Coordenador de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Fiocruz visita o IGM

A Fiocruz Bahia recebeu, no dia 27 de novembro, o coordenador de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Fiocruz, Wilson Savino, que visitou a central analítica da plataforma de diagnóstico da Covid-19. O equipamento automatiza e permite o processamento simultâneo de quantidade grande de amostras, etapas que antes eram desenvolvidas manualmente, otimizando a realização do diagnóstico pela técnica do RT-qPCR, que detecta fragmentos do genoma do coronavírus.

A central analítica foi adquirida a partir de verba de projeto do Mercosul, do qual a Fiocruz é parceira, que concedeu recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19 nos países envolvidos. “O equipamento fica como legado, porque vai ser usado em outras emergências sanitárias, que certamente virão em algum momento no futuro, nas quais testes dessa natureza precisarão ser realizados”, explicou Savino, que é também o coordenador brasileiro do projeto do Mercosul.

Savino reuniu com a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, e com pesquisadores que integram a coordenação da plataforma, Ricardo Khouri, Leonardo Paiva e Bruno Bezerril. “O apoio recebido pelo projeto do Mercosul, coordenado pelo Dr. Savino, foi muito importante para a consolidação da unidade de diagnóstico na Fiocruz Bahia, com respostas rápidas a questões de saúde pública, com ênfase na vigilância molecular. Ressaltamos que a estruturação e o funcionamento efetivo de serviços que apoiem questões vitais para a saúde da população são urgentes e necessários no mundo globalizado que estamos vivendo”, comentou a diretora.

Na oportunidade, o coordenador conheceu toda a estrutura e fluxo de trabalho onde está sendo realizado o diagnóstico molecular e sorológico do coronavírus da Fiocruz Bahia. “Fiz questão de ressaltar a qualidade do trabalho e dos profissionais que estão envolvidos, eu diria que foi emocionante ver o comprometimento e a eficácia com que foi montada a plataforma de diagnóstico na Fiocruz Bahia”, declarou. 

A implementação e o trabalho realizado é fruto do empenho de pesquisadores da Fiocruz Bahia, sob a responsabilidade da Diretoria da instituição, em particular da Vice-diretora de Pesquisa e Inovação Tecnológica, Camila Indiani.

Clique aqui e saiba mais sobre a plataforma de diagnóstico de Covid-19 da Fiocruz Bahia.

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Inscrições abertas para evento online de lançamento do Índice Brasileiro de Privação (IBP)

Estão abertas as inscrições para o lançamento do Índice Brasileiro de Privação (IBP), que acontece no dia 9 de dezembro de 2020, às 15h, em evento online, durante a Feira de Soluções da Fiocruz. A abertura do evento contará com a presença de autoridades de instituições como Abrasco, Conasems, além da Fiocruz e Universidade de Glasgow, na Escócia, que tiveram pesquisadores que participaram da elaboração do índice.
 
Link para inscrições: https://bit.ly/3mV2TRF
 
O IBP é uma nova ferramenta para medir desigualdades no Brasil, que poderá ser muito útil para gestores públicos, profissionais de saúde e pesquisadores. O grande diferencial do IBP frente aos demais índices existentes é a possibilidade de medir as desigualdades em pequenas áreas dentro dos municípios – no nível dos setores censitários – e em todo o Brasil.
 
Entre os participantes da mesa de abertura estão: Nísia Trindade (Fiocruz), Alastair Leyland (Universidade de Glasgow), Willames Freire (Conasems) e Gulnar Azevedo (Abrasco). A mediação será feita por Maurício Barreto (Cidacs/Fiocruz Bahia).
 
Entre os palestrantes do webinário “Índice Brasileiro de Privação (IBP): medindo desigualdades sociais em pequenas áreas no Brasil” estão: Paulo Gadelha (Fiocruz), Mirjam Allik (Universidade de Glasgow), Elzo Júnior (Cidacs/Fiocruz Bahia), Regina Bernal (UFMG). A mediação será feita por Maria Yury Ichihara (Cidacs/Fiocruz Bahia).

 

Confira o perfil dos participantes do webinário:

Paulo Gadelha (Fiocruz) – É pesquisador sênior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador da “Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030”. Foi Presidente da Fiocruz entre 2009 e 2016. É doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública e Doutor Honoris Causa na Universidade de York.

Mirjam Allik (Universidade de Glasgow) – É pesquisadora associada no MRC/CSO Social and Public Health Science Unit na universidade. Pesquisa medidas de privação e a relação com as desigualdades em saúde, explorando a análise de dados. É doutora em Ciências Políticas pelo Trinity College (Irlanda)

Elzo Júnior (Cidacs/Fiocruz) – É pesquisador associado em Epidemiologia no Cidacs/ Fiocruz Bahia. Um dos membros da equipe que está construindo o Índice Brasileiro de Privação. É doutor em Saúde Pública, com área de concentração em Epidemiologia, pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA)

Regina Bernal (UFMG): Pesquisadora no programa de pós-doutorado da Escola de Enfermagem da insituição. Participa da produção e análise de dados das pesquisas do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Pesquisa e realiza análises preditivas para planos de prevenção de saúde.

 
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Pesquisadores da Fiocruz Bahia estão entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo

Um estudo da Universidade de Stanford (EUA), publicado no periódico Journal Plos Biology, listou os 100 mil cientistas mais influentes do mundo. Integram essa lista 32 pesquisadores da Fiocruz. Desses, 8 são da Fiocruz Bahia. Na pesquisa, foram utilizadas as citações da base de dados Scopus, para analisar o impacto do pesquisador ao longo de sua carreira e o impacto de sua atuação em 2019, considerando diversas métricas de produtividade em pesquisa.

Clique aqui e confira o estudo completo.

Conheça os pesquisadores da Fiocruz Bahia que estão no ranking dos 100 mil melhores cientistas do mundo. Clique no nome para abrir o currículo Lattes:

Aldina Barral
Edson Duarte Moreira
Gabriel Grimaldi
Manoel Barral-Netto
Maurício Barreto
Milena Botelho Pereira Soares
Sônia Andrade
Zilton Andrade (in memorian)

 

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Incidência de dengue nas Américas mudou após epidemias de zika, indica estudo

A análise de uma série histórica de 16 anos (2004 a 2019) da incidência da dengue em 20 países das Américas do Sul e Central concluiu que a dinâmica de ocorrência da dengue, na região, foi alterada após as epidemias do vírus Zika, possivelmente em função de uma imunidade cruzada entre os dois vírus que são da mesma família.

No estudo, os pesquisadores analisaram dados das notificações de casos suspeitos de dengue realizadas à Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS) pelos seguintes países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Honduras, Martinica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico e Venezuela. O trabalho liderado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, foi publicado no periódico Tropical Medicine & International Health.

Os países selecionados para inclusão no estudo foram aqueles em que a dengue constitui um problema de saúde pública e que apresentavam uma incidência mínima de 10 casos por 100.000 habitantes/ano. A partir da observação que a maior transmissão do vírus Zika na região ocorreu no ano de 2016, os pesquisadores dividiram a série histórica da incidência de dengue em cada país em três períodos: o período pré-epidemia de Zika, de 2004 a 2015; o período do efeito da epidemia do Zika sobre a transmissão de dengue, de 2016 a 2018; e o período após o efeito da epidemia do Zika, em 2019.

Os resultados apontaram que, embora houvesse uma oscilação na incidência de dengue ano a ano, havia uma tendência de aumento na maioria dos países durante o período pré-epidemia da Zika. Entretanto, após o pico da epidemia de Zika em 2016, a incidência anual de dengue reduziu abruptamente em 2017 e 2018 para o conjunto de países, sendo o mais baixo relatado desde 2005.

