Desempenho de proteínas recombinantes no diagnóstico da sífilis são avaliadas em estudo

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida sexualmente, por transfusão de sangue, ou de mãe para filho, durante a gravidez. Para detecção da doença, existem vários exames sorológicos, porém as diferentes formas clínicas da infecção podem influenciar o resultado dos testes e não há consenso sobre quais antígenos têm o melhor desempenho no diagnóstico.

Um grupo de pesquisadores da Fiocruz Bahia realizou um estudo com o objetivo de avaliar o desempenho das proteínas recombinantes TmpA, TpN17, TpN47 e TpN15 para diagnóstico da sífilis, usando ferramentas distintas. O trabalho coordenado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves Santos, foi publicado no periódico científico Plos One.

No estudo, as proteínas foram avaliadas utilizando soros de 338 indivíduos que testaram negativo para a Treponema pallidum, 173 que testaram positivo para a bactéria e 209 soros de indivíduos infectados com outras doenças, como doença de Chagas, dengue, hepatite B e C, HIV, esquistossomose, HTLV, filariose, leishmaniose e leptospirose, para avaliação de reatividade cruzada.

De acordo com os autores da pesquisa, o uso de proteínas recombinantes em imunoensaios demonstrou proporcionar maior confiabilidade aos resultados para diagnóstico de sífilis. Apesar da baixa sensibilidade, que pode ser melhorada com a avaliação das misturas antigênicas, as proteínas apresentaram alta capacidade diagnóstica.

Nas análises realizadas em microarranjo líquido, o escore de sensibilidade variou até 90% para TpN17, 100% para TpN47 e 80,0% para TmpA. Os valores mais baixos e mais altos de especificidade foram apresentados pelos antígenos TpN47 (91,9%) e TmpA (100%), respectivamente. A TpN47 apresentou o maior escore de precisão (95,5%) entre todas as proteínas recombinantes testadas.

Para o ELISA, TpN17 e TmpA tiveram sensibilidade de 69,9%, enquanto TpN47 obteve 53,8%. A especificidade foi quase 100% para as três proteínas. Não foi observada reação cruzada para TpN17 nas amostras de soro de infecções não bacterianas. Em relação às amostras positivas para leptospirose, o escore de reatividade cruzada variou de 8,6 a 34,6%.

O estudo será continuado em nova fase, com utilização de amostras de pacientes clinicamente definidas, através do projeto de doutorado de Ângelo Antônio Silva, aluno do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde de Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia.

 

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Projeto de desenvolvimento de diagnóstico para Covid-19 é selecionado em edital do Inova Fiocruz

O projeto “Enfrentamento da Covid-19: desenvolvimento de métodos de diagnóstico in vitro de alto desempenho”, do pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos, foi selecionado no Edital Ideias e Produtos Inovadores – Covid-19 – Encomendas Estratégicas, do Programa Inova Fiocruz. O objetivo da proposta é avaliar, validar e desenvolver plataformas de imunoensaio para a detecção qualitativa de anticorpos contra o novo coronavírus em amostras séricas, utilizando antígenos recombinantes comerciais

O estudo pretende selecionar os antígenos que apresentem os melhores desempenhos diagnósticos utilizando o teste rápido como plataforma. De acordo com o autor da proposta, a aplicação desta tecnologia poderá ser ampla, rastreando grande quantidade de indivíduos sintomáticos e assintomáticos, o que poderá ser determinante na orientação das medidas de controle epidemiológico adotadas no Brasil. “Os antígenos serão avaliados em novas plataformas de nanocelulose, uma inovação na área diagnóstica, por esses materiais serem biocompatíveis e biodegradáveis, diminuindo a geração de resíduos”, conta o pesquisador.

Avaliação de possíveis reações cruzadas serão levadas em consideração, sendo empregadas amostras positivas para dengue, Chikungunya, Zika, doença de Chagas, HIV, HTLV, HCV, HBV, sarampo, rubéola, esquistossomose e sífilis. As amostras utilizadas no estudo serão oriundas de hospitais localizados em Salvador e da Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista.

Também fazem parte do grupo que irá desenvolver o projeto os pesquisadores da Fiocruz Bahia, Maria Fernanda Rios Grassi, Carlos Gustavo Régis da Silva e Isadora Siqueira. O estudo será realizado em colaboração com a Universidade de Araraquara (UNIARA) e com a start-up TechMip, ambas localizadas em Araraquara, São Paulo.

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Palestra abordará dinâmica de transmissão de SARS-CoV-2 e perspectivas de controle

A Fiocruz Bahia dá continuidade ao Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19) com a apresentação do pesquisador do IESC – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (UFRJ), Guilherme Werneck, que abordará o tema “Dinâmica de transmissão de SARS-CoV-2 e perspectivas de controle”. 

A sessão, que será transmitida ao vivo pelo canal da Fiocruz Bahia no YouTube, no dia 30 de junho, às 16 horas, será mediada pelos pesquisadores da Fiocruz Bahia, Deborah Fraga, Conceição Almeida e Edson Moreira. 

Os seminários são promovidos pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia e fazem parte das atividade dos alunos dos programas de pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia) e em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI – Fiocruz Bahia). As apresentações abordam temas como filogenética do vírus, epidemiologia, imunologia, interação vírus-células, vacinas, diagnóstico, tratamento, biologia de sistemas e ética e ocorrem semanalmente, às terças-feiras.

Sobre o palestrante

Guilherme Werneck possui graduação em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Saúde Pública e Epidemiologia pela Harvard School of Public Health (2000). Completou estágio de pós-doutorado no Department of Global Health and Population / Harvard School of Public Health em 2013, onde atuou como pesquisador visitante de 2012 a 2014. 

Atualmente, é pesquisador visitante no David Rockefeller Center for Latin American Studies (Harvard University). É professor associado do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professor adjunto do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo em ambos exercido a função de coordenador dos respectivos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Entre 2007 e 2010 exerceu suas atividades de ensino e pesquisa como pesquisador visitante no Departamento de Endemias Samuel Pessoa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – Fiocruz. 

É membro do “WHO Expert Advisory Panel on Parasitic Diseases (Leishmaniasis)” e compôs a comissão da Avaliação dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu pertencentes à Área de Saúde Coletiva (CAPES) nos triênios 2007-2009 e 2010-2012 e Quadriênio 2013-2016. Exerceu o cargo de Coordenador da área de Saúde Coletiva na CAPES (2014-2018) e é o atual vice-presidente da ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Desenvolve suas atividades no campo da Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia.

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Fiocruz Bahia lança ação sobre orientações e cuidados para pessoas com doença falciforme em tempos de pandemia

Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização sobre a doença falciforme, a Fiocruz Bahia inicia nesta sexta-feira, 19, o lançamento de uma série de vídeos informativos voltados para as pessoas nesta condição. A iniciativa integra o projeto intitulado ‘Divulga doença falciforme’, promovido pelo Instituto Gonçalo Moniz (IGM), em parceria com profissionais da saúde, pesquisadores e pessoas com doença falciforme.

Desenvolvida no âmbito do projeto Divulgação Científica para Pessoas com Doença Falciforme e seus Familiares, apoiado pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, a ação propõe a divulgação de informação segura, de forma simples e acessível, através das páginas nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, onde serão compartilhadas orientações, dicas e cuidados com a saúde da pessoa com doença falciforme, especialmente durante o período de pandemia da Covid-19. Entre os temas abordados estão o diagnóstico da doença, hábitos que reforçam a imunidade e tratamentos, e a relação entre a doença falciforme e o coronavírus no contexto da pandemia.

A doença falciforme é uma enfermidade genética com prevalência mundial elevada, principalmente na população africana ou de origem africana. Ela afeta a molécula de hemoglobina, presente nas hemácias e responsável pelo transporte do oxigênio. A condição do traço falciforme, que não provoca nenhum sintoma clínico, acontece quando a pessoa herda o gene da hemoglobina variante S (HbS) de um dos pais e o gene da hemoglobina normal A (HbA) do outro. No caso da anemia falciforme, forma mais grave da doença, o indivíduo herda o gene HBS de ambos os pais.

