil pessoas no Brasil foram diagnosticadas com AIDS, e em cada 100 mil, há 5,6 óbitos. Na Bahia, aproximadamente quatro mil pessoas receberam o diagnóstico e em Salvador, o número é de 331 pessoas. A Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) divulgou que, no mundo, cerca de dois milhões de pessoas foram infectadas em 2016, sendo que um milhão morreu com causas relacionadas à doença.
Confira as fotos:
Fiocruz Bahia participa do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual
A Fiocruz Bahia – IGM participou do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de novembro, na Arena Fonte Nova. O Instituto colaborou com a montagem de um stand, que destacou as ações da 9ª Edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, um projeto educativo bienal promovido pela Fiocruz, e as atividades de ensino, pesquisa do IGM, durante os três dias do evento.
Cerca de 150 estudantes e 167 professores das turmas do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio, prestigiaram o stand da Fiocruz, onde foi possível saber mais informações e inscrever os projetos de alunos na Olimpíada, nas modalidades de Produção Audiovisual, Produção de Textos ou Projeto de Ciências. Na quarta-feira (22), a pesquisadora e coordenadora do Comitê de Saúde e Ambiente (Comisa), Nelzair Vianna, ministrou a palestra sobre “Mudanças Climáticas e seus Impactos”, destacando alguns efeitos causados pelas temperaturas elevadas, entre elas, inundações e secas mais longas e aumento das queimadas nos anos mais quentes.
“Este evento é de suma importância para desenvolver ciência e tecnologia no nosso estado. A Fiocruz vem estimulando a implementação de projetos pelos estudantes e professores. Recentemente, fizemos um curso de especialização em biociências e ensino, capacitando professores da rede pública para trabalhar com ciências e desenvolver a ciência cidadã”, destaca. Nelzair apontou ainda que a mudança de temperatura influência nas emergências médicas. O ano de 2016 foi o mais quente já registrado, com temperatura média da superfície da Terra em 0,94ºC acima da média registrada no século 20, de 13,9%.
De acordo com um estudo realizado em outubro deste ano, pela revista científica americana The Lancet, e apresentado na palestra, cerca de nove milhões de mortes prematuras foram causadas por poluição ambiental, sendo um valor 1,5 maior do que o número de pessoas mortas pelo tabagismo e três vezes o número de mortes por Aids, Tuberculose e Malária juntos. O estudo ainda revelou que 92% das mortes relacionadas à poluição ocorreram em países em desenvolvimento de baixa ou média renda. A estatística supera também em 15 vezes o número de pessoas mortas em guerras ou outras formas de violência.
O Encontro foi promovido pela Secretaria da Educação do Estado. A programação foi dinâmica para dar conta do interesse de públicos de todas as idades. Ocorreram oficinas indígenas, mostra de danças e musicais, contação de histórias para o desenvolvimento da linguagem e escrita das crianças, além das apresentações dos projetos de arte, ciência, cultura, tecnologia, esporte e empreendedorismo.
Dissertação buscou verificar indução de apetite de sódio por depleção de íon
AUTOR: Andrei Luis Borges Beltrão Moiteiro
ORIENTADORA: Josmara Bartolomei Fregoneze
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES MU- E DELTA-OPINOIDES NO OSF SOBRE O APETITE POR SAL.”.
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 04/12/2017
RESUMO
Estudos sugerem que as vias opioidérgicas centrais desempenham papel no controle hidroeletrolítico através da ingestão de sal. O órgão subfornical (SFO) é uma área circunventricular que monitora centralmente os níveis circulantes de sódio no sangue e líquido cefaloraquidiano devido a presença de receptores de sódio nesta área. Os níveis de concentração de sódio no sangue ou no líquido cefaloraquidiano causam ativação ou inativação dos neurônios GABAérgicos presentes no SFO, que por sua vez, a ativação dos neurônios GABAérgicos promovem aversividade a ingestão de sódio. Trabalhos tem mostrado que ocorre ativação de receptores opioides no SFO em animais submentidos a protocolos de depleção de sódio. Porém, ainda é pouco elucidado o papel dos receptores opioides, dentre eles, os receptores mu- e delta- opioides sobre o controle hidroeletrolítico central.
Objetivo: Verificar se o apetite por sódio induzido por depleção deste íon depende da atividade endógena dos receptores mu- e delta-opioides e da interação com vias GABAérgicas no SFO.
Material e Métodos: Foram utilizados ratos Wistar (270± 20 g), submetidos a cirurgia estereotáxica para implante de cânula guia no SFO. Após 4 dias da cirurgia estereotáxica, os animais foram submetidos ao protocolo de depleção de sódio, por administração de furosemida via subcutânea. Posteriormente ao protocolo de depleção de sódio foi fornecido ao animais alimentação hipossódica e água destilada por 24 h. No fim das 24 horas, foi administrado no SFO antagonista mu- opioide nas concentrações 3, 6 e 12 nmol/0,2μl e antagonista delta- opioide nas concentrações 1.5, 3 e 6 nmol/0,2 μl, após 15 min da administração das drogas foi fornecido bebedouro com água destilada e solução salina 1,5% iniciando o registro de ingestão cumulativa nos tempos 5, 10, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos. A analise estatística foi realizada através do programa GraphPad Prism 6.0. Utilizou-se ANOVA – two away modelo misto para medidas repetidas seguida do pós-teste de Bonferroni para múltiplas comparações dos volumes ingeridos e teste “t” de Student não pareado para analise dos testes de comportamento.
