Proteínas quiméricas auxiliam no diagnóstico da doença de Chagas

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves Santos, liderou duas pesquisas que investigaram o desempenho diagnóstico de duas proteínas quiméricas (IBMP -8.1 e IBMP-8.4) para detectar anticorpos contra o Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas. Os artigos foram publicados nas revistas científicas PLOS ONE e BMC Infectious Diseases.

Em uma pesquisa, foram utilizadas amostras de áreas endêmicas de diversas localidades da Argentina, Bolívia e Paraguai. Já no outro estudo, foram usadas amostras positivas e negativas de imigrantes latino-americanos que moravam em Barcelona, na Espanha, uma região não endêmica para a doença de Chagas. A maioria das amostras foi de origem boliviana.

O diagnóstico laboratorial da doença de Chagas é um fator preocupante, pois o teste de referência é baseado na visualização direta de tripomastigotas móveis em amostra de sangue, restringindo a janela útil do teste para as primeiras 4-8 semanas pós-exposição, durante a fase aguda. Após este período, inicia-se a fase crônica, caracterizada pela diminuição ou ausência de parasitas no sangue.

Nesta fase, o diagnóstico é realizado indiretamente através da detecção de anticorpos contra o parasita. Diversas limitações estão relacionadas ao diagnóstico nesta fase, como a variação genética do T. cruzi e o tipo de antígeno usado para detectar anticorpos específicos. O uso de matrizes antigênicas baseadas em proteínas quiméricas pode resolver as limitações do diagnóstico da doença em sua fase crônica.

Resultados

Os resultados do estudo feito com amostras de países latino-americanos mostraram que os antígenos quiméricos mantiveram seu desempenho, apesar da variabilidade antigênica das cepas de T. cruzi encontradas nestas localidades. Resultados semelhantes foram encontrados em estudos anteriores do grupo de Fred Santos, quando utilizaram amostras dos Estados Unidos, Nicarágua, México e Argentina.

Estes dados mostram que essas proteínas podem ser capazes de identificar casos positivos da doença independentemente da localização geográfica original. Para as amostras positivas para T. cruzi, a quimera IBMP-8.4 produziu a mais alta sensibilidade (100%) e a IBMP-8.1 mostrou sensibilidade de 95,3%.

Já na pesquisa realizada na Espanha, ambas as proteínas mostraram resultado precisos entre os indivíduos infectados. A sensibilidade foi de 99,4% para IBMP-8.1 e 99,1% para IBMP-8.4. Além disso, o índice de reatividade destes dois antígenos, obtidos de imigrantes que vivem em um ambiente não endêmico de Chagas, foi superior aos obtidos anteriormente para amostras brasileiras. Nenhuma reatividade cruzada foi observada para indivíduos com toxoplasmose e infecção pelo vírus da zika.

Estes resultados mostraram um desempenho notável dos antígenos quiméricos IBMP-8.1 e IBMP-8.4 e sugerem que ambos os antígenos podem ser usados para diagnóstico em doença de Chagas. A alta precisão nos resultados usando estes antígenos mostrara que eles podem ser úteis no diagnóstico de indivíduos infectados com diversos tipos de T. cruzi, independentemente da localidade onde residam.

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Fiocruz Bahia promove a 27ª Reunião Anual de Iniciação Científica

Com o propósito de melhorar e incentivar a produção acadêmica dos estudantes de Iniciação Científica, a Vice-Diretoria de Ensino e Informação da Fiocruz Bahia, através do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), promoveu a 27ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da instituição. A RAIC, que acontece anualmente nas unidades da Fiocruz, foi realizada entre os dias 12 e 14 de junho.

No evento, foram apresentadas as investigações desenvolvidas pelos estudantes de iniciação científica da instituição, que foram avaliadas por uma banca composta por pesquisadores internos e externos. Ao final, houve a premiação dos quatro melhores trabalhos e quatro menções honrosas.

Clique aqui para conferir os trabalhos premiados.

Para Juliana Menezes, coordenadora do PROIIC, a RAIC tem grande importância na formação dos alunos. “O evento permite que eles discutam ciência, façam uma análise crítica do trabalho que desenvolvem e do trabalho dos colegas, além de conhecerem melhor os projetos desenvolvidos no nosso Instituto. Esse exercício durante a iniciação científica com certeza terá um impacto na vida profissional destes alunos, independente de seguirem carreira acadêmica”, afirmou a pesquisadora.

 “Acredito que esta tenha sido mais uma edição de sucesso da RAIC. A dedicação dos alunos ao evento e a excelente qualidade das apresentações, para mim, é um indicativo de que o nosso programa de iniciação científica tem alcançado seu objeto de estimular e formar alunos com pensamento crítico e interesse pela ciência”, avaliou Juliana Menezes.

A programação do evento incluiu a apresentação da Sessão Científica intitulada “A pesquisa em ensino de ciências como forma de desenvolvimento social dos estudantes em saúde”, ministrada pelo Daniel Manzoni, do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Na palestra, Daniel falou sobre a importância da metodologia ativa no ensino em saúde e compartilhou sua experiência nos estudos desenvolvidos sob sua supervisão.