A Fiocruz ocupa posição de destaque na produção de pesquisas sobre a doença falciforme e seus impactos perante a sociedade, promovendo projetos multidisciplinares que possibilitam a sensibilização da comunidade com relação aos vários eventos clínicos que acometem os indivíduos com a doença, sua origem, os cuidados e atenção necessários ao acompanhamento dos pacientes.  As pesquisas abordam ainda as principais estratégias necessárias à educação dos familiares que lidam no seu dia a dia com a doença, como é o caso do Laboratório de Investigação em Genética e Hematologia Translacional (LIGHT), do IGM.

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Palestra “Vigilância genômica do Sars-Cov-2” está disponível

A biomédica Jaqueline Goes de Jesus, uma das coordenadoras da equipe que sequenciou o genoma do novo coronavírus apenas 48 horas depois da confirmação do primeiro caso no Brasil, ministrou a sessão de abertura do Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19), promovido pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia. A palestra ocorreu no dia 18 de junho.

Jaqueline Góes é estudante egressa de mestrado e doutorado da Fiocruz Bahia e, atualmente, é pesquisadora pós-doutoranda do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo – Universidade de São Paulo (IMT-USP).

A apresentações do Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19) são realizados semanalmente, às terças-feiras, a partir das 16 horas, e abordam temas como filogenética do vírus, epidemiologia, imunologia, interação vírus-células, vacinas, diagnóstico, tratamento, biologia de sistemas e ética. 

Confira:

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Origem e diversificação do SARS-CoV-2 é tema de seminário

No dia 23 de junho (terça-feira), o palestrante do Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19), promovido pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia, será o pesquisador da instituição, Tiago Gräf. A apresentação abordará o tema “Origem e diversificação do SARS-CoV-2”. A sessão será transmitida pelo YouTube, às 16 horas e terá como mediadoras as pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras e Cláudia Brodskyn.

Clique aqui para acessar.

Sobre o palestrante

Tiago Gräf possui graduação em Biomedicina pela UFRGS, mestrado em Biotecnologia e doutorado em Biotecnologia e Biociências pela UFSC, com bolsa de doutorado sanduíche em KU Leuven, Bélgica. No período de 2016-2017, foi pesquisador em nível de pós-doutorado na Nelson Mandela School of Medicine, University of KwaZulu-Natal, África do Sul e de 2017-2019 foi professor adjunto do Departamento de Genética da UFRJ. Atualmente, é pesquisador em saúde pública Fiocruz Bahia, sendo suas principais linhas de pesquisa na área de evolução e epidemiologia molecular de vírus de RNA. 

Recentemente, Tiago Gräf foi contemplado na 3ª Chamada Pública de Apoio à Ciência do Instituto Serapilheira, com seu projeto “Identificação de vírus neuroinvasivos em casos de encefalite aguda no Nordeste do Brasil”. Também, o pesquisador participou do estudo coordenado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no qual foi estimado que o novo coronavírus circulou por semanas antes dos primeiros casos serem confirmados em países da Europa e das Américas, inclusive no Brasil.

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Pesquisa sugere que surto de chikungunya em 2015 não propiciou imunidade de rebanho, em Salvador

Um surto de chikungunya ocorreu em Salvador entre junho e novembro de 2015. Logo após, entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017, pesquisadores realizaram um estudo com o objetivo de determinar a soroprevalência de anticorpos contra o vírus chikungunya, identificar fatores associados à infecção e estimar a taxa de infecção sintomática, em 1.776 habitantes do bairro de Pau da Lima, em Salvador. 

A chikungunya é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os indivíduos acometidos podem apresentar diversos sintomas, dentre eles febre e dor, principalmente nas articulações, chamada de artralgia. 

A pesquisa fez parte da dissertação de mestrado da enfermeira Rosângela Anjos, sob orientação do pesquisador da instituição, Guilherme Ribeiro, pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) da Fiocruz Bahia. Atualmente doutoranda pelo mesmo programa de pós-graduação, Rosângela é a primeira autora do artigo resultante do estudo, publicado na revista científica de prestígio Emerging Infectious Diseases.

No trabalho, os autores destacam que a prevalência de anticorpos contra o vírus da chikungunya entre os participantes do estudo foi de 11,8%, indicando que o surto da doença ocorrido em Salvador pode não ter propiciado à população imunidade de rebanho suficiente para impedir epidemias subsequentes. Imunidade de rebanho é quando uma grande parte da população se torna imune, após adquirir a doença ou após estratégias de vacinação em massa, protegendo o restante das pessoas que não possuem anticorpos, porque a transmissão se torna mais difícil com a redução de pessoas suscetíveis. 

A prevalência de infecção pela chikungunya foi maior entre os participantes que residiam em ruas não pavimentadas e em casas com paredes não rebocadas ou feitas de madeira ou outros materiais que não blocos. Esses resultados sugerem que os comportamentos e condições de vida associados à vulnerabilidade socioeconômica podem contribuir para uma maior exposição à picadas por mosquitos Aedes, aumentando o risco de infecção.

Outros dois achados chamaram atenção dos autores do estudo. Apenas 15,3% das pessoas com anticorpos contra chikungunya relataram um episódio de febre e artralgia entre 2015 (ano do surto da doença em Salvador) e a realização do estudo. Além disso, nenhum dos indivíduos que relataram tais sintomas mantiveram a artralgia por mais de 60 dias.

De acordo com os cientistas, esta observação precisa ser melhor investigada em estudos longitudinais, pois ela contraria o consenso da comunidade científica de que mais de 70% das pessoas infectadas por chikungunya apresentam sintomas. De qualquer forma, os achados levantam a hipótese de que, em determinadas circunstâncias, infecções assintomáticas e manifestações clínicas mais leves, com menores taxas de cronificação da artralgia, podem ocorrer. 

O estudo também concluiu que apesar dos vírus da chikungunya e da zika terem se espalhado pela cidade de Salvador no mesmo ano de 2015, a transmissão da chikungunya foi aparentemente muito menor, tendo infectado aproximadamente 12% da população, enquanto estima-se que o vírus da zika infectou entre 63% e 73% da população. Os autores apontam a competição viral entre hospedeiros e vetores como um possível elemento explicativo para esse fenômeno.

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Brasil quer investigar medicamentos biológicos e contrata pós-doutorando

No mundo, os medicamentos tradicionais, os sintéticos, já estão bastante estudados, mas existem diversos tipos de medicamentos obtidos por meio de células vivas, os medicamentos biológicos, e que demandam ainda muita investigação. Para atender uma demanda de saúde pública do Brasil e observar o comportamento desses medicamentos nos pacientes com doenças reumatológicas, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) está estruturando um estudo de observação ao longo do tempo e, para isso, precisa de pesquisador (a). O centro seleciona um (a) pós-doutorando (a) até dia 19 de junho.

Para participar da construção da Coorte de Medicamentos Biológicos e Biossimilares, o perfil exige formação em Ciências da Vida e ou da Saúde e doutorado em área correlata, com conhecimento em farmacoepidemiologia, habilidade com métodos estatísticos e uso de softwares para análise de dados – conforme está descrito no edital disponível aqui. O pesquisador vai trabalhar com grandes bases de dados e deve ser capaz de manejar esses bancos de informação. A bolsa é de R$ 6 mil

A pesquisa é realizada de forma conjunta com pesquisadores e gestores do Cidacs/Fiocruz Bahia, do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde (DAF/MS) e da Fiocruz Brasília. Por isso, para esta pesquisa é requisitada a disponibilidade para viagem e capacidade de trabalhar de forma articulada.

