Papo Acadêmico promove diálogo entre estudantes e programas de pós-graduação

Com o objetivo de manter aberto um canal de comunicação permanente, o Papo Acadêmico tem a proposta de promover, periodicamente, um encontro das coordenações dos programas de pós-graduação e da Iniciação Científica da Fiocruz Bahia com seus estudantes. O primeiro evento acontece no dia 17 de maio. Na ocasião, serão definidas as temáticas para os próximos encontros que ocorrerão a cada dois meses, nas sextas-feiras, às 14 horas.

Os encontros contarão com a presença de convidados para debater temáticas de interesse dos estudantes, seguida de uma roda de conversa sobre assuntos pertinentes aos programas de pós-graduação e à Iniciação Científica.

 

 

O quê: Encontro de abertura do #Papo Acadêmico

Quando: 17 de maio de 2019, às 14 horas

Onde: Auditório Aluízio Prata – Fiocruz Bahia

Público Alvo: Estudantes da Fiocruz Bahia (Pós-graduação, Iniciação Científica e PROFORTEC)

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Divulgados os resultados da Etapa 1 do Edital de Bolsas de Iniciação Científica FAPESB 2019

O Comitê Institucional de Iniciação Científica da Fiocruz Bahia, após avaliação por três consultores Ad-Hoc externos, no uso de suas atribuições e em acordo com o disposto no Edital de Iniciação Científica FAPESB/ Fiocruz – 2019/2020, informa o resultado da ETAPA 1 do processo de seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2019-2020.

Clique aqui para acessar.

Os orientadores com projetos contemplados terão do dia 13 a 15 de maio para indicar os estudantes, entregando a documentação prevista para a ETAPA 3, conforme item 4.3.1 do Edital. Destaca-se que, conforme item 4.3 do Edital, o estudante indicado para a bolsa FAPESB não poderá estar concorrendo em outro edital institucional.

O comitê ressalta a todos os estudantes com bolsa VIGENTE e que solicitaram CONTINUAÇÃO no Edital 2019-2020 que a participação na 27ª RAIC é obrigatória e indispensável para a implementação da Bolsa de Iniciação Científica 2019-2020. Os projetos/ planos de trabalho não contemplados passarão a compor um banco de reserva e os estudantes deste podem ser indicados para IC sem bolsa, respeitando-se o limite de 1 estudante sem bolsa por pesquisador, conforme Resolução 04/2016 da Fiocruz Bahia (vide documentação no item 4.3.2).

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Divulgado edital de seleção de Mestrado e Doutorado 2019.2 em Patologia

A Coordenação do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT), realizado pela Universidade Federal Bahia (UFBA) em parceria com a Fiocruz Bahia, divulga o edital de seleção de Mestrado e Doutorado 2019.2. Clique aqui para acessar. O prazo para as inscrições é de 15 a 31 de maio de 2019.

O curso é composto por dois grandes eixos: Patologia Humana e Patologia Experimental. O Programa contempla as linhas de pesquisa Patologia e imunopatologia, com ênfase nos mecanismos causadores das doenças infecciosas, parasitárias, crônico degenerativas e genéticas; Abordagens diagnósticas e terapêuticas em doenças humanas e em modelos experimentais; e Investigação de biomarcadores para doenças humanas e agentes anti-tumorais.

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Pesquisadores do Cidacs da Fiocruz Bahia são eleitos para Academia de Ciências da Bahia

O pesquisador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Artur de Queiroz, e as pesquisadoras associadas Maria Estela Aquino e Maria da Glória Teixeira passam a integrar a Academia de Ciências da Bahia (ACB). Depois de uma indicação e de submissão a uma votação do conselho, os pesquisadores receberão os diplomas de membro júnior e membros da ACB, respectivamente, no próximo mês na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Os três novos integrantes da entidade serão empossados no dia 5 de junho, às 18h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Artur Queiroz é bioinformata integrante das plataformas Bioinformática e Epidemiologia Genômica (Epigen – Brasil). Formada em medicina, Estela Aquino é integrante do projeto Social Policy & Health Inequalities (SPHI), também desenvolvido no Cidacs/Fiocruz Bahia. Também médica, Maria da Glória Teixeira integra a Plataforma Zika.

A titulação é um reconhecimento pela relevância do trabalho científico prestado pelos acadêmicos. A organização já conta com outros nomes do Cidacs, como o coordenador, Mauricio Barreto, e os pesquisadores associados Roberto Andrade, físico (Ufba), e Manoel Barral Netto, médico (IGM). Todos estão inseridos no grupo de Ciências da Vida. Poucos mais de 60 nomes compõem o quadro atual de membros da entidade.

Trajetórias

Formado em biomedicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) e doutor em Bioinformática pela Universidade de São Paulo (USP), Queiroz integra agora um grupo de importantes cientistas e com isso amplia a representação da bioinformática. O pesquisador de 37 anos atua no Cidacs/Fiocruz Bahia na Plataforma Bioinformática utilizando dados biológicos e estratégias computacionais nas investigações sobre evolução viral de retroviroses humanas e vírus causadores de hepatites, análise de sequências e imunoinformática.