O professor, ministra a disciplina de Didática Especial há 6 anos no Programa de Pós-Graduação de Patologia (PGPAT). A última edição foi oferecida em conjunto ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Medicina Investigativa (PGBSMI). Foi aplicado como Metodologia o Ensino Baseado em Investigação e resultou em três publicações dos discentes na Ata de Ciências da Saúde, v7, n1 (2019). Na palestra de encerramento, Daniel explicou sobre o processo de elaboração, discussão e impacto dos artigos publicados com os estudantes de pós-graduação da Fiocruz Bahia.

Veja as fotos do evento:

 

 

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Pré-lançamento da 10ª Obsma na Fiocruz Bahia acontece no Dia Mundial do Meio Ambiente

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) realizará o pré-lançamento da sua 10ª edição. A Fiocruz Bahia participará da programação com apresentação de palestras sobre mudanças climáticas, direito à alimentação e poluição nos oceanos. Também serão expostos os projetos que receberam o prêmio de Destaque Regional na 9ª Obsma. O público-alvo é de estudantes e professores de escolas do entorno da Fiocruz Bahia, além integrantes do Projeto Ciência na Escola.

A mesa de abertura do evento será composta por Patricia Veras, Vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia; Andre Fraga, Secretário Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência; Letícia Baird, do Ministério Público Estadual; Antonio Brotas, assessor de comunicação da Fiocruz Bahia e coordenador regional da Obsma; e Nelzair Vianna, pesquisadora em Saúde Ambiental da Fiocruz Bahia.

Nesta data, a Olimpíada lança também seu novo site. Com uma plataforma mais moderna, conteúdo otimizado e design atrativo, o novo portal não só apresenta as ações e eventos como também inaugura o momento histórico das comemorações de 20 anos da iniciativa.

O evento conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz Bahia (ASFOC-BA).

Confira abaixo a programação do evento na Fiocruz Bahia:

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Confira a programação final da 27ª RAIC

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia torna público as instruções finais e a programação da 27ª Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC). O evento ocorrerá de 12 a 14 de junho.

Clique aqui e acesse o documento.

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Divulgado edital de seleção para mestrado e doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa

O programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) divulga o edital de seleção para mestrado e doutorado 2019.2. As inscrições vão do dia 01 a 10 de junho.

São cinco vagas para mestrado e cinco para doutorado, sendo quatro vagas de ampla concorrência e uma reservada para indígena, negro (preto ou pardo) e deficiente em cada categoria.  

Os cursos de Mestrado e Doutorado destinam-se aos profissionais com graduação na área da saúde ou ciências biológicas ou a profissionais graduados desempenhando atividades acadêmico-profissionais, comprovadas por documentação submetida à análise e endossada pela comissão de seleção.

Clique aqui e acesse o Manual do Candidato 2019.2.

 

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Estudo aponta disseminação e aumento de infecção por HTLV na Bahia

Uma pesquisa desenvolvida pela Fiocruz Bahia fez uma estimativa, a partir de dados de testes realizados no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (LACEN-BA), da taxa de infecção pelo vírus linfotrópico da célula T humana (HTLV) e sua distribuição geográfica na Bahia.

O estado tem a maior taxa de infecção do vírus no Brasil. Um dos aspectos importantes deste estudo é que além de Salvador e regiões próximas, outros focos de infecção foram identificados (Barreiras, Extremo sul e região central). O trabalho também é importante por sua extensão e pelo número de indivíduos avaliados.

O HTLV é um retrovírus que pertence à mesma família do HIV, que infecta um dos tipos de células humanas de defesa. As principais formas de transmissão são através da relação sexual, aleitamento materno e agulhas de seringas contaminadas. Diferente do HIV, que destrói o sistema imunológico, o HTLV provoca alterações sistêmicas que prejudicam a qualidade de vida e causa doenças como leucemia, incontinência urinária, disfunção erétil e problemas neurológicos. Ainda não há cura.

Para o estudo, foram analisadas amostras de cerca de 234 mil indivíduos, de 394 municípios (a Bahia tem 417 municípios), do período de 2004 a 2013. As amostras eram, em sua maioria, de doadores de sangue, gestantes e indivíduos que apresentavam sintomas de doenças infecciosas, do sistema público de saúde. O LACEN-BA é responsável pela vigilância de doenças infecciosas de todo o estado.

Os resultados da pesquisa liderada pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Fernanda Grassi, indicam que a infecção pelo vírus é disseminada na Bahia, com taxa global moderada de infecção. A média de casos positivos em todo o estado foi de 14,4 por 100.000 habitantes, que representa a prevalência de infecção em 0,84% da população. No trabalho, os pesquisadores salientam que esse número pode estar subestimado.

Também foi observado um aumento no número de casos positivos em todas as microrregiões da Bahia, principalmente após o ano de 2008, no qual foi encontrado cerca de 4 casos de HTLV por 100.000 habitantes, em comparação com, aproximadamente, 10 casos por 100.000 durante o período final (2009-2013). Cerca de 95% dos municípios do estado relatou pelo menos um resultado positivo.