No mundo, os biológicos atuam no tratamento de câncer, doenças neurológicas e inflamatórias, o que requer um grande investimento por parte dos governo, pela quantidade de pessoas atingidas por essas doenças. Uma das grandes questões é que os medicamentos biológicos não possuem a mesma estabilidade dos sintéticos e a reprodução de seu mecanismo, como acontece nos biossimilares, exige ainda estudos para se perceber os efeitos na população.

E é por isso que a Coorte tem sido projetada como um estudo longitudinal, observando os mesmos indivíduos e os adoecimentos que vão surgindo nesse grupo. Este estudo beneficiará pessoas que sofrem com doenças como artrite reumatóide e pode trazer novos métodos para usuários de medicação para diversas doenças crônicas do Brasil. 

O Cidacs/Fiocruz Bahia é vinculado ao Instituto Gonçalo Moniz, situado em Salvador, Bahia e atua com Núcleo de Pesquisa e Plataforma de Dados que atuam de forma conjunta. O espaço produz dados para pesquisadores internos responderem questões de saúde pública, associadas a fatores socioeconômicos, geográficos e genéticos.

 

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Fiocruz Bahia promove Ciclo de Seminários Integrados sobre Covid-19

A Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia está promovendo o Ciclo de Seminários Integrados sobre Sars-Cov-2 (Covid-19), que abordará temas como filogenética do vírus, epidemiologia, imunologia, interação vírus-células, vacinas, diagnóstico, tratamento, biologia de sistemas e ética. 

A sessão de abertura ocorrerá no dia no dia 18 de junho, às 15 horas, com a palestra ministrada pela biomédica Jaqueline Goes de Jesus, uma das coordenadoras da equipe que sequenciou o genoma do novo coronavírus, apenas 48 horas depois da confirmação do primeiro caso no Brasil. Os próximos seminários serão realizados semanalmente, às terças-feiras, a partir das 16 horas, pelo Zoom. 

Clique aqui para se inscrever na palestra de abertura. Vagas limitadas!

Sobre a palestrante

Jaqueline Góes é graduada em Biomedicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, mestre pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) da Fiocruz Bahia e doutora pelo Programa de Pós-graduação Patologia (PgPAT) da Universidade Federal da Bahia em ampla associação com a Fiocruz Bahia.

Em 2019, Jaqueline teve sua tese de doutorado premiada com o primeiro lugar no Prêmio Gonçalo Moniz de Pós-Graduação (2019), na categoria Egresso e representou o PgPAT no XIII Encontro de Pós-Graduação das Áreas de Medicina I, II e III da CAPES, tendo também recebido o prêmio de Melhor Trabalho de Tese, concedido pela banca avaliadora, composta pelos coordenadores das três áreas da Medicina.  A tese gerou publicações em revistas científicas de alto impacto, como Nature e Science. 

Atualmente, Jaqueline realiza estágio pós-doutoral no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo – Universidade de São Paulo (IMT-USP), sob supervisão da pesquisadora Ester Sabino, onde coordenou a equipe que sequenciou, em tempo recorde (48h), o genoma do SARS-CoV-2, no primeiro caso brasileiro da doença. O trabalho teve uma grande repercussão no meio científico e sociedade, com ampla divulgação nas mídias e redes de comunicação.

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Inscrições da segunda chamada do credenciamento de docentes do PGPCT estão abertas

Estão abertas as inscrições, até 30 de junho, da segunda chamada para o credenciamento de novos professores permanentes e colaboradores do curso de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional, com critérios baseados na portaria 81 de 3/6/2016 da CAPES. 

Os professores que possuem interesse devem manifestar-se através do preenchimento do formulário disponível aqui. O formulário preenchido deve ser enviado em PDF, por e-mail para pgpct@fiocruz.br. Os currículos na plataforma Lattes devem estar atualizados, pois eles serão utilizados pela comissão avaliadora. 

Clique aqui para acessar a resolução para o credenciamento.

Confira o cronograma:

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Fiocruz Bahia participa de rede para ajudar mulheres em vulnerabilidade social

A Fiocruz Bahia é uma das instituições que estão fazendo parte da Rede Mulher Solidária, ação que tem o objetivo de minimizar o impacto causado na vida das mulheres pelas medidas sanitárias e de isolamento social necessárias ao combate do novo coronavírus. A iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia (SPMBA) foi lançada nesta terça-feira (09).

Além da Fiocruz Bahia, o grupo reúne representantes da Defensoria Pública (DPE-BA), do Tribunal de Justiça (TJ-BA), Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Fecomércio-BA por meio da CME – Câmara da Mulher Empresária. A Rede tem o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Corpo de Bombeiros e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), além do Teatro Castro Alves e Shopping Barra.

A Rede Mulher Solidária atuará na captação de recursos, itens alimentícios e de higiene pessoal e também na mobilização de pessoas e instituições a fim de garantir a aquisição dos materiais e produtos que vão compor o Kit Mulher Solidária para distribuição entre grupos, coletivos e associações de mulheres, em situação de vulnerabilidade social, nos bairros de Salvador e municípios mais atingidos pela Covid-19. Nesta terça-feira começa a funcionar (24h) um dos postos para arrecadar donativos, instalado no Corpo de Bombeiros, na avenida ACM.

Outros dois postos começam a funcionar a partir de sexta-feira (12): no Teatro Castro Alves (com funcionamento das 8h às 14h) e Shopping Barra (das 12h às 18h). A Rede receberá, também, doações em dinheiro por meio de depósito no Banco do Brasil, agência 3832-6, conta 993.527-4, CNPJ 13.763.132/0001-17. A conta estará disponível ainda esta semana. Outras informações podem ser solicitadas por meio do e-mail: redemulher@spmba.ba.gov.br .

Um comitê gestor interinstitucional, suprapartidário, ficará responsável pela captação e distribuição dos kits, além da avaliação das ações solidárias, mas a Rede está aberta à participação de organizações de mulheres dispostas a colaborar. A expectativa é de que as doações alcancem 15 mil mulheres chefas de família monoparentais com a distribuição do Kit Mulher Solidária, o qual deve atender necessidades básicas de alimentação, higiene e promoção do cuidado pessoal e da limpeza doméstica. O kit também terá orientações sobre o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres e ao Covid-19.

Chefas de famílias monoparentais   

A Rede atenderá especialmente às mulheres chefas de famílias monoparentais, ou seja, aquelas que criam seus filhos e filhas sozinhas. Na Bahia são quase três milhões de pessoas que compõem essas famílias, correspondendo a aproximadamente 19% da população e 44% das composições familiares, segundo estudo realizado, em 2018, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em parceria com a SPM-BA, a partir de dados do IBGE. As chefas de família monoparentais representam grande parte do contingente de trabalhadoras informais, que estão entre as mais vulneráveis nesse período de pandemia.

Pesquisa realizada em abril pelo Instituto Locomotiva indica que em 31% das casas, no Rio de Janeiro, já faltou dinheiro para comprar produtos de limpeza e em 35% já faltou comida para as famílias no período da pandemia. Em Salvador e Região Metropolitana a situação não deve ser diferente. São 38 mil famílias monoparentais em situação de em situação de extrema pobreza, segundo estudo do SEI/SPM-BA.  Cerca de 30% recebem menos de R$ 178 per capita por mês.

A Rede Mulher Solidária entende que só a união de esforços e o empenho dos governos e da sociedade possibilitarão vencermos a pandemia no tempo mais breve possível e minimizando os impactos na parcela mais vulnerável da população, que ocupa a base da pirâmide social. Nesse sentido, tem a certeza de contar com a colaboração e participação de todos e todas.

Com informações da SPMBA.

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Pesquisador da Fiocruz Bahia tem projeto selecionado pelo Instituto Serrapilheira

Tiago Gräf é um dos 23 jovens pesquisadores selecionados pela chamada do Serrapilheira.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Tiago Gräf, foi um dos jovens pesquisadores contemplados na 3ª Chamada Pública de Apoio à Ciência do Instituto Serapilheira, com o projeto “Identificação de vírus neuroinvasivos em casos de encefalite aguda no Nordeste do Brasil”, que tem como coautora a pesquisadora Isadora Cristina de Siqueira, também da Fiocruz Bahia.