Individualmente, 13 dos 20 países apresentaram uma queda estatisticamente significante na incidência de dengue, iniciando a partir de 2016. Mas após 2 a 3 anos de baixa incidência, observou-se que, em 2019, as notificações de casos suspeitos de dengue aumentaram de forma geral nas Américas, sugerindo que, se as infecções pelo vírus Zika levarem à proteção da população contra o vírus da dengue, esta imunidade cruzada deve ter uma duração de 2 a 3 anos, semelhante ao tempo de proteção conferido por uma infecção por um dos sorotipos do vírus da dengue contra os demais sorotipos. 

Dando suporte às observações realizadas, os pesquisadores citam estudos realizados em laboratório que apontam para a existência de uma resposta imune cruzada entre estas infecções e discutem os resultados de estudos epidemiológicos prévios que também sugerem a existência de imunidade cruzada. Entre estes trabalhos prévios, destacam-se produções realizadas pelo grupo de autores em revistas científicas de alto impacto.

Em 2018, os pesquisadores publicaram na The Lancet Global Health o primeiro trabalho científico a sugerir esta hipótese, no qual apresentaram evidências estatísticas de uma redução na frequência de dengue, em Salvador, após a epidemia de Zika, que ocorreu em 2015. Posteriormente, em 2019, outra análise publicada pelo grupo, na revista Science, demonstrou a existência de imunidade cruzada na outra direção, concluindo que a imunidade existente contra o vírus da dengue protegeu indivíduos contra a Zika, durante o surto na capital baiana.

Entretanto, de acordo com os cientistas, não é possível afirmar se a possível imunidade populacional contra a dengue conferida pela Zika decorre de uma proteção direta contra infecções, de uma proteção para o desenvolvimento de sintomas clínicos após a infecção, de uma limitação na propagação do vírus por uma redução na sua capacidade de transmissão do homem para o vetor, ou mesmo da combinação destes possíveis efeitos. Independente do mecanismo, estes achados que, segundo os autores, devem ser confirmados em estudos futuros, com seguimento por longo prazo de pessoas expostas e não expostas a estes vírus, podem ter impactos significativos na saúde pública, em especial no que concerne o desenvolvimento e aplicação de vacinas contra os da vírus da dengue e da Zika.

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Equipe da Fiocruz Bahia é premiada no Inova Labs

A equipe liderada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves, recebeu o prêmio Especiação, no encerramento da segunda rodada do Inova Labs Fiocruz. O evento aconteceu no dia 27 de outubro e foi transmitido pelo YouTube.

O grupo criou a SerdYtech, uma spin-off que desenvolveu um teste rápido para o diagnóstico da doença de Chagas em cães. Da Fiocruz Bahia, também participaram a equipe coordenada pela pesquisadora Deborah Bittencourt, com a Leish Detect, cujo produto foi um teste rápido para leishmaniose visceral canina, que ficou em 3º lugar no programa; e o grupo da Sickle Prog, liderado pela pesquisadora Marilda Gonçalves, que desenvolveu um teste para caracterização clínica de pacientes com doença falciforme. 

O Inova Labs Fiocruz é um programa de empreendedorismo científico e de pré-aceleramento de start-ups realizado pela Fiocruz, o Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde e a Fundação Biominas, no qual as equipes participantes identificam um problema de saúde pública, a sua solução, os potenciais clientes da solução proposta e um modelo de negócio. 

O programa oferece suporte na construção de estratégias adequadas para a inserção de uma nova solução (produto/processo/serviço/sistema) no mercado e o desenvolvimento de habilidades empreendedoras da equipe. O objetivo é identificar oportunidades junto aos pesquisadores da Fiocruz em todo o país para o desenvolvimento de soluções que possam resolver lacunas relevantes do sistema público de saúde nas áreas de oncologia, emergências sanitárias e doenças negligenciadas.

O treinamento é dividido em 4 momentos: o “4Team Selection”, em que são selecionadas até 40 equipes para a fase de entrevistas, ao final, no máximo 21 equipes podem participar. O “BioBusiness Model”, etapa que as equipes são instruídas a criar, desenvolver e testar a viabilidade do modelo de negócio da solução que pretendem levar ao mercado. O “Labs”, fase em que as equipes contam com o suporte de especialistas e elaboram um pitch paper (plano de negócio simplificado). E o “Demoday”, evento em que as equipes mais bem pontuadas apresentam a sua solução e a sua estratégia para investidores e potenciais parceiros e onde será anunciada a equipe vencedora.

Além de Fred Luciano, a equipe da SerdYtech foi formada pelos estudantes de mestrado do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) da Fiocruz Bahia, Emily Ferreira, Natália de Freitas e Ramona Daltro. O pesquisador explica que, durante o Demoday, a equipe despertou o interesse da unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, para investimento no kit diagnóstico. “Ao final, nós ganhamos o prêmio de Especiação, pois fomos a equipe com maior evolução ao longo do programa, tanto com resultados quantitativos, qualitativos, incluindo os aspectos comportamentais”, comemora.

Deborah Bittencourt considera a participação no programa transformadora. “Participar do Inova Labs foi maravilhoso!! É um programa de formação excelente, conduzido de forma muito competente pela Biominas, que é um divisor de águas na vida de um pesquisador que trabalha com inovação. Muda muito a forma de conduzir o dia a dia da equipe, da pesquisa e do desenvolvimento de produtos. Minha equipe teve um grande aprendizado e crescimento profissional durante o Inova Labs. Agradeço a Fiocruz pela excelente oportunidade”, comenta.

Fizeram parte da equipe de Deborah a pesquisadora Claudia Brodskyn, o servidor Claudio Damasceno e os estudantes Matheus de Jesus e Yuri Silva, do PgBSMI; Bruna Leite, do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT – UFBA/ Fiocruz Bahia); e João Victor Andrade, de Iniciação Científica.

A Sickle Prog, liderada por Marilda Gonçalves, foi composta pelo pesquisador Jaime Ribeiro, também por Claudio Damasceno e pelos estudantes do PgPAT, Setondji Cocou Modeste e Luciana Fiuza. “A participação no Inova Lab foi muito importante para a estratégia de inovação do nosso produto, despertando o potencial de inovação que possuímos ao desenvolvermos as atividades de pesquisa. O contato com os comitês de avaliação e com as unidades de produção possibilitou delinear um futuro promissor para o produto proposto”, avalia a cientista.

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Diferenciação celular utilizando iPSCs de indivíduos com anemia falciforme é tema de dissertação

Autoria: Gabriele Louise Soares Martins
Orientação: Bruno Solano de Freitas Souza
Título da tese: “Estabelecimento de protocolos para diferenciação eritroide utilizando células-tronco pluripotentes induzidas obtidas de pacientes com anemia falciforme”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 03/12/2020
Horário: 09h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 943 1887 0999

RESUMO

INTRODUÇÃO: A anemia falciforme (AF) é uma doença genética de elevada prevalência no Brasil, principalmente na Bahia. O quadro clínico decorrente é de uma anemia hemolítica associada a eventos vaso-oclusivos e há poucas opções disponíveis para o tratamento farmacológico.As células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC) permitem o estudo de características celulares de pacientes acometidos por doenças genéticas, com maior profundidade e abrangência, como é o caso da AF. Através da diferenciação eritroide das iPSC obtidas de pacientes com AF, seria possível desenvolver um modelo in vitropara descoberta de novas alternativas terapêuticas.