Perfil e distribuição geográfica

O Brasil é considerado uma área endêmica para o HTLV, sendo as regiões Norte e Nordeste com a maior prevalência da doença. Segundo os cientistas, Salvador, capital da Bahia, é o epicentro da infecção pelo HTLV, no país, e pertence a uma das três microrregiões que tiveram taxas acima de 20 casos positivos para HTLV por 100.000 habitantes: Barreiras (24,83), Salvador (22,90) e Ilhéus-Itabuna (22,60).  

No estudo, foi identificado um cluster de infecção por HTLV ao redor da microrregião de Salvador, compreendendo as microrregiões de Entre Rios, Santo Antônio de Jesus e Catu, formado por 43 cidades, concentrando quase um terço da população do estado.  

Além disso, três outros clusters endêmicos foram identificados: um localizado no extremo sul (microrregiões de Ilhéus, Itabuna Itapetinga, Porto Seguro e Vitória da Conquista, com 86 municípios e 2,7 milhões de habitantes), um na região central (microrregiões de Jacobina e Serrinha, com 33 municípios e 750.000 habitantes) e outro na região mais ocidental do estado (microrregião de Barreiras, com 7 municípios e 280.000 habitantes).

Na maioria das mesorregiões do estado, a pesquisa detectou uma proporção maior de mulheres infectadas pelo HTLV-1. De acordo com os pesquisadores, esse resultado pode ser atribuído às amostras que eram, principalmente, do sexo feminino e, além disso, a transmissão do vírus é conhecida por ser mais eficiente de homens para mulheres.

Ainda na pesquisa, os autores explicaram que o vírus foi introduzido no país com o tráfico de escravos trazidos da África, principalmente para as cidades do Nordeste. Curiosamente, os dados apresentados no estudo apontam que as microrregiões com as maiores taxas de infecção da Bahia foram as com predominância de comunidades quilombolas.

Do total de amostras positivas analisadas, cerca de 92% eram de HTLV-1, cerca de 3% de HTLV-2 e 5% foram positivas para coinfecção pelo dois vírus. Apenas 5,5% dos municípios (com cerca de 260 mil pessoas) não enviaram nenhuma amostra para o LACEN-BA durante o período do estudo, com destaque para as microrregiões de Santa Maria da Vitória e Jeremoabo, das quais não foi possível obter informações sobre infecção pelo vírus.

 

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Pesquisa investiga desempenho de testes sorológicos comerciais em HTLV

Testes sorológicos são normalmente utilizados para identificar, com amostras de sangue, diversas doenças, dentre elas a infecção causada pelo Vírus Linfotrópico da célula T humana (HTLV). Devido ao uso de novos antígenos para a captura de anticorpos específicos contra o HTLV e a introdução de novas metodologias, tais como os testes de Quimiluminescência (CLIA), houve a necessidade de realizar um estudo sistemático para avaliar o desempenho diagnóstico dos kits comerciais usados no Brasil para a identificação do HTLV.

A avaliação do desempenho dos testes sorológicos comerciais foi publicada no artigo “Performance of commercially available serological screening tests for human T-cell lymphotropic virus infection in Brazil”, no Journal of Clinal Microbiology. Participaram do estudo os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Fred Luciano e Maria Fernanda Grassi, em parceria com o Centro Integrado Multidisciplinar de HTLV, Laboratório Central de Saúde Pública do estado da Bahia e Instituto Adolfo Lutz de São Paulo.

A pesquisa foi desenvolvida analisando três testes vendidos no Brasil. Os testes de ELISA das marcas Murex, SYM Solution e Gold ELISA HTLV-1/2, além de um CLIA da marca Architect rHTLV-1/2. Foram analisadas 397 amostras de plasma, 200 negativas para HTLV, 170 positivas e 27 indeterminadas por um teste chamado Western Blotting (WB).

Nos resultados do estudo, todos os testes alcançaram 100% de sensibilidade. Quanto as amostras negativas, os kits das marcas SYM Solution e Gold ELISA HTLV-1/2 apresentaram especificidade maior que 99,5%, enquanto que o CLIA e o Murex foram 98,1% e 92% específicos, respectivamente.

O estudo concluiu que, entre os testes de ELISA, o Gold ELISA ofereceu os melhores parâmetros de desempenho diagnóstico, enquanto o CLIA apresentou o maior desempenho em todas as análises realizadas. Os autores apontaram que, apesar de algumas divergências entre os parâmetros de desempenho, todos os kits avaliados neste estudo podem ser utilizados para diagnóstico do HTLV com segurança.

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Fiocruz comemora 119 anos

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) completa 119 anos no dia 25 de maio. Para comemorar o aniversário, está programada, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, uma série de atividades para os trabalhadores, que acontecerão na última semana do mês, entre os dias 27 e 31/5. Faz parte da programação a conferência “A Ciência do Futuro e o Futuro da Ciência na Fiocruz”, seguida de roda de conversa com o Professor Emérito do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Erney de Camargo. Na quarta-feira, a Presidência apresentará um balanço da gestão.    

A história da Fiocruz começou em 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, inaugurado para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. A instituição experimentou, desde então, uma intensa trajetória, que se confunde com o próprio desenvolvimento da saúde pública no país.

O Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade, com o bacteriologista Oswaldo Cruz. E logo ultrapassou os limites do Rio de Janeiro, com expedições científicas que desbravaram as lonjuras do país. O Instituto também foi peça chave para a criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.