Resultados: Os animais que receberam microinjeção de naloxone ou naltrindole no SFO tiveram redução estatisticamente significante na ingestão cumulativa de salina hipertônica quando comparado aos animais do grupo controle. Quando verificou-se a relação dos receptores mu- e delta- opioides com os neurônios GABAérgicos, o bloqueio da ingestão de solução salina hipertônica promovida pela microinjeção de naltrindole no SFO foi abolida quando administrado antagonista dos receptores GABA na mesma área. Porém a mesma resposta não foi encontrada entre o bloqueio dos receptores GABA e bloqueio dos receptores mu-opioide.
Conclusões: Os dados obtidos neste estudo sugerem que os receptores mu- e delta- opioides, presentes no SFO, participam na modulação do controle da ingestão de sódio. Também com base nos dados neste estudo, sugere-se que os receptores delta-opioides modulam a ingestão de sódio por via GABAérgica.
Palavras-chave: Ingestão de sódio; receptor delta-opioide; receptor mu-opioide; depleção de sódio.
CD8 T Cells in Early Cutaneous Leishmaniasis (E-CL) Caused by Leishmania braziliensis
Inscrições abertas para workshop sobre gestão da identidade e da produção científica em plataformas online
O workshop “Gestão da identidade online de pesquisadores e métricas em nível de autor: plataformas e indicadores”, que acontece no dia 06 de dezembro, na Fiocruz Bahia, pretende situar a presença online e a gestão da identidade como condições básicas para manutenção da visibilidade e impacto do pesquisador. O evento abordará o deslocamento das métricas tradicionais baseadas em estudos bibliométricos e de citação, para uma visão mais ampliada do impacto (altmetrics). As inscrições encerram no dia 5 de dezembro e podem ser realizadas no site do curso. O público-alvo são pesquisadores, professores e pós-graduandos.
Ministrada pelo professor do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Ronaldo Ferreira de Araújo, a apresentação também contemplará algumas perspectivas de encontrabilidade de pesquisadores na web e a necessidade de garantia de presença online em perfis institucionais, mídias sociais, redes sociais acadêmicas e serviços de identificação e monitoramento de impacto (ORCID; AuthorID; ResearcherID; Google Acadêmico; Publons; ScienceOpen profile; ImpactStory), como forma de engajamento acadêmico e com o público em geral. O workshop será divido em dois momentos. Das 8h30 às 12h, haverá palestra e sessão de perguntas e o período de 13h30 às 16h30 será voltado para atividades práticas.
O evento promovido pela Biblioteca da Fiocruz Bahia, com o apoio da Vice-Diretoria de Ensino e Informação, faz parte do programa de Treinamentos Continuados que visa desenvolver habilidades no uso de recursos de informação em saúde, assim como discutir diversos temas da comunicação científica.
Papel do LPG de Leishmania infantum na ativação e infecção de macrófagos murinos é estudado em dissertação
AUTORA: Milena Lázaro de Souza
ORIENTADORA: Valéria de Matos Borges
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “PAPEL DO LPG DE LEISHMANIA INFANTUM NA ATIVAÇÃO E INFECÇÃO DE MACRÓFAGOS MURINOS.”
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 15/12/2017
RESUMO
O lipofosfoglicano (LPG) é um glicoconjugado mais abundante no glicocálix das formas promastigotas de Leishmania (L.) e está associado com a virulência em suas diferentes espécies. O LPG modula a ativação de macrófagos durante os estágios iniciais da infecção, mas a contribuição das suas porções lipídicas e glicídicas sobre a ativação da resposta inflamatória ainda é pouco explorado. Neste estudo, nós investigamos o papel do LPG purificado de L. infantum na ativação de macrófagos pela avaliação da formação de corpúsculos lipídicos (CL), produção de prostaglandina E2 (PGE2) e o óxido nítrico (NO). LPG total, mas não a sua porção lipídica e glicídica em separado foi capaz de induzir a formação de CLs, produção de PGE2 e o NO, bem como a expressão das enzimas ciclooxigenase 2 (COX-2) e óxido nítrico sintase induzível (iNOS). O tratamento com NS398, inibidor seletivo da COX-2, reverteu a produção de PGE2 induzida pelo LPG. Para verificarmos a importância real do LPG no contexto da infecção de macrófagos por L. infantum, nós utilizamos parasitos deficientes em no gene LPG1 (lpg1) e geneticamente restituídos (lpg1+LPG1). Caracterizamos morfuncionalmente os parasitos lpg1 e lpg1+LPG1 e observamos diferenças no perfil de crescimento, mas não ultraestruturalmente pelas técnicas de microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. Em seguida, analisamos infecção de macrófagos in vitro. Nossos resultados demonstraram que não houveram diferenças nos índices de infecção e capacidade de internalização dos parasitos lpg1 nos momentos iniciais de infecção (4h), mas a carga parasitária dos parasitos lpg1 reduziu após 72h de infecção. O conjunto dos nossos resultados contribuirá para esclarecer o papel inflamatório do LPG de L. infantum. Além disso, abordagens experimentais utilizando parasitos deficiente para LPG constituem uma importante ferramenta para explorar mecanismos de patogenicidade durante a infecção por L. infantum.
Palavras-chave: Leismania infantum; lipofosfoglicano (LPG); Prostagladina E2; Óxido Nítrico; Corpúsculos lipídicos; macrófago.
Efeitos de células mesenquimais de medula óssea no tratamento de neuropatia são analisados em tese
AUTORA: Gisele Graça Leite dos Santos
ORIENTADORA: Cristiane Flora Villarreal
TÍTULO DA TESE: “Efeitos de células mesenquimais de medula óssea selvagens e geneticamente modificadas para expressão ectópica de IGF-1 no tratamento da neuropatia periférica crônica induzida por oxaliplatina”.
