Tese conclui que a infecção por leishmania modula a ativação de beta-1 integrinas.

AUTOR: Djalma Gomes Ferrão Carvalhal.
ORIENTADOR: Washington Luis C dos Santos.
TÍTULO DA TESE: INFECÇÃO POR LEISHMANIA MODULA A ATIVAÇÃO DE BETA-1 INTEGRINAS E ALTERA A CINÉTICA DO ESPALHAMENTO CELULAR DE MONÓCITOS SOBRE FIBRONECTINA.
PROGRAMA: Doutorado em Patologia Humana – UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 20/12/2016.

Resumo

 

A leishmaniose é considerada como um grupo de doenças, causadas por parasitos do gênero Leishmania. O gênero inclui mais de 20 espécies de parasitos que são transmitidas ao homem pela picada do inseto fêmea, infectado, da família dos flebotomíneos e os diferentes gêneros estão associados a diferentes manifestações clínicas da doença. Uma característica marcante na infecção é a presença de macrófagos infectados no sítio de inoculação do parasito e em órgãos internos do hospedeiro. Estudos prévios, demonstraram que a infecção de fagócitos mononucleares com Leishmania amazonensis, Leishmania infantum ou Leishmania brasiliensis promove uma diminuição na adesão celular ao tecido conjuntivo inflamado da pele. Esta diminuição da adesão é decorrente, principalmente, de mecanismos envolvidos na regulação da molécula VLA-4, uma integrina da família beta 1 que se liga a VCAM-1, trombospondina e a molécula fibronectina presente na matriz extracelular. Neste trabalho, estudamos os estágios iniciais e tardios da formação da ligação entre a molécula VLA-4 e fibronectina em ensaios de adesão celular com monócitos humanos infectados por L. amazonensis. O estágio inicial do processo de adesão celular (rolamento) foi avaliado através de ensaios com câmaras de fluxo laminar, os resultados demonstraram que a função da integrina VLA-4 está preservada nos monócitos infectados quando comparado ao grupo de células não infectadas. A fase tardia do processo de adesão celular foi avaliada mensurando a área de espalhamento citoplasmático, por miscroscopia eletrônica de varredura, e avaliando a cinética de espalhamento citoplasmático por microscopia de interferência e reflexão (IRM). Nos ensaios avaliados por microscopia de varredura, os monócitos infectados apresentaram uma diminuição da área de espalhamento citoplasmático sobre fibronectina com uma área mediana de 41 (34-51) μm2 em comparação com grupo de células não infectadas que apresentaram área mediana de 72 (55-89) μm2. O espalhamento citoplasmático foi inibido usando um anticorpo anti-VLA4 capaz de bloquear a ligação desta molécula com o substrato. Nos ensaios de IRM, após o contato inicial com a superfície revestida de fibronectina, os monócitos não infectados espalharam o citoplasma rapidamente na proporção de 15 μm2 s-1, enquanto os monócitos infectados com L. amazonensis mantiveram pequenos contatos na proporção de 5,5 um μm2 s-1. Após a avaliação das fases iniciais e tardia do processo de adesão, foi realizada, através de citometria de fluxo, a análise da expressão do epítopo de alta afinidade da molécula VLA-4 de monócitos não infectados e infectados com L. amazonensis. As células infectadas sofreram uma diminuição da expressão de VLA-4 a partir de 39 ± 21% para 14 ± 3%; e LFA1 a partir de 37 ± 32% para 18 ± 16%. Os nossos dados demonstram que a infecção por L. amazonensis não altera as fases iniciais, fase de rolamento, do processo de adesão, mas afeta as fases tardias, adesão firme, uma vez que mantem as moléculas de integrinas em estados de baixa afinidade e impede o espalhamento citoplasmático dos monócitos infectados. Desta forma, os efeitos observados na função das integrinas pode ter um papel relevante na retenção ou migração de leucócitos do sítio de infecção para o linfonodo drenante bem como nas sinapses imunológicas durante a apresentação de antígenos. Contudo, mais estudos são necessários para comprovar estas hipóteses.

Palavras chave: Leishmania; monócito ;integrinas; espalhamento citoplasmático; VLA-4.

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Aluna da Fiocruz Bahia ganha o Prêmio Capes-Interfarma de Inovação e Pesquisa 2016

capes-farma-premioA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) outorgou, no dia 1º de dezembro, o Prêmio Capes-Interfarma de Inovação e Pesquisa 2016 à estudante da Fiocruz Bahia, Nivea Farias Luz, pela tese de doutorado “Ativação da heme oxigenase-1 e via da necroptose como mecanismos imunopatogênicos na infecção de macrófagos por Leishmania infantum”. A tese foi defendida no ano de 2015, sob a orientação de Valeria de Matos Borges, do Programa de Pós-Graduação de Patologia Humana (PGPAT), da Fiocruz em convênio com a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Nívea Luz já havia vencido o Prêmio Capes de Tese 2016, sendo este o segundo prêmio pela tese. Em mensagem a aluna, a Capes afirmou que “sua contribuição certamente será de extrema valia para o desenvolvimento e aprimoramento da área, bem como para o avanço da pós-graduação e do conhecimento científico de qualidade no Brasil”. A cerimônia de premiação acontece em Brasília, no dia 14 de dezembro, na sede da Capes. O Prêmio constitui-se de certificado e bolsa de pós-doutorado.

Para a aluna, o prêmio é uma motivação para a carreira acadêmica. “Entendo que esses prêmios sejam um reconhecimento de um trabalho de equipe e de importantes colaborações que estabelecemos durante minha formação acadêmica. Agradeço a todos os envolvidos, em especial a minha orientadora Dr. Valéria Borges, pelo apoio incondicional e por inspirar a mim e demais participantes do seu grupo a buscar a excelência nos projetos que conduzimos”, declarou.

A orientadora Valéria Borges afirmou que a premiação mostra a qualidade dos trabalhos realizados no PGPAT. “Eu e os demais professores permanentes e colaboradores do curso estamos empenhados nesse objetivo em alcançar conceito 7 na Capes. Dois prêmios pela mesma tese é emoção em dose dupla. Em tempos de crise, nada como o reconhecimento para dar ânimo de seguir em frente sem perder o brilho nos olhos na ciência”, comemorou a pesquisadora.

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Centro de Integração de Dados de Conhecimentos para Saúde da Fiocruz é inaugurado em Salvador

inaugurac%cc%a7a%cc%83o-cidacsAutoridades, executivos e especialistas de instituições nacionais e internacionais se reuniram, na manhã de hoje (7/12), no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador, para a cerimônia de inauguração oficial do Centro para Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs). O novo centro é dedicado a discutir, desenvolver e difundir pesquisas e informações científicas que possam servir de base para ações e políticas na área da Saúde.

A abertura do evento contou com a apresentação do coordenador do Cidacs, Mauricio Barreto,e de Manoel Barral-Neto, diretor da Fiocruz Bahia. Em seguida, uma mesa composta por autoridades como o Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; o Reitor da UFBA, João Carlos Salles; o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Manoel de Mendonça, e do ex-governador Jaques Wagner, deu continuidade à apresentação.

Barreto explicou que a missão do Cidacs é trabalhar com grandes bases de dados. “Nós pensamos em conhecimento para valorizar a ciência, gerar e alimentar transformações e benefícios para a sociedade, esse é o nosso sonho, é o nosso desejo. E isso só está sendo viável por conta da base forte da Fiocruz e da colaboração de outras instituições”, salientou o pesquisador da Fiocruz Bahia. Manoel Barral-Neto falou sobre o nome do computador de alto desempenho. “Omolu é um orixá envolvido diretamente com aspectos de doença e saúde. Nesse clima festivo do Cidacs, sejam todos bem-vindos”, disse o diretor.

Para Paulo Gadelha, é muito significativo que o Cidacs esteja locado no Parque Tecnológico. “Estar dentro de um parque tecnológico traz essa visão, que significa não só contribuir com a inovação no sentido de resultados para sociedade, mas no nicho nas quais as interações que possam se fazer com outros agentes do parque se colocam com possibilidade de sinergia muito significativas. Temos aqui um grande feito”, afirmou o presidente.

Após as apresentações da mesa, os participantes acompanharam o descerramento da cortina da placa comemorativa e visitaram os espaços do Cidacs e foram ao Senai-Cimatec, onde estão locados os computadores de alto desempenho Yemoja e Omolu.

O Centro  O Cidacs surgiu de uma associação entre a Fiocruz Bahia e parceiros relevantes no cenário científico e tecnológico e tem a missão de realizar estudos e pesquisas, desenvolver novas metodologias investigativas e promover capacitação profissional e científica, tendo por base projetos interdisciplinares, fundados na integração de grandes bases de dados (“big data”).