Queiroz diz que sempre teve afinidade com informática e que viu na bioinformática um campo em que há mais do que intervenções protocolocadas. “Requer entendimento dos processos biológicos e estatísticos”, explicou o bioinformata, pesquisador de carreira no IGM desde 2012. Atualmente, o pesquisador tem 30 artigos publicados, além de publicações em congressos, é pesquisador colaborador da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), foi professor da Pós-Graduação de Computação Aplicada da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Estela Aquino é médica, professora titular aposentada do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e professora participante especial do Programa Especial de Participação de Professores Aposentados (PROPAP) da UFBA. De 1990 a 2018, foi coordenadora do MUSA – Programa Integrado de Ensino, Pesquisa e Cooperação Técnica em Gênero e Saúde, que integra a estrutura matricial do Instituto de Saúde Coletiva (ISC). É líder do grupo de pesquisa e tem 101 artigos publicados.

Já Teixeira possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado em Saúde Pública com ênfase em área de concentração em epidemiologia pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), onde atualmente é professora titular. No Cidacs, Maria da Glória lidera o Eixo 1 da Plataforma Zika, que visa o aprimoramento do conhecimento científico sobre a doença e apoio na adoção de medidas de saúde pública mais adequadas a partir de uma coorte de nascimentos. Entre as publicações, são 110 artigos.

Academia

A Academia de Ciências da Bahia (ACB) é uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, fundada em 17 de setembro de 2010, na cidade do Salvador e tem por finalidade contribuir para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia como fator essencial ao bem-estar social no nosso país, fomentando a ligação entre os setores acadêmico, produtivo e governamental do Estado da Bahia. A ACB atua no sentido de estimular a formação de pesquisadores nas áreas da ciência e da tecnologia.

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Potencial de proteínas quiméricas para detecção de Chagas é avaliado em dissertação

AUTORIA: Leonardo Maia Leony
ORIENTAÇÃO: Fred Luciano Neves Santos
TÍTULO DA TESE: “AVALIAÇÃO E VALIDAÇÃO DO POTENCIAL DIAGNÓSTICO DE PROTEÍNAS QUIMÉRICAS DO TRYPANOSSOMA CRUZI PARA DETECÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS EM CÃES”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
DATA DE DEFESA: 21/05/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os cães são considerados um grupo sentinela para doença de Chagas (DC) devido ao seu papel na manutenção do ciclo de transmissão em ambientes domésticos e sua correlação com a prevalência da DC humana. O ELISA é geralmente a metodologia escolhida para o diagnóstico destes animais, no entanto, seu desempenho depende da matriz antigênica empregada. Uma estratégia para ultrapassar esta limitação é baseia-se na utilização de antígenos recombinantes quiméricos, compostos por sequências peptídicas conservadas e repetitivas de diversas proteínas do parasita. Nosso grupo desenvolveu quatro antígenos quiméricos (IBMP-8.1, 8.2, 8.3 e 8.4) e seu potencial diagnóstico foi avaliado para o diagnóstico da DC humana, mostrando desempenho diagnóstico superior em comparação aos dos testes comercialmente disponíveis no Brasil, Espanha e Argentina.

OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial diagnóstico dos antígenos IBMP frente às amostras de cães naturalmente e experimentalmente infectados pelo Trypanosoma cruzi.

MATERIAIS E MÉTODOS: Os ensaios foram otimizados por checkerboard titration. Posteriormente, o potencial diagnóstico foi validado através de curvas ROC e o desempenho dos testes foi determinado utilizando tabelas de dupla entrada. A reatividade cruzada também foi avaliada para babesiose, erliquiose, dirofilariose, anaplasmose e leishmaniose.

RESULTADOS: Todos os antígenos quiméricos demonstraram um alto desempenho diagnóstico, especialmente o IBMP-8.3 e IBMP-8.4. O antígeno IBMP-8.3 demonstrou uma sensibilidade de 100%, seguido pelo IBMP-8.4 (96,7-100%), IBMP-8.2 (73,3-87,5%) e IBMP-8.1 (50-100%). As especificidades mais elevadas dos antígenos foram para o IBMP-8.2 (100%) e IBMP-8.4 (100%), seguido por IBMP-8.3 (96,7-97,5%) e IBMP 8.1 (89,1-100%).

CONCLUSÕES: O uso dos antígenos quiméricos IBMP em imunoensaios para diagnosticar a DC em cães é uma ferramenta promissora para fins veterinários e epidemiológicos, consistindo em uma alternativa para contornar os problemas comuns observados no diagnóstico sorológico de CD, como a variação dos parâmetros de desempenho de acordo com a cepa do parasita e reatividade cruzada com outras doenças infecto-parasitárias.

Palavras-chave: ELISA, doença de Chagas, cães, Trypanosoma cruzi, antígenos recombinantes quiméricos.

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Palestra abordará Respiração e as Emoções com meditação guiada

A palestra Respiração e as Emoções (com meditação guiada)”, ministrada pelo Prof. Ramon Almeida, diretor das Organizações Brahma Kumaris e Conselheiro da Junior Achievement Bahia, será realizada no dia 29 de maio, às 09 horas, na Fiocruz Bahia. Os interessados em participar podem se inscrever aqui. Será emitido certificado.

O público alvo é de profissionais e estudantes da área de saúde com interesse em aprimorar o conhecimento sobre a relação saúde e ambiente em suas dimensões individual e coletiva, bem como sobre as estratégias que contribuem para a promoção da saúde e da qualidade de vida no planeta.