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz
DATA DE DEFESA: 06/12/2017
RESUMO
Embora a oxaliplatina (OXL) tenha se destacado pela grande eficácia no tratamento do câncer, principalmente o câncer de colorretal, a neuropatia crônica induzida por esse quimioterápico representa um dos seus principais limitantes clínicos. A gabapentina, fármaco utilizado como droga padrão-ouro no controle das neuropatias, tem mostrado apenas efeito transitório e de baixa eficácia na neuropatia induzida por OXL. Diante disso, o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas que possuam ação efetiva neste tipo de dor neuropática é de grande relevância. A terapia celular tem sido considerada uma promessa terapêutica para o controle da dor neuropática, com eficácia já demonstrada em alguns tipos de neuropatia experimental, entretanto, até o presente momento nenhum estudo demonstrou os efeitos da terapia celular na neuropatia por OXL. Sendo assim, o presente trabalho visou avaliar os efeitos do transplante de células mesenquimais selvagens e geneticamente modificadas para expressão ectópica de IGF-1 (CMsMO e CMsMO-IGF-1, respectivamente) na neuropatia crônica induzida por OXL em camundongos. O modelo experimental foi induzido pela administração endovenosa de OXL (1 mg/kg) duas vezes por semana, durante 4 semanas e meia, no total de 9 injeções. O desenvolvimento da neuropatia foi avaliado pela mensuração dos limiares nociceptivos mecânico e térmico, utilizando-se os testes de von Frey e placa fria, respectivamente. Após o estabelecimento da neuropatia comportamental, os camundongos receberam CMsMO (1×106), CMsMO-IGF-1 (1×106) ou veículo por via endovenosa. Gabapentina foi utilizada como fármacos de referência. O limiar nociceptivo, a variação do peso corporal e o desempenho motor no teste de rota-rod foram avaliados durante todo o período experimental (14 semanas). Como parâmetros fisiopatológicos da neuropatia foram avaliados: aspectos ultra-estruturais do nervo isquiático, desbalanço redox, ativação de células da glia, ativação de NF-κB e níveis de citocinas no nervo periférico e na medula espinal. Animais neuropáticos tratados com CMsMO e CMsMO-IGF-1 apresentaram redução da sensibilização nociceptiva 02 dias após o transplante, retornando aos valores basais de nocicepção 07 semanas após o transplante. Esse efeito antinociceptivo perdurou até o final do experimento. A gabapentina induziu aumento do limiar de nocicepção 01 hora após sua administração diária, mas esse efeito foi totalmente revertido 24 h após o tratamento. Vale ressaltar que não houve nenhuma alteração motora nem no peso corporal dos animais estudados durante o período experimental. Nesse panorama, buscou-se avaliar o impacto do tratamento com CMsMO e com CMsMO-IGF-1 sobre parâmetros fisiopatológicos da neuropatia periférica crônica induzida por OXL. A microscopia do nervo isquiático, demonstrou que a atipia mitocondrial em fibras sensitivas (A-δ e C) foi o principal parâmetro alterado na comparação entre camundongos neuropáticos e não neuropáticos. A terapia celular reverteu essas alterações. Além disso, houve reduzida expressão do gene regulador da resposta antioxidante, NRF-2, e da enzima antioxidante SOD-1, no nervo isquiático e medula espinal de animais neuropáticos. O transplante com as células-tronco foi capaz de aumentar essa expressão. Em linha com esses resultados, animais neuropáticos apresentaram elevados níveis de MDA nas vias de dor, que foram reduzidos nos grupos neuropáticos tratados com CMsMO e CMsMO-IGF-1, indicando que a terapia celular diminui a peroxidação lipídica. A expressão de citocinas pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α na medula espinal e nervo isquiático, não foi diferente em animais com neuropatia crônica. Interessantemente, a terapia celular aumentou a quantidade de citocinas anti-inflamatórias, IL-10 e TGF-β, nos animais tratados. Em adição, dados de imunofluorescência mostraram redução da ativação glial espinal durante a neuropatia crônica, sendo esse fenômeno revertido pela terapia celular. Em adição, foi identificada redução da expressão de NF-kB, e da sua ativação indicada pela redução dos níveis de IkB-α, nos animais neuropáticos, sendo esse efeito revertido pela terapia celular. Esses resultados indicam que o tratamento com CMsMO e CMsMO-IGF-1 reduz a neuropatia sensorial de modo consistente e duradouro e regula importantes eventos associados à sua manutenção, podendo ser considerada uma terapia em potencial para o controle da neuropatia crônica induzida pela OXL.
Palavras-chave: dor neuropática; neuropatia; oxaliplatina; células-tronco; células mesenquimais; IGF-1; citocinas, stress oxidativo, glia, NF- kB
Dissertação avaliou as características histopatológicas do carcinoma ductal in situ
AUTOR: Thiago Mattos Acrux
ORIENTADOR: Daniel Abensur Athanazio
TÍTULO DA TESE: “CARCINOMA DUCTAL IN SITU DA MAMA (CDIS) PURO E ASSOCIADO AO INVASIVO: ACHADOS ARQUITETURAIS, CITOLÓGICOS E IMUNOHISTOQUÍMICOS.”
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 14/12/2017
RESUMO
INTRODUÇÃO: Muitos esquemas de classificação foram propostos para o carcinoma ductal in situ. A heterogeneidade arquitetural é amplamente reconhecida. A classificação citonuclear
parece ter maior significado de prognóstico do que o padrão arquitetural.