Partindo dos conhecimentos disponíveis e com o auxílio de recursos computacionais de alto desempenho, inserido em ambiente seguro, o Cidacs contribuirá na produção de conhecimentos inovadores com a finalidade de ampliar o entendimento dos problemas de saúde da população, de contribuir em soluções e apoiar tomadas de decisões em políticas públicas, em benefício da sociedade.

Pela primeira vez, dados de saúde e políticas sociais referentes a mais de 100 milhões de brasileiros – idade, sexo, localização e condições econômicas, entre outros – foram integrados em uma única base, sem identificação dos indivíduos. Esse volume, sem precedentes de informação, poderá agora ser processado em um centro de dados seguro, com recursos computacionais de última geração e algoritmos desenvolvidos para as demandas de estudos e consultas de pesquisadores, gestores e sociedade em geral.

Confira a cobertura do evento:

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Confira a programação do Seminário Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde

seminario-cidacsO Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde, CIDACS, nova estrutura do Instituto Gonçalo Moniz – Fiocruz BA  que será lançada oficialmente na próxima quarta, dia 7/12, inicia suas atividades de pesquisa com um seminário internacional para parceiros do projeto e especialistas convidados já no dia 5, às 9h, no Tecnocentro, no Parque Tecnológico da Bahia.

O seminário Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde apresentará experiências sobre a integração, manejo e análise de grande volume de dados (“big data”), organizadas em projetos estruturantes voltados para ampliar o entendimento sobre os problemas de saúde da população e apoiar tomadas de decisões em políticas públicas, em benefício da sociedade.

O evento tem como colaboradores científicos a Universidade Federal da Bahia, a Universidade de Brasília, a Fundação Getúlio Vargas, o Senai-Cimatec, o Farr Institute e a London School of Hygiene and Tropical Medicine. O evento é apoiado pelo Decit/Ministério da Saúde, pela Fapesb, pela Finep e pelo CNPq, e por parceiros internacionais como o Newton Fund, a Fundação Bill & Melinda Gates, o Wellcome Trust e a OMS.

Confira abaixo a programação do evento ou faça o download do folheto.

05/12 – TARDE

14:00h
Conversas com parceiros institucionais Coordenador: Mauricio Lima Barreto (CIDACS/IGM/FIOCRUZ Bahia)

14:00h
Avaliando a expansão da Estratégia de Saúde da Família na cidade de Rio de Janeiro Chris Millet (School of Public Health, Imperial College of London )

14:20h Debate

14:35h
Simula CADU: uso de micro-simulações na previsão de impacto de intervenções públicas e mudanças socioeconômicas Davide Rasella (FIOCRUZ/BSB)

14:55h Debate

15:10h
Revisão sistemática sobre impacto de transferência de renda na saúde Marina Pamponet (CIDACS/IGM/FIOCRUZ Bahia)

15:25h Debate

15:40h
Concepção da Coorte de Nascimentos Mauricio Barreto (CIDACS/IGM/FIOCRUZ Bahia)

16:00h Debate

16:15h Conversa no café

16:30h Debate

 

06/12 – MANHÃ

9:00h
Conferência: How the scientific community should go about getting the best research out of big data Liam Smeeth (LSHTM/Farr Instittute)

9:30h
Mesa Redonda: Experiências de plataformas de grandes bases de dados em saúde Coordenadora: Laura Rodrigues (LSHTM)

9:30h
CIDACS: uma inovação para a ciência e para a saúde Mauricio Barreto (CIDACS-FIOCRUZ)

9:50h
Uso de big data e machine learning para fazer predições em saúde Alexandre Dias Porto Chiavegatto Filho (Labdaps-USP)

10:10h
Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde Marcel Pedroso (ICICT-FIOCRUZ)

10:30h
LNCC e Gerência de grandes volumes de dados e aplicações em saúde Fábio Machado Porto (Laboratório Nacional de Computação Científica)

10:50h Conversa no café

11:05h Debate

12:00h Almoço

 

06/12 – TARDE

13:30h
Apresentação das Plataformas de estudos do CIDACS Coordenadora: Maria Yury Ichihara (CIDACS/ IGM/FIOCRUZ Bahia)

13:30h
Bioinformática e suas aplicações na Saúde Pablo Ramos e Artur Queiroz (CIDACS/IGM/ FIOCRUZ Bahia)

13:40h Projeto Coorte de 100 milhões de brasileiros/as

13:40h
Avaliação do impacto do Programa Bolsa Família na mortalidade de menores de 5 anos no Brasil Poliana Rebouças (ISC/UFBa)

13:50h
Perfil nutricional e Impacto do Programa Bolsa Família no peso ao nascer de criança Ila Falcão – (Escola de Nutrição/UFBa)

16:00h
Avaliação do efeito dos determinantes sociais e o impacto de programas sociais na incidência, percentual de incapacidades físicas e desfechos do tratamento da hanseníase em uma coorte de 100 milhões de brasileiros Julia Pescarini (CIDACS/IGM/FIOCRUZ Bahia)

16:10h
Plataforma de estudos de efeito de longo prazo da Síndrome Congênita da Zika e microcefalia Maria da Gloria Teixeira (ISC/UFBa) e Laura Rodrigues (LSHTM)

16:30h
Proposta metodológica de análise na Coorte de 100 milhões Leila Amorim (Instittuto de Matemática e Estatística/UFBa)

16:50h Conversa no café

17:05
Conferência: Using observational date to think about causal effect Elizabeth Williamson (LSHTM)

17:30h
Conferência: Grandes Bases de Dados em Políticas Públicas André Portela (FGV)

18:00h Encerramento

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Fiocruz inaugura Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde

inauguracao-cidacsDurante os dias cinco, seis e sete de dezembro, autoridades, executivos e especialistas de instituições nacionais e internacionais estarão reunidos, no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador, para o seminário e a cerimônia de inauguração oficial do Centro para Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), dedicado a discutir, desenvolver e difundir pesquisas e informações científicas que possam servir de base para ações e políticas na área da Saúde.

Pela primeira vez, dados de saúde e políticas sociais referentes a mais de 100 milhões de brasileiros – idade, sexo, localização e condições econômicas, entre outros – foram integrados em uma única base, sem identificação dos indivíduos. Esse volume, sem precedentes de informação, poderá agora ser processado em um centro de dados seguro, com recursos computacionais de última geração e algoritmos desenvolvidos para as demandas de estudos e consultas de pesquisadores, gestores e sociedade em geral.

Segundo Maurício Barreto, pesquisador da Fiocruz Bahia e coordenador do Centro, as metodologias, equipamentos e instalações da iniciativa seguem a vanguarda da segurança tecnológica para “garantir a precisão, privacidade e a integridade desses dados e das pesquisas sobre eles, de modo sustentável”. A maior parte dos recursos do Cidacs vem do Ministério da Saúde e da Fundação Bill & Melinda Gates. “É como um ecossistema de informação que permite uma infinidade de projeções e aplicações diferentes usando a mesma imensa base de dados, que agora pode ser manipulada com muita agilidade e flexibilidade”, explicou o coordenador, adiantando que há outras entidades de financiamento e pesquisa interessadas no custo-benefício do projeto.

O pesquisador frisou que o acesso aos dados e estudos gerenciados pelo Centro seguirá a legislação de proteção da informação vigente e que a política de dados abertos, seguida pela Fiocruz, é “fundamental para a difusão de conhecimentos, respeitando os direitos de autores e instituições”. Para Barreto, um dos maiores benefícios do Cidacs é o potencial de aplicação do conhecimento das pesquisas já em andamento “em soluções para melhorar a qualidade dos serviços de saúde, com impacto positivo direto na qualidade de vida dos brasileiros”.

O diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, afirmou que o novo Centro é de extrema importância, na medida em que vários dados estão disponíveis, não só os dados vistos tradicionalmente como de saúde, mas geográficos e de aspectos econômicos, por exemplo, que têm reflexos na saúde. “Esses dados precisam ser analisados de forma mais integrada para realmente dar um panorama do que se passa na saúde. Essa é uma tendência de várias áreas do conhecimento e, no nosso caso, essa integração também é bastante urgente”, salientou.

QUEM FAZ – O Cidacs surge de uma associação entre o Instituto Gonçalo Moniz/ Fiocruz Bahia e parceiros relevantes no cenário científico e tecnológico. Além da Universidade Federal da Bahia (Instituto de Saúde Coletiva, Escola de Nutrição, Faculdade de Economia, Instituto de Física, Instituto de Matemática e Estatística), do Senai-Cimatec, da Fiocruz Brasília e do ICICT/Fiocruz-RJ, da Universidade de Brasília e da Fundação Getúlio Vargas, conta com a Fundação Bill & Melinda Gates, a London School of Hygiene and Tropical Medicine e o Farr Far Institute, do Reino Unido.