Com o crescimento dos casos de encefalite no Nordeste do Brasil, o projeto pretende investigar quais os patógenos causadores dessa emergência em saúde, focando na endemia ou circulação de novas arboviroses na região.

A encefalite é uma síndrome neurológica grave, com alta mortalidade e potencialmente incapacitante, podendo ser ocasionada por infecção bacteriana ou viral no cérebro. A identificação do agente etiológico dos casos de encefalite ainda é desafiadora e poucos estudos buscaram investigar a epidemiologia desta patologia no país.

“Nossa hipótese é que as arboviroses estão causando esse elevado número de casos de encefalite no nordeste brasileiro, que pode ter relação com vírus endêmicos na região ou novos vírus recentemente introduzidos”, explicou Tiago Gräf.

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Isadora Siqueira, é coautora do projeto selecionado.

Segundo o pesquisador, o projeto tem uma abordagem abrangente de métodos, incluindo metagenômica e cultura de vírus, para identificar os patógenos causadores de encefalite no Brasil. Isso pode revelar novas informações sobre os agentes causadores da doença que podem ser usadas para desenvolver uma abordagem de diagnóstico mais focada.

O Serrapilheira procurou selecionar pesquisadores com perguntas ambiciosas que buscassem, sobretudo, compreender questões fundamentais da ciência, ainda que os projetos envolvessem estratégias de risco.

Os contemplados receberão até R$ 100 mil, cada, para investir em seus projetos e serão reavaliados após um ano. A partir daí, até três projetos terão o apoio renovado e receberão até R$ 700 mil – com bônus de R$ 300 mil destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência – para investir em suas pesquisas por três anos.

 
 
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Servidora da Fiocruz Bahia participa de projeto de controle de leitos da Covid-19

A chefe do serviço de Qualidade e Biossegurança da Fiocruz Bahia, Hilda Carolina de Jesus Rios Fraga, está participando do projeto “Controle de leitos de campanha de paciente da Pandemia Covid-19”, da equipe do Doutorado de Difusão do Conhecimento (DMMDC) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).

A proposta foi uma das 48 selecionados no edital nº 01/2020 do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), para o enfrentamento à doença. O projeto inicialmente será feito na Bahia, com possibilidade de extensão de abrangência a nível nacional.

A iniciativa pretende ajudar na previsibilidade de oferta, demanda e permanência do paciente no leito de campanha destinado à Covid-19. Serão moduladas três redes neurais, utilizando a tecnologia Deep Learning (técnica de aprendizado de máquina, a partir de Redes Neurais Artificiais), para prever o tempo de permanência do paciente no leito; a demanda formada por pacientes graves e com possibilidade de complicação vindos das unidades de saúde e a disponibilidade de leitos de campanha com base nos recursos disponíveis.

Antonio Carlos Souza, professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) e atual coordenador geral do DMMDC, explica que o projeto foi idealizado diante da atual pandemia da Covid-19, com intuito de contribuir para o desenvolvimento de uma nova solução tecnológica que possa auxiliar nas tarefas de tomada de decisão para enfrentamento da doença.

“Com base no cronograma, teremos a etapa da validação dos módulos do sistema em unidades de atendimento à Covid-19, em novembro/2020. O prazo final para conclusão do projeto será em dezembro/2020”, pontua Antonio Carlos Souza.

A servidora da Fiocruz Bahia e aluna do DMMDC participará do projeto contribuindo com ações e informações relacionadas às medidas de biossegurança de pacientes com Covid-19 internados em hospitais de campanha na Bahia e de profissionais que estão trabalhando nestes ambientes na linha de frente no atendimento ao paciente. 

Hilda comenta que o tema da biossegurança na pandemia tem se destacado, atualmente, frente o grande número de profissionais que têm se contaminado. “Esta contaminação pode ter como causa inicial a ausência utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) ou ainda uso indevido dos mesmos em virtude de deficiência no treinamento de utilização. A ideia é contribuir com informações sobre esta temática e divulgar quais são as melhores condutas de proteção individual que diminuem o risco de contaminação de pacientes e profissionais”, afirma a servidora.

Para a doutoranda, estudar e divulgar conhecimento científico neste momento e em relação ao coronavírus é fundamental, “uma vez que estamos diante de uma pandemia de proporções desconhecidas e ainda muito carente de informação científica. Nosso objetivo é unir esforços e contribuir para a tomada de decisões na temática apresentada”, aponta.

De acordo com o professor, após a pandemia e diminuição dos casos graves, esse sistema poderá ser utilizado em outras situações epidemiológicas, em outras epidemias e pandemias, por trabalhar com previsibilidade e replicabilidade.

* Com informações do IFBA.

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Pesquisadora da Fiocruz Bahia é finalista a prêmio através de votação

A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Viviane Boaventura, está concorrendo ao Prêmio Euro Inovação na Saúde, com o projeto “Mitigando o Impacto da Artralgia Crônica Pós-Chikungunya”. Após vencer as duas primeiras etapas, o projeto chega à 3ª  e última fase da disputa, na qual todos os médicos, no país, poderão votar para eleger o grande vencedor. A votação pode ser realizada aqui, até o dia 4 de agosto de 2020.

“Trata-se de um projeto multidisciplinar que envolve estudantes de pós-graduação e outros pesquisadores da Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. Utilizando dados clínicos e sociodemográficos, foi desenvolvido e validado um escore para prever quais pacientes persistirão com dor articular por mais de um ano após o início da doença”, explica a autora do projeto. 

Essa informação é útil para pacientes infectados, no encaminhamento precoce para tratamento da dor (evitando desenvolvimento de sequelas e automedicação) e na adequação da rotina para minimizar o impacto da doença. Além disso, auxilia gestores de sistema de saúde a dimensionar os custos com os danos diretos ou indiretos e antecipar ações como a oferta de serviços de saúde. 

De acordo com Viviane Boaventura, esses dados poderão também ser aplicados em pesquisas de desenvolvimento de fármacos sugerindo qual grupo apresenta maior risco de cronicidade e, portanto, maior chance de se beneficiar com o tratamento. “O prêmio seria importante para a continuidade do trabalho, onde estão sendo investigados alvos terapêuticos para a doença”, comenta a pesquisadora.

Na 1ª fase, mais de 1650 iniciativas foram submetidas à avaliação do Conselho Médico, que escolheu as 100 iniciativas finalistas. Na segunda, foram selecionados 11 finalistas que já garantiram o prêmio de € 50 mil. Nesta 3ª fase, o Grande Vencedor receberá o valor de € 500 mil. O resultado será divulgado somente na cerimônia de premiação, que será realizada em São Paulo (SP).

O prêmio

O Prêmio Euro Inovação na Saúde é exclusivamente voltado a médicos(as), devidamente registrados(as) em seus conselhos regionais de medicina. A Eurofarma é a patrocinadora exclusiva do prêmio que tem o objetivo de reconhecer e incentivar a comunidade médica do Brasil na busca por soluções inovadoras em produtos, serviços e ações que resultem em ganhos potenciais e/ou efetivos para a qualidade de vida e bem-estar dos brasileiros.

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Não há evidências que os pets tenham um papel na transmissão da Covid-19, diz pesquisadora

O diagnóstico de contaminação pelo novo coronavírus em felinos de um zoológico em Nova Iorque (EUA), noticiado em abril, chamou a atenção de pessoas que possuem animais de estimação, durante a pandemia de Covid-19. Apesar de o vírus ser um agente infeccioso que já circulava em animais silvestres, uma das principais preocupações após a notícia, foi se os pets poderiam se contaminar e desenvolver a doença, além dos riscos de contaminar os humanos.

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Artigos apontam para maior risco de infecção em gatos.
 