Durante todo o século 20, a instituição vivenciou as muitas transformações políticas do Brasil.  Perdeu autonomia com a Revolução de 1930 e foi foco de muitos debates nas décadas de 1950 e 1960. Com o golpe de 1964, foi atingida pelo chamado Massacre de Manguinhos: a cassação dos direitos políticos de alguns de seus cientistas. Mas, em 1980, conheceu de novo a democracia, e de forma ampliada.

Na gestão do sanitarista Sergio Arouca, teve programas e estruturas recriados, e realizou seu 1º Congresso Interno, marco da moderna Fiocruz. Nos anos seguintes, foi palco de grandes avanços, como o isolamento do vírus HIV pela primeira vez na América Latina.

Já centenária, a Fiocruz desenha uma história robusta nos primeiros anos do século 21. Ampliou suas instalações e, em 2003, teve seu estatuto enfim publicado. Foi uma década também de grandes avanços científicos, com feitos como o deciframento do genoma do BCG, bactéria usada na vacina contra a tuberculose. Uma trajetória de expansão, que ganhou novos passos nesta segunda década, com a criação de escritórios como o de Mato Grosso do Sul e o de Moçambique, na África. Um caminho que se alimenta de conquistas e de desafios sempre renovados.

Conheça a história da Fiocruz, ano a ano, na Linha do Tempo.

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Pesquisador Ítalo Sherlock será homenageado na Fiocruz Bahia

O pesquisador e ex-diretor da Fiocruz Bahia, Ítalo Rodrigues de Araújo Sherlock (1936-2009), será homenageado, no dia 23 de maio, às 10 horas, no auditório Aluízio Prata. Amigos, alunos, colegas de trabalho e integrantes da família irão participar do evento e prestar suas homenagens. Também ocorrerá o descerramento da placa do atual Pavilhão Central, que passará a se chamar Ítalo Sherlock. A realização da homenagem e a nomeação do prédio foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz Bahia, em novembro de 2017.

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (1963), Sherlock especializou-se em Entomologia Médica e Biologia Parasitária, notabilizando-se como um dos mais importantes e premiados entomologistas do Brasil e das Américas. Publicou 166 artigos em periódicos nacionais e internacionais, dez capítulos de livros e descobriu sete novas espécies de flebotomíneos e três de triatomíneos. Reconhecido internacionalmente por suas contribuições sobre taxonomia, ecoepidemiologia e controle de importantes doenças tropicais negligenciadas como as leishmanioses, filarioses e doença de Chagas, Sherlock fez história na ciência brasileira, em prol da saúde da população.

 

 

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Biomarcadores ligados a memoria e ativação de linfócitos T caracterizam SIRI em pacientes com tuberculose

A Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (SIRI) tem propensão a ocorrer quando pacientes com HIV são concomitantemente infectados com outros agentes patogênicos oportunistas, como o Mycobacterium tuberculosis, principalmente após o início da terapia com antirretroviral. Alterações fenóticas em células T, responsáveis pela defesa do organismo, e sua relação com inflamação sistémica ainda não foram completamente compreendidas.

Um estudo realizado com pacientes do sul da Índia, coordenado pelo pesquisador Bruno de Bezerril Andrade, da Fiocruz Bahia, analisou a relação da coinfecção por tuberculose-HIV com SIRI em uma população sem tratamento, sobre a frequência relativa de vários subconjuntos de linfócitos CD4 e células T-auxiliares. O artigo foi publicado no Scientific Reports e faz parte da tese de doutorado do estudante do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT), Paulo Mattos.

Como todos os pacientes foram admitidos durante o início do tratamento, houve vigilância ativa para SIRI com amostras clínicas coletadas imediatamente após o início da síndrome e antes da instituição de agentes anti-inflamatórios. A principal limitação do estudo foi o número relativamente pequeno de pacientes analisados, uma vez que a coorte foi aninhada dentro de um estudo controlado randomizado com critérios rigorosos de inclusão e exclusão, que impediam o recrutamento e análise de uma amostra maior.

A pesquisa destacou o conceito de que a expressão diferencial de células CXCR3 e CCR6 efetoras e células T CD4 + de memória foi associada ao desenvolvimento de tuberculose com SIRI em pacientes com HIV, após o início da terapia antirretroviral. Células efetoras e de memória são células do sistema imunológico que desempenham funções distintas. As efetoras impedem a proliferação de agentes infecciosos e a segunda armazena a capacidade de identifica-los.

Os achados complementam estudos anteriores feitos com pacientes dos EUA, que descreveram uma proporção maior de células efetoras no momento do desenvolvimento da SIRI e aos seis meses após início da terapia antirretroviral e uma porcentagem maior de células novas no grupo não acometido por SIRI. Isso reitera o fato de que pacientes não SIRI reconstituem o compartimento de células novas mais rápido.

Estas observações levam a hipótese de que a expansão das células CXCR3 + CCR6 e CD4 +, em vez de representar a principal base imunológica da tuberculose-SIRI, pode ser impulsionada por um aumento subjacente de mediadores inatos pró-inflamatórios antes do tratamento para HIV em pacientes com tuberculose-HIV com alta carga microbiana e que estão em um risco muito alto de desenvolver esta síndrome.