OBJETIVO: Estabelecer um protocolo de diferenciação celular eritroide utilizando iPSCsde indivíduos com AF e doadores saudáveis.

MÉTODOS: Linhagens de iPSCs foram obtidas de três pacientes com AF e três controles saudáveis e genotipadas quanto ao haplótipo de HBB. As iPSCs foram submetidas ao protocolo de diferenciação eritroide em etapas: I. obtenção de progenitores hematopoiéticos (CPH); II. expansão de eritroblastos; e III. maturação terminal, etapas confirmadas por análise de citometria de fluxo para os marcadores CD34, CD45, CD71, CD36 e CD235a. Para confirmação da funcionalidade das CPH, foi realizado ensaio de célula formadora de colônia (CFC). Ao final, foi realizada análise morfologia por citocentrifugação seguida de coloração giemsa e análise de expressão de hemoglobina fetal e beta por RT-qPCR. RESULTADOS: Os haplótipos das iPSCs foram identificados como Benin/Benin e Benin/CAR. Através dos protocolos envolvendo formação de EB ou através de protocolo de diferenciação em 2D, foi possível obter CPH que expressam CD34+, CD45+e CD43+. No entanto, a utilização de meio APEL com placa de fundo em U não aderente foi capaz de gerar maior número de células, com percentuais satisfatórios. Utilizando este protocolo, foi alcançada uma expansão de 40x em relação ao número inicial de iPSC. Em ensaio de CFC, as CPHs foram capazes de formar colônias de diferentes tipos: BFU-E,CFU-E, CFU-GM e CFU-GEMM. Após a etapa II, as células apresentaram marcação CD36+/CD71+e produção de hemoglobina. A análise dos genes HBG2 e HBB (HbB) por RT-qPCR demonstrou a produção de HBG2 aumentada nas células derivadas de iPSC quando comparadas a uma amostra obtida de sangue periférico (SP), no entanto, o contrário foi observado para o gene HBB, caracterizando um perfil imaturo nas células eritroides geradas. Foi possível ainda observar marcação de 52% de células CD71+/CD235a+, e a presença de proeritroblastos, eritroblastos ortocromáticos e reticulócitos.

CONCLUSÕES:A realização de diferentes metodologias permitiu o estabelecimento do melhor protocolo de diferenciação para obtenção de células eritroides a partir de iPSC de pacientes com AF. Foram geradas CPHscom capacidade de diferenciação em diferentes colônias hematopoiéticas. Ajustes complementares na etapa de maturação, no entanto, são necessários para garantir a geração de células eritroides completamente maduras e expressando hemoglobina beta.

Palavras-Chave: Anemia falciforme; eritropoiese; iPSCs

 

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Dissertação avalia a associação entre eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde

Autoria: Philipe Faria Santos
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da tese: “AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE E EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PARTICIPANTES DO ELSA-Brasil”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 27/11/2020
Horário: 14h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 979 8773 6280

RESUMO

INTRODUÇÃO: Doenças cardiovasculares (DCV) representam um conjunto de doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos e estão entre as principais causas de hospitalizações e mortes no país. Apesar de prevenível, a morbimortalidade por DCV é elevada. A gestão dos fatores de risco e controle adequado da doença podem ser influenciados pela autoavaliação que os indivíduos têm da sua saúde. Estudos têm demonstrado que a autoavaliação de saúde(AAS)é um importante preditor de morbimortalidade. Logo, este estudo tem por objetivo avaliar a associação entre a ocorrência de eventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo de corte transversal, com os dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto-ELSA-Brasil (2008-2010). A variável independente principal foi evento cardiovascular autorreferido. Para este estudo foram considerados eventos cardiovasculares: acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM)e insuficiência cardíaca(IC). Sexo, idade, escolaridade, estilo de vida e comorbidades, como diabetes e hipertensão arterial foram as covariáveis. A variável dependente foi autoavaliação de saúde. Para caracterização dos participantes foram calculadas frequências absolutas e relativas. Teste Qui-quadrado de Pearson foi realizado para verificar as diferenças entre os grupos. Regressão logística simples e multivariadacom seleção backwardfoirealizada para investigar a associação entreeventos cardiovasculares autorreferidos e autoavaliação de saúde. Para verificar a bondade de ajuste do modelo foi realizado teste lfit e área sob a curva ROC.

RESULTADOS: A frequência de autoavaliação de saúde (AAS) ruim foi 19,8%. A chance de ter AAS ruim foi maior entre os indivíduos com histórico de AVC (OR:3,22 [2,15-4,82]), IAM(OR:5,77 [3,81-8,75])e IC(OR:4,91 [3,36-7,16]) quando comparado com indivíduos que não relataram essas doenças. Após ajuste para condições socioeconômicas, condições de saúde e estilo de vida, o histórico de pelo menos um evento cardiovascular autorreferido permaneceu associado a AAS ruim entre homens (OR:1,81 [1,46-2,25]) e mulheres (OR:2,04 [1,61-2,58]).

CONCLUSÃO: Esses resultados reforçam a importância da adoção de hábitos de vida saudável, controle adequado das condições de saúde preexistente para melhoria da autoavaliação de saúde e, consequentemente, redução de mortalidade precoce.

Palavras-Chave: Autoavaliação. Saúde. Doenças cardiovasculares. Estudos Transversais.

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Pesquisadora da Fiocruz Bahia recebe prêmio Newton Advanced Fellowship 2020

Integrantes da reunião “Head and Neck Cancer: Current research concepts and future of the clinical management”, realizada em outubro de 2019. À direita, a pesquisadora Clarissa Gurgel, e, ao centro, o professor Lambert.

A pesquisadora da Fiocruz Bahia e vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Patologia (PgPAT – UFBA/Fiocruz), Clarissa Gurgel, foi contemplada com o “Newton Advanced Fellowship 2020”, promovido pela Academy of Medical Sciences juntamente com a Royal Society e a British Academy, do Reino Unido. O prêmio constitui na participação em um programa, que tem como objetivo conectar pesquisadores de diferentes áreas, através de pesquisas inovadoras relacionadas a desafios globais, apoiando o desenvolvimento econômico e o bem-estar social dos países envolvidos. 

Além de ser um reconhecimento quanto à inserção internacional da cientista, o prêmio amplia e fomenta a consolidação da pesquisa em câncer na Fiocruz Bahia, por meio de financiamento de projeto, treinamento, colaboração e visitas recíprocas entre a instituição e o laboratório da University of Sheffield (UK), coordenado pelo professor Daniel Lambert, especialista na área de comunicação celular envolvendo células tumorais e fibroblastos associadas ao câncer. 

“Essa premiação é reflexo do Programa CAPES-PRINT-UFBA que oportunizou a vinda do professor Daniel Lambert, em 2019, para ministrar, comigo, o componente curricular do PgPAT, Biologia do Câncer. Também, participamos juntos de uma reunião sobre câncer de cabeça e pescoço, envolvendo especialistas do Brasil, Finlândia, Reino Unido e Canadá, promovido no âmbito de um Projeto Bilateral Brasil-Canadá (Global Affairs Canada- CAPES-DFAT), coordenado pela Dra Sabrina Wurzba, da Mc Gill University, e professor Ricardo Coletta, da Unicamp, do qual eu também fazia parte. Estamos entusiasmados com essa premiação que vem para fortalecer a pesquisa em câncer no Nordeste, com o envolvimento da Fiocruz Bahia e UFBA”, comemora a pesquisadora.