OBJETIVO: Este estudo avaliou as características histopatológicas do carcinoma ductal in situ incluindo grau citológico e padrão arquitetural e imunohistoquímica (IHQ) em CDIS puros e associados a carcinoma invasivo.
MÉTODOS: Avaliamos uma série de 232 casos de CDIS puro ou associado ao carcinoma mamário invasivo de um total de 493 carcinomas mamários proveniente de uma população constituída por mulheres diagnosticadas com câncer de mama e submetidas a cirurgia no Hospital Terciário São Rafael, na cidade de Salvador/Brasil, no período de 2011 a 2015.
RESULTADOS: O CDIS apresentou um padrão arquitetural misto na maioria dos casos (56%) sendo o subtipo sólido a morfologia mais comum (30%). CDIS de alto grau foi identificado em 84/221 casos (38%) e comedonecrose estava presente em 106/221 casos (48%). Entre os padrões arquiteturais do CDIS, o alto grau foi mais comum no subtipo sólido (61/155 casos, 39%; p <0,001). Apenas 32% dos tumores com padrão papilar possuíam alto grau nuclear. Os pacientes com CDIS de alto grau eram mais jovens em relação aos pacientes com CDIS de baixo grau (media 50 vs 59 anos). O tamanho do tumor foi maior na presença de comedonecrose do que na ausência (media 27 vs 20 mm / p = 0,009). Foi mais frequente o HER 2 positivo no CDIS puro (32%) comparado ao CDIS associado ao invasivo (19%), (p ,135) e o Ki 67 positivo alto (> 20%) foi mais frequente no grupo CDIS associado ao invasivo (54%) (p 0,064). O RE foi positivo em 81% dos casos com padrão cribriforme (p,013). Foi observada uma concordância considerável entre componentes in situ e invasivos em relação ao grau (kappa ponderada = 0,64).
CONCLUSÃO: Demonstramos maior frequência de positividade da expressão do HER-2 em CDIS que no CDI e do RE e Ki-67 no CDIS associado ao CDI. Observamos maior relação do RE com o baixo grau nuclear, enquanto o Ki-67 ao alto grau. O CDIS apresentou mais alto grau nuclear quanto ao CDI. Houve maior freqüência de apresentação mista dos padrões arquiteturais. O padrão puro menos comum foi o micropapilar e o mais comum o sólido. A comedonecrose foi mais freqüente no padrão sólido. Nossos resultados mostraram que o alto grau era mais comum no subtipo sólido e comedonecrose e o baixo grau mais freqüente no cribriforme. Encontramos maior comprometimento da margem cirúrgica no CDIS puro em comparação com o invasivo associado ao CDIS.
Palavras-chave: Carcinoma ductal in situ, Padrão arquitetural, Imunohistoquímica, Câncer de mama.
Envolvimento dos receptores histaminérgicos sobre a apetite por sal é investigado em dissertação
AUTORA: Daniele Osório Meira Brito
ORIENTADORA: Josmara Bartolomei Fregoneze
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “PAPEL DOS RECEPTORES HISTAMINÉRGICOS H1 E H2 NÚCLEO DA AMIGDALA CENTRAL (CeA) SOBRE O CONTROLE DO APETITE POR SÓDIO.”
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 01/12/2017
RESUMO
INTRODUÇÃO: Existem várias áreas cerebrais envolvidas no controle do apetite por sódio, dentre elas podemos citar a amígdala. No complexo amigdalóide, encontramos diversos receptores de neurotransmissores e/ou neuromoduladores que controlam o apetite por sódio, incluindo as vias histaminérgicas. Porém, mesmo sabendo que esse complexo é uma das principais regiões cerebrais no controle do apetite específico por sódio, e que os receptores histaminérgicos, em especial o os receptores do H1 e H2, estão presentes nos subnúcleos da amígdala, incluindo o núcleo central da amígdala (CeA), não se conhece papel destes receptores no controle do apetite por sódio nesta área, reforçando, dessa forma, a necessidade da realização de mais estudos sobre as vias histaminérgicas.
OBJETIVO: Investigar o envolvimento dos receptores histaminérgicos dos tipos H1 e H2, no CeA sobre a apetite por sal em ratos sódio-depletados.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados nesse estudo, ratos Wistar machos adultos, pesando entre 250g e 270g, submetidos à cirurgia estereotáxica para implante de canula guia no núcleo central da amígdala (CeA). No protocolo de depleção de sódio, os animais foram submetidos à injeção subcutânea de furosemida combinada com dieta hipossódica quatro dias após a cirurgia. Neste modelo de estudo os animais receberam injecões bilaterais dos antagonistas dos receptores histaminérgicos dos tipos H1 e H2 no quinto dia pós-cirúrgico, nas concentrações de 50, 100 e 200 nmol/2 μL. Bebedouros de água destilada e de salina foram introduzidos nas caixas 15 minutos após a injecão central e tiveram seus volumes monitorados nos tempos 5, 10, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos, após a colocação dos bebedouros. Para verificar a especificidade de ação dos antagonistas histaminérgicos, os animais foram submetidos aos testes de sobremesa e campo aberto. Ao final das sessões experimentais, os animais foram anestesiados, submetidos à perfusão transcardíaca com salina 0,9% seguido de formol 10% e os encéfalos removidos para processamento histológico. A análise estatística utilizada foi ANOVA two-way modelo misto para medidas repetidas seguida do pós-teste de Bonferroni para múltiplas comparações dos volumes ingeridos. Os testes de sobremesa foram analisados por meio do ANOVA one-way seguida do pós-teste de comparações múltiplas de Bonferroni. E, por fim, os testes de campo aberto foram avaliados através do teste “t” de Student não pareado, através do programa GraphPad Prism 6.0.