Os participantes serão convidados a perceber, com experiências de meditação guiada, o vínculo entre a respiração, a saúde e o bem-estar, não apenas nas esferas física e mental, mas também no plano emocional, com aderência ao desempenho das tarefas do cotidiano em várias áreas da expressão humana, para construção de uma vida melhor que vai desde o autoconhecimento até a autoestima.

O evento faz parte do ciclo de palestras do Programa Fiocruz Saudável do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) e tem como objetivo fomentar reflexões acerca de pressupostos de qualidade de vida e proteção ambiental, questões que atualmente integram o conceito de saúde.

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Dissertação analisa geração de linhagens de células-tronco como ferramentas para estudo do autismo

AUTORIA: Gabriela Louise de Almeida Sampaio
ORIENTAÇÃO: Bruno Solano de Freitas Souza
TÍTULO DA TESE:Geração de linhagens de células-tronco pluripotentes induzidas com alteração no gene SCN2A e organoides cerebrais como ferramentas para estudo do autismo”.
PROGRAMA: Pós-Graduação em Patologia Humana (UFBA /FIOCRUZ)
DATA DE DEFESA: 20/05/2019

RESUMO

INTRODUÇÃO: Transtornos do espectro autista (TEAs) compõem um grupo de doenças que afetam a interação social, comunicação e comportamento. Nos últimos anos, inúmeras alterações em diferentes genes vêm sendo associadas com TEA. Dentre estes, variantes patogênicas SCN2A vêm apresentando uma forte associação estatística com TEA. O SCN2A codifica a subunidade alfa do canal de sódio voltagem-dependente Nav1.2, que é altamente expresso em células piramidais durante o desenvolvimento do cérebro. Estes neurônios desempenham um papel crítico na organização cortical, excitabilidade e sinaptogênese. Apesar da associação estatística, não há ainda estudos que comprovem a causalidade e os possíveis mecanismos envolvidos na fisiopatologia. Deste modo, a hipótese deste trabalho é de que mutações com perda de função no SCN2A afetam o desenvolvimento do cérebro desde suas etapas iniciais, podendo levar ao desenvolvimento de TEA, e que este processo pode ser estudado in vitro a partir da utilização de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) e organoides cerebrais.

OBJETIVO: Estabelecer uma plataforma que permita a investigação do impacto da mutação do gene SCN2A sobre as fases iniciais do neurodesenvolvimento.

MÉTODOS: Células-tronco mesenquimais obtidas de uma paciente portadora de TEA e variante patogênica em heterozigose do gene SCN2A foram reprogramadas utilizando vetores não integrativos para obtenção de uma linhagem de iPSCs (iM5). Esta linhagem foi caracterizada quanto à expressão de marcadores de pluripotência, utilizada em ensaio de formação de corpos embrioides e por análise de cariótipo. Outra linhagem de iPSC, previamente obtida a partir de doador saudável (EB4), foi submetida à edição gênica utilizando a tecnologia CRISPR/Cas9 para geração de uma linhagem knockout para SCN2A. As iPSCs foram induzidas à formação de organoides cerebrais in vitro, que foram avaliados periodicamente quanto à morfologia e expressão de marcadores relacionados ao desenvolvimento cortical. A expressão do SCN2A foi avaliada nos organoides por PCR e imunofluorescência.

RESULTADOS: As linhagens de iPSCs obtidas apresentaram morfologia característica, expressão dos marcadores de pluripotência, cariótipo normal e se diferenciaram em células dos três folhetos embrionários in vitro. A edição do gene SCN2A realizada na linhagem EB4 deu origem à linhagem knockout EB4CRISPR. O protocolo utilizado para formação de organoides cerebrais foi aplicado nas linhagens EB4, EB4CRISPR e EA1, esta última referente à iPSCs de um outro doador saudável. A expressão de SCN2A foi observada nos neurônios presentes no organoide. Foi observada a presença de neurorosetas na 1a semana e, a partir da 3a semana, a presença de células progenitoras Sox2+ mais concentradas nas regiões internas do organoide, com neurônios βIII tubulina+ localizados na região mais externa. Já a linhagem EB4CRISPR formou organoides maiores, com menor expressão de marcadores de diferenciação cortical e desorganização.

CONCLUSÃO: Neste trabalho geramos duas linhagens de iPSCs com mutações no gene SCN2A e estabelecemos uma plataforma para geração de organoides que podem utilizados como ferramentas para estudo de doenças do neurodesenvolvimento, como TEAs. Alterações na formação das estruturas do organoide foram identificadas nas células knockout para SCN2A, sugerindo um papel importante deste gene nas etapas iniciais da formação do cérebro.

Palavras-Chave: Autismo; SCN2A; iPSC; Organoides cerebrais; CRISPR

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Inscrições para a participação na RAIC 2019 foram prorrogadas

Foram prorrogadas, até o dia 26 de abril, as inscrições para a Reunião Anual de Iniciação Científica 2019. A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) informa que a inscrição na RAIC é obrigatória para todos os bolsistas da Fiocruz Bahia com cotas Fiocruz CNPq PIBIC e PIBITI, além dos bolsistas FAPESB.