Clarissa Gurgel explica que a colaboração com Lambert aconteceu durante visita à Fiocruz Bahia, quando o professor se interessou em participar de um projeto delineado pelo grupo da pesquisadora, que aborda o estudo de interações complexas entre células tumorais e fibroblastos associados ao câncer, que levam os tumores a serem mais agressivos e se espalharem mais rapidamente. No Brasil, o projeto será desenvolvido pelos laboratórios de Patologia e Biologia Molecular (LPBM) e de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia (LETI), da Fiocruz Bahia, e o laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chefiado pelo pesquisador Ricardo Della Coletta. 

“O estudo da relação entre células tumorais e estromais é uma área de pesquisa crescente, desafiadora e que atrai o interesse da indústria farmacêutica, por exemplo, já que sabemos que o progressão tumoral depende da interação entre as células malignas e do microambiente. Ao longo dos 24 meses iniciais, faremos missões de trabalho recíprocas, além de ter a oportunidade de treinar estudantes de pós- graduação na University of Sheffield”, acrescenta Clarissa.

 

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Tese analisa vulnerabilidade de transmissão vetorial da doença de Chagas na Bahia

Autoria: Gilmar Jose da Silva Ribeiro Junior
Orientação: Mitermayer Galvão dos Reis
Título da tese: “Vulnerabilidade de transmissão vetorial do Trypanossoma Cruzi (Chagas, 1909) no estado da Bahia”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 13/11/2020
Horário: 14h
Local: Sala Virtual do Zoom | ID da reunião 922 1853 9338

RESUMO

A doença de Chagas ainda é um dos principais problemas de saúde pública em toda a América Latina, com cerca de 70 milhões de pessoas sob risco de infecção e, aproximadamente, 5,7 milhões de indivíduos infectados por T. cruzi em 2010 na América Latina. Sendo assim, identificar as áreas mais vulneráveis à transmissão da doença de Chagas na Bahia por triatomíneos sinantrópicos é estratégico para orientar as ações de vigilância e combate à transmissão do agravo. O objetivo principal deste trabalho foi classificar os municípios da Bahia quanto à vulnerabilidade de transmissão vetorial do T. cruzi. Utilizamos os seguintes indicadores: (1) Entomológicos – ocorrência das espécies nos município da Bahia, ponderada de acordo com a sua importância, cuja ponderação foi baseada em: (a) Padrão de ocorrência dos vetores nos domicílios e distribuição geográfica no Estado; (b) capacidade de colonização comparativamente em dois períodos (1957-1971 e 2006-2016); (c) níveis de infecção natural por T. cruzi e (d) padrões alimentares das espécies sinantrópicas em 2013 e 2014. (2) Socioeconômicos (percentual de imóveis na zona rural vivendo em situação de extrema pobreza); (3) Demográficos (densidade demográfica); (4) Séries históricas de dados pertencente ao Programa de Controle da Doença de Chagas (PNCDCh): (a) dispensação de benzonidazol; (b) autorização de internação hospitalar; (c) Óbitos por doença de Chagas; (d) doença de Chagas autoreferido; (e) residência e naturalidade de pacientes detectados na triagem sorológica do Hemoba. A vulnerabilidade foi avaliada pela Análise Multicritério de Decisão (AMD) através do aplicativo PRADIN® 3.0. A avaliação dos triatomíneos coletados revelou que a prevalência de infecção pelo T. cruzi foi maior no ambiente silvestre, seguido de peridomiciliar e domiciliar, com as seguintes diferenças nas proporções observadas: intradomiciliar (N=324, X²=37,44 p<0,000), peridomiciliar (N=298, X²= 0,75 p=0,383) e silvestre (N=73, X²=134 p=0,000). Os alvos moleculares, i.e., cão, gato e homem foram detectados apenas no ambiente doméstico (intra e peridomicílio) e não foi observada diferença significante entre esses ambientes (X²cão=3,4 p=0,052 / X²gato=1,0 p=0,297 /X²homem=1,1 p=0,284). A análise histórica das bases de dados revelou a mudanças na estrutura espaço temporal dos vetores da Bahia e, necessidade de classificação periódica da importância relativa dos vetores através de um indice consolidado. Além disso, a AMD indicou a existência de municípios com alta vulnerabilidade para transmissão vetorial domiciliar do T. cruzi em quase todo o território da Bahia, com exceção do sul do Estado; que foi classificado como de baixa vulnerabilidade. Ao estratificarmos os resultados por território de identidade, chamam atenção os resultados observados nos territórios de identidade de SISAL e IRECÊ e PIEMONTE PARAGUAÇÚ apresentaram os maiores números de municípios altamente vulneráveis. Os municípios com alta vulnerabilidade apresentaram maior pobreza na zona rural, baixa densidade demográfica e maior frequência de espécies sinantrópicas epidemiologicamente relevantes. A AMD auxiliou na identificação dos municípios vulneráveis para transmissão vetorial da doença de Chagas na Bahia, o que é estratégico para direcionamento das ações de vigilância e controle.

Palavras Chaves: Doença de Chagas, Trypanosoma cruzi, Triatomíneos, Bahia, Vulnerabilidade.

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Fiocruz Bahia capacita profissionais da saúde para inquérito sorológico de Covid-19

Começou, ontem (09/11), o treinamento de 92 profissionais da saúde, da Secretaria Municipal de Saúde Salvador (SMS), para realização do inquérito sorológico da Covid-19 na capital baiana. A capacitação, coordenada pela Fiocruz Bahia, será realizada até sexta feira (13/11), com aulas ministradas por pesquisadores, pós-doutorandos e estudantes de pós-graduação vinculados à Fiocruz e à Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O objetivo principal do inquérito é estimar a magnitude das infecções pelo novo coronavírus na população dos 12 distritos sanitários que compõem Salvador e analisar como a transmissão do vírus evolui na cidade nos próximos meses. A investigação será feita pela testagem de uma amostra representativa da população selecionada por sorteio. Este tipo de seleção é importante para estimar de forma mais fidedigna possível a proporção de pessoas que se infectaram pelo novo coronavírus.

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Guilherme Ribeiro, explica que os números de casos registrados da doença representam apenas os casos sintomáticos que procuraram atendimento médico e tiveram suspeita clínica ou confirmação diagnóstica. “Uma fração dos sintomáticos respiratórios atendidos em unidades de saúde pode não ter sido notificada e uma outra fração desses indivíduos não buscou atendimento ou testagem e não pode ser notificada. Além disso, a maior parte das infecções pelo novo coronavírus é assintomática. Por isso, a contagem oficial do número de pessoas que se infectaram subestima a real quantidade de pessoas infectadas pelo vírus”, comenta Ribeiro.

Normalmente, uma população que foi muito exposta a um vírus tem uma elevada proporção de pessoas com imunidade, o que serve de barreira para a transmissão desse vírus na comunidade. Assim, conhecer a proporção de pessoas que foi exposta ao novo coronavírus vai indicar o risco de futura transmissão dele. Outro ponto importante é identificar regiões em que houve maior ou menor transmissão para ajudar a guiar ações de prevenção direcionadas para as áreas de maior risco.

Segundo Guilherme, esse tipo de investigação também tem o potencial de estimar a velocidade de propagação do vírus, quando realizado sequencialmente; identificar grupos com maior risco de se infectar; e de caracterizar as manifestações clínicas mais comuns. Além disso, pode estimar a frequência de infecções assintomáticas e por quanto tempo uma pessoa fica protegida de uma nova infecção.

Após a capacitação, a previsão da SMS é que, na próxima semana, comece a primeira etapa da estratégia de campo nas ruas sorteadas de cada Distrito Sanitário (Centro Histórico, Itapagipe, São Caetano/Valéria, Liberdade, Brotas, Barra/Rio Vermelho, Boca do Rio, Itapuã, Cabula/Beiru, Pau da Lima, Subúrbio Ferroviário e Cajazeiras). Outras três etapas estão programadas, com intervalos de 30 dias entre elas.