RESULTADOS: As microinjeções de mepiramina, antagonista dos receptores histaminérgicos do tipo H1, e cimetidina, antagonista dos receptores do tipo H2 no CeA inibe de maneira significativa o apetite por sódio e não está associada a qualquer impedimento locomotor ou a alteração inespecífica da palatabilidade, dado que tanto a locomoção quanto a ingestão de sacarina 0,1% dos animais não foram alteradas. Os resultados obtidos também demonstram que no CeA os receptores H1 apresentam um papel mais preponderante do que os receptores H2 no controle do apetite por sódio em ratos depletados deste íon.
CONCLUSÃO: Os resultados apresentados nesse estudo ratificam a nossa hipótese de que durante a depleção de sódio, as vias histaminérgicos podem ser ativadas e, dessa forma, modular o apetite por sódio corrigindo o equilíbrio homeostático.
Palavras-chave: Apetite por sódio; receptores histaminérgicos H1; receptores histaminérgicos H2; núcleo central da amígdala; depleção de sódio.
Ensino na Fiocruz: desafios e perspectivas
Inscrições abertas para o curso EndNote X8
Dando prosseguimento ao Programa de Treinamentos Continuados da Biblioteca da Fiocruz Bahia, será realizado, no dia 20 de novembro, o curso EndNote X8. Os participantes irão conhecer o programa EndNote em sua mais nova versão e aprenderão a criar bibliotecas, importar e exportar dados e arquivos da biblioteca, criar grupos inteligentes, citar trabalhos, montar listas de referências, modificar e criar estilos e muito mais. Inscreva-se aqui.
Data: 20/11/2017
Horário: das 15h às 17h
Local: Fiocruz Bahia – Rua Waldemar Falcão, 121, Candeal.
Vagas Limitadas!
Debates sobre ensino, pesquisa e produção marcam 50ª reunião do FUR
A Fiocruz Bahia sediou, nos dias 13 e 14 de novembro, a 50ª Reunião do Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR), que teve como tema central Contribuição para a Agenda Estratégica de Integração de Ensino, Pesquisa e Produção para a Translação em Saúde. A mesa de abertura contou a participação da diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Manoel Barral Netto, e a coordenadora da Escola Fiocruz de Governo (Fiocruz Brasília), Maria Fabiana Damásio. “A reunião foi bastante proveitosa, um momento bastante produtivo, pois reúne os diretores das unidades regionais em uma discussão sobre os problemas em comum para a busca de soluções” disse Marilda Gonçalves.
O objetivo do encontro foi a criação de uma agenda estratégica de necessidades que oriente os campos da educação, pesquisa e referência, de acordo com definições da alta gestão da instituição. Manoel Barral ministrou a primeira apresentação que deu atenção especial à internacionalização da educação da Fundação. “A Fiocruz é uma das melhores instituições brasileiras: que mais produz, com um enorme esforço em pós-graduação. Cobrimos todas as áreas da saúde, temos formação de pessoal, produção científica compatível e grande inserção internacional. Pelo fato de o FUR estar presente em diferentes regiões do país, as unidades regionais têm um papel fundamental nesta discussão”, declarou o vice-presidente.
O pesquisador e coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/ Fiocruz Bahia) Maurício Barreto, em apresentação intitulada “Os Desafios para a saúde global no contexto de ampliação das desigualdades e dos riscos ambientais e tecnológicos: reflexões sobre a Fiocruz do futuro”, afirmou que a reunião é uma oportunidade de articulação, de enfatizar a importância das unidades regionais dentro do sistema Fiocruz como um todo. “Além de ser uma instituição científica, a Fiocruz é uma instituição que se preocupa com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, portanto tem que ser global. Os recursos científicos serão sempre limitados, cabe às instituições e às universidades brasileiras pensar como eles serão utilizados”, defendeu.
O FUR iniciou em 2011, com discussões sobre orçamento e, ao longo do tempo, ampliou-se para outros temas, explicou a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta. “O que estamos mostrando durante esses anos é a possibilidade de fazer interlocuções, pensar projetos mais integradores, propostas mais robustas e que podem contribuir em diferentes aspectos para o fortalecimento da Fundação. O encontro nos permite pensar as especificidades de cada território e colocá-las na perspectiva da Fiocruz nacional para trabalhar com a estratégia dos dirigentes pensando na perspectiva de Sistema Fiocruz”, concluiu.
Zélia defendeu que cada unidade passa a ser um interlocutor relevante na articulação com governos estaduais e outros atores estatais para a consolidação da nacionalização da Fiocruz. Assinatura de convênios foi realizada em Brasília, estamos com trabalhos adiantados em Minas Gerais, Bahia e Rondônia. “A Fiocruz tem uma estrutura invejável, desde pessoas fazendo pesquisas básicas, até a fábrica, passa pelo hospital, tem escola de nível médio com formação de profissionais, tem as unidades em diferentes estados e especialistas muito competentes. Podemos trabalhar e ajudar muito na perspectiva do desenvolvimento do país e em busca de soluções. É uma instituição apaixonante e impressionante”, avaliou.
Também tiveram destaque as apresentações dos pesquisadores recém concursados, da organização de pesquisa médica sem fins lucrativos Chan Zuckerberg Biohub e do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) Marco Krieger, que abordou o tema “O complexo econômico industrial na saúde Fiocruz e o desafio da suficiência de insumos críticos para o SUS”.