INAUGURAÇÃO – A cerimônia será no dia 7/12, no Tecnocentro, às 10h, com a presença do Ministro da Saúde, Ricardo Barros (a confirmar); do Presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha; do Reitor da UFBA, João Carlos Salles; da Diretora do Instituto de Saúde Coletiva, Isabela Cardoso; do Secretário de Ciência e Tecnologia, Manoel de Mendonça; do Secretário da Saúde, Flávio Villas Boas; do Diretor do Senai-Cimatec, Leone Andrade; e da Consultora da Fundação Bill & Mellinda Gates, Claude Pirmez, entre outros.

Também será realizado o seminário Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde, para parceiros do projeto e especialistas convidados, nos dias 5 e 6/12, em que mais de 50 especialistas brasileiros e estrangeiros irão discutir e divulgar prioridades, metodologias e projetos do Cidacs, no auditório do Tecnocentro (Parque Tecnológico da Bahia). Clique aqui e confira a programação completa.

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Fiocruz realiza 6th International Conference on Plasmodium vivax Research

plamodium-vivaxA 6ª Conferência Internacional de Investigação em Plasmodium vivax (ICPVR) será realizada de 11 a 14 de junho de 2017, em Manaus (AM), no coração da Amazônia brasileira. Assim como nas edições anteriores, esta reunião tem como objetivo proporcionar um ambiente propício para compartilhar o progresso na pesquisa de Plasmodium vivax, parasita causador da malária. As inscrições estão abertas e encerram em junho de 2017, podendo ser realizadas no site do evento.

Durante o encontro, que é bianual, pesquisadores nacionais e internacionais irão rever os mais recentes avanços no conhecimento na área. A submissão de trabalhos pode ser feita até 31 de março de 2017. Se o resumo for enviado para o Prêmio Travel, o prazo é até 31 de janeiro de 2017.

Para conferir a programação e mais detalhes clique aqui.

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Fiocruz Bahia é iluminada de vermelho em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids

Na primeira semana de dezembro, durante o período da noite, a entrada da Fiocruz Bahia ficará iluminada de vermelho, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids.

O número de novas infecções de Aids no mundo, segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) divulgados em julho de 2016, caiu de 2,2 milhões em 2010 para 2,1 milhões em 2015. Apesar da queda global, o Brasil parece estar caminhando na direção oposta. Em 2010, 43 mil novos casos foram registrados no país e a taxa em 2015 subiu para 44 mil. Agora, o Brasil sozinho conta com mais de 40% das novas infecções da enfermidade na América Latina.

Os números também subiram com relação à população vivendo com Aids no Brasil, que passou de 700 mil para 830 mil entre 2010 e 2015. Além disso, 15 mil mortes são registradas por ano. Sobre o perfil das pessoas que mais vivem com a doença no país, a preocupação da Unaids é com jovens de 15 a 19 anos. O número de casos, nessa faixa etária, aumentou 53% de 2004 a 2013. “A Aids não discrimina. A Aids não tem cara. Realmente, nós temos que falar para o jovem em geral”, alerta Georgiana Braga, diretora da Unaids Brasil.

Símbolo da instituição, o Castelo da Fiocruz (RJ) ficará iluminado de vermelho na primeira semana de dezembro, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1°/12 (foto: Peter Ilicciev)

Apesar da gravidade dos números atuais sobre a doença, nem todas as notícias sobre o combate a Aids no Brasil são negativas. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV e Aids: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais. Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Unaids, que têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV e Aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.

Na Fiocruz, a luta contra a doença é de longa data e teve início ainda na década de 1980, quando foi registrado o primeiro no Brasil, em 1982, em São Paulo. Segundo dados do MS, em 1987, havia 2.775 casos da doença no país. Nesse contexto, uma equipe de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) isolou pela primeira vez na América Latina o vírus HIV-1, dando visibilidade à pesquisa nacional e ao trabalho da instituição. Após quase três décadas, o programa nacional é referência mundial e distribui gratuitamente preservativos e medicamentos à população brasileira.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) fabrica sete dos 23 medicamentos que compõem o coquetel antiAids do MS e se dedica a pesquisas voltadas para a adequação da medicação ao público infantil. A Fundação também conta a produção de testes rápidos e Kit Nat de diagnóstico para doença no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Este Instituto da Fiocruz também realiza estudos para desenvolvimento de vacinas contra o HIV. No IOC/Fiocruz, são conduzidas pesquisas sobre o vírus HIV e também na área de imunologia. No campo da assistência médica, pesquisadores do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz) investem em estudos para encontrar novos esquemas terapêuticos ainda mais eficientes para pacientes, além de pesquisas que envolvem profilaxia pré e pós-exposição. Em parceria com o INI/Fiocruz, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) tem apresentado ações de sucesso na vinculação de soropositivos ao uso de medicação.

No que se trata de divulgação científica, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) tem abrigado pesquisadores que investigam como notícias sobre o vírus HIV / Aids tem sido divulgadas, como a informação sobre a doença tem chegada à sociedade em geral. Diversos são os programas produzidos pelo Canal Saúde na temática, a Editora Fiocruz também conta com publicações na área e as revistas científicas da instituição também publicam diversos artigos sobre o assunto.

Durante a semana do Dia Mundial de Luta contra a Aids (1° de dezembro), a Agência Fiocruz de Notícias também se une aos esforços da Fundação através da divulgação e informação sobre essas e outras ações, serviços e estudos realizados pela Fiocruz. Na lateral, confira as últimas notícias publicadas sobre o vírus HIV / Aids e tenha acesso a diversas outras informações úteis sobre a doença. Boa leitura!

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Tese discute o monitoramento e controle de vetores de Leishmaniose Tegumentar Americana

AUTOR: Diva da Silva Tavares.
ORIENTADOR: Aldina Maria Prado Barral.
TÍTULO DA TESE: Atração de Vetores de Leishmaniose Tegumentar Americana por Compostos Orgânicos Voláteis Presentes na Pele Humana
PROGRAMA: Doutorado em Patologia Humana – UFBA /FIOCRUZ
DATA DE DEFESA: 09/12/2016.

RESUMO

 

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é a forma de leishmaniose com maior incidência em humanos e no Brasil a maioria dos casos está concentrada nas regiões Norte e Nordeste. O protozoário Leishmania braziliensis é considerado o principal agente etiológico com ocorrência no país e tem como principais vetores os flebotomíneos Lutzomyia intermedia e Lutzomyia whitmani. Sabe-se que, de modo geral, o olfato é o principal sentido de orientação dos insetos e, assim, assumiu-se que esses vetores são atraídos por compostos voláteis presentes nos odores da pele humana. Desse modo, o objetivo geral do projeto foi fornecer subsídios teóricos para o desenvolvimento de métodos alternativos, assim como para o aprimoramento de métodos já existentes, voltados para o monitoramento e o controle de vetores de LTA, de modo que tais métodos possam ser baseados em compostos orgânicos voláteis que mimetizem os odores da pele humana. Para isso, foi identificado o perfil de odores da pele de moradores da localidade de Corte de Pedra, região endêmica para LTA na Bahia, a partir das análises de pelos das pernas desses indivíduos realizadas com o sistema de Microextração em Fase Sólida, no modo Headspace, seguida de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Foram realizadas análises sorológicas para avaliar a resposta imune humoral, através de testes ELISA, desses indivíduos em relação à saliva de L. intermedia e L. whitmani, ambas com ocorrência na região, a fim de verificar se algumas pessoas podem ser consideradas mais atrativas do que outras. Foram identificados 42 compostos orgânicos voláteis nos odores da pele dessas pessoas, dos quais 52,34% são relatados na literatura como produzidos por bactérias comuns à microbiota da pele humana. A análise de componentes principais (PCA) não evidenciou distinção entre os indivíduos com base em seus perfis sorológicos e os COVs presentes nos odores de suas peles. Análises de correlação evidenciaram que os compostos dodecanol, tetradecanol, tetradecano e isopropil palmitato têm maior correlação positiva com indivíduos de sorologia positiva. Doze COVs foram testados para avaliar a atração de fêmeas de Lutzomyia spp., capturadas na área de estudo, em túnel de vento. Dentre os compostos testados, eicosano e fenilacetaldeído atraíram significativamente mais flebótomos do que o controle negativo (hexano). Os compostos 6-metil-5-hepten-2-ona e nonadecano ativaram, porém não atraíram significativamente mais flebótomos do que o controle negativo, o que não permite concluir se são atrativos ou repelentes para esses insetos. Os resultados obtidos aqui corroboraram com a ideia de que esses vetores são atraídos por compostos voláteis presentes nos odores da pele humana e que os compostos eicosano e fenilacetaldeído são potenciais candidatos a serem testados em campo como forma de intensificar a eficiência de armadilhas de captura, tanto para utilização de flebótomos em estudos em laboratório como para o monitoramento desses vetores em áreas endêmicas para LTA.