Fica a cargo dos orientadores dos bolsistas participantes de projetos financiados pelo CNPq, pela FAPESB e pela Capes a participação dos mesmos na RAIC 2019. A inscrição dos alunos PIBIC e PIBITI CNPq que solicitarão renovação será online, através deste link. A solicitação de renovação automaticamente inscreverá o aluno na RAIC.

Os demais alunos PIBIC e PIBITI CNPq que não solicitarão renovação, alunos FAPESB, CNPq Projeto, FAPESB Projeto e Capes Projeto, deverão enviar para o e-mail proiic@bahia.fiocruz.br, em arquivo único em PDF, o plano de trabalho original e o relatório escrito conforme modelo (disponível aqui) da página eletrônica do PIBIC/PIBIT Fiocruz.

 

 

 

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Papel da célula NK na infecção do HTLV-1 é analisado em estudo clínico

A célula T CD8+ é considerada a principal defesa contra o Vírus Linfotrópico da Célula Humana do tipo 1 (HTLV-1), um retrovírus que está associado a graves doenças neurológicas, degenerativas e hematológicas. Entretanto, a célula chamada “Natural Killer” (NK) também contribui para a produção de citotocinas, e, assim como a T CD8+, é capaz de destruir células infectadas através do mecanismo de citotoxicidade.

Um estudo desenvolvido pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Edgar M. Carvalho, Maria Fernanda Grassi e Lucas P. Carvalho, em parceria com outras instituições, avaliou o papel da célula NK em portadores de HTLV-1 com Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia (HAM/TSP, sigla em inglês), doença associada a esse vírus, que causa uma degeneração gerando fraqueza em funções motoras e é de difícil diagnóstico.  A investigação foi publicada no Journal of Immunology Research.

A pesquisa clínica foi desenvolvida no ambulatório de HTLV do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (COM-HUPES/ UFBA), coordenado por Edgar Carvalho, e demonstrou que pacientes com HAM/TSP tem baixa frequência de células NK no sangue periférico e que a frequência dessas células é inversamente proporcional à carga pró-viral. Os estudos funcionais in vitro demostraram ainda que a neutralização da molécula NKG2D, presentes em células NK, aumentam a carga pró-viral, sugerindo que células NK possam ter um papel importante no controle de carga pró-viral em pacientes infectados com HTLV.

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Fiocruz Bahia disponibiliza bens para doação a órgãos públicos

Em cumprimento ao Decreto nº 9.373 de 11/05/2018 e Lei 8.666/93, a Fiocruz Bahia comunica que está colocando à disposição de órgãos públicos federais, dos Estados, do Distrito Federal, Municipal e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, bens diversos classificados como Inservíveis, na situação de Antieconômico e Irrecuperável. 

Os interessados deverão entrar em contato com a Seção de Patrimônio, pelo telefone 3176-2222, e tratar com Eugenia Olivia Reis de Souza. Caberá aos interessados a retirada e transporte dos bens.

Clique aqui para acessar a lista.

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Inscrições abertas para o 22º Simpósio Internacional em Microencapsulação

Com foco em nanotecnologia, a Fiocruz Bahia sediará o 22º Simpósio Internacional em Microencapsulação, entre os dias 25 a 27 de setembro de 2019. As inscrições encerram no dia 31 de maio e podem ser realizadas no site do evento.

O simpósio, que será realizado junto com a Sociedade Internacional de Microencapsulação e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem como público-alvo pesquisadores e estudantes das áreas de Farmácia, Química, Biologia, Biotecnologia e Engenharias. 

A programação científica será composta de sessões plenárias com convidados internacionais da área, quatro sessões científicas e duas mesas temáticas, que irão discutir nanotecnologia para doenças tropicais e negligenciadas, saúde animal, agricultura sustentável e meio ambiente. As apresentações serão realizadas em inglês.

O Simpósio acontece desde 1972, sendo inicialmente um fórum para discussões científicas em Microencapsulação, e ocorre entre o intervalo de dois anos. A 22ª edição será uma continuação dos dois anteriores, que ocorreram em Boston (EUA), em 2015, e em Faro (Portugal), em 2017.

 

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Estudo associa polimorfismo genético e risco de infecção por tuberculose

A tuberculose é uma doença transmissível causada pela Micobacterium tuberculosis, sendo um importante problema de saúde pública para o Brasil, que está entre os 22 países com mais alta carga da doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo a organização, anualmente, são identificados no país cerca de 80 mil novos casos e 5 mil óbitos decorrentes da enfermidade.

O desenvolvimento da tuberculose é mais propício em pessoas portadoras do vírus HIV e de diabetes, por exemplo, porém muitos pacientes não apresentam nenhum fator de risco conhecido. Nesse contexto, muitos fatores genéticos já foram sugeridos como influência para suscetibilidade a essa doença.

Uma pesquisa de autoria dos doutorandos Juan Manuel Cubillos-Ângulo e María Arriaga e do pesquisador Bruno de Bezerril, da Fiocruz Bahia, avaliou potenciais biomarcadores genéticos de susceptibilidade a infecção por Mycobacterium tuberculosis. O artigo foi publicado no periódico Clinical Infectious Diseases e foi listado como um dos mais acessados nos últimos dois anos pela revista.