* Com informações da SMS

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Alunos da Fiocruz Bahia são premiados em congresso de terapia celular

Os estudantes da Fiocruz Bahia, Moisés Santana, de Iniciação Científica, e Gabriele Martins, mestranda do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), foram premiados na categoria “Melhor Trabalho em Terapia Celular e TMO”, hoje (05/11), no Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. O evento está sendo realizado online, desde o dia 03 de novembro e encerra no próximo dia 08. 

O trabalho intitulado “Obtenção de células progenitoras hematopoéticas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (IPSC)”, orientado pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Solano, utilizou um método novo e ainda pouco difundido no Brasil para tentar gerar células progenitoras hematopoiéticas através de células-tronco. O objetivo do estudo é estabelecer um protocolo de diferenciação a partir dessas células-tronco para obtenção de células sanguíneas que permitam a testagem de drogas para o tratamento da doença Falciforme.

Para Moisés, que está iniciando a carreira científica, esse prêmio foi a coroação de muito esforço “por parte de toda a equipe do laboratório após diversas horas fazendo experimentos, lendo artigos e tentando entender esse ‘novo mundo’ da terapia celular”, disse.

Gabriele, assim como Moisés, agradeceu à orientação de Bruno Solano e diz se sentir realizada com essa conquista tão importante. “Representa o reconhecimento de um projeto e serve como estímulo para continuar desenvolvendo pesquisa nesta área de terapia celular, que eu já trabalhava desde a iniciação científica”, afirmou. 

O orientador destacou a dedicação de toda a equipe envolvida no projeto para conseguir dar este importante passo no campo da terapia celular, que é a produção de células progenitoras hematopoieticas in vitro, a partir de células-tronco pluripotentes induzidas. “As possíveis aplicações no futuro são muitas. No momento, estamos utilizando células de pacientes com anemia falciforme para o estudo da eritropoiese e identificação de novos fármacos para o tratamento desta doença, em um projeto apoiado com recursos do Inova Fiocruz”, explicou Bruno Solano.

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Cimatec Saúde é inaugurado em parceria com a Fiocruz

O Instituto Senai de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde (ISI SAS), também denominado CIMATEC Saúde, foi inaugurado na sexta-feira, 30 de outubro, no Campus do SENAI CIMATEC, em Salvador. A Fiocruz é parceira do novo instituto equipado com laboratórios de alta tecnologia, que vai atuar em diversas linhas, como no desenvolvimento de vacinas, produção de remédios e insumos terapêuticos, engenharia de tecidos, biomateriais, diagnósticos e estudos clínicos. 

O evento contou com a presença do Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão, além de autoridades do Ministério da Saúde e do Ministério da Defesa. O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, abriu a cerimônia, seguido do diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Leone Andrade, e do pesquisador-chefe do ISI SAS, Roberto Badaró. A Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, também participou como convidada. 

“A era da economia da produção em massa vai se transmudar na economia do conhecimento, a knowledge economy. Se não houver a associação da tecnologia, com inovação e gente capacitada, nós não vamos acompanhar o bonde da história. Ter a oportunidade de vir aqui e conhecer o trabalho realizado, onde nós vimos o estado da arte em termos de pesquisa e inovação, faz acreditarmos que esse país tem futuro, tem capacidade e gente competente”, declarou Hamilton Mourão.

Leone Andrade apresentou a estrutura e as principais frentes de trabalho do instituto e comentou sobre a Vacina HDT 301, desenvolvida pelas empresas HDT (EUA) e Genova (Índia), que, no Brasil, terão os estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 e a transferência de tecnologia conduzidos pela Fiocruz e o SENAI CIMATEC. A produção final da vacina será realizada pela unidade produtora de imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fiocruz. 

Nísia Trindade salientou que a parceria com o SENAI CIMATEC vem se estruturando há bastante tempo, sendo um dos marcos a construção do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), e destacou a importância da associação da Fiocruz com a indústria. “Existe um grande futuro na parceria com o CIMATEC Saúde, muitas colaborações que a Fiocruz já vinha realizando também estarão presentes aqui, como é o caso do desenvolvimento de adjuvantes e de tecnologias promissoras para novas vacinas, na perspectiva que a Fiocruz já vem trabalhando e que se reforça com essa importante parceria”, disse. 

Além do pesquisador chefe, o CIMATEC Saúde conta mais com quatro lideranças científicas, uma delas é a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Milena Soares. No novo instituto, a cientista coordena, junto ao pesquisador emérito da Fiocruz, Ricardo Ribeiro, o centro de processamento celular, onde são desenvolvidos projetos na área de terapia com células-tronco, além de teste diagnóstico e vacina para Covid-19.

A diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, comentou sobre as parcerias com a Fiocruz Bahia. “Nós temos convênio para realização de doutorado com projetos ligados a gestão, o Cidacs e agora o novo instituto, com o centro de processamento celular. Uma parceria boa que será ampliada com outras iniciativas”, observou.

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PgBSMI está com inscrições abertas para credenciamento e recredenciamento de docentes

O programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) iniciou o processo de credenciamento e recredenciamento dos docentes 2020, que tem por objetivo manter a excelência alcançada pelo curso junto à Capes.

Os docentes com interesse em continuar ou passar a integrar o corpo docente do programa devem preencher esse formulário e encaminhá-lo para o e-mail pgbsmi@fiocruz.br, até dia 11 de novembro 2020.

Todo procedimento será realizado conforme a Resolução PGBSMI n. 002/2020, de 21 de outubro 2020, que estabelece critérios para credenciamento de docentes permanentes, colaboradores e visitantes. Essa resolução baseia-se nos critérios da Portaria da Capes, que define o processo de avaliação realizado pela Capes e a atuação de docentes nos programas e cursos de pós-graduação, bem como no Parecer da Comissão de área da Medicina II para o programa, referente ao quadriênio 2013 – 2016, que conferiu ao programa nota 6, pela Capes.

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Palestras on-line marcam participação da Fiocruz Bahia na 17º SNCT

As atividades da Fiocruz Bahia na 17ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que esse ano teve como tema “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”, aconteceram entre os dias 21 a 23 de outubro, através do Zoom. A programação foi formada por palestras que abordaram o trabalho de pesquisadores da Fiocruz Bahia e de outras instituições de pesquisa, com inteligência artificial, explicando conceitos, as vantagens e os desafios do trabalho com IA. 

A vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras, abriu o evento agradecendo a presença dos palestrantes e do público. “Esse ano fomos agraciados com esse tema extremamente interessante para ser explorado em diversos aspectos, sobretudo com relação à saúde, em suas diversas áreas, que têm tido impactos importantíssimos, com reflexos na saúde da população, e, também, para o desenvolvimento de pesquisas”, observou Veras. 

No dia 21, foi realizado, pela manhã, o painel moderado pela pesquisadora Claudia Brodskyn, que contou com as apresentações de Marco Antônio Dorea, pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Kyoshi Fukutai, pesquisador externo da Fiocruz Bahia; e Roberto Carreiro, pesquisador associado do Cidacs/ Fiocruz Bahia. No período da tarde, os painelistas falaram acerca de seus trabalhos com a utilização da Inteligência Artificial e tomada de decisões sobre a pandemia no Brasil. Os palestrantes foram Fabio Porto, do LNCC; Anderson Rocha, da Unicamp; Erick Sperandio, do Senai/ Cimatec; e Marcos Barreto, do Cidacs/Fiocruz Bahia.