Palavras-chaves: compostos orgânicos voláteis; flebótomos; Lutzomyia intermedia; Lutzomyia whitmani; MEFS-HS/CG-EM; túnel de vento

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Abertas as inscrições para o 1º Simpósio Internacional em Autofagia, Fagocitose e Resposta Imune Inata

simposio-autofagia
Com o objetivo de apresentar tecnologias inovadoras e avanços recentes sobre o tema, a Fiocruz Bahia realizará, entre os dias 25 e 27 de janeiro de 2017, o 1º Simpósio Internacional em Autofagia, Fagocitose e Resposta Imune Inata. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de dezembro, no hotsite do curso.

Esta primeira edição do simpósio tem como meta principal o incentivo à criação e ampliação de núcleos de pesquisa nessas três áreas de investigação no Brasil, além de formar recursos humanos em biotecnologia. O curso, destinado a estudantes de graduação e pós-graduação e pesquisadores da área, contará com palestras de pesquisadores nacionais e internacionais, em inglês. Sendo um dos critérios para seleção do participante a fluência no idioma.

Para conferir a programação e outras informações clique aqui.

 

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Fundação Oswaldo Cruz conclui Eleições 2016 para a Presidência

Claudia Lima (CCS/Fiocruz)

A Comissão Eleitoral informou, no dia 25 de novembro, o resultado da apuração dos votos das Eleições Fiocruz 2016 para a Presidência, que foram encerradas às 23h. De 23 a 25 de novembro, 4.415 servidores votaram para o mandato 2017-2020 com taxa de comparecimento às urnas de 82,1 %. A candidata Nísia Trindade, atual vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, foi a primeira colocada, com 2.556 votos em primeira opção (59,7 %) e 534 votos em segunda opção. É a primeira vez na história da instituição que uma mulher é eleita pelos servidores para presidir a Fiocruz.

A primeira colocada Nísia Trindade, ao centro, acompanhada da Comissão Eleitoral da Fiocruz e da candidata Tania Araújo-Jorge (foto: Peter Ilicciev)
A segunda colocação ficou com a pesquisadora e ex-diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Tania Araújo-Jorge, que obteve 1.695 votos em primeira opção (39,6 %) e 656 votos em segunda opção. Na segunda-feira (28 de novembro), às 9h, a Comissão Eleitoral apresentará o resultado ao Conselho Deliberativo da Fiocruz para homologação. O resultado será enviado para o ministro da Saúde.
“A política é um valor que cabe a nós, que temos a tradição de lutar pela cidadania e pela reforma sanitária, resgatar”, disse Nísia Trindade em breve discurso de agradecimento (foto: Peter Ilicciev)
Nísia Trindade fez um breve discurso de agradecimento. “Nesse momento, gostaria de compartilhar com vocês a ideia de que a Fiocruz, a partir de segunda-feira, esteja unida. A palavra de unidade é fundamental”, afirmou. “Vivemos um momento muito difícil no Brasil e no mundo, um momento de descrédito na política. A política é um valor que cabe a nós, que temos a tradição de lutar pela cidadania e pela reforma sanitária, resgatar”, disse Nísia.

Democracia

O presidente da Comissão Eleitoral da Fiocruz e superintendente do Canal Saúde, Arlindo Fábio Gómez de Souza, deu início ao processo de apuração dos votos na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no campus sede da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, exatamente às 19h. “O enriquecimento é óbvio nos avanços desta prática democrática que nos norteia nesta Casa”, disse na abertura dos trabalhos. “Nós honramos as tradições e particularmente aqueles companheiros que lutaram tanto pela liberdade e democracia no nosso país e na nossa instituição. Uma vez mais se coloca esse processo eleitoral como um processo civilizatório”, discursou Arlindo.

“Uma vez mais se coloca esse processo eleitoral como um processo civilizatório”, discursou Arlindo de Souza (foto: Peter Ilicciev)
O permanente aprendizado em lidar com as diferenças e o contraditório como “algo absolutamente normal” foi destacado pelo presidente da Comissão. Ele falou da importância da utilização das redes sociais no processo. “Nós ainda não estamos acostumados com a presença desse elemento novo das redes sociais, que têm uma função absolutamente fundamental. Essas eleições propiciaram um aprendizado na utilização e na relevância que elas têm”, afirmou. A apuração foi transmitida em tempo real, com acesso aberto.

A tecnologia permitiu ampliar a participação no processo eleitoral. “Alcançamos quase a totalidade dos trabalhadores. No último debate, foram 1.871 conexões. Uma das campanhas que acompanhava e filmava, teve mais de 500 conexões”, informou. O processo eleitoral foi iniciado com uma convocatória, em 9/9. Depois do período de inscrição, divulgação, impugnação e homologação das candidaturas, de 19 a 30/9, começaram as campanhas das duas candidatas inscritas, de 3/10 a 22/11. A Comissão Eleitoral promoveu dois debates, em 25/10 e 17/11.

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Estudo transcritômico da resistência de superbactéria à polimixina B é publicado no BMC Genomics

the-polymyxin-b-induced-transcriptomic-response-of-a-clinical-multidrug-resistant-klebsiella-pneumoniaeO artigo The polymyxin B-induced transcriptomic response of a clinical, multidrug-resistant Klebsiella pneumoniae involves multiple regulatory elements and intracellular targets, do periódico científico BMC Genomics, discute a resistência da bactéria Klebsiella pneumoniae a múltiplos fármacos e a influência de estresse abiótico em uma linhagem clínica. O estudo, publicado em 25 de outubro, conta com a assinatura do pesquisador da Fiocruz Bahia, Pablo Ivan Pereira Ramos, que participa como primeiro autor do trabalho.

Em casos extremos, algumas bactérias, como as do gênero K. pneumoniae, passaram a apresentar resistência a maioria das alternativas clínicas disponíveis, sendo necessário o uso de substâncias consideradas de “último recurso”, como a polimixina B. Contudo, a toxidade sobre os rins e a falta de informações farmacodinâmicas tornam o uso dessa substância para tratamento reduzido. A Klebsiella pneumoniae causa pneumonia e infecção urinária e acomete, principalmente, pessoas com a imunidade baixa, sendo uma das principais causas de infecção hospitalar.

Para esta pesquisa, fruto de uma colaboração entre a Fiocruz Bahia, Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Universidade de São Paulo (UNIFESP) e Universidad de Córdoba, da Argentina; os cientistas sequenciaram, em plataforma Illumina HiSeq 2500, o RNA de bactérias K. pneumoniae derivadas de um mesmo modelo original e as observaram em um ambiente com pH ácido, elevadas concentrações de cálcio e privado de magnésio, expondo-as também a elevadas concentrações do antibiótico polimixina B. Com esta estratégia, pôde-se verificar qual era resposta do patógeno à exposição ao antibiótico somado a alterações abióticas.

Ao obter dados sobre o transcritoma da bactéria nestas condições, entre os resultados encontrados, foi verificado que o mecanismo de atuação da polimixina B em Klebsiella pneumoniae não se limita à desestruturação da membrana, que era a explicação clássica, mas também envolve alvos intracelulares adicionais, inclusive regulatórios, que induzem mudanças metabólicas nesta bactéria.

Para ler o artigo completo clique aqui.

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Prorrogadas as inscrições para seleção de estagiários

selecao-estagio-prorrogadasA Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicou o Edital de Estágio não obrigatório 2016.3 para seleção de estagiários de níveis superior e médio. O prazo para as inscrições foram prorrogados para o dia 10 de dezembro e devem ser realizadas na página do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). A inscrição é gratuita. Os estagiários receberão bolsa mensal, de acordo com a carga horária e nível de escolaridade, mais auxílio transporte. A data prevista para o início do estágio é 09 de fevereiro de 2017. Clique aqui para conferir o Edital.

Vagas para Bahia
Nível superior:
– Psicologia (1 vaga)
– Administração (1 vaga)
– Administração/Arquivologia/Biblioteconomia (1 vaga)
– Sistemas de informação / Ciência da Computação / Engenharia da Computação / Análise e Desenvolvimento de Sistemas / Sistemas para  Internet (1 vaga)

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Uso da Anfotericina B no tratamento de fungo e leishmaniose é tema de publicação do Colloids and Surfaces B: Biointerfaces

46-topical-amphotericin-b-in-ultradeformable-liposomesEm trabalho publicado no periódico científico Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, pesquisadores discutem tratamentos com a Anfotericina B (AmB-UDL) para infecção fúngica cutânea e leishmaniose. Intitulado Topical amphotericin B in ultradeformable liposomes: Formulation, skin penetration study, antifungal and antileishmanial activity in vitro, o artigo conta com a co-autoria de Camila Indiani de Oliveira, pesquisadora do Laboratório de Imunoparasitologia (LIP), da Fiocruz Bahia.