Em reunião para fechamento das atividades do FUR, foi debatida uma agenda para 2018. Provavelmente, as próximas reuniões temáticas devem acontecer no Ceará, Rondônia, Manaus e Brasília. Somente em 2019, a Bahia deve sediar uma nova edição do evento.
O FÓRUM
A Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição Federal que possui 27 unidades no país, das quais 17 estão sediadas no Rio de Janeiro. As outras 10 localizadas em outros estados são chamadas unidades regionais e estão distribuídas nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rondônia, além do Distrito Federal.
O Fórum das Unidades Regionais da Fiocruz (FUR) constituiu-se em um espaço de reflexão, articulação, intercâmbio de experiências e discussão técnico-política sobre temas comuns às unidades, para proposição, aprimoramento e integração de ações relacionadas à pesquisa e inovação, ao ensino e à gestão em saúde, visando contribuir para o fortalecimento da presença nacional e regional da Fiocruz no território.
Os encontros temáticos acontecem três vezes por ano, alternadamente em uma das unidades regionais e regularmente antes da reunião do Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz no Rio de Janeiro. Participam das reuniões diretores, vice-diretores e outros integrantes das unidades regionais e das demais unidades, além de convidados externos. As discussões resultantes dos encontros promovidos pelo Fórum vêm impulsionando o trabalho de construção de uma agenda coletiva e integrada para o desenvolvimento estratégico da instituição.
Confira a cobertura:
Inscrições abertas para I Mostra Baiana de Prevenção e Testagem do HIV e ISTs (MOBAH)
A I Mostra Baiana de Prevenção e Testagem do HIV e ISTs (MOBAH), que acontecerá na Fiocruz Bahia, no dia 27 de novembro, tem por objetivo debater, com os diversos setores da sociedade, o status atual das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e divulgar os novos rumos no campo da testagem para o HIV, colaborando com o enfrentamento dessas epidemias. As inscrições encerram no dia 22 de novembro e podem ser realizadas no site da mostra.O evento é resultado de uma parceria firmada entre o Programas Estadual e Municipal de IST/HIV, a Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM) e a Fiocruz.
Na programação, está prevista a participação de representantes do poder público, de organizações da sociedade civil e de instituições acadêmicas, trazendo dados atuais obtidos através de vivências exitosas e pesquisas científicas. Por essa razão, é um evento destinado aos executores, pesquisadores e, sobretudo, aos usuários da rede pública de saúde, se constituindo também como um espaço para elaboração de estratégias mais eficazes de prevenção da transmissão do HIV, das hepatites B e C, do HTLV e da Sífilis.
Inserido na “Semana Vermelha”, que antecede o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS (1º de dezembro), o evento também oferecerá testagem para a infecção pelo HIV-1, que ocorrerá na Sala de Coleta da instituição. Os participantes também poderão doar 1kg de alimento não perecível, que será destinado a crianças que vivem com o HIV.
Clique aqui e confira a programação da I MOBAH.
Workshop sobre vacina BCG está com as inscrições abertas
O II BCG Workshop acontecerá nos dias 7 e 8 de dezembro, na Fiocruz Bahia. Um ciclo de palestras e exposição dos avanços nas pesquisas nacionais e internacionais na área de vacina BCG estão previstos na programação do evento, reunindo pesquisadores e estudantes da pós-graduação e graduação. As inscrições podem ser realizadas no site do evento, até 30 de novembro, e a submissão de resumos deve ser enviada para o e-mail workshopbcg@gmail.com até a mesma data.
O workshop possuiu o limite de 80 vagas e serão avaliadas as inscrições mediante preenchimento do formulário e verificação do currículo lattes pela coordenação do evento. Os certificados serão encaminhados por e-mail informado no ato da inscrição e com participação comprovada de 75% de presença.
Para mais informações sobre o evento clique aqui.
Novos antiparasitários que atuam em múltiplos estágios do ciclo de vida do plasmódio.
I Encontro dos Egressos dos Programas de Pós-graduação acontece na Fiocruz Bahia
Contribuir na orientação profissional de estudantes de graduação e de pós-graduação, ajudando no planejamento da condução da carreira acadêmica e da futura inserção profissional, é o objetivo do I Encontro dos Egressos dos Programas de Pós-graduação da Fiocruz Bahia. O evento, destinado a alunos, ex-alunos e pesquisadores da instituição, acontecerá no dia 24 de novembro, às 9 horas, no Auditório Aluízio Prata. As inscrições podem ser realizadas, até dia 22 de novembro, clicando aqui.
Confira a programação:
Horário | Atividade |
09:00 | Palestra Magna: Ensino na Fiocruz: Desafios e Perspectivas Eduarda Cesse – Vice-Presidencia de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC) |
10:00 | Theolis Bessa – Instituto Gonçalo Moniz (IGM/ Fiocruz Bahia) |
10:20 | Wildo Araújo – Universidade de Brasília (UNB) |
10:40 | Joice Neves – Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
11:00 | Maria Goreth Barberino – Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
11:20 | Discussão |
Fiocruz Bahia sedia a 50ª Reunião do Fórum das Unidades Regionais (FUR)
A 50ª Reunião do Fórum das Unidades Regionais (FUR) será realizada na Fiocruz Bahia – IGM, nos dias 13 e 14 de novembro, e terá como tema central Contribuição para a Agenda Estratégica de Integração de Ensino, Pesquisa e Produção para a Translação em Saúde. O objetivo do evento é a criação de uma agenda estratégica de necessidades que oriente os campos da educação, pesquisa e referência, de acordo com definições da alta gestão da Fiocruz.