A programação do segundo dia iniciou com uma roda de conversa com os alunos premiados do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC) da Fiocruz Bahia, moderada pela coordenadora, Juliana Menezes, que apresentou o PROIIC e deu as boas-vindas aos participantes. “Nós selecionamos os alunos premiados desse ano para que falassem um pouco do trabalho que eles têm feito e abrimos um espaço para que nós pudéssemos conversar um pouco com eles, tirar dúvidas sobre a experiência e o trabalho que eles têm desenvolvido”, explicou. Em seguida, o público participou de um jogo interativo criado por alunos da pós-graduação.

No turno da tarde, uma mesa redonda sobre Inteligência Artificial nos cursos de mestrado e doutorado, da Fiocruz Bahia, contou com as falas das coordenadoras dos programas de pós-graduação em Patologia Humana e Experimental (PgPAT- UFBA/Fiocruz Bahia); em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI); e em Pesquisa Clínica e Translacional (PgPCT), Valéria Borges, Deborah Bittencourt e Conceição Almeida, respectivamente. As apresentações foram ministradas por Felipe Torres, estudante egresso de doutorado, e Murilo Freire, aluno de doutorado.

A sessão científica especial, realizada na sexta-feira, 23, foi ministrada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington Conrado dos Santos, que encerrou a programação. Na sessão, foi abordada a “Rede PathoSpotter: Sistemas de automação do diagnóstico histológico de doenças”. Todas as apresentações estão disponíveis no canal do YouTube da Fiocruz Bahia, confira!

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Pesquisador avalia complicações renais provocadas pela Covid-19

Os rins podem ser afetados pelo SARS-CoV-2 de maneira direta e indireta, explica o pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington dos Santos.

A Covid-19 é considerada uma doença sistêmica que atinge diversos órgãos, além das vias respiratórias. Alguns estudos têm apontado os rins como uns dos órgãos mais afetados na infecção pelo SARS-CoV-2. O médico e pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington dos Santos, explica que, pacientes que tiveram complicações renais por conta da Covid-19 precisam de permanência na UTI mais frequentemente do que outros pacientes. “O risco de morte chega a ser cinco vezes maior do que o observado em indivíduos que não tiveram alteração na função renal”, conta o cientista.

Por ser uma doença recente, ainda não se sabe qual a extensão da lesão renal causada pelo vírus e tampouco está claro se haverá danos aos rins a longo prazo. “Presume-se que teremos pacientes com danos de longa duração, mas ainda é cedo para dizer”, comenta o pesquisador. De acordo com Santos, a comunidade de profissionais de saúde está atenta para possibilidade de existir pessoas com sequelas renais não só durante, mas também após a pandemia. 

A principal alteração que os pacientes com Covid-19 manifestam clinicamente é a insuficiência renal aguda, que decorre de uma lesão das células do túbulo renal. Felizmente, essa lesão é reversível em uma quantidade grande de casos e espera-se que boa parte desses pacientes tenham recuperação completa dos rins. Existem algumas outras lesões que são mais preocupantes, como a obstrução vascular que retarda a circulação geral do órgão, podendo levar a um estado de hipóxia permanente ou prolongado, que é a ausência de oxigênio suficiente nos tecidos para manter as funções corporais. Já nesse quadro o rim pode ser lesado permanentemente. 

Como o vírus atinge os rins?

As células renais têm receptores para o coronavírus semelhantes àqueles que existem nas células do pulmão, possibilitando a infecção. O órgão também pode ser afetado indiretamente pelo SARS-CoV-2 de diversas maneiras. Uma delas é que os pacientes com Covid-19 têm excesso de substâncias que células inflamatórias do sangue utilizam para se comunicar, que terminam causando lesões às células renais. Outra forma de dano pode ser causado pelo próprio tratamento da doença: o rim é muito sensível à tempos prolongados de ventilação mecânica e ao uso de muitos medicamentos. 

Além disso, o vírus da Covid-19 lesiona órgãos como pele e músculo. Quando isso acontece é liberada uma substância denominada mioglobina, que tem função de acumular oxigênio nas células musculares para a produção de energia necessária à contração muscular. “Essa substância termina sendo filtrada no rim e lesionando células tubulares renais, levando à insuficiência renal”, explica Washington. Outro problema que tem sido relatado na infecção pelo SARS-CoV-2 é a coagulação intravascular disseminada, que é quando microcoágulos se formam nos pequenos vasos sanguíneos. Os tecidos ficam menos oxigenados e o rim é ainda mais sensível a essa alteração por lidar com a filtração sanguínea.

Existe também o processo de empilhamento de células vermelhas no interior de pequenos vasos em alguns casos da Covid-19, que também pode retardar a circulação sanguínea e, como o rim é um órgão que filtra aproximadamente 180 litros de sangue por dia, tem sua função afetada por essa alteração. “Qualquer processo que obstrua e retarde a circulação do sangue vai levar a alteração da função renal e lesar irreversivelmente”, comenta o pesquisador. 

Problemas renais crônicos

No caso de pessoas com algum tipo de problema no rim anterior à infecção por Covid-19, como pacientes com insuficiência renal crônica, que realizaram transplante desse órgão ou vivem apenas com um rim, Washington diz que é preciso ter um cuidado redobrado para evitar ao máximo se contaminar pelo coronavírus. 

Os pacientes que estão em diálise, considerados com insuficiência renal crônica terminal, ao contrair a Covid-19 têm uma tendência a ter síndrome respiratória aguda mais frequentemente do que a população geral, mas o desfecho da doença não é diferente. “Eles têm a mesma taxa de recuperação que os outros pacientes, o que é uma boa notícia”, observa o pesquisador.

No caso de pessoas transplantadas, a taxa de mortalidade é maior do que a população em geral, então é recomendado a esses pacientes um cuidado maior, cumprindo as medidas de proteção. Ainda não existem muitos dados sobre pacientes com apenas um rim, mas os especialistas da área recomendam que estes também tenham mais cuidado. 

 

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Olimpíada e Undime Bahia promovem encontro virtual sobre gênero, ciência e educação

Por Valentina Leite (Obsma)

Que tal uma live para bater um papo sobre gênero, ciência e educação?
No dia 27 de outubro, às 16 horas, a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) e a 
União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) da Bahia apresentam, em parceria, um encontro virtual sobre mulheres e meninas na ciência. O evento será transmitido no canal do Youtube da Obsma.

Além de um debate sobre trajetórias pessoais diversas no mundo científico e da educação, as participantes tratarão de projetos que inspiram jovens meninas na ciência, como o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã oferecido pela Obsma (as inscrições do Prêmio estão abertas até 13 de dezembro).

A mediação do evento será de Shirley Costa, coordenadora do Programa Bahia Olímpica. O quadro de convidadas conta com Cristina Araripe, coordenadora da Obsma; Eliade Ferreira Lima, astrofísica e coordenadora do projeto Cientistas do Pampa, da Unipampa; Natália Machado Tavares, bióloga, pesquisadora em saúde pública da Fiocruz Bahia e membro do projeto Meninas Bahianas na Ciência; e Maria Isabel Pinheiro, estudante de biologia e ganhadora de uma das edições da Obsma.

Não fique de fora! Participe.

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Pesquisadores analisam experiência da pandemia da Covid-19 na região Nordeste

Um estudo realizado pelo grupo “Epidemiologistas do Nordeste para a Covid-19”, do qual participam pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS/Fiocruz Bahia) e diversos especialistas de outras instituições de pesquisa da região, avaliou as diferenças e similaridades entre a evolução e comportamento da Covid-19, nos estados do Nordeste. O período analisado foi de março a julho de 2020.