Infecções fúngicas e leishmaniose são graves problemas de saúde pública. Fungos do gênero Candida são responsáveis pela segunda maior causa de cegueira do mundo, denominada ceratite fúngica. A doença atinge numerosamente pacientes soro positivos e foi observado um aumento exponencial no número de infecções e micoses causadas por fungos do mesmo gênero, nos últimos 30 anos, em pacientes que fazem uso de medicações imunossupressoras.

A leishmaniose, causada por protozoários eucariontes do gênero Leishmania, é uma doença não contagiosa, presente em 88 países do mundo. É de difícil tratamento e atinge cães e seres humanos. A infecção causa graves lesões na pele nariz, boca, queixo e orelhas. Em alguns casos o parasita pode atingir baço, fígado e medula óssea causado lesões ainda mais severas.

Com o intuito de viabilizar novas alternativas de tratamento para essas infecções, os pesquisadores testaram lipossomas ultra deformáveis contendo anfotericina B. A equipe mediu sua citotoxicidade e, após uma hora de incubação não oclusiva, a acumulação total de anfotericina em pele humana foi 40 vezes maior que com outras substâncias, mostrando que essa formulação apresenta grande potencial clinico no tratamento dessas infecções.

A pesquisa foi realizada em parceria entre a Fiocruz Bahia e as universidades localizadas na Argentina Universidad Nacional de Quilmes e Facultad de Ciencias Bioquímicas y Farmacéuticas, Suipacha. Clique aqui para ler o artigo publicado na edição de novembro de 2015.

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“Plasmodium vivax na Amazônia: resposta immune ao principal antígeno candidato à vacina”

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Luzia Helena Carvalho possui Graduação em Farmácia Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), Mestrado (1990), Doutorado (1995) em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Pós-Doutorado pela New York University (1998-2001). Foi consultora do “Malaria Research and Reference Reagent Resource Center (MR4/ATCC/NIH)” (2006-2009). Atualmente é pesquisadora associada do Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e membro do corpo editorial da Plos One. Tem experiência na área de Parasitologia e Imunologia, com ênfase em Malária, atuando principalmente nos seguintes temas: malária humana, resposta imune, inflamação, Plasmodium vivax, interação parasito célula hospedeira. (Texto informado pelo autor)

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BMC Genomics publica estudo abrangente de genes do bacilo de Koch

47-recombination-in-pe-ppe-genes-contributes-to-genetic-variationVisando ampliar os conhecimentos sobre a tuberculose, no trabalho intitulado Recombination in pe/ppe genes contributes to genetic variation in Mycobacterium tuberculosis lineages pesquisadores de diversos países como Brasil, Inglaterra, Holanda, África do Sul, Malawi, Portugal, Peru, Paquistão, Bulgária e Arábia Saudita remontaram e analisaram genomas do patógeno causador da doença. Participaram do artigo, publicado no periódico científico BMC Genomics, a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Barbosa Bessa, e Erivelton de Oliveira Sousa, egresso do mestrado da Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa e servidor do Lacen-BA.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa provocada pelo Mycobacterium tuberculosis, mais conhecido como bacilo de Koch. Essa doença acompanha a humanidade desde os seus primórdios. Há sete distintas linhagens de micobactérias tuberculosas, cuja evolução acompanhou a dispersão das populações humanas da África para os demais continentes.

O tratamento atual é eficiente para curar a doença, porém o uso irregular dos medicamentos está relacionado ao surgimento de bactérias resistentes que produzem quadros mais graves e com maior risco de morte. Em algumas regiões do planeta a resistência a fármacos anti-tuberculose está associada à co-infecção com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essas condições agravantes contribuem para que a doença seja considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.

Após o sequenciamento completo do genoma do bacilo, foi possível reconhecer famílias de genes associadas com maior virulência. Entretanto, as famílias dos genes prolina-glutamato e prolina-prolina-glutamato não estão bem caracterizadas devido ao seu alto teor de GC e sua natureza altamente repetitiva, o que torna as pesquisas na área dificultadas. Um estudo mais aprofundado do genoma nestas regiões pode contribuir com descobertas acerca de fatores da virulência e interação do patógeno com o hospedeiro.

Nesta pesquisa, os cientistas remontaram 518 genomas de uma coleção de bactérias isoladas de pacientes em várias regiões do mundo e validaram os resultados utilizando dados de sequenciamento previamente disponíveis. A análise mostrou que a variação genética nos genes das famílias estudadas é consistente com as linhagens das micobactérias, o que sugere adaptação a populações humanas específicas. Há evidências de que 65 genes dessas famílias sofrem pressão seletiva, incluindo porções reconhecidas pelo sistema imunológico através da ligação a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade.

O trabalho foi o primeiro estudo aprofundado que permitiu maior compreensão da diversidade genética nos genes das famílias prolina-glutamato e prolina-prolina-glutamato. Além de apresentar uma metodologia capaz de superar empecilhos que dificultavam trabalhos de pesquisa nesta área, o estudo possui grandes implicações para o desenvolvimento de uma tão necessária vacina.

Clique aqui para acessar o artigo publicado em fevereiro de 2016.

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Dissertação analisa o retardo do tratamento do câncer de colo do útero

AUTORA: Perla Machado Santana.
ORIENTADOR: Guilherme de Sousa Ribeiro.
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Retardo do Tratamento de Mulheres com Câncer do Colo do Útero.
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz Bahia.
DATA DE DEFESA: 12/12/2016

RESUMO

 

Introdução: O câncer do colo do útero é uma doença que apresenta um alto potencial de cura quando diagnosticado e tratado precocemente. Entretanto, sua morbimortalidade em todo o mundo ainda é elevada, constituindo-se um grande problema de Saúde Pública. O diagnóstico tardio desta neoplasia e o atraso no início do tratamento são fatores que comprometem a sobrevivência das mulheres acometidas. Assim, os determinantes para o retardo no atendimento especializado e no início do tratamento precisam ser melhor compreendidos para a efetiva assistência a essas mulheres.

Objetivo: Descrever as características demográficas, socioeconômicas, clínicas e relacionadas ao acesso a serviços de saúde de mulheres com câncer do colo do útero e investigar a associação destas características com o retardo para um atendimento especializado e para o início do tratamento.

Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte onde foram incluídas mulheres com câncer do colo do útero atendidas no Hospital Aristides Maltez, no período de 2011 a 2014. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos e de acesso ao serviço de saúde das pacientes, descritos através da mediana e intervalo interquartil para variáveis contínuas, e por frequências absolutas e relativas para variáveis categóricas. Foram obtidos dados sobre o tempo entre o início dos sintomas e o primeiro atendimento no hospital, bem como sobre o tempo entre o primeiro atendimento no hospital e o início do tratamento. A associação entre as variáveis de exposição e de desfecho foram analisadas inicialmente através do Teste de Wilcoxon ou Teste qui-quadrado. As variáveis que apresentaram associação com um nível de significância de 20% foram incluídas em modelos de regressão linear ou logística para investigar associações independentes com um nível de significância de 5%.

Resultados: Foram incluídas 897 pacientes, predominando mulheres pardas, casadas, residentes do interior da Bahia, com idade mediana de 50 anos e com baixo nível socioeconômico. Essas mulheres apresentarem doença com estadiamento avançado, que exigiu mais de um tipo de tratamento, sendo mais comuns as intervenções radioterápicas e quimioterápicas. A mediana de tempo entre o início dos sintomas e o primeiro atendimento no hospital foi de 6 (IIQ: 3- 12) meses. Nas análises multivariadas características demográficas, socioeconômicas e de acesso ao serviço de saúde não estiveram associadas com o tempo decorrido para o primeiro atendimento. A mediana de tempo entre o primeiro atendimento no hospital e o início do tratamento foi de 91 (IIQ: 63- 127) dias. Observou-se que menor nível de escolaridade, estágio mais avançado da doença e radioterapia ou quimioterapia como principal tratamento realizado foram fatores associados com o retardo no tratamento da doença.

Conclusões: Para a maior parte das mulheres houve atraso no acesso ao primeiro atendimento especializado e no início do tratamento do câncer cervical. O tempo para início do tratamento esteve associado com algumas características socioeconômicas e clínicas. São necessárias medidas de ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família e dos programas de rastreamento e detecção desta neoplasia, bem como de educação em saúde e melhoria da rede de serviços de atendimento especializado no diagnóstico e tratamento.

Palavras-Chaves: Câncer do colo do útero; Coorte; Características socioeconômicas; Retardo no tratamento; Salvador-BA.