Na mesa de abertura, estarão presentes: Manoel Barral Netto, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC); Marco Aurélio Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz (VPPIS); Mario Moreira, vice-presidente de Gestão da Fiocruz (VPG); Rodrigo Correa, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz (VPPCB); e Marilda de Souza Gonçalves, diretora da Fiocruz Bahia – IGM.
“A reunião do FUR tem como principal foco a realização de discussões que levem a integração das Unidades regionais da Fiocruz que não estão localizadas no Rio de Janeiro, visando contribuir para o fortalecimento institucional”, explica Marilda Gonçalves.
Na programação do evento estão previstas palestras, debates e exposição de portfólio de pesquisadores recém concursados. Apresentação da organização de pesquisa médica sem fins lucrativos Chan Zuckerberg Biohub e uma mesa redonda, mediada pelo pesquisador Mauricio Barreto (Cidacs/ Fiocruz Bahia), com o título Os Desafios para a saúde global no contexto de ampliação das desigualdades e dos riscos ambientais e tecnológicos: reflexões sobre a Fiocruz do futuro, também terão destaque no evento.
Clique aqui para conferir detalhes da programação.
Vigilância e vacinação são fundamentais para prevenção de febre amarela
Monitoramento contínuo, testagem laboratorial de mosquitos e de primatas não humanos encontrados mortos e aumento da vacinação são ações cruciais para prevenir casos humanos de febre amarela. Esta é a recomendação de pesquisadores da Fiocruz Bahia, após a investigação do surto da doença em animais ocorrido em Salvador, cujos resultados foram publicados no periódico científico Annals of Internal Medicine, nesta terça-feira (7/11), no artigo intitulado Epizootic Outbreak of Yellow Fever Virus and Risk for Human Disease in Salvador, Brazil.
Tendo em vista que a capital baiana tem sido um epicentro do vírus da dengue e mais recentemente da Zika e Chikungunya, todos transmitidos pelo Aedes aegypti, o objetivo do estudo foi investigar o risco de ocorrência de febre amarela em humanos, que também é transmitida pelo mesmo mosquito. A equipe de pesquisadores analisou a distribuição temporal do surto que afetou pequenos primatas (micos) e a distribuição espacial onde os macacos foram encontrados mortos, além de coletar mosquitos nestes locais para investigação do potencial de transmissão desses vetores.
Os achados da pesquisa sugerem que a ocorrência de febre amarela em primatas não humanos que habitam áreas densamente urbanizadas representavam um risco considerável de ressurgimento de doença em seres humanos, devido aos altos índices de infestação dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Os autores concluíram que a vigilância e monitoramento das populações de mosquitos e de macacos e o aumento da cobertura da vacinação contra a febre amarela podem ajudar a prevenir casos das doenças em humanos, no Brasil.
A febre amarela
O vírus da febre amarela circula em países da América do Sul e da África. A transmissão geralmente ocorre em animais selvagens, mas ocasionalmente atinge humanos que entram nas regiões florestais. Recentemente, as preocupações com o ressurgimento da doença em área urbana cresceram devido à disseminação do Aedes aegypti, que tem demonstrado capacidade de transmitir o vírus da febre amarela. Além disso, a cobertura da vacinação contra a doença ainda é insuficiente, pois a vacina vinha sendo administrada prioritariamente para populações que residem em áreas consideradas de alto risco.
Abertas as inscrições para o Módulo 3 de Formação em Metodologias Ativas de Ensino
Com o tema Educação CTSA e uso de Questões Sociocientíficas no Ensino, o Módulo 3 da Formação em Metodologias Ativas de Ensino está com as inscrições abertas. O curso, que é direcionado aos docentes, servidores e pesquisadores colaboradores da Fiocruz Bahia, tem como objetivo desenvolver competências referentes à utilização de metodologias ativas de ensino em Biociências, Medicina e Saúde. As inscrições estão abertas até o dia 22 de novembro e podem ser realizadas no site do curso.
O módulo 3 terá carga horária de 20 horas e as aulas serão ministradas nas dependências da instituição, no período de 27 de novembro a 14 de dezembro. Na programação, estão previstas uma roda de conversa introdutória e 4 oficinas distribuídas nas duas semanas de aula. Partindo do princípio do protagonismo dos aprendizes, a formação será construída pelos coordenadores, em conjunto com os docentes.
Clique aqui e confira a programação completa.
Tese faz avaliação do impacto de uma mobilização sócio-educativa para o controle do Aedes aegypti
AUTORA: Kathleen Ribeiro Souza
ORIENTADOR: Luciano Kalabric Silva
TÍTULO DA TESE: “Avaliação do impacto de uma mobilização sócio-educativa para o controle do Aedes aegypti”.