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Programa de estímulo a empreendimentos inovadores será apresentado em workshop

Acontecerá, no dia 21 de maio, o workshop de apresentação do Programa Centelha Bahia, na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), às 10h30.

O evento é destinado ao público-alvo do Edital Centelha Bahia, que será lançado no início de junho, como pessoas que pretendem abrir uma empresa ou que já possuem empresa com menos de 12 meses de existência e faturamento máximo de 4,8 milhões de reais, até a data de publicação do edital.

O objetivo do Centelha é estimular a criação de empreendimentos inovadores, a partir da geração de novas ideias, e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador em todo o Brasil, oferecendo recursos financeiros e capacitação para quem quer empreender.

O programa foi idealizado pelo Ministério Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) junto com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Recentemente, foi firmada uma parceria entre a Fiocruz Bahia e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), esta última organizadora do evento em Salvador.

A Fiocruz Bahia irá contribuir na indicação de especialistas para atuarem como avaliadores; na avaliação de propostas; no compartilhamento da infraestrutura tecnológica, de pesquisa e disponibilização de espaços para eventos e workshops, conforme disponibilidade institucional.

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Prorrogado prazo da seleção pública para Pós-Doutorado em Epidemiologia das Arboviroses

O Laboratório de Patologia e Biologia Molecular (LPBM), da Fiocruz Bahia, publica o edital para Seleção Pública de Pós-Doutorado em Epidemiologia das Arborviroses, abrindo uma vaga para doutores da área de epidemiologia, saúde pública, saúde coletiva ou áreas correlatas. O prazo para as inscrições foi prorrogado até o dia 14 de junho de 2019.

O candidato selecionado integrará o grupo de pesquisa sobre a epidemiologia e a dinâmica de transmissão da arboviroses no meio urbano. As atividades relacionadas a esta posição incluem o desenvolvimento e implementação de estudos eco-epidemiológicos sobre ocorrência de arboviroses (dengue, zika, chikungunya, febre amarela e outras) na cidade de Salvador, Bahia.

Para maiores informações, acesse o edital disponível aqui.

 

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Sarampo será tema das Quintas de Vigilâncias de maio

Será realizado, no dia 30 de maio, o evento das Quintas de Vigilâncias, que terá como tema Sarampo – desafios atuais. O encontro, que será realizado na Fiocruz Bahia, a partir das 08 horas, é gratuito e não necessita inscrição. 

As Quintas de Vigilâncias são realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pela Escola de Administração Fazendária (ESAF) e pela Fiocruz Bahia. O evento é destinado a troca de experiências entre profissionais de saúde e de meio ambiente, incluindo aqueles da academia e dos poderes públicos federais, estaduais e municipais, funcionando como uma ponte entre as vigilâncias e a sociedade.

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Inscrições abertas para I Curso de Férias em Imunopatologia

A Associação de Pós-graduandos da Fiocruz Bahia realizará, nos dias 08 a 12 de julho de 2019, o I Curso de Férias em Imunopatologia. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de maio. Já os resumos podem ser submetidos até 10 de junho. Acesse o hotsite do curso para mais informações.

O evento é destinado para discentes dos cursos de graduação em ciências biológicas, da saúde e áreas afins e tem como objetivo elucidar os aspectos imunopatológicos e os avanços das pesquisas em doenças infecciosas e não infecciosas, assim como, promover a divulgação científica das diversas linhas de pesquisa executadas na Fiocruz Bahia. 

O último dia de evento contará com uma palestra de encerramento, na sessão científica da Fiocruz Bahia, com o professor de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autor do livro Bogliolo Patologia, Geraldo Brasileiro Filho. Também ocorrerá a entrega dos certificados, a premiação do melhor trabalho apresentado e a votação da melhor aula ministrada no curso. 

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Programa de saúde mental (PsiU) da UFBA atenderá a Fiocruz Bahia

O Programa de Saúde Mental e Bem Estar da Universidade Federal da Bahia (PsiU/ UFBA) foi apresentado, no dia 29 de março, à comunidade da Fiocruz Bahia, pelo psiquiatra, psicanalista  e coordenador do programa, Marcelo Veras. Por meio de uma parceria, o PsiU está disponível também para todos da Fiocruz Bahia – servidores, estudantes, terceirizados e bolsistas.

Lançado em 2017, o programa de extensão da UFBA oferece acolhimento por uma equipe de profissionais de saúde mental (psicólogos e psiquiatras) a pessoas da comunidade universitária em situações de mal estar subjetivo. Os atendimentos são gratuitos e não é necessário marcação ou agendamento. O Plantão de Acolhimento conta com uma equipe de profissionais capacitados para oferecer uma escuta qualificada de questões pontuais e urgentes que causam angústia e tensões.

Marcelo Veras apresentou a proposta do PsiU que não é oferecer tratamento psicoterápico ou psicanalítico de longo prazo, mas ser um espaço de cuidado, que dispõe de um número limitado de atendimentos. Os casos que necessitam de prolongamento são encaminhados para uma rede de psicólogos indicados pelo programa para realização desse atendimento a preços acessíveis.