A pesquisadora da Fiocruz Bahia e médica veterinária, Deborah Bittencourt, explica não há evidências que os animais tenham um papel na transmissão do SARS-COV-2 para os humanos, “apesar de que informações de pesquisas publicadas até este momento mostram que animais domésticos, como cães, gatos e ferrets, conhecidos como furão, podem se infectar com a Covid-19”, observa a pesquisadora.

Recentemente, casos de gatos que testaram positivo para coronavírus foram relatados, porém foram casos isolados e com sintomas respiratórios leves. Para a pesquisadora colaboradora da Fiocruz Bahia e professora da veterinária da UFBA, Manuela Solcá, os artigos científicos atuais apontam para um maior risco de infecção em gatos quando comparados a cães e ferrets, mas ainda são necessárias mais investigações sobre esses casos.

Cuidados com os pets

As pesquisadoras apontam para cuidados que é preciso tomar com os pets durante o isolamento social e quarentena. O ideal é evitar ao máximo sair com os animais, mas para os cães que só fazem as necessidades na rua, os passeios devem ser rápidos e é necessário realizar a higienização das patas com água e sabão no retorno para casa, lembrando que é importante secar bem para evitar micoses e infecções bacterianas.

Não é recomendado o uso de álcool em gel na higienização nem de loções antissépticas encontradas no mercado, pois pode irritar as patas dos animais. Caso algum membro da família se infecte com a Covid-19, é recomendado que a pessoa limite seu contato com animais e, em último caso, utilize máscaras e lave bem as mãos na manipulação dos pets e de seus alimentos. Deve-se evitar beijar, ser lambido ou dividir comida com os animais também.

Se houver outro membro da casa não infectado, este deve ficar responsável pelo animal, e o indivíduo infectado não deve entrar em contato com o pet. E, nestes casos, deve-se evitar passear com os animais para que ele não leve o vírus para fora da casa, nas patas ou nos pelos. 

 
 
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Tele Coronavírus completa 60 dias com mais de 43 mil atendimentos realizados

O serviço de atendimento para triagem e orientação de pessoas com sintomas suspeitos de Covid-19, Tele Coronavírus, completa 60 dias de funcionamento, no domingo, 24 de maio. A plataforma, que funciona de forma gratuita, através do número 155, realizou, nesses dois meses, mais de 43 mil atendimentos, colocando a população em contato direto com voluntários da área médica. 

O serviço vem apresentando demanda crescente no número de ligações. Na última semana, dobrou o número de atendimentos diários comparado a primeira semana, realizando, em média, 1200 atendimentos por dia. As principais queixas dos usuários tem sido tosse, febre e falta de ar. A pesquisadora da Fiocruz Bahia e médica, Viviane Boaventura, que faz parte da coordenação do serviço, chama atenção para uma outra queixa frequente dos pacientes e que está relacionada a infecção pelo SARS-CoV2: a alteração súbita do olfato e paladar. 

A pesquisadora afirma que o serviço está alcançando o objetivo esperado considerando o volume de atendimentos e que cerca de 60% das pessoas não precisam deslocar-se para unidade de saúde, evitando disseminação da doença. “O serviço também está contribuindo para a formação da cultura do voluntariado entre os estudantes, com oportunidade de prestar uma assistência solidária e humana num momento tão difícil vivido por toda a sociedade”, observa Viviane.

Idealizado por pesquisadores e professores da Fiocruz Bahia e Universidade Federal da Bahia (UFBA), com apoio do Governo do Estado, o Tele Coronavírus abrange toda a Bahia. Desde o lançamento, outras iniciativas similares ao 155 foram criadas inspiradas no serviço e com o apoio da equipe idealizadora, a exemplo da rede de apoio a profissionais de saúde mental – Rede Escuta Saúde, que atende profissionais da área de saúde envolvidos no enfrentamento da epidemia (Número de WhatsApp – 99907-3898), e uma rede de teleatendimento na Unicamp (São Paulo). 

Os autores da formulação do projeto disponibilizaram o Plano de Implementação do Tele Coronavírus, caso instituições de outros estados queiram implementar em suas regiões. O documento está disponível no Repositório Institucional da Fiocruz – Arca

Além de Viviane Boaventura, fazem parte da implementação/coordenação do projeto os pesquisadores da Fiocruz Bahia Manoel Barral Netto, Roberto Carreiro, Ricardo Khouri e Pablo Ivan Ramos; os alunos de pós-graduação Thiago Cerqueira Silva e Felipe Torres; os professores de outras instituições Victor Nunes e Camila Vasconcelos (FMB-UFBA), Bernardo Canedo e Sofia Andrade (UNEB); Daniele Canedo (UFRB); e o médico residente Louran Passos. 

Há ainda um grupo responsável pela construção e atualização da ferramenta técnica utilizada pelos alunos para orientações dos pacientes, formado, além de Viviane Boaventura, por Carolina Barbosa (Pro-Ar_UFBA), Álvaro Cruz (UFBA), Aurea Paste (UFBA), Jedson Nascimento (CEREM, Hospital Santa Izabel e CREMEB), Marília  Santini (INI-Fiocruz) e Ivan Paiva (SAMU).

O projeto conta com a colaboração de professores e alunos de escolas médicas das seguintes instituições: Universidade Federal da Bahia – UFBA, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, Universidade Federal do Sul da Bahia- UFSB, UNIFACS, Uni-FTC e Unime.  

O Tele Coronavírus conta ainda com o apoio da Associação Bahiana de Medicina, Comissão Estadual de Médicos Residentes e da Fesf Tech. As secretarias estaduais envolvidas são a Secretaria de Saúde (Sesab), de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), do Planejamento (Seplan), de Segurança Pública (SSP), da Administração (Saeb), da Infraestrutura (Seinfra) e Secretaria de Comunicação (Secom).  

 

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Pesquisador assessora centro de operações para enfrentamento da Covid-19 na Bahia

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, está participando das atividades do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), para o enfrentamento da Covid-19. O Coes é responsável pela coordenação das ações de resposta às emergências em saúde pública na Bahia, incluindo a articulação da informação entre as três esferas de gestão do SUS. 

O cientista foi convidado para a fazer parte do grupo em virtude de sua formação médica em infectologia e epidemiologia e pela experiência prévia durante investigação de surtos em Salvador. Desde o mês de abril, Ribeiro realiza, no Coes, assessoria técnico-científica para questões que envolvem vigilância, epidemiologia, diagnóstico e assistência terapêutica a pacientes com Covid-19. 

De acordo com Ribeiro, por se tratar de uma pandemia por um novo vírus, ainda há muitas incertezas e muito a aprender. “Por isso, é fundamental acompanharmos a literatura científica e a experiência de outros estados e países para podermos adotar as melhores recomendações técnico-científicas para o enfrentamento da Covid-19, de acordo com a nossa realidade local no estado da Bahia. O objetivo final é reduzir o número de óbitos associados à doença por meio de planejamento em saúde e de ações coordenadas nas áreas de vigilância e assistência”, explica.  

Além disso, o pesquisador também está coordenando a Sala de Situação, que apoia a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep/ Sesab) no monitoramento do padrão de ocorrência dos casos no estado da Bahia, dá assistência científica às áreas técnicas da Sesab na produção de notas técnicas com recomendações específicas durante a pandemia e colabora no preparo e revisão de outros documentos norteadores de ações, a exemplo do Plano Estadual de Contingências para Enfrentamento do Novo Coronavírus – Covid-19 e o Plano Estadual de Manejo de Óbitos durante pandemia da doença.

Sobre o pesquisador

Guilherme Ribeiro possui graduação em medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), residência em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Mestrado em Epidemiologia pela Harvard School of Public Health (EUA), e Doutorado em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa pela Fiocruz. Na Fiocruz Bahia, é Pesquisador Assistente em Saúde Pública e Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (nota 6 CAPES). 