PROGRAMA: Doutorado em em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 31/10/2017
RESUMO
Os programas de controle vetorial ainda são a principal forma de prevenir à transmissão da dengue e de outras arboviroses no Brasil. Apesar dos esforços empregados no controle vetorial do Aedes aegypti, e a despeito da manutenção de casos notificados para dengue, a introdução e reemergência de outras arboviroses, trazem ao país o desafio de combater com eficiência seu mosquito vetor. Em parte, isto pode ser explicado porque a maioria dos estratos da cidade apresenta índices de infestação predial (IIP) elevados (> 1,0%). Este trabalho tem por objetivo desenvolver ações de mobilização socioeducativas para a comunidade, de modo que ocorram mudanças no comportamento destes que resultem num controle vetorial mais efetivo refletido na queda do índice de infestação de Ae. aegypti. O estudo foi realizado em uma área de intervenção (estrato 302) e uma área controle (estrato 299) localizadas no Subúrbio Ferroviário de Salvador-Ba entre 2014 e 2017. Os ACEs foram capacitados em arboviroses, biologia do vetor e educação em saúde antes do início do projeto. Todos os ACEs e alguns representantes da comunidade das duas áreas participaram de uma pesquisa de saberes e percepções sobre dengue através da entrevista de grupos focais. Em ambos os estratos foram selecionadas casas sentinelas para avaliação das ações de intervenção através da aplicação de um inquérito CAP antes e após o estudo, além de avaliação dos índices de infestação por Ae. aegypti (IIP, IPA e IDO). No estrato 299, ações regulares de controle foram mantidas. No estrato 302, além das ações regulares de controle, os ACEs realizaram visitas domiciliares, onde os moradores receberam um kit educativo e instruções para a vistoria de seu imóvel. Os moradores participantes foram contatados por telefone mensalmente para lembrá-los da inspeção, nesse processo somente cerca de 30% da comunidade foi envolvida e apenas 27% das casas sentinelas foram incluídas na ação de intervenção ao final do estudo. A partir do GF fica evidente incertezas no conhecimento de conceituações sobre dengue entre os moradores; estado de conflito dos ACEs em exercer o papel de educador sem conhecimento necessário para tal; a valorização do seu trabalho para prevenção e controle da dengue pelos agentes de mobilização e ausência de sentimento e responsabilidade com relação à dengue pelos ACSs. Em ambos estratos os rendimentos para o inquérito CAP-pré e pós demonstram ausência de diferenças significantes. As medidas de índices de infestação avaliadas também não apresentaram reduções significativas ao longo do tempo, evidenciando ausência de mudanças comportamentais por parte dos moradores, mesmo com a presença da ação de intervenção e campanhas educativas. Parte deste insucesso pode estar associado ao baixo alcance da ação na comunidade, ao baixos níveis socioeconômicos da região, além da ausência de políticas públicas e infraestrutura local. Outro fator responsável pelos resultados está relacionado ao tipo de metodologia escolhido para o processo educacional, que se caracteriza como uma abordagem tradicional, não-interativa e bancária, sem levar em consideração portanto as perspectivas sociocognitivistas, necessárias à construção de um conhecimento que propicie as mudanças comportamentais favoráveis ao controle do vetor.
Palavras-chave: Aedes aegypti, intervenção educativa, controle vetorial, educação em saúde.
Não haverá sessão nesta sexta-feira (10/11)
Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação se reúne na Fiocruz Bahia
A Fiocruz Bahia recebeu, na última quarta-feira (01/11), o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), José Vivaldo Souza de Mendonça Filho, que se reuniu com a diretora da instituição, Marilda de Souza Gonçalves. Também participaram da reunião a assessora especial de Gabinete, Fernanda Safatle; o diretor de Políticas e Programas, Leonardo Ramacciotti Miranda, além dos vice-diretores de Pesquisa, Educação e Gestão da Fiocruz Bahia, Camila Oliveira Indiani, Patrícia Tavares Veras e Valdeyer Galvão dos Reis, respectivamente.
As discussões foram norteadas por quatro principais eixos: a valorização de estratégia da saúde pública e da popularização da ciência; a cooperação com o Parque Tecnológico da Bahia, no fortalecimento do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cicads/ Fiocruz Bahia) e do Laboratório Compartilhado de Inovação; a revitalização do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia; e a proposta de interação com as estruturas já existentes no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped).
O secretário ressaltou a importância da visita institucional diante do reconhecimento que a Secti tem pela Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz). “O diálogo com Dra. Marilda foi no sentido de consolidar essa relação institucional e estabelecer um campo de parcerias não só nas pautas institucionais já em curso, como novas estratégias de consolidação do nosso Museu de Ciência e Tecnologia. O Governo do Estado reconhece a Fiocruz como um patrimônio da Bahia e vamos atuar em conjunto para construir grandes resultados”, afirmou Vivaldo Mendonça.
Após a reunião com a diretoria, o grupo conheceu as Plataformas Tecnológicas, a Biblioteca, dentre outras dependências da instituição. “A Secti é um importante parceiro da Fiocruz. Esta visita deve estreitar as possibilidades de trabalharmos com projetos inovadores e desafiadores que tragam benefícios diretos e indiretos para a saúde e para toda a sociedade. Estou certa de que vamos avançar ainda mais neste sentido”, comentou a diretora da Fiocruz Bahia.
Violência de gênero é tema de palestra na Fiocruz Bahia
A palestra “Diálogos sobre violência de gênero e a Lei Maria da Penha” será realizada no dia 7 de novembro, às 9 horas, na Fiocruz Bahia. Aberto ao público, o evento faz parte das ações promovidas pelo Programa Fiocruz Saudável. A apresentação será ministrada pela promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), Márcia Regina Ribeiro Teixeira, e pela analista técnica assistente social, Cynthia Ramos do Amaral Saad, ambas do Ministério Público do Estado da Bahia.
Na ocasião, serão abordadas as múltiplas concepções sobre violência, violência de gênero e violência contra a mulher, problematizando conceitos e terminologias. Também serão destacadas as estratégias de prevenção e as questões relacionadas aos processos interventivos: acesso ao conhecimento (educação pelo e para os Direitos Humanos), ciclo de violência e caminhos para o seu rompimento, violências sobrepostas e notificação compulsória.