O estudo longitudinal foi realizado a partir de pacientes com tuberculose pulmonar diagnosticados entre 1998 e 2004, de um hospital do Rio de Janeiro. Foram realizadas análises do escarro, prova cutânea tuberculina e foi extraído DNA de amostras de sangue periférico de contatos diretos desses pacientes, que são parentes e pessoas que moravam na mesma casa ou tiveram contato com eles por longos períodos de tempo. Os que tiveram sinais ou sintomas da forma ativa da tuberculose passaram por visitas médicas periódicas.

O risco de infecção por Mycobacterium tuberculosis e desenvolvimento de tuberculose ativa nesses contatos foi estimado de acordo com a presença de cinco Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs, sigla em inglês), responsáveis mais comuns pelo tipo de variação genética relacionados à imunidade, que também explicam fatores clínicos e epidemiológicos.

Resultados

Genótipos dos cinco SNPs foram encontrados. O achado mais importante do estudo foi que, desses cinco genótipos de SNPs, dois foram associados com o resultado positivo para a prova cutânea tuberculina e, subsequentemente, com o desenvolvimento de tuberculose.

Essas descobertas destacam a importância da imunidade inata na infecção humana por Mycobacterium tuberculosis e no desenvolvimento de tuberculose ativa. Outros grupos de pesquisas já mostraram evidências de polimorfismo nesses receptores associados ao crescimento da suscetibilidade para tuberculose, porém os achados dessa pesquisa fornecem evidências adicionais desses receptores em relação aos contatos diretos e o desenvolvimento da doença.

Como conclusão, a pesquisa apresenta fortes evidências para associações entre polimorfismos em genes imunes inatos e o risco de infecção por Mycobacterium tuberculosis e desenvolvimento de tuberculose ativa, no Brasil. Estudos adicionais são necessários para delinear os eventos moleculares por trás dessas associações.

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XIX Epimol está com as inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o XIX Curso Internacional de Epidemiologia Molecular em Doenças Infecciosas e Parasitárias Emergentes (Epimol), que será realizado no período de 21 a 26 de julho de 2019, na Fiocruz Bahia. Os interessados em participar da seleção têm até o dia 30 de abril para preencher o formulário (clique aqui) e enviar os documentos por e-mail. São 45 vagas para participantes e 40 para ouvintes.

O objetivo principal é apresentar os princípios básicos da epidemiologia molecular para epidemiologistas e profissionais de laboratório, trabalhando em instituições nacionais e internacionais com doenças infecciosas e parasitárias de importância para a saúde pública em seus respectivos países.

O curso irá se concentrar em problemas de doenças infecciosas e parasitárias emergentes e/ou re-emergentes.  Este curso de âmbito internacional é especialmente elaborado para apresentar os princípios e práticas desta nova disciplina em epidemiologia, a profissionais de laboratório e epidemiologistas de instituições regionais representativas, envolvidas com doenças infecciosas e parasitárias de relevância para a saúde pública.

Para maiores informações, como programação e inscrições, visite a página do XIX Epimol.

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Pesquisa avalia papel da morte celular por acúmulo de ferro em pacientes com tuberculose

Necrose celular é um fenômeno complexo que envolve diferentes motivos, como estresse ou ações mecânicas, embora muitas necroses celulares sejam programadas pelo próprio organismo para manutenção do seu equilíbrio.

Durante a infecção por tuberculose, a necrose é particularmente prejudicial, uma vez que facilita a disseminação micobacteriana. Recentemente, foi descoberta uma nova forma de morte celular, a ferroptose, que é desencadeada por sobrecarga de ferro, sendo considerada um contribuinte para morte celular associada a doenças como diabetes, câncer, neurodegeneração e insuficiência renal. A ferroptose também é altamente relevante para a infecção por Mycobacterium tuberculosis.

O pesquisador Bruno de Bezerril Andrade, da Fiocruz Bahia, é um dos autores de uma pesquisa recente que analisou o papel da ferroptose celular ocorrida em macrófagos (célula de defesa) infectados por Mycobacterium tuberculosis in vitro e in vivo. A descrição do estudo foi publicada no Journal of Experimental Medicine. Como o excesso de ferro é um importante gatilho para ferroptose e, em certas condições, é conhecido por promover tuberculose, o estudo buscou mostrar a correlação desses dois fenômenos.

Para examinar a morte celular in vitro, foram utilizadas células-tronco de camundongos derivadas de macrófagos, infectadas em diferentes multiplicidades de infecção. Nos testes in vivo, camundongos foram infectados com tuberculose e foram analisadas mostras de tecido pulmonar.

Resultados

A pesquisa apontou que houve o aumento do nível de ferro intracelular e superoxidação mitocondrial, além de elevação substancial na membrana de peróxido lipídico. Mostrou também a redução dos níveis da enzima que faz parte do sistema de defesa antioxidante e da enzima Gpx4, que protege células da peroxidação da membrana celular.

Nos dois testes foi utilizado Ferrostatin-1, inibidor de ferroptose, como tratamento. No teste in vitro, observou-se uma inibição da morte celular graças à redução da peroxidação lipídica. No teste in vivo, o tecido coletado do pulmão dos camundongos também mostrou redução dessa oxidação que colabora com a propagação bacteriana extracelular.

Ficou provado que a morte celular causada por tuberculose, seja in vitro ou in vivo, aumenta a oxidação da membrana que reveste a célula e o uso de bloqueador de ferroptose bloqueou essa acumulação, assim como reduziu a morte celular.