 

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Pesquisadora da Fiocruz Bahia será a nova presidente da SBI

Durante o 41º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia (IMMUNO 2016), realizado entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, foi votado e anunciado, em Assembleia Geral, a nova diretoria da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) para o biênio 2018-2019, bem como os representantes dos conselhos Deliberativo e Fiscal para o mesmo período. Três pesquisadores da Fiocruz Bahia irão integrar a nova equipe: Claudia Brodskyn será a Presidente; Camila Indiani, a Secretária-Geral; e Lucas Pedreira, o Primeiro Secretário.

O Congresso, que aconteceu no Centro de Convenções de Campos do Jordão, em São Paulo, reuniu lideranças nacionais e internacionais da pesquisa no campo da Imunologia, além de jovens cientistas e estudantes. A programação contou com mesas temáticas, conferências e apresentações, onde foram abordados os diferentes aspectos da reposta imune. Os oradores trataram ainda de temas como zika, doença de Chagas e câncer.

 Imagem: http://sbi.org.br/

Participaram do evento os pesquisadores da Fiocruz Bahia Bruno Andrade, Cláudia Brodskyn e Valéria Borges, além de estudantes de Iniciação Científica e pós-graduação. Destes, destacaram-se a pós-doutoranda, ganhadora do Prêmio Capes de Teses 2016, Nívea Luz; Daniel Feijó, estudante de pós-doutorado, finalista do prêmio SBI-BD Bioscience Pesquisador 2016; e a estudante de mestrado Sara Nunes, selecionada para uma apresentação oral.

“A participação da Fiocruz Bahia no Congresso foi uma oportunidade de encontro entre os pares de pesquisa e com outros grupos que realizam pesquisas de ponta em Imunologia. Também foi uma oportunidade para os alunos que apresentaram seus trabalhos. Durante todos esses anos em que participamos do evento, vários alunos nossos foram selecionados para apresentações orais. Acredito que esse intercâmbio foi um ganho grande para a Instituição”, destacou Valéria Borges.

Durante a conferência de encerramento do evento, o Diretor da Fiocruz Bahia e também colunista no blog da SBI, Manoel Barral-Netto, entregou ao pesquisador João Viola, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a placa de Membro Honorário, em homenagem ao seu trabalho na presidência da Sociedade durante sua gestão (2014-2015).

Edição 2017 na Bahia – A próxima edição do evento está prevista para acontecer entre os dias 2 e 6 de outubro de 2017, em Costa do Sauipe, na Bahia, e irá reunir pesquisadores nacionais e internacionais em torno da temática de Imunologia das Mucosas. “No próximo ano, pretendemos homenagear as mulheres na ciência e promover a participação de alunos no Congresso. A programação científica está bastante adiantada e vários pesquisadores já confirmaram a participação, além disso já contatamos as empresas patrocinadoras e em breve recorreremos as agências financiadoras”, antecipou, Claudia Brodskyn.

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Ferramentas de bioinformática para filotipagem para o HTLV são desenvolvidas em dissertação

AUTOR: Murilo Freire Oliveira Araújo.
ORIENTADOR: Túlio de Oliveira.
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de uma ferramenta de filotipagem para o Human T Lymphotropic Virus type 1 (HTLV-1). 60 f. il.
PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz Bahia.
DATA DE DEFESA: 24/11/2016.

RESUMO

 

Introdução: O gerenciamento e a análise de dados biológicos através de métodos computacionais modernos necessitam que, em alguns casos, os pesquisadores submetam seus dados para diversas aplicações diferentes, inclusive softwares distintos. Por conseguinte, configurações, parâmetros e comandos devem ser conhecidos, a fim de permitir o fluxo de informações entre as diversas ferramentas. A integração entre as ferramentas de bioinformática pode atenuar esta problemática abstraindo o fluxo de dados, tornando mais transparente para o usuário o processo de obtenção de tipos específicos de informação, como a identificação automática de vírus e seus subtipos.

Objetivo: Desenvolver ferramentas de bioinformática para a tipagem, genotipagem e de filotipagem para o Human T Lymphotropic Virus (HTLV) tipos 1, 2 ,3 e 4.

Material e Métodos: Primeiro analisou-se e modificou-se a ferramenta REGA Genotype Tool adicionando suporte para a genotipagem do HTLV tipos 1, 2 3 e 4. A segunda etapa aprimorou o HTLV-1 Molecular Epidemiology Database, reconstruindo seu banco de dados e as páginas web da aplicação. Adicionou-se a funcionalidade de login, download automático de dados e de auditoria e manutenção dos dados. O banco de dados passou a incluir sequências do HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4. Na terceira etapa, as ferramentas foram integradas através da construção de um Servlet no REGA Genotype Tool e de páginas específicas na aplicação de banco de dados capazes de realizar requisições e recuperar informações acerca das análises filogenéticas.

Resultados: A funcionalidade de genotipagem do HTLV-1 foi migrada para a nova versão do REGA Genotype Tool e adicionou-se a capacidade de genotipar os demais tipos do HTLV. Esta ferramenta foi otimizada visando um melhor desempenho e facilidades na inclusão de novos organismos no futuro. O Banco de Dados Público do HTLV-1 foi aprimorado: seu esquema foi normalizado e ganhou novas tabelas; As páginas foram refeitas utilizando padrões modernos de tecnologia web; Foram acrescidas as funcionalidades de login, download de sequências e auditoria e manutenção dos dados; E este passou a conter também sequências dos tipos 2, 3 e 4 do HTLV. Ocorreu a integração entre estas duas ferramentas, permitindo que o resultado de uma genotipagem seja recuperado pelo Banco de Dados e este possa realizar os tratamentos de arquivos e as consultas necessários para identificação dos tipos de vírus e seus subtipos.

Palavras-Chave: HTLV, bioinformática, genotipagem, banco de dados.

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Desenvolvimento de ferramentas de bioinformática para a genotipagem de vírus é tema de dissertação

AUTOR: Vagner de Souza Fonseca
ORIENTADOR: Luiz Carlos Júnior Alcântara.
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Desenvolvimento de ferramentas de bioinformática para a genotipagem dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

PROGRAMA: Mestrado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz Bahia.
DATA DE DEFESA: 25/11/2016

RESUMO

 

Os Arbovírus transmitidos por mosquitos, como Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV), Zika (ZIKV) e Febre Amarela (YFV), são considerados importantes desafios para a saúde pública. Além do cenário causado pelo DENV, responsável por epidemias há décadas e endêmico em quase todo o país, a introdução do CHIKV e do ZIKV no Brasil traz grande preocupação. Os Arbovírus são transmitidos por mosquitos do gênero Aedes, particularmente Ae. aegypti e suas doenças relacionadas resultam em aumento dos custos financeiros associados ao diagnóstico e ao tratamento. Para facilitar o diagnóstico e o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento de forma eficiente, foram desenvolvidas ferramentas de bioinformática capazes de genotipar esses vírus baseando-se em modelos evolutivos apropriados de forma automática, precisa e rápida. Nesta plataforma, sequências destes arbovírus são selecionadas no Genbank por meio de um Sistema Configurável Automático de Mineração (SCAM), para obter um conjunto eficiente de sequências referências que foram utilizadas no desenvolvimento das ferramentas. Este processo envolveu o alinhamento das sequências referências seguidas por reconstruções de árvores filogenéticas. Para atribuir os genótipos às sequências dos usuários, a ferramenta analisa as sequências uma a uma, através da identificação pelo programa BLAST, seguido pelo alinhamento com o programa ClustalW e posterior com a reconstrução filogenética utilizando o programa PAUP*. A classificação genotípica ocorre quando as sequencias do usuário se agrupam filogeneticamente com o bootstrap igual ou superior a 70%. Essas novas ferramentas de genotipagem automáticas fornecem uma classificação precisa para esses arbovírus mesmo quando as sequências do usuário são oriundas de tecnologias de última geração (NGS), lendo, portanto, fragmentos curtos.

Palavras-Chave: Arbovírus; Árvores filogenética; Genotipagem Automática.

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Tese faz caracterização genômica proviral, clínica e epidemiológica da infecção pelo HTLV-1

AUTORA: Thessika Hialla Almeida Araújo.
ORIENTADOR: Luiz Carlos Junior Alcântara.
TÍTULO DA TESE: Caracterização genômica proviral, clínica e epidemiológica da infecção pelo linfotrópico de células T do tipo I (HTLV-1).
PROGRAMA: Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa – Fiocruz Bahia.
DATA DE DEFESA: 28/11/2016.