É professor da Faculdade de Medicina da UFBA e já lecionou no Instituto de Saúde Coletiva (ISC-UFBA) e na Yale School of Public Health (EUA). Desenvolve pesquisas sobre problemas de saúde associados à iniquidade social e à pobreza urbana. Suas principais linhas de investigação incluem a eco-epidemiologia, a clínica e o diagnóstico de doenças transmissíveis, em especial as arboviroses emergentes, a exemplo da zika, dengue e chikungunya.

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Testes para novo coronavírus são importantes em todas as fases da pandemia, afirma pesquisador

Segundo Manoel Barral, os testes rápidos têm apresentado um número alto de resultados falso positivos ou falso negativos.

A corrida pelo desenvolvimento da vacina ou de um tratamento adequado para o combate ao novo coronavírus são a esperança para enfrentamento da Covid-19, doença que em poucos meses ceifou milhares de vidas e modificou a rotina de populações de diversos países, levando também a impactos econômicos. Enquanto não é possível encontrar soluções a curto prazo, a discussão sobre testes para detectar indivíduos infectados tem ganhado destaque no cenário de pandemia do novo coronavírus.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, explica que para entender a importância dos testes é necessário pensar sobre alguns aspectos: o que são esses testes, quais as suas potencialidades e limitações e quando utilizá-los como instrumento para tomada de decisão.

De acordo com Barral, o teste em si não resolve a situação da pandemia, mas fornece informações que irão modificar as ações de saúde coletiva. A relevância dos testes está não só em detectar quem está doente, mas em ter controle dos contatos desses pacientes, evitando que pessoas potencialmente contaminadas continuem circulando pela cidade, impedindo que o vírus se espalhe com mais facilidade.

Como o vírus permanece nas vias respiratórias, podendo ser transmitido para outras pessoas por algum tempo, algumas vezes antecedendo até o surgimento dos sintomas, também é importante detectá-lo o quanto antes. “Há um problema maior, que é quando o indivíduo permanece assintomático e transmitindo. Por isso, a estratégia de se fazer muito mais testes do que se costuma fazer em situações como essa”, pontua Manoel Barral.

Na Bahia, o cenário em relação à testagem é parecido com o que ocorre no Brasil inteiro; abaixo do necessário. Pela complexidade da coleta e do processamento da amostra, exigindo maquinário especialidade e reagentes que estão sendo requisitados pelo mundo inteiro dos fabricantes, ainda não é possível realizar a testagem em larga escala na população, como seria o ideal. 

Dos dois tipos de testes utilizados atualmente, um detecta o vírus no indivíduo infectado e o outro detecta anticorpos contra o vírus em quem já teve a infecção. “Esses testes são se suma importância em todas a fases da pandemia, para criar uma estratégia de liberação dos indivíduos para o retorno de suas atividades gradativamente”, observa o imunologista.

Tipos de testes

O teste mais utilizado no Brasil é o molecular, chamado de Transcrição Reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase (RT-PCR), que identifica o RNA do vírus através do swab nasofaríngeo, com a coleta de amostra na mucosa no cavidade nasal do paciente.

Essa técnica detecta o vírus quando o indivíduo está doente, mesmo sendo assintomático. Não é um teste fácil de ser feito, pois a manobra do swab exige profissionais treinados e um cuidado maior com o material coletado por ser altamente contaminável, colocando em risco quem realiza o exame. Esse teste, além de sensível, é muito específico, portanto confiável.

A outra técnica disponível é a sorológica, que detecta a presença de anticorpos para coronavírus na amostra de sangue, indicando que a pessoa foi infectada com o vírus em algum momento passado. Manoel Barral observa que a principal função desse tipo de teste é mostrar como está a exposição da população ao vírus.

O teste rápido para detecção de anticorpos foi recentemente liberado para ser realizado em farmácias. O pesquisador alerta que esses testes podem criar uma falsa sensação de proteção no indivíduo, visto que ainda não está comprovado que pessoas que foram expostas ao novo coronavírus estão realmente protegidas contra uma nova infecção. “E caso haja a imunização de fato, ainda não sabemos por quanto tempo esses indivíduos estão protegidos, porque os primeiros casos de Covid-19 são recentes”, acrescenta.

Além disso, segundo o pesquisador, o ideal é que esses testes sorológicos tenham sensibilidade acima de 90% e especificidade próxima a 98%, mas, por enquanto, eles têm apresentado respostas abaixo do esperado e por isso não são muito confiáveis, pois pode ocorrer um número alto de resultados falso positivos ou falso negativos.

Futuro com covid-19

Após a primeira onda da pandemia da Covid-19, o esperado é que boa parte da população não tenha sido exposta ao vírus e, portanto, não esteja imune. Como o coronavírus ainda estará circulando, o risco de uma segunda onda do surto é uma realidade. “Nós temos que tomar muito cuidado após a primeira onda de contaminação, ter uma vigilância muito ativa para detectar novos casos e fazer os trabalho de isolamento de pessoas doentes e seus contatos”, explica Barral.

Por isso, a realização de testes e comportamento cauteloso das pessoas continuarão a ser importantes mesmo após a primeira onda. “É necessário ficar claro, para todos nós, que a nossa vida vai mudar por um tempo. A gente não vai voltar à vida normal de uma hora para outra, vai ter que continuar circulando com máscara, usando muito álcool gel e lavando as mãos de forma muito intensiva”, afirma o pesquisador.

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Ferramenta e análise de big data aplicadas à leishmaniose tegumentar é tema de tese

Autoria: Felipe Guimarães Torres
Orientação: Antônio Ricardo Khouri Cunha
Título da tese: “Ferramenta e análise de big data aplicadas à leishmaniose tegumentar: aspectos clínicos e genômicos.
Programa:Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Defesa: 27/05/2020
Horário: 14:00 
Webconferência: https://zoom.us/j/3742422123 ID da reunião: 374 242 2123

RESUMO

Nos últimos tempos, o avanço tecnológico tem facilitado por meios metodológicos e de custos reduzidos a geração de dados biológicos sobre os parasitos responsáveis pelas Leishmanioses em especial a Leishmania braziliensis. O genoma desse parasito foi sequenciado e re-anotado e os estudos clínicos tem avançado com técnicas mais assertivas de tratamento e diagnostico. Estudos genéticos, correlacionaram mutações em sítios genômicos específicos desse parasito com uma manifestação clinica atípica permitindo o maior entendimento do impacto de alterações do genoma do parasito na patologia do hospedeiro. Todavia, existe uma carência de novas ferramentas computacionais que permitam o armazenamento e integração desses múltiplos tipos de dados estruturados e não-estruturados, gerados pelas pesquisas e novas tecnologias utilizadas. As novas técnicas e recursos computacionais permitem que essa integração de dados componha analises mais complexas utilizando um maior volume dos mesmos. Assim propõe-se desenvolver bancos de dados com as caraterísticas clínico-epidemiológicas dos pacientes e as varia coes do parasito.

Objetivo: Realizar uma análise exploratória do genoma da Leishmania braziliensis e desenvolver ferramentas para sua interação com dados clínicos.

Material e Método: Inicialmente, foi realizado um estudo na área endêmica de Jiquiriça/BA para levantamento de requisitos e especificações para um sistema que se adequasse ao gerenciamento de dados clínicos em estudos de Coorte desse patógeno. O sistema foi desenvolvido em Java com seu banco de dados utilizando o Postgres. Depois dessa fase, analisou-se todos os genomas disponíveis no estudo ERP003732 do SRA (Sequence Read Archive), totalizando 98 amostras sequenciadas de L. braziliensis. Um pipeline computacional foi utilizado para analise de mutações sendo composto por: Trimmomatic, GATK, SAMTools e BEDTools. Em seguida, avaliou-se a variação genica utilizando a medida de entropia sendo construída uma arvore filogenética utilizando o Mega X.