Essas descobertas trazem questionamentos se Ferrostatin pode possuir propriedades similares ou mais potentes que a vitamina E contra tuberculose ou se essa vitamina pode ser usada como inibidor de ferroptose também. Estudos adicionais são necessários para validar a ferroptose como alvo viável para terapia voltada ao hospedeiro da tuberculose.

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Fiocruz Bahia e UFBA selam Acordo de Cooperação Técnica

Na noite desta sexta-feira, dia 21 de março, foi selado o Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a partir de uma iniciativa do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia).  Esta união formalizada em uma cerimônia realizada na Sala dos Conselhos Superiores, na Reitoria da Ufba, das 17h30 às 18h20, no Canela, dá respaldo ao trabalho dos pesquisadores, permitindo maior trânsito entre as duas instituições.

“Cada acordo, cada projeto de pesquisa, ensino e extensão, tornou-se arma de resistência nesses tempos obscuros”, afirmou o reitor da Ufba, professor João Carlos Salles. O filósofo saudou a parceria e disse que o acordo celebra o “refinamento” de questões importantes para a ciência.

O coordenador do Cidacs, pesquisador sênior da Fiocruz, Mauricio Barreto, é professor do Instituto de Saúde Coletiva da universidade. “A Ufba é minha alma mater”, iniciou Barreto. O professor contou que a criação do Cidacs foi viabilizada a partir de sua inserção na Fiocruz e que se deu em um momento difícil para novos projetos (ano de 2015). Hoje o Cidacs tem articulação com professores de 11 departamentos da maior universidade federal da Bahia.

“O Cidacs foi criado com o intuito de uma originalidade que pudesse criar laços e vínculos. E isso se deu graças à acessibilidade do Reitor. Esse convênio concretiza essas ações e amplia possibilidades de contribuições e colaborações”, comentou o Mauricio Barreto.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, também professora da Faculdade de Farmácia da Ufba, em sua fala, saudou a todos os presentes destacando o papel do Cidacs nesse acordo. “Eu sou Ufba e meu coração é dividido. Em momentos difíceis, nada melhor que dar as mãos. A Fiocruz se sente feliz por ter concretizado essa parceria e se posiciona para que tudo seja feito de modo que o Cidacs tenha essa posição importante na saúde pública, para que se consolide como plataforma para pesquisadores”.

Respaldo

Pesquisador do Cidacs e professor da Faculdade de Economia da Ufba, Gervásio Ferreira, faz parte dos que serão beneficiados com o acordo. “A gente passa a ter uma cobertura formal na relação científica. A universidade ganha, os professores ganham, o Cidacs ganha, isso distribui as oportunidades, não fica restrito a departamentos”, comenta o professor que integra a Plataforma Equidade e Sustentabilidade no Cidacs.

Entre os doutorandos e mestrandos que realizam pesquisa no centro, Andrêa Ferreira também se sente fortalecida com o estreitamento de laços entre as instituições. “Esse acordo dá mais respaldo para a gente. Oficializa o vínculo e mais estudantes vão ter a oportunidade de poder fazer pesquisa no Cidacs”, comentou a doutoranda.

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Prorrogadas as inscrições para bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica 2019 Fiocruz/ CNPq

A Coordenação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia informa que foram prorrogadas as inscrições para concorrer às cotas Fiocruz 2019 de bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica (PIBIC e PIBITI) do CNPq. As inscrições deverão ser feitas online até o dia 26 de abril para bolsas novas, renovação e para os bolsistas que ingressaram nos programas por substituição/banco de reserva no mês de março. 

Poderão solicitar bolsa servidores ativos com doutorado exercendo atividade de pesquisa, com vinculo comprovado com a Fiocruz em regime de tempo integral (40 horas), pesquisadores visitantes e pós-doutorandos da Fiocruz que se dedicam exclusivamente a atividades de pesquisas na Fiocruz Bahia. Os formulários para inscrição online e outros documentos estão disponíveis nos endereços: 

http://www.pibic.fiocruz.br  e http://www.pibiti.fiocruz.br 

O objetivo do Programa Pibic é estimular o envolvimento de estudantes de graduação nas atividades científica, tecnológica, profissional, artística e cultural, proporcionando ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa. O Programa Pibiti tem como objetivo estimular os jovens do ensino superior nas atividades de pesquisa e aprendizagem de metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação.

Qualquer dúvida pertinente a este edital deve ser esclarecida através do e-mail proiic@bahia.fiocruz.br

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Programa de Saúde Mental da UFBA – PsiU será apresentado a estudantes e servidores da Fiocruz Bahia

O Programa de Saúde Mental da Universidade Federal da Bahia – PsiU/UFBA será apresentado à comunidade da Fiocruz Bahia, no dia 29 de março, no Auditório Aluízio Prata, às 14 horas. O evento será ministrado pelo psiquiatra, psicanalista e coordenador do programa, Marcelo Veras. Uma parceria entre a Fiocruz Bahia e a UFBA foi realizada visando o acolhimento, pelo PsiU, de estudantes dos programas de Iniciação Científica (PROIIC), Pós-graduação em Biotecnologia, Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) e de Pós-graduação em Patologia (PGPAT), além dos servidores da instituição.