 

Resumo

 

O vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 foi o primeiro retrovírus humano isolado em 1980. Este agente etiológico está associado principalmente à paraparesia espástica tropical e mielopatia associada ao HTLV (TSP/HAM), à Leucemia/Linfoma de células T do Adulto (ATLL) e à dermatite infecciosa associada ao HTLV (DIH). Estima-se que entre 5 a 10 milhões de indivíduos estejam infectados pelo HTLV e a distribuição da infecção é mundial. Apesar da importância clínica e epidemiológica do HTLV-1, há uma limitação de estudos relacionados às sequências disponíveis nos bancos de dados públicos. Deste modo, este estudo foi dividido em três etapas: a primeira refere-se à avaliação do perfil e das informações disponíveis nas sequências publicadas mundialmente. Entre as sequências publicadas, 93% apresentaram informação sobre origem geográfica e apenas 39% informação sobre a condição clínica: sendo 29% sequencias virais geradas de indivíduos com TSP/HAM e 67,8% de assintomáticos. Ficou clara a escassez destas informações, que são importantes para trabalhos envolvendo a diversidade viral, estudos clínicos e epidemiológicos. Estes resultados direcionaram a realização das etapas seguintes: um segundo capítulo abrangendo as ferramentas disponíveis para a mineração, gerenciamento e genotipagem do HTLV-1 e um último capítulo destinado à geração e caracterização de genomas completos. No segundo capítulo, foram descritas duas ferramentas online, destinadas à estudos relacionados ao HTLV-1: o banco de dados sobre a Epidemiologia Molecular do HTLV-1 e a ferramenta de subtipagem. Nesta descrição, são reveladas não apenas as possibilidades, de estudo para o HTLV-1, disponíveis através dessas ferramentas, bem como foi possível revelar as necessidades inerentes à análise de sequências virais. Na última etapa, foram gerados 31 genomas completos provenientes de indivíduos com diferentes perfis clínicos através da plataforma de sequenciamento Ion Torrent. Estas sequências foram genotipadas através da HTLV-1 Subtyping Tool (descrita no segundo capítulo), sendo todas pertencentes ao subtipo Cosmopolita, subgrupo transcontinental. A análise da distância genética usando o programa MEGA 7.0, demonstrou baixa diversidade intra e intergrupos. O programa Geneious R6 foi usado para análise da região promotora viral para identificar os sítios de ligação de fatores de transcrição. Foram identificadas duas mutações que aboliram o sítio de ligação do fator Sp1. O mesmo programa foi utilizado para identificar SNPs (Single Nucleotide Polimorphism) nas regiões codificantes do genoma. Não foram encontradas associações entre os SNPs e os diferentes perfis clínicos dos pacientes (TSP/HAM, DIH, ATLL, Assintomáticos). Entretanto, identificou-se um maior número global de mutações nas sequencias do grupo assintomático em relação aos sintomáticos. Na avaliação do efeito protéico das mutações, a análise físico-química e a busca de sítios de modificações pós-traducionais, utilizando os programas Network Protein Sequence Analysis (NPSA) e a ferramenta Prosite do GeneDoc, respectivamente, foram realizadas. A análise físico-química demostrou que um SNP nos genes env, região pX e gag, resultou em sequências proteicas (gp46, p13 e p19) com menor antigenicidade. Em contrapartida, uma mutação no gene gag resultou em uma maior antigenicidade em p24. Em relação a análise das modificações pós-traducionais, identificou-se que pequeno número de mutações relacionadas a criação e anulação destes sítios nos diferentes perfis clínicos, sem associação entre eles. Este estudo contribuiu para encrementar o número de genomas completos do HTLV-1 disponíveis em banco de dados. Além disso, os dados gerados sugerem que o maior número de mutações encontradas no grupo de indivíduos assintomáticos pode influenciar a resposta imunológica, e consequentemente, o não desenvolvimento de doença. Para investigar melhor a contribuição destas mutações é necessário gerar e caracterizar um maior número de genomas completos do HTLV-1.

 

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Dissertação compara método de inclusão parcial de produtos de prostatectomia

AUTORA: Luiza Cavalcanti Fadul.

ORIENTADOR: Daniel Abensur Achanazio.
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: Avaliação de margens circunferenciais, extensão extraprostática e escore de gleason em produtos de prostatectomia radical examinados por método de inclusão parcial e método de inclusão parcial com inclusão suplementar de toda periferia da próstata.
PROGRAMA: Mestrado em Patologia Humana – Fiocruz Bahia/ UFBA.
DATA DE DEFESA: 24/11/2016.

RESUMO

 

INTRODUÇÃO: Estudos recentes sugerem que a inclusão parcial deixa de detectar até 21% e 47% de margens circunferenciais positivas (MCP) e extensão extraprostática (EEP), respectivamente. Kim et al (2009) sugerem que a inclusão de toda a periferia da próstata (3mm de espessura) previne a falha na detecção de MCP e EEP.
OBJETIVO: Comparar um método de inclusão parcial de produtos de prostatectomia radical com a inclusão suplementar de toda periferia da próstata.
METODOLOGIA: Foram revistos 148 casos de produtos de prostatectomia radical em dois serviços de patologia de Salvador-BA, após a adoção de um protocolo incluindo 3mm de tecido periférico da próstata. Foi avaliado se após a análise das lâminas histológicas adicionais houve mudança na margem, extensão extraprostática, escore de Gleason e extensão da MCP e EEP.
RESULTADOS: O método de inclusão parcial deixou de detectar 29% do envolvimento de MCP e 20% dos casos com EEP. Mudança de acometimento focal para extenso foi observada em 11/21 (52%) casos de MCP e em 5/13 (38%) dos casos de EEP. Mudança no escore de Gleason foi incomum (5%).
CONCLUSÃO: Os resultados mostram a importância da inclusão de toda a periferia da próstata para análise microscópica quando métodos de inclusão parcial são adotados.
Palavras-chave: Neoplasias da Próstata; Prostatectomia; Estadiamento de Neoplasias

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Inibição da enzima Heme Oxygenase-1 suprime infecção da tuberculose, conclui pesquisa publicada no mBio

mbio-tuberculoseO artigo Pharmacological Inhibition of Host Heme Oxygenase-1 Suppresses Mycobacterium tuberculosis Infection In Vivo by a Mechanism Dependent on T Lymphocytes, publicado em 25 outubro, no periódico cientifico mBio, conta com assinatura do pesquisador da Fiocruz Bahia Bruno Andrade. Na publicação, discute-se a inibição do agente causador da tuberculose através de enzimas antioxidantes.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que se manifesta em diversas partes do corpo como rins, ossos e meninges, mas que em 85% dos casos afeta diretamente os pulmões. A doença é um grave problema de saúde pública, pois a infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis, mais conhecido como Bacilo de Koch, afeta até 1/3 da população mundial e é considerada a mais letal dentre os agentes infeciosos.

A doença, se for diagnosticada a tempo é curável, contudo, o fato de o tratamento ser ministrado ao longo de 6 meses com dosagens controladas de antibióticos, resulta em alguns dos casos, em uma infecção recaída e resistência a múltiplas drogas. Além disso, a não existência de vacinas contra e métodos de proteção contra a tuberculose tornam a profilaxia da doença extremamente complexa.

Com o intuito de traçar novas estratégias no tratamento da infecção do Bacilo de Koch, os pesquisadores passaram a estudar a enzima antioxidante Heme oxygenase-1 (HO-1). O Dr. Andrade já publicou artigos mostrando que a enzima HO-1 é regulada na infecção do Mycobacterium tuberculosis e que pode ser considerada um marcador de doença ativa em pacientes. Porém até então não se sabia ao certo se esta enzima desempenha papel protetor ou se associa a uma maior suscetibilidade à tuberculose.

A equipe realizou um estudo com modelo experimental utilizando camondongos, no qual um inibidor enzimático conhecido por tin protoporfirina IX (SnPPIX) foi administrado nos animais durante infecção aguda por Mycobacterium tuberculosis. Os roedores tratados com o SnPPIX, apresentaram uma redução substancial em cargas bacterianas pulmonares comparáveis às obtidas após a terapia antibiótica convencional.

Posterirormente, os pesquisadores também observaram que a administração de uma medicação antibacteriana juntamente ao inibidor da Heme oxygenase-1, propiciou uma eliminação dos patógenos mais eficiente e acelerada. Percebeu-se que tanto a indução pulmonar de HO-1 e expressão na eficácia de SnPPIX no tratamento na redução da carga bacteriana foram dependentes da presença de linfócitos T do hospedeiro. Com isso, os especialistas puderam concluir que a HO-1 pode servir como alvo potencial para a terapia adjuvante no contexto da tuberculose pulmonar.

A pesquisa foi uma parceria do Laboratório Integrado de Microbiologia e Imunorregulação da Fiocruz Bahia com a fundação José Silveira e as instituições americanas National institutes of Health e Univesity of California.

Clique aqui para acessar o artigo na íntegra.