De acordo com o coordenador do programa, as grandes instituições, quaisquer que sejam elas, acabam sendo um ‘outro’ com o qual não é possível dialogar. “A gente criou uma ‘orelha’ para a UFBA, que é diferente de uma ouvidoria. Nós queremos conversar, falar e pedir”.

O fato de o atendimento ser em um ambiente fora da Fiocruz também foi colocado como um ponto positivo por Marcelo Veras. “O paciente poderá se abrir mais quanto ao seu mal-estar. Como vocês são um grupo relativamente pequeno, há uma quebra da endogenia. Faz com que as pessoas fiquem mais à vontade”, acrescentou.

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Papo Acadêmico promove diálogo entre estudantes e programas de pós-graduação

Com o objetivo de manter aberto um canal de comunicação permanente, o Papo Acadêmico tem a proposta de promover, periodicamente, um encontro das coordenações dos programas de pós-graduação e da Iniciação Científica da Fiocruz Bahia com seus estudantes. O primeiro evento acontece no dia 17 de maio. Na ocasião, serão definidas as temáticas para os próximos encontros que ocorrerão a cada dois meses, nas sextas-feiras, às 14 horas.

Os encontros contarão com a presença de convidados para debater temáticas de interesse dos estudantes, seguida de uma roda de conversa sobre assuntos pertinentes aos programas de pós-graduação e à Iniciação Científica.

 

 

O quê: Encontro de abertura do #Papo Acadêmico

Quando: 17 de maio de 2019, às 14 horas

Onde: Auditório Aluízio Prata – Fiocruz Bahia

Público Alvo: Estudantes da Fiocruz Bahia (Pós-graduação, Iniciação Científica e PROFORTEC)

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Divulgados os resultados da Etapa 1 do Edital de Bolsas de Iniciação Científica FAPESB 2019

O Comitê Institucional de Iniciação Científica da Fiocruz Bahia, após avaliação por três consultores Ad-Hoc externos, no uso de suas atribuições e em acordo com o disposto no Edital de Iniciação Científica FAPESB/ Fiocruz – 2019/2020, informa o resultado da ETAPA 1 do processo de seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2019-2020.

Clique aqui para acessar.

Os orientadores com projetos contemplados terão do dia 13 a 15 de maio para indicar os estudantes, entregando a documentação prevista para a ETAPA 3, conforme item 4.3.1 do Edital. Destaca-se que, conforme item 4.3 do Edital, o estudante indicado para a bolsa FAPESB não poderá estar concorrendo em outro edital institucional.

O comitê ressalta a todos os estudantes com bolsa VIGENTE e que solicitaram CONTINUAÇÃO no Edital 2019-2020 que a participação na 27ª RAIC é obrigatória e indispensável para a implementação da Bolsa de Iniciação Científica 2019-2020. Os projetos/ planos de trabalho não contemplados passarão a compor um banco de reserva e os estudantes deste podem ser indicados para IC sem bolsa, respeitando-se o limite de 1 estudante sem bolsa por pesquisador, conforme Resolução 04/2016 da Fiocruz Bahia (vide documentação no item 4.3.2).

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Divulgado edital de seleção de Mestrado e Doutorado 2019.2 em Patologia

A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT), realizado pela Universidade Federal Bahia (UFBA) em parceria com a Fiocruz Bahia, divulga o edital de seleção de Mestrado e Doutorado 2019.2. Clique aqui para acessar. O prazo para as inscrições é de 15 a 31 de maio de 2019.

O curso é composto por dois grandes eixos: Patologia Humana e Patologia Experimental. O Programa contempla as linhas de pesquisa Patologia e imunopatologia, com ênfase nos mecanismos causadores das doenças infecciosas, parasitárias, crônico degenerativas e genéticas; Abordagens diagnósticas e terapêuticas em doenças humanas e em modelos experimentais; e Investigação de biomarcadores para doenças humanas e agentes anti-tumorais.

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Pesquisadores do Cidacs da Fiocruz Bahia são eleitos para Academia de Ciências da Bahia

O pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Artur de Queiroz, e as pesquisadoras associadas Maria Estela Aquino e Maria da Glória Teixeira passam a integrar a Academia de Ciências da Bahia (ACB). Depois de uma indicação e de submissão a uma votação do conselho, os pesquisadores receberão os diplomas de membro júnior e membros da ACB, respectivamente, no próximo mês na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Os três novos integrantes da entidade serão empossados no dia 5 de junho, às 18h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Artur Queiroz é bioinformata integrante das plataformas Bioinformática e Epidemiologia Genômica (Epigen – Brasil). Formada em medicina, Estela Aquino é integrante do projeto Social Policy & Health Inequalities (SPHI), também desenvolvido no Cidacs/Fiocruz Bahia. Também médica, Maria da Glória Teixeira integra a Plataforma Zika.

A titulação é um reconhecimento pela relevância do trabalho científico prestado pelos acadêmicos. A organização já conta com outros nomes do Cidacs, como o coordenador, Mauricio Barreto, e os pesquisadores associados Roberto Andrade, físico (Ufba), e Manoel Barral Netto, médico (IGM). Todos estão inseridos no grupo de Ciências da Vida. Poucos mais de 60 nomes compõem o quadro atual de membros da entidade.