O PsiU foi lançado em abril de 2017, a partir de debates e encontros sobre saúde mental promovidos pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas (PRODEP) da UFBA, com o objetivo de dar visibilidade e discutir questões relacionadas à saúde, ao bem-estar e à convivência com as diferenças dentro da comunidade universitária. Desde 2018, o serviço, criado para acolher inquietações que estejam afetando a saúde mental de estudantes e trabalhadores da UFBA, foi estendido aos estudantes e servidores da Fiocruz Bahia, nas mesmas condições oferecidas à comunidade universitária.

O Plantão de Acolhimento do Programa conta com uma equipe de profissionais capacitados para oferecer uma escuta qualificada de questões pontuais e urgentes que causam angústia e tensões aos membros da comunidade atendida, sem necessidade de marcações, inscrição ou cadastro. O PsiU não disponibiliza tratamento de saúde mental, mas pode realizar um acolhimento estendido com duração média de quatro a oito encontros. Caso haja necessidade de um acompanhamento mais prolongado, a demanda será trabalhada e a pessoa será encaminhada para um atendimento em rede de saúde mental.

O acolhimento presencial funciona nas segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 09h às 17h, e na quarta-feira, das 09h às 12h. Além do plantão de acolhimento, pessoas angustiadas podem conversar com um profissional da equipe via aplicativo de mensagem instantânea (WhatsApp 71 99911- 2828), nos casos de demandas ou necessidades urgentes. O contato com o PsiU também pode ser feito via Facebook e Instagram.

Plantão de Acolhimento do PsiU/UFBA

Como: Atendimento de acolhimento gratuito para estudantes e servidores da Fiocruz Bahia, sem necessidade de marcação.
Quando: Segundas, terças, quintas e sextas, das 09h às 17h, e na quarta-feira, das 09h às 12h.
Onde: sede da PROAE, Rua Caetano Moura, 140 – Federação.
Contatos: (71) 99911- 2828 (whatsApp), Facebook e Instagram.

 

 

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Estudo da Fiocruz analisa surto de chikungunya em Salvador

Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

Um estudo publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz detalha a ocorrência de um surto de chikungunya com 50 casos em um bairro de Salvador, na Bahia, sendo 45 em uma única rua. Liderada pelo Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), a pesquisa foi realizada no bairro de Coutos, localizado no subúrbio ferroviário, em uma área de construções informais, sem abastecimento de água e com esgoto a céu aberto.

Após a identificação de casos suspeitos em maio de 2017, os pesquisadores visitaram todas as 230 casas da localidade. Entre 50 casos suspeitos identificados, 35 foram confirmados por testes laboratoriais, incluindo duas ocorrências de co-infecção com chikungunya e dengue. Um caso isolado de dengue também foi diagnosticado. A decodificação do genoma do vírus chikungunya em sete amostras confirmou a presença de sequências genéticas idênticas e apontou semelhança de 99% com microrganismos detectados na Bahia em 2014 e 2015, sugerindo a continuidade da transmissão viral no estado. Analisando a distribuição espacial e temporal dos casos, os pesquisadores verificaram a rápida disseminação da doença “de casa a casa” entre abril e junho.

Para os autores, as más condições socioeconômicas no bairro, com serviços de abastecimento de água e coleta de lixo irregulares e acúmulo de recipientes que servem de criadouro para as larvas do Aedes, podem ter facilitado o surto. “Após 2,5 anos da primeira detecção no Brasil e da disseminação do vírus em todo o país, descobrimos que o chikungunya mantém seu potencial para causar surtos altamente localizados”, dizem os cientistas no artigo. Clique aqui e confira o artigo na íntegra.

Fabricação nacional

Um ensaio clínico que confirma a imunogenicidade – capacidade de estimular a produção de anticorpos – e a segurança da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) também está entre os trabalhos recentes publicados nas ‘Memórias’. O estudo marca a conclusão do processo de transferência de tecnologia da farmacêutica internacional GlaxoSmithKline (GSK) para a unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nacionalizando a fabricação da vacina tríplice viral, que integra o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. “Esta é uma conquista tecnológica significativa com implicações para os programas de imunização”, afirmam os autores no artigo.

Caracterizado como um ensaio clínico de fase 3, o estudo incluiu cerca de 1,5 mil bebês, vacinados em unidade de saúde do Pará entre 2015 e 2016. A vacinação seguiu o calendário nacional de imunizações: com a primeira dose aplicada por volta de 12 meses e, três meses depois, o reforço realizado com a tetra viral, que inclui a catapora. O alto índice de produção de anticorpos e o baixo nível de reações adversas demonstraram a consistência de três lotes consecutivos do imunizante produzido por Bio-Manguinhos/Fiocruz e a não inferioridade em relação à vacina fabricada com ingredientes farmacêuticos da GSK. A pesquisa foi realizada por Bio-Manguinhos/Fiocruz em colaboração com Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e Instituto Evandro Chagas (IEC). Clique aqui e leia o artigo completo.

A revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz pode ser acessada gratuitamente online. Confira os artigos recentes.

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Fiocruz Bahia celebra o Dia Internacional da Mulher

A data de 8 de março, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), é reconhecida mundialmente como o Dia da Mulher. Nesse período, são realizadas, em todo o mundo, diversas iniciativas para comemorar os avanços e promover ações que possam fortalecer os esforços em defesa dos direitos das mulheres e a igualdade de gênero.