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Publicação do BMC Microbiology discute potencial antibiótico do N-acetil-cisteína (NAC) na tuberculose

tuberculose-bmc-microbiologyEstudo conduzido pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Bruno Andrade foi publicado no periódico científico BMC Microbiology. O artigo intitulado N-acetyl-cysteine exhibits potent anti-mycobacterial activity in addition to its known anti-oxidative functions, divulgado no dia 28 de outubro, discute o estresse oxidativo causado pela infecção do agente causador da tuberculose e possíveis alternativas antibióticas à infecção.

A tuberculose, também conhecida como doença do peito, é uma doença infectocontagiosa, provocada pelo Bacilo de Koch, bactéria integrante do complexo Mycobacterium tuberculosis. Além de causar grande estresse oxidativo, a infecção do Bacilo afeta diretamente os pulmões e pode se alastrar para outros tecidos do corpo humano. A alta taxa de mortalidade faz com que a doença seja considerada um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil e no mundo.

Sabe-se que o estresse oxidativo causado pela doença é um fator agravante na infecção, pois há acúmulo de radicais livres que causam oxidação de lipídeos e proteínas, dessa forma, os pesquisadores realizaram um estudo para averiguar o potencial do antioxidante N-acetil-cisteína (NAC) e seu potencial antibiótico no contexto da tuberculose. Presente na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), o NAC já é utilizado como uma terapia auxiliar em pacientes com diversas doenças respiratórias, caracterizadas pela formação de muco espesso, como a fibrose cística.

A equipe realizou uma comparação em plasma entre pacientes com tuberculose pulmonar e infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis. Mediu-se também a acumulação de espécies ativas de oxigênio em culturas de macrófagos derivados de monócitos infectados. Além disso, um modelo animal utilizando camundongos foi utilizado para que se testasse a capacidade do NAC no controle da infecção in vivo. Ao final do estudo, os especialistas puderam concluir que o N-acetil-cisteína exibe potentes efeitos antibióticos, mostrando-se um limitador da doença através da supressão da resposta oxidativa no hospedeiro e possuir atividade antimicrobiana direta.

A pesquisa foi uma parceria entre os especialistas do Laboratório Integrado de Microbiologia e Imunorregulação (LIMI) da Fiocruz Bahia, do National Institutes of Health (EUA), Universidade Federal da Bahia, Universidade de São Paulo, Hospital Octávio Mangabeira e Universidade do Estado do Amazonas.

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Ministério da Saúde incentiva homens a cuidar da saúde

Por Carolina Valadares, da Agência Saúde

Estudo com mais de 6 mil adultos do sexo masculino aponta que 1/3 (31%) desse público ainda não têm o hábito de ir ao médico. Cuidados de prevenção devem começar desde a adolescência

Muitas doenças podem ser prevenidas quando os homens procuram os serviços de saúde regularmente. Esse é o alerta do Ministério da Saúde durante todo este mês de novembro, período em que fará campanha nas redes sociais sobre o tema. O objetivo é incentivar os homens a irem rotineiramente às unidades de saúde para acompanhar como anda a sua saúde. Dados do Ministério da Saúde apontam que dos 6.141 homens que participaram do inquérito telefônico (Vigitel 2015), 1/3 (31%) ainda não têm o hábito de ir ao médico. Desses que não vão, 55% afirmam que não precisam.

Veja peças da campanha nas redes sociais
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O Ministério da Saúde tem adotado ações para levar esse público mais aos postos de saúde. Recentemente foi lançada a campanha de combate à sífilis que tem como foco as gestantes jovens e seus parceiros sensibilizando-os para a realização do teste de sífilis no início da gestação e, também incentivando o parceiro a fazer o teste, evitando a reinfeção. Também visando a prevenção desde cedo, o ministério anunciou que, a partir de janeiro do próximo ano será disponibilizado a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

“É preciso desconstruir essa ideia de que o homem é um super herói e que não precisa ir preventivamente aos serviços de saúde. Essa ideia errônea leva os homens muitas vezes a descobrir as doenças quando já estão em estágio avançado, o que prejudica a cura”, explica o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo. De acordo com o secretário, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, do Sistema Único de Saúde (SUS), promove ações específicas voltadas ao homem e as pessoas que ele quer bem. “O homem precisa se cuidar para estar bem ao lado da sua família”, disse o secretário.

A prevenção representa ganho de qualidade de vida. Neste sentido, no SUS, o homem pode fazer uma série de exames de check-up, como sangue (hemograma e dosagem dos níveis de colesterol total e frações, triglicerídios, glicemia e insulina); aferição de pressão arterial, verificação de peso e cálculo de IMC (índice de massa corporal); função pulmonar (indicada aos fumantes); pesquisa de antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg); e teste de detecção de sífilis, pesquisa de anticorpos anti-HIV e dos vírus da hepatite C. E esses cuidados de prevenção, devem começar desde a adolescência.

Para muitos homens, o pré-natal, por exemplo, é voltado apenas para a mulher, no período da gestação. De acordo com a pesquisa Saúde do Homem Paternidade e Cuidado feita pela Coordenação Nacional de Saúde do Homem do Ministério da Saúde e Ouvidoria do SUS, cerca de 84% dos homens não realizaram exames durante o pré-natal da mulher. Ou seja, o que muitos não sabem, é que eles, também, podem realizar consultas de pré-natal, tendo acesso a testes de sífilis, hepatites e HIV, além de tirar medidas antropométricas (pessoa, altura e índice de Massa Corporal); exames de rotina como hemograma, lipidograma; atualização do cartão de vacina; aferição da pressão arterial; e teste de glicemia.

Entre os problemas de saúde que mais acometem o homem estão a obesidade (57%), o alcoolismo (25%), o tabagismo (13%), segundo dados do Vigitel 2015. As principais causas de morte entre os homens, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade, são as causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. Em segundo lugar estão as doenças do aparelho circulatório (como infarto agudo do miocárdio), seguida das neoplasias (brônquios e pulmões).

MAIS CUIDADOS – Com o objetivo de prevenir, desde cedo, o HPV entre os homens, a partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para evitar grande parte das doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, é importante que, não só o homem, mas como toda a família, adote dicas simples de saúde. A primeira dica do Ministério da Saúde é adotem uma alimentação saudável; bebam ao menos 2 litros de água por dia; evitem fumar e ingerir bebidas alcoólicas; pratiquem exercícios físicos e atividades de lazer regularmente e procurem uma unidade de saúde para fazer check up.

Com a saúde em dia, o homem pode estar mais presente na vida de sua família em todos os momentos. Para isso, muitos são os avanços no SUS que têm permitido essa maior participação.

Em 2005, por exemplo, foi publicada a Lei do Acompanhante (11.108/2005) que determina que os serviços da rede pública de saúde, da rede própria ou conveniada, são obrigados a permitir a gestante o direito a acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto. A participação no momento do parto, sendo o pai biológico ou não, pode trazer benefícios para a mulher, para a criança e para o próprio pai.

Além disso, a publicação do Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016) que apresenta alguns artigos específicos ligados ao exercício da paternidade ativa e consciente, como a ampliação da licença paternidade para os funcionários das empresas cidadãs para 20 dias, o acompanhamento de consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez da esposa ou companheira aos funcionários registrados em CLT e a garantia de um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica.

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Eleições Presidenciais Fiocruz 2016: candidata Tânia Araújo visita a Fiocruz Bahia

tratadas-visita-tania-201604Em função da campanha para as Eleições Presidenciais Fiocruz 2016, a Fiocruz Bahia recebeu, ontem (3/11), a visita da candidata Tânia Araújo, que atualmente é chefe do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-RJ). A candidata percorreu a unidade, pela manhã, conhecendo os setores e conversando com os colaboradores. Já pela tarde, Tânia Araújo apresentou, no Auditório Aluízio Prata, suas propostas em debate com os servidores.

A candidata afirmou que as visitas, durante a campanha eleitoral, têm possibilitado um aprendizado maior sobre a Fiocruz. Segundo Tânia, os centros regionais são extremamente importantes para a Fundação, pois eles uma dimensão nacional da instituição através de sua inserção local, na qual podem trabalhar questões regionais de forma objetiva. “É muito importante que as unidades regionais se integrem no conjunto das atividades da Fiocruz e integração é uma das palavras chaves da nossa campanha, além de participação e transparência”, salientou.

Na apresentação, a candidata tratou da questão orçamentária, ressaltando a necessidade de transparência e apresentando a proposta de construção de um orçamento com participação ativa do conjunto das pessoas, no âmbito interno da Fiocruz. Tania Araújo destacou que os pactos principais de sua campanha giram em torno do compromisso e equidade na atenção às unidades regionais e nas questões orçamentárias, como a separação de orçamento de custeio condominial e custeio de atividades de manutenção básica e de apoio a novos grupos de produtividade.

Tânia Araújo destacou ainda a importância de pensar sobre o orçamento diante da perspectiva de congelamento de gastos públicos, que tende a repercutir em todos os níveis nas atividades da Fundação.

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