Resultados e Conclusões: Utilizando a experiencia de pesquisadores especialistas em estudos clínicos de Leishmaniose Tegumentar (LT), foi desenvolvido um gerenciador de dados clínicos e imagens de estudos sobre essa patologia, o RegaDB Leishmaniasis. Este se integra com as principais ferramentas de analises de dados clínicos por meio da exportação de dados em arquivos CSV (Comma separated values). O acesso aos dados se da através do controle de acesso realizado por contas de usuários e níveis. Todo o código-fonte dessa ferramenta e open-source e esta disponível no Github (https://github.com/fgtorres/regadb-leishmaniasis). Nesse trabalho, foi realizado o estudo da variedade de nucleotídeos ao longo do genoma da L. braziliensis. Identificou-se cerca de 25.368 sítios com mutações no dataset de genomas. Estes foram anotados, sendo que 32% (8.311 de 25.368) das mutações ocorreram em regiões intra-genicas.
Alguns desses genes possuíam mais de 10 sítios com ocorrência de mutações ao longo da sua sequencia como por exemplo Kinetoplast-associated protein-like, que demonstrou um grande potencial para identificação de subgênero. Com a possibilidade de armazenamento de dados e imagens, o RegaDB Leishmaniasis permite a criação de banco de dados de multiplos tipos que pode ser utilizado em analises complexas por técnicas de Big Data dando suporte a novos estudos.

Palavras-chave: Bancos de dados, Anotação Genômica, Big Data, Variabilidade genômica, Leishmania braziliensis, Leishmaniose e Integração de dados.

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Dissertação avalia potencial da cumarina brailina para disfunção erétil

Autoria: Fenix Alexandra de Araújo
Orientação: Darizy Flavia Silva Amorim de Vasconcelos
Título da dissertação:BRAILINA INDUZ RELAXAMENTO DE CORPOS CAVERNOSOS DE RATOS, ENVOLVENDO A PARTICIPAÇÃO DA VIA NO/sGC”.
Programa:Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Defesa: 22/05/2020
Horário: 14:00 
Webconferência: https://zoom.us/j/3742422123

RESUMO

Introdução: A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade recorrente e persistente de atingir ou manter uma ereção peniana satisfatória. No mundo, estima-se que aproximadamente 52% dos homens entre 40 e 70 anos sejam afetados. Além disso, estudos clínicos forneceram dados sólidos de que a DE é um sintoma sentinela em pacientes com doenças vasculares ocultas, em particular doença cardiovascular (DCV), e a DE é frequentemente encontrada em pacientes com hipertensão arterial. Devido a uma baixa resposta farmacológica aos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5) em pacientes com dano endotelial vascular, assim como vários efeitos colaterais cardíacos a essas drogas, a busca por novas terapias e alvos terapêuticos é de suma importância para o tratamento da DE. Assim, os produtos naturais têm servido como uma importante fonte de drogas por séculos. Em estudos anteriores realizados pelo nosso grupo de pesquisa, demonstramos que a cumarina brailina induziu vasodilatação na artéria ilíaca, importante vaso de irrigação para parte inferior do corpo. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial terapêutico da cumarina brailina para tratamento da disfunção erétil associado à hipertensão. Método: Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA-ICS/UFBA (130/2017). Ratos machos espontaneamente hipertensos (SHR, n=6) e seus controles normotensos wistar (para cada protocolo, n=5), 11-15 semanas, foram eutanasiados em câmara de CO2 e o pênis foi removido. Em seguida, os corpos cavernosos (CC) foram mantidos em banho de órgãos com solução de Krebs-bicarbonato a 37°C e aerados com uma mistura carbogênica (95% O2 e 5% CO2), conectados a um transdutor de força para realizar os ensaios de tensão isométrica. Resultados: Brailina (10-5M-3×10-4M) foi capaz de promover relaxamento dependente da concentração em CC pré-contraído com fenilefrina (FEN) 10-5M (E3x10-4M:115,1±8,7; n=5). Além disso, após a exposição do tecido a brailina nenhuma mudança foi observada no tônus basal ou redução na capacidade de contração induzida por FEN. Em CC pré-contraído com solução de Tyrode KCl 80mM, brailina também induz relaxamento, (E3x10-4M: 117,2±5,0; n=5). Na presença de L-NAME (10-4M), inibidor da sintase de óxido nítrico (NOS), o efeito relaxante induzido pela brailina foi reduzido (E3x10-5M: 59,3±7,5; n=5; 38,2±4,0; n=5, ausência e presença de L-NAME, respectivamente). Redução do relaxamento foi mais pronunciada em todas as concentrações testadas na presença de ODQ (10-5M), um inibidor da ciclase de guanilil solúvel (sGC). Foi observado que a via AC/PKA não é importante para o relaxamento induzido por brailina, bem como brailina parece não alterar a contração induzida por NE e o relaxamento induzido por ACh. Além disso, o relaxamento promovido por doador de óxido nítrico, NPS, foi melhorado na presença de brailina (NPS: E10- 4M: 61,7±7,6; n=5; na presença de braylin: 89,8±9,0; n=5). Por fim, brailina induziu efeito de relaxamento similar no CC de SHR, que é um modelo bem estabelecido de DE associado à hipertensão. Conclusão: Em resumo, os dados indicam que o relaxamento induzido por brailina envolve a via NO/sGC e que esta cumarina também é
capaz de promover relaxamento em CC de animais com DE associado à hipertensão. Então, brailina poderia ser uma molécula potencial para o tratamento de DE.
Palavras-chave: Disfunção erétil; Brailina; Corpo cavernoso; Óxido nítrico; Ciclase de guanilil solúvel 6.

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Divulgado resultado da Etapa 1 da seleção para bolsas de IC da Fabesb 2020

O Comitê Institucional de Iniciação Científica da Fiocruz Bahia, após avaliação por três consultores Ad-Hoc externos e em acordo com o disposto no Edital de Iniciação Científica Fapesb/ Fiocruz – 2020/202, divulga o resultado da Etapa 1 do Processo de Seleção para bolsistas de Iniciação Científica 2020-2021. Clique aqui para acessar.

Os orientadores com projetos contemplados terão do dia 18 a 22/05/2020 para indicar os estudantes, entregando a documentação prevista para a Etapa 3, conforme item 4.3.1 do Edital Fapesb 2020/2021Os documentos devem ser encaminhados em formato PDF, sendo cada documento um arquivo, nomeados conforme Edital, para os e-mails: proiic@bahia.fiocruz.br ou ana.menezes@fiocruz.br.

Ressalta-se que, conforme item 4.3 do Edital, o estudante indicado para a bolsa Fapesb não poderá estar concorrendo em outro edital institucional. A todos os estudantes com bolsa vigente e que solicitaram continuação no Edital 2020-2021, salienta-se que a participação na 28ª Reunião Anual de Iniciação Científica é obrigatória e indispensável para a implementação da Bolsa de Iniciação Científica 2019-2020. 

Os projetos/ planos de trabalho não contemplados passarão a compor um banco de reserva.

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Dissertação analisa papel da inflamação da matriz extracelular na leishmaniose

Autoria: Cibele Tereza Deolinda Machado Orge
Orientação: Antônio Ricardo Khouri Cunha
Título da dissertação: “Papel da inflamação e degradação da matriz extracelular na leishmaniose cutânea localizada”.
Programa: Patologia Humana-UFBA /FIOCRUZ
Defesa: 26/05/2020
Horário: 09:00 

RESUMO

INTRODUÇÃO: As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde pública possuindo caráter endêmico em cerca de 98 países e territórios, afetando 12 milhões de pessoas em todo o mundo e crescendo a uma taxa de 1,5 milhão de novos casos por ano. No Brasil, a LCL é uma das patologias dermatológicas que necessita de atenção, além de ser uma doença com alta morbidade também possui um caráter social estigmatizante devido a ocorrência de lesões desfigurantes, principalmente em locais expostos como a face. Durante a formação da lesão cutânea o processo inflamatório estimula a produção de metaloproteases e outras enzimas que estão relacionadas a degradação da matriz extracelular. Essa degradação possui papel fundamental numa reeptelização/cicatrização mais rápida do tecido. O perfil de metaloproteases pode estar associado a danos no tecido durante a infecção como também à uma resposta satisfatória ao tratamento.