Na Fiocruz Bahia, foi realizada a palestra “Mulheres cientistas no século XXI, novos tempos e trajetórias”, ministrada por Vanderlan Bolzani, professora da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Vice Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, é a primeira mulher a ocupar a direção da unidade desde a sua fundação, em 1950. A pesquisadora salientou que o momento é de luta e que o fato de a mulher muitas vezes estar em maior número nos ambientes de trabalho não significa vitória.

“Nós temos que acreditar em nós mesmas, no nosso potencial e parar de ter que provar a cada minuto que nós podemos. Essa é a grande lição, nós temos que acreditar que nós somos poderosas. Que possamos continuar avançando em nossas conquistas para que sejam cada vez maiores, com a criação de espaços e oportunidades associadas à equidade social, à igualdade de gênero e de raça. Precisamos construir um mundo com mais justiça, mais educação e, sobretudo, mais respeito aos direitos humanos”.

Segundo Vanderlan Bolzani, a falta de representatividade da mulher se agrava ainda por questões étnicas e econômicas. Além disso, a palestrante mencionou o ambiente e a cultura em que estamos inseridos, citando um estudo realizado na Inglaterra, no qual foram dadas a crianças de até 6 anos a tarefa de desenhar pessoas nas profissões de bombeiro, cirurgião e piloto de avião, como resultado, 61 desenhos foram de figuras de homens e apenas 5 eram mulheres.

“Não é fácil modificar uma cultura, leva muito tempo. Além do componente cultural, é extremamente importante que haja políticas públicas voltadas também para as áreas estratégicas do país, conhecidas como ciências duras”, afirmou Bolzani.

Cenário da Fiocruz

Jurema Carrilho, servidora há 30 anos.

Nacionalmente, as mulheres estão em maior número na Fiocruz, que possui 57% de servidoras. De acordo com o Boletim de Recursos Humanos da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas da Fiocruz, dentre o grupo de mulheres, 72% se autodeclarou branca, 16% parda e apenas 5% preta. Dos cargos comissionados 58% são ocupados por mulheres. Também mais mulheres fazem parte dos colaboradores terceirizados com 56%.

No total de servidores da Fiocruz Bahia, 73 são mulheres e 58 homens. Já a proporção dos que exercem atividade de pesquisa é 21 mulheres e 26 homens. Ao longo do tempo, as mulheres foram ganhando espaço na instituição e exercem um importante papel na construção do instituto.

Maria Fiscina está na Fiocruz há 48 anos.

Jurema Carrilho, servidora da Fiocruz Bahia há quase 30 anos, considera que as mulheres sempre tiveram um papel importante na instituição. “Embora a presença masculina fosse mais predominante, as mulheres sempre foram destaque. E com a abertura de concursos públicos, elas começaram a constituir a maioria dos servidores”, conta. 

Daniela Cerqueira trabalha na Fiocruz há 6 anos.

Ana Maria Fiscina é servidora desde 1970, para ela, o 8 de março é um dia para comemorar e protestar. “Nós, mulheres, somos guerreiras, batalhadoras, conquistamos muita coisa. Embora no IGM sempre tenhamos sido respeitadas e tivemos o nosso lugar, acredito que, principalmente pelas dificuldades que estamos passando, ainda há muito o que ser conquistado no país”.

A servidora Daniela Cerqueira disse que se sente privilegiada em trabalhar na Fundação. “A Fiocruz é instituição que as mulheres são maioria no quadro de servidores e que o maior posto de direção é ocupado por uma mulher. É um privilégio trabalhar em um órgão que respeita e valoriza as suas servidoras, pois isto é refletido no ambiente funcional, que possui melhores condições de trabalho do que as oferecidas pelas instituições em geral”, declarou.

Lúcia Morena, servidora da Fiocruz há 33 anos.

Para a servidora Maria Lúcia Moreno, a comemoração é importante para lembrar a toda a humanidade que as conquistas da mulher foram através da luta. “Temos o exemplo de Dra Marilda, a nossa primeira mulher diretora, isso é o reconhecimento de um trabalho. Mesmo com todos os estigmas que nós temos, com todas as pressões, seja na família ou no trabalho, a gente consegue superar, mas temos muito o que lutar ainda. Temos visto muitas mulheres sendo espancadas e mortas por homens só para manterem no poder. Então o caminho é esse, trabalhar com seriedade, com amor e lutar, sempre”.

Inteligência e Inovação

Este ano, a ONU Mulher definiu como tema do 8 de março “Pensemos em igualdade, construção das mudanças com inteligência e inovação”. De acordo com a Organização, o mote “está centrado nas formas inovadoras para a defesa da igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, em especial aquelas relativas aos sistemas de proteção social, acesso aos serviços públicos e infraestrutura sustentável”.

Este tema também está contextualizado no Objetivo 5 – Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas – da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A ONU declarou que “a inovação e a tecnologia trazem oportunidades sem precedentes, no entanto, as tendências atuais indicam que as lacunas digitais estão se ampliando e que as mulheres estão representadas de maneira insuficiente nos campos da ciência, tecnologia, engenharia, matemática e design”.

Estudantes da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Fiocruz em parceria com a FESF-SUS
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