Trajetórias

Formado em biomedicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) e doutor em Bioinformática pela Universidade de São Paulo (USP), Queiroz integra agora um grupo de importantes cientistas e com isso amplia a representação da bioinformática. O pesquisador de 37 anos atua no Cidacs/Fiocruz Bahia na Plataforma Bioinformática utilizando dados biológicos e estratégias computacionais nas investigações sobre evolução viral de retroviroses humanas e vírus causadores de hepatites, análise de sequências e imunoinformática.

Queiroz diz que sempre teve afinidade com informática e que viu na bioinformática um campo em que há mais do que intervenções protocolocadas. “Requer entendimento dos processos biológicos e estatísticos”, explicou o bioinformata, pesquisador de carreira no IGM desde 2012. Atualmente, o pesquisador tem 30 artigos publicados, além de publicações em congressos, é pesquisador colaborador da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), foi professor da Pós-Graduação de Computação Aplicada da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Estela Aquino é médica, professora titular aposentada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e professora participante especial do Programa Especial de Participação de Professores Aposentados (PROPAP) da UFBA. De 1990 a 2018, foi coordenadora do MUSA – Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Cooperação Técnica em Gênero e Saúde, que integra a estrutura matricial do Instituto de Saúde Coletiva (ISC). É líder do grupo de pesquisa e tem 101 artigos publicados.

Já Teixeira possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado em Saúde Pública com ênfase em área de concentração em epidemiologia pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), onde atualmente é professora titular. No Cidacs, Maria da Glória lidera o Eixo 1 da Plataforma Zika, que visa o aprimoramento do conhecimento científico sobre a doença e apoio na adoção de medidas de saúde pública mais adequadas a partir de uma coorte de nascimentos. Entre as publicações, são 110 artigos.

Academia

A Academia de Ciências da Bahia (ACB) é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, fundada em 17 de setembro de 2010, na cidade do Salvador e tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia como fator essencial ao bem-estar social no nosso país, fomentando a ligação entre os setores acadêmico, produtivo e governamental do Estado da Bahia. A ACB atua no sentido de estimular a formação de pesquisadores nas áreas da ciência e da tecnologia.

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Potencial de proteínas quiméricas para detecção de Chagas é avaliado em dissertação

AUTORIA: Leonardo Maia Leony
ORIENTAÇÃO: Fred Luciano Neves Santos
TÍTULO DA TESE: “AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DO POTENCIAL DIAGNÓSTICO DE PROTEÍNAS QUIMÉRICAS DO TRYPANOSSOMA CRUZI PARA DETECÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS EM CÃES”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 21/05/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os cães são considerados um grupo sentinela para doença de Chagas (DC) devido ao seu papel na manutenção do ciclo de transmissão em ambientes domésticos e sua correlação com a prevalência da DC humana. O ELISA é geralmente a metodologia escolhida para o diagnóstico destes animais, no entanto, seu desempenho depende da matriz antigênica empregada. Uma estratégia para ultrapassar esta limitação é baseia-se na utilização de antígenos recombinantes quiméricos, compostos por sequências peptídicas conservadas e repetitivas de diversas proteínas do parasita. Nosso grupo desenvolveu quatro antígenos quiméricos (IBMP-8.1, 8.2, 8.3 e 8.4) e seu potencial diagnóstico foi avaliado para o diagnóstico da DC humana, mostrando desempenho diagnóstico superior em comparação aos dos testes comercialmente disponíveis no Brasil, Espanha e Argentina.

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial diagnóstico dos antígenos IBMP frente às amostras de cães naturalmente e experimentalmente infectados pelo Trypanosoma cruzi.

MATERIAIS E MÉTODOS: Os ensaios foram otimizados por checkerboard titration. Posteriormente, o potencial diagnóstico foi validado através de curvas ROC e o desempenho dos testes foi determinado utilizando tabelas de dupla entrada. A reatividade cruzada também foi avaliada para babesiose, erliquiose, dirofilariose, anaplasmose e leishmaniose.

RESULTADOS: Todos os antígenos quiméricos demonstraram um alto desempenho diagnóstico, especialmente o IBMP-8.3 e IBMP-8.4. O antígeno IBMP-8.3 demonstrou uma sensibilidade de 100%, seguido pelo IBMP-8.4 (96,7-100%), IBMP-8.2 (73,3-87,5%) e IBMP-8.1 (50-100%). As especificidades mais elevadas dos antígenos foram para o IBMP-8.2 (100%) e IBMP-8.4 (100%), seguido por IBMP-8.3 (96,7-97,5%) e IBMP 8.1 (89,1-100%).

CONCLUSÕES: O uso dos antígenos quiméricos IBMP em imunoensaios para diagnosticar a DC em cães é uma ferramenta promissora para fins veterinários e epidemiológicos, consistindo em uma alternativa para contornar os problemas comuns observados no diagnóstico sorológico de CD, como a variação dos parâmetros de desempenho de acordo com a cepa do parasita e reatividade cruzada com outras doenças infecto-parasitárias.

Palavras-chave: ELISA, doença de Chagas, cães, Trypanosoma cruzi, antígenos recombinantes quiméricos.