OBJETIVO: Avaliar o papel do processo inflamatório e proteases na degradação e formação da matriz extracelular, a fim de entender o impacto destes na formação da lesão na LCL.

MÉTODO: Analisamos amostras de lesão de orelha e linfonodo através de microscopia ótica (histopatologia), microscopia eletrônica de transmissão, imunoensaio por técnica de luminex (quantificação de citocinas e metaloproteases) e ensaio de degradação das matrizes tridimensionais fluorescentes, semanalmente, até a cicatrização da lesão (70 dias).

RESULTADOS: Através do acompanhamento macroscópico, histopatológico e proteico da orelha e do linfonodo de drenagem, pudemos caracterizar e descrever o processo inflamatório celular e de organização da matriz extracelular. Constatamos a presença de amastigotas de Leishmania braziliensis desde o sétimo dia de infecção até a cicatrização da lesão (70 dias).

CONCLUSÃO: Nosso estudo possibilitou a caracterização e quantificação da degradação da matriz extracelular, das metaloproteases e avaliação da produção de citocinas pró e anti-inflamatórias no modelo murino de LCL. Entretanto, mais estudos são necessários para destrinchar estes perfis.

Palavras chave: Leishmaniose Cutânea, L. braziliensis, Inflamação, Matriz Extracelular, Metaloproteases.

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Novo coronavírus circulou semanas antes de ser detectado na Europa e nas Américas, sugere estudo

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Tiago Gräf, realizou a análise do “relógio molecular” do vírus.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Tiago Gräf, participou de um estudo recente que estima a circulação do novo coronavírus por semanas antes dos primeiros casos serem confirmados em países da Europa e das Américas. A pesquisa utilizou metodologia estatística de inferência a partir dos registros de óbitos.

O grupo de cientistas, liderado pelo pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Gonzalo Bello, juntou seus conhecimentos em metodologias de análise de evolução de vírus e epidemiologia molecular para colaborar na pandemia de covid-19. O estudo está em revisão na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz” e está disponível no formato de preprint.

Toda a equipe tem larga experiência em pesquisas aplicadas ao entendimento da história evolutiva e padrões de dispersão de surtos e epidemias, tendo realizado estudos com técnicas baseadas em análise genética para HIV, hepatites, dengue, Zika e febre amarela, entre outros agravos.

Dados do trabalho indicam que o novo coronavírus começou a se espalhar no Brasil por volta da primeira semana de fevereiro. Ou seja, mais de 20 dias antes do primeiro caso ser diagnosticado em um viajante que retornou da Itália para São Paulo, em 26 de fevereiro, e quase 40 dias antes das primeiras confirmações oficiais de transmissão comunitária, em 13 de março.

Na Europa, o estudo aponta que a circulação do vírus pode ter começado aproximadamente em meados de janeiro na Itália e entre final de janeiro e início de fevereiro, na Bélgica, França, Alemanha, Holanda, Espanha e Reino Unido. O começo de fevereiro também foi o período de início da disseminação na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

A pesquisa é a primeira a apontar o período de início da transmissão comunitária no Brasil e reforça evidências preliminares de pesquisas conduzidas na Europa. Corrobora ainda achados de estudos realizados nos Estados Unidos, que a partir de análises genéticas indicaram começo da propagação viral na cidade de Nova Iorque entre 29 de janeiro e 26 de fevereiro.

Metodologia e Resultados

Uma vez que a carência de testes de diagnóstico e o grande percentual de infecções assintomáticas dificultam a contagem de casos da doença, os registros de óbito são considerados as informações mais confiáveis sobre o progresso da epidemia, podendo ser utilizados como um rastreador “atrasado”, que permite observar o curso da doença de forma retrospectiva. Por o vírus causar muitas infecções assintomáticas, é difícil rastrear o início da transmissão comunitária, ou seja, o vírus poderia estar se disseminando “silenciosamente” muito antes do primeiro caso ser diagnosticado.

No trabalho, Tiago Gräf realizou a análise do “relógio molecular” do vírus, um método de análise dos genomas que relaciona o número de mutações observadas nas sequências de seu DNA com o tempo de circulação do vírus na população. Os resultados dessa análise foram comparados com as análises estatísticas de óbitos para validação do método utilizado no estudo.

Segundo o pesquisador, um problema enfrentado para se entender a história da dispersão da covid-19 no mundo é a escassez de genomas do vírus em alguns países, incluindo o Brasil. Além disso, devido a sua recente circulação entre humanos, o vírus é muito similar em todas as regiões do mundo, dificultando a utilização das análises de “relógio molecular”. Foi por isso que os pesquisadores aplicaram uma nova abordagem para estimar o início da transmissão comunitária da covid-19, utilizando os registros de óbitos.

Apesar do estudo estimar datas próximas para o início da transmissão comunitária do vírus em diferentes países, a expansão da epidemia em cada localidade parece ter seguido uma dinâmica própria. “Muito provavelmente, a dinâmica de expansão da epidemia foi definida por fatores locais, como características ambientais de temperatura, precipitação e poluição do ar, densidade e demografia da população”, comenta Tiago Gräf.

Os resultados do estudo sugerem a importância de maior vigilância por parte dos sistemas de saúde e a intensificação do diagnóstico na reemergência do vírus, enquanto não for desenvolvida uma vacina para a doença. “Para os próximos anos, é muito importante ficarmos vigilantes para serem aplicadas medidas de distanciamento social e quarentena de uma forma muito rápida”, acrescenta o pesquisador.

O estudo foi realizado pelo Laboratório de AIDS e Imunologia Molecular do IOC/Fiocruz em parceria com Fiocruz Bahia, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Universidade da República (Udelar), no Uruguai. Os resultados foram publicados na seção ‘Fast Track’ da revista científica ‘Memórias do Instituto Oswaldo Cruz’, que permite a divulgação acelerada de pesquisas relacionadas à pandemia.

*Com informações do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

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Fiocruz Bahia participa da Marcha pela Ciência com transmissão de mesas redondas e vídeos

A Marcha Virtual pela Ciência no Brasil foi realizada no dia 07 de maio, com atividades transmitidas pelas redes sociais ao longo do dia. A Fiocruz Bahia participou ativamente da manifestação que teve o objetivo de chamar a atenção para a importância da ciência no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e de suas implicações sociais, econômicas e para a saúde. O evento foi uma iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto a suas Secretarias Regionais e Sociedades Científicas Afiliadas.

A Fiocruz Bahia realizou duas mesas redondas com a participação de pesquisadores da instituição, transmitidas na plataforma Zoom, que estão disponíveis e podem ser assistidas no YouTube. A primeira teve como tema “Diagnóstico e terapia na Covid-19” e foi mediada pela vice-diretora de Pesquisa da Fiocruz Bahia, Camila Indiani. Contou com os pesquisadores Ricardo Khouri, que abordou “Diagnóstico de Sars-CoV-2 (Covid-19)”; e Bruno Solano, que falou sobre “Terapia Celular na Covid-19”.

No segundo encontro virtual, a temática foi “Abordagens tecnológicas no enfrentamento à pandemia de Covid-19”, moderado pela diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves. Os participantes foram os pesquisadores Viviane Boaventura, que abordou o serviço de atendimento à população, o Tele Coronavírus – 155; Pablo Ramos, que falou acerca das abordagens tecnológicas no enfrentamento à pandemia; e Tiago Graf, que comentou sobre a vigilância genômica do Sars-CoV-2.

Além disso, a Fiocruz Bahia divulgou vídeos com depoimentos de cientistas da instituição. Confira:

 

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