No trabalho, os pesquisadores afirmam que, embora medidas de distanciamento social tenham sido implementadas, amenizando os efeitos da pandemia, a crise na saúde vem aprofundando as desigualdades já existentes na região, produzindo não só grande número de casos e óbitos, mas também o aumento da pobreza, o crescimento das disparidades raciais e étnicas e afetando, sobretudo, as mulheres. A epidemia da Covid-19, que atinge a região e o país em um dos períodos mais difíceis de sua história política, econômica e social, deixará marcas para sempre no futuro de suas gerações, concluem os autores.

Os cientistas esclarecem que a interação entre pobreza, desemprego, nível de escolaridade, raça, gênero e cor têm sido documentadas como determinantes da Covid-19. Populações com baixa renda são mais expostas à contaminação por doenças infecciosas, incluindo o SARS-CoV-2, devido à falta de acesso a saneamento básico, educação e serviços de saúde, além de residirem de forma precária, com número excessivo de moradores, utilizarem transporte público e estarem em empregos informais. Todos esse fatores dificultam que as pessoas fiquem em casa e façam o distanciamento físico adequado.

O Nordeste é marcado pela pobreza e pela desigualdade socioeconômica, cenário que ajuda a explicar o impacto da Covid-19 na região brasileira composta por mais de 50 milhões de habitantes, distribuídos em nove estados. De acordo com o estudo, a maior incidência da Covid-19 foi registrada nos estados de Sergipe, Paraíba e Ceará. Piauí, Paraíba e Ceará foram os que mais realizaram testes.

Também foi observado que não tem sido praticada, nos níveis necessários para cessar ou reduzir significativamente a doença, a implementação de medidas mais radicais que acompanhem o distanciamento físico, tais como: renda prolongada para famílias vulneráveis; teste em massa; autoisolamento das pessoas confirmadas com a doença, com oferta de locais onde possam realizar o isolamento quando o mesmo não for possível, como hotéis e escolas; e rastreamento dos contatos.

Segundo os pesquisadores, o vírus entrou pelas capitais, mas atinge cidades do interior ainda mais despreparadas para lidar com a pandemia. No interior dos estados no Nordeste, algumas fragilidades incluem a falta de assistência de nível terciário (assistência hospitalar), o número de leitos de UTI por habitante, escassez de profissionais da saúde com qualificação no manejo de pacientes internados e dificuldade de acesso da população a unidades de saúde.

Para os especialistas, várias epidemias estão ocorrendo simultaneamente na região e, provavelmente, haverá novas ondas da epidemia, tanto nas capitais como no interior dos estados da região, enquanto medidas mais fortes de distanciamento físico não forem postas em prática ou até que surja uma vacina, ou que a população atinja níveis de “imunidade de rebanho”.

O artigo “Covid-19 no Nordeste brasileiro: sucessos e limitações nas respostas dos governos dos estados” foi publicado na Revista Ciência e Saúde Coletiva. Clique aqui e confira a análise completa.

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Inscrições abertas para as Conferências Clínico Patológicas 2020

As Conferências Clínico Patológicas vão reunir, de 19 a 21 de novembro de 2020, profissionais interessados em Patologia Renal, Hepática  e da Pele e Ciências da Computação. Este ano, o evento tem como tema “Roteiros para definição de lesão e para diagnóstico em patologia” e será realizado através do Zoom. As inscrições podem ser feitas no site do curso, até dia 18 de novembro.

O encontro incluirá mesas redondas oficinas e conferências destinadas a médicos e estudantes de medicina e pós-graduandos da área biomédica, tendo como pré-requisito a aprovação em disciplinas com conteúdo de histologia e de patologia geral e profissionais de áreas afins, interessados em análise de imagem. 

No primeiro dia acontecerá o seminário anual do projeto PathoSpotter, com a apresentação de mini conferências e trabalhos na área de patologia computacional. O dia 20 será dedicado a avanços em medicina investigativa e assistencial com conferências, encontros de especialistas nas áreas de Nefrologia, Hepatologia, Dermatologia ciências da computação. Na manhã do dia 21, sábado, serão realizadas as reuniões ordinárias dos clubes de Patologia Hepática, Renal e Dermatológica, abertas a médicos e estudantes de medicina.

As Conferências Clínico Patológicas foram estabelecidas no ano de 2016, a partir dos encontros anuais dos clubes nacionais de das especialidades médicas nefropatologia (Clube do Rim) e de hepatologia (Clube do Fígado), em Salvador. Esses clubes são formados por especialistas filiados à Sociedade Brasileira de Patologia, que mantém um calendário de reuniões trimestrais, há mais de 10 anos, para o intercâmbio de informações, definição de consensos diagnósticos e desenvolvimento de projetos de pesquisa.

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Teste diagnóstico para Zika do CDC tem bom desempenho, aponta estudo

O teste diagnóstico sorológico da infecção pelo vírus Zika é considerado desafiador por apresentar reação cruzada com outros vírus da mesma família, como é o caso do vírus da dengue, dificultando a interpretação dos resultados. Por isso, pesquisas têm sido realizadas para avaliar a acurácia desses testes, de modo a orientar profissionais e gestores de saúde na decisão de como e quais ensaios utilizar em regiões onde há co-circulação destes vírus.

Um estudo avaliou a capacidade do MAC-ELISA, desenvolvido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/EUA, sigla em inglês), em diferenciar infecções causadas pelos vírus da zika e da dengue. Duas características principais foram analisadas para definir o desempenho do teste: a sensibilidade e a especificidade. O trabalho, com primeira autoria da pós-doutoranda, Moyra Portilho, e coordenação dos pesquisadores Guilherme Ribeiro e Ricardo Khouri, da Fiocruz Bahia, foi publicado no periódico científico Diagnostics

Para determinar a sensibilidade, foram usadas amostras de soro em fase aguda e de convalescença de 21 pacientes com infecção por Zika confirmada por RT-PCR. Para determinar a especificidade, foram usadas amostras de soro de fase aguda e convalescente de 60 casos de dengue confirmados por RT-PCR e de 23 doadores de sangue.

Durante a fase aguda da infecção pelo vírus Zika, o ensaio apresentou sensibilidade de 12,5% para amostras coletadas de 0 a 4 dias após o início dos sintomas e de 75,0% para amostras coletadas 5 a 9 dias após o início dos sintomas. Durante a fase de convalescença da doença, a sensibilidade do teste foi 90,9%, 100% e 0% para as amostras obtidas entre 12 e 102 dias, entre 258 e 260 dias e entre 722 e 727 dias, respectivamente. A especificidade para amostras coletadas nas fases aguda e convalescente de uma infecção pelo vírus da dengue confirmada por RT-PCR foi de 100% e 93,2%, respectivamente. A especificidade para amostras de doadores de sangue foi de 100%.

Os autores do estudo concluíram que o ensaio do CDC apresentou uma sensibilidade muito boa para o diagnóstico de Zika durante a convalescença e uma excelente especificidade, mesmo quando o teste foi aplicado em amostras obtidas de pacientes com dengue. Por isso, o teste apresenta um grande potencial de uso para o diagnóstico de infecção pelo vírus Zika, tanto durante ações de vigilância quanto durante investigação de surtos em regiões com co-transmissão endêmica ou epidêmica do vírus da dengue.