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Palestra abordará Respiração e as Emoções com meditação guiada

A palestra Respiração e as Emoções (com meditação guiada)”, ministrada pelo Prof. Ramon Almeida, diretor das Organizações Brahma Kumaris e Conselheiro da Junior Achievement Bahia, será realizada no dia 29 de maio, às 09 horas, na Fiocruz Bahia. Os interessados em participar podem se inscrever aqui. Será emitido certificado.

O público alvo é de profissionais e estudantes da área de saúde com interesse em aprimorar o conhecimento sobre a relação saúde e ambiente em suas dimensões individual e coletiva, bem como sobre as estratégias que contribuem para a promoção da saúde e da qualidade de vida no planeta.

Os participantes serão convidados a perceber, com experiências de meditação guiada, o vínculo entre a respiração, a saúde e o bem-estar, não apenas nas esferas física e mental, mas também no plano emocional, com aderência ao desempenho das tarefas do cotidiano em várias áreas da expressão humana, para construção de uma vida melhor que vai desde o autoconhecimento até a autoestima.

O evento faz parte do ciclo de palestras do Programa Fiocruz Saudável do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) e tem como objetivo fomentar reflexões acerca de pressupostos de qualidade de vida e proteção ambiental, questões que atualmente integram o conceito de saúde.

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Dissertação analisa geração de linhagens de células-tronco como ferramentas para estudo do autismo

AUTORIA: Gabriela Louise de Almeida Sampaio
ORIENTAÇÃO: Bruno Solano de Freitas Souza
TÍTULO DA TESE:Geração de linhagens de células-tronco pluripotentes induzidas com alteração no gene SCN2A e organoides cerebrais como ferramentas para estudo do autismo”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 20/05/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: Transtornos do espectro autista (TEAs) compõem um grupo de doenças que afetam a interação social, comunicação e comportamento. Nos últimos anos, inúmeras alterações em diferentes genes vêm sendo associadas com TEA. Dentre estes, variantes patogênicas SCN2A vêm apresentando uma forte associação estatística com TEA. O SCN2A codifica a subunidade alfa do canal de sódio voltagem-dependente Nav1.2, que é altamente expresso em células piramidais durante o desenvolvimento do cérebro. Estes neurônios desempenham um papel crítico na organização cortical, excitabilidade e sinaptogênese. Apesar da associação estatística, não há ainda estudos que comprovem a causalidade e os possíveis mecanismos envolvidos na fisiopatologia. Deste modo, a hipótese deste trabalho é de que mutações com perda de função no SCN2A afetam o desenvolvimento do cérebro desde suas etapas iniciais, podendo levar ao desenvolvimento de TEA, e que este processo pode ser estudado in vitro a partir da utilização de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) e organoides cerebrais.

OBJETIVO: Estabelecer uma plataforma que permita a investigação do impacto da mutação do gene SCN2A sobre as fases iniciais do neurodesenvolvimento.

MÉTODOS: Células-tronco mesenquimais obtidas de uma paciente portadora de TEA e variante patogênica em heterozigose do gene SCN2A foram reprogramadas utilizando vetores não integrativos para obtenção de uma linhagem de iPSCs (iM5). Esta linhagem foi caracterizada quanto à expressão de marcadores de pluripotência, utilizada em ensaio de formação de corpos embrioides e por análise de cariótipo. Outra linhagem de iPSC, previamente obtida a partir de doador saudável (EB4), foi submetida à edição gênica utilizando a tecnologia CRISPR/Cas9 para geração de uma linhagem knockout para SCN2A. As iPSCs foram induzidas à formação de organoides cerebrais in vitro, que foram avaliados periodicamente quanto à morfologia e expressão de marcadores relacionados ao desenvolvimento cortical. A expressão do SCN2A foi avaliada nos organoides por PCR e imunofluorescência.

RESULTADOS: As linhagens de iPSCs obtidas apresentaram morfologia característica, expressão dos marcadores de pluripotência, cariótipo normal e se diferenciaram em células dos três folhetos embrionários in vitro. A edição do gene SCN2A realizada na linhagem EB4 deu origem à linhagem knockout EB4CRISPR. O protocolo utilizado para formação de organoides cerebrais foi aplicado nas linhagens EB4, EB4CRISPR e EA1, esta última referente à iPSCs de um outro doador saudável. A expressão de SCN2A foi observada nos neurônios presentes no organoide. Foi observada a presença de neurorosetas na 1a semana e, a partir da 3a semana, a presença de células progenitoras Sox2+ mais concentradas nas regiões internas do organoide, com neurônios βIII tubulina+ localizados na região mais externa. Já a linhagem EB4CRISPR formou organoides maiores, com menor expressão de marcadores de diferenciação cortical e desorganização.

CONCLUSÃO: Neste trabalho geramos duas linhagens de iPSCs com mutações no gene SCN2A e estabelecemos uma plataforma para geração de organoides que podem utilizados como ferramentas para estudo de doenças do neurodesenvolvimento, como TEAs. Alterações na formação das estruturas do organoide foram identificadas nas células knockout para SCN2A, sugerindo um papel importante deste gene nas etapas iniciais da formação do cérebro.

Palavras-Chave: Autismo; SCN2A; iPSC; Organoides cerebrais; CRISPR

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