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Valor da compliance em tempos de pandemia é tema de palestra

A palestra “O Valor da Compliance em Tempos de Pandemia” será realizada no dia 30/10/2020, às 11h, pelo Zoom. A apresentação promovida pela Fiocruz Bahia será ministrada pelo procurador do Município de Salvador, Dr Rafael Carrera. Para participar os interessados devem fazer as inscrições gratuitamente através desse link.

Sobre o palestrante

O advogado Rafael Carrera é bacharel em Direito, pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduado em Direito Administrativo, pela Fundação Faculdade de Direito, mestre em Direito Público, pela Universidade Federal da Bahia e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, pela Universidade Católica do Salvador (UCSal). É Procurador do Município do Salvador, Bahia, desde 1998.

Atualmente, é também professor das cadeiras de Direito Administrativo e Direito Constitucional, na Universidade Católica do Salvador e Instrutor da Escola de Oficiais do Exército Brasileiro, além de professor convidado de inúmeros cursos de pós-graduação em Direito. Foi coordenador de tributação da Secretaria da Fazenda do Município do Salvador, entre 2006 e 2009. Lecionou as cadeiras de Direito Administrativo, Direito Civil e Direito Eleitoral em diversas universidades e foi conferencista de inúmeros eventos na área Jurídica. Carrera é membro do Conselho Editorial da JAM Jurídica e autor de inúmeros artigos científicos. Integrou a Primeira Comissão de Advocacia Pública da OAB – BA e foi Membro de Banca Revisora do Exame de Ordem. 

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Persistência da tuberculose pode estar relacionada aos lipídios da parede celular do bacilo

A tuberculose continua sendo um desafio de saúde pública, ultrapassando o vírus HIV como maior causa de mortes por doença infecciosa em adultos. O mecanismo para qual o Mycobacterium tuberculosis, bacilo causador da tuberculose, continua sendo persistente nas pessoas infectadas e como um subconjunto de pessoas infectadas são mais propensas a reativação da tuberculose, ainda não são totalmente compreendidos.

Uma característica bastante peculiar no M. tuberculosis é a diversidade de lipídios que compões a sua parede celular. Uma pesquisa recente, liderada pelo Professor Colaborador da Fiocruz Bahia, Adriano Queiroz, analisou como a M. tuberculosis utiliza esses lipídios para controlar a resposta inflamatória do hospedeiro durante a infecção em macrófagos murinos e em subpopulações de células T humanas. O trabalho foi publicado na revista científica Frontiers in Immunology e tem como primeira autora, Jéssica Dias Petrilli, estudante egressa do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI/ Fiocruz Bahia).

Para o estudo, foram usadas a cepa de M. tuberculosis mutante no operon mce1 e o seu parental selvagem. Camundongos infectados com a cepa mutante foram incapazes de montar uma resposta pró-inflamatória forte contra a cepa selvagem. Não foram formados, nesses animais, granulomas organizados decorrentes de uma reação inflamatória que acontece com o objetivo de conter o agente agressor. Os estudos in vivo também mostraram que a expressão do operon mce1 é naturalmente reprimida na cepa selvagem durante a infecção em camundongos e macrófagos devido à superexpressão de seu regulador transicional, o gene mce1R. Pela perspectiva do M. tuberculosis, a interrupção no operon mce1 causa uma profunda alteração no conteúdo de lipídios de sua parede celular.

Os autores explicam que os receptores nucleares são capazes de “detectar” as alterações lipídicas na parede celular do M. tuberculosis. Esses sensores podem servir como um componente deste processo para controlar negativamente a resposta pró-inflamatória do macrófago e talvez, indiretamente, influenciar as respostas pró-inflamatórias dependentes de células T. O presente estudo sugere que esta defesa microbiana mediada por lipídios pode contribuir para a sobrevivência a longo prazo do M. tuberculosis em um hospedeiro infectado.

 

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SNCT 2020: Fiocruz Bahia realizará atividades com o tema Inteligência Artificial

A Fiocruz Bahia vai participar da 17ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que esse ano tem como tema “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”. A programação acontece nos dias 21 a 23 de outubro, mobilizando a população, em especial os jovens, para atividades científico-tecnológicas. Clique nos links abaixo para se inscrever nas atividades, que ocorrerão através do Zoom, por conta da pandemia da Covid-19.

Na programação do primeiro dia, estão previstos dois painéis. Pela manhã, o tema central será “Inteligência Artificial e Saúde”, com palestras que irão abordar “Biobancos Digitais com Radiômica para Apoio à Medicina Personalizada”; “Aumentando a produção científica de forma artificialmente inteligente”; e “Saúde Pública de precisão e Inteligência Artificial”. No período da tarde, a temática será sobre “A utilização da Inteligência Artificial e tomada de decisões sobre a pandemia no Brasil”, em que pesquisadores irão apresentar suas atividades relacionadas ao emprego de Inteligência Artificial para Covid-19.

Já no dia 22, o evento começa com uma roda de conversa com alunos da Fiocruz Bahia premiados na Iniciação Científica e Iniciação Científica Júnior, seguido por jogos interativos. À tarde, ocorrerá a mesa redonda “Inteligência Artificial na Pós-Graduação do IGM”, com apresentações sobre desenvolvimento de uma ferramenta para o estudo e predição de co-morbidades; armazenamento dos dados de pesquisa na área de saúde e Inteligência Artificial na era da medicina de precisão em oncologia. 

A programação conclui com a sessão científica especial, na sexta-feira, 23, onde o pesquisador da Fiocruz Bahia, Washington Conrado dos Santos, falará sobre a “Rede PathoSpotter: Sistemas de automação do diagnóstico histológico de doenças”. 

Confira a programação completa:

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Pesquisadores testam técnica inovadora para detecção de Chagas e leishmaniose

A doença de Chagas e a leishmaniose são endêmicas em diversas regiões do Brasil, com humanos e cães que sofrem com as duas enfermidades simultaneamente. Essa co-infecção dificulta o diagnóstico, pois os testes sorológicos podem apresentar reação cruzada entre as duas doenças. Por isso, um estudo foi realizado buscando desenvolver, pela primeira vez, um teste para diagnóstico simultâneo para essas duas doenças, utilizando um imunossensor impedimétrico.

O trabalho foi publicado na revista científica Biosensors and Bioelectronics e contou com a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Neves. O imunossensor é um dispositivo bioanalítico utilizado para diagnóstico e monitoramento de doenças.

Para a pesquisa, foram usadas 30 amostras de soro de cães: 10 com leishmaniose visceral, 10 com doença de Chagas e 10 negativos para ambas as doenças. Um imunossensor foi testado utilizando antígenos específicos de cada doença, sendo a proteína recombinante IBMP 8.1 para Chagas e rLci1A/rLci2B para leishmaniose.

Os resultados mostraram a separação total entre os grupos infectados e não infectados, bem como nenhuma reatividade cruzada entre soros com outras infecções. Isso é extremamente relevante, pois leishmaniose representa uma fonte importante de resultados falso-positivos entre os testes sorológicos convencionais.

Segundo os autores do estudo, boa reprodutibilidade e precisão foram obtidas, atendendo os pré-requisitos para aplicações descartáveis. Isso mostra que o método pode ser usado para construir uma série de biossensores para a determinação simultânea de outras enfermidades. Tal metodologia é extremamente promissora para o diagnóstico destas e outras infecções, demonstrando maior sensibilidade do que os testes tradicionais utilizados, além da possibilidade de uma análise mais rápida e em tempo real com perspectivas de aplicação em áreas endêmicas.

Os pesquisadores concluíram que, com esta abordagem inovadora, os testes de diagnóstico baseados em imunossensores alcançaram 100% de precisão, sugerindo que os antígenos são elegíveis para avançar para as outras fases da pesquisa.

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