Estudo com AstraZeneca reforça importância da dose de reforço

Assim como já ocorre com outros imunizantes contra a Covid-19, também é necessária uma dose de reforço da vacina AstraZeneca após o esquema vacinal completo. É o que indica um novo estudo envolvendo Brasil e Escócia, e publicado na revista científica The Lancet nesta segunda-feira (20/12). A pesquisa, da qual a Fiocruz faz parte, mostra a diminuição da proteção vacinal com o passar do tempo e diante do surgimento de novas variantes. 

A avaliação, efetuada em um momento de circulação intensa de variantes de preocupação e do surgimento da Ômicron, reforça a importância da vigilância da dinâmica da pandemia. O acompanhamento, que está sendo feito pelo mesmo grupo, reforça também os grandes benefícios observados na vacinação no Brasil, onde o imunizante Astrazeneca/Fiocruz foi o mais utilizado até o momento com evidência de uma alta efetividade – como publicado recentemente no boletim Vigivac

“As vacinas são muito protetoras, mas em geral a proteção diminui com o tempo, e isso não ocorre somente com os imunizantes contra a Covid-19. No caso da Influenza, a imunização dura um ano ou menos. Descobrir qual é a duração da proteção ajuda a planejar melhor”, explica Manoel Barral Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia e que participa da pesquisa. 

O estudo aponta uma queda da efetividade da vacina de cerca de três vezes por volta do quarto mês quando comparado ao período de proteção máxima. Os dados de Brasil e Escócia puderam ser comparados porque os dois adotam o mesmo intervalo entre as doses, 12 semanas. As conclusões foram semelhantes.  

 “As descobertas têm implicações importantes para a política de vacinação. Em combinação com os dados imunológicos e de ensaios emergentes sugerindo que a efetividade da vacina diminui com o tempo após a segunda dose, nossas descobertas destacam a necessidade de considerar o fornecimento de doses de reforço. Outras evidências em apoio às doses de reforço vêm de dados do mundo real em Israel, que descobriu que o reforço de BNT162b2 (Pfizer) [após duas doses da mesma vacina] foi associado à redução da forma grave da Covid-19″, diz o estudo. 

“Vemos que algumas pessoas não têm procurado a dose de reforço aqui no Brasil. É preciso insistir nisso, ainda mais num momento em que surge a Ômicron. As pesquisas sobre a Ômicron ainda estão no início, mas sabemos que uma dose de reforço tem sido capaz de proteger contra as variantes que têm surgido”, destaca Barral. 

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Leucemia promielocítica aguda: dissertação faz revisão sistemática do cenário brasileiro

Autoria: Caroline G. da Rocha
Orientação: Marilda de Souza Gonçalves
Título da dissertação: “Leucemia promielocítica aguda: uma revisão do cenário brasileiro”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 21/12/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: a leucemia promielocítica (LPA) é um dos subtipos mais graves de leucemia mieloide aguda cujos avanços recentes na terapêutica permitiu alcançar altas taxas de sobrevida na doença, tornando-a um dos subtipos de leucemia com os melhores prognósticos. Apesar da LPA ser comumente conhecida como uma doença rara, atingindo cerca de 10% das LMA, dados recentes mostram prevalência alta da doença em latino-americanos, assim como em brasileiros. Além disso, as taxas baixas de sobrevida e de mortalidade elevada no Brasil são alarmantes para o caráter curável da doença. A descrição, delineamento e exploração dos dados brasileiros são necessários para conhecer o cenário da LPA no país. OBJETIVO: com a presente revisão sistemática, apresentamos o delineamento do cenário atual da leucemia promielocítica no Brasil a partir dos dados disponíveis na literatura, assim como possíveis hipóteses para esse cenário. METODOLOGIA: a busca sistemática foi realizada nas plataformas PubMed, Embase, Web of Science e LILACS. Foram coletados dados referentes a prevalência da LPA, assim como dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais de pacientes brasileiros. Dados referentes a evolução clínica como taxas de sobrevida e óbitos também foram coletados. RESULTADOS: Sessenta e quatro artigos foram selecionados. A prevalência da LPA foi fornecida por 46 estudos brasileiros e variou de 0% a 40%. A idade dos indivíduos no geral varia na faixa dos 10 aos 80 anos, porém há casos fora dessa faixa. A distribuição é semelhante entre os sexos, embora a maioria dos estudos apresente prevalência maior no sexo feminino. A frequência da M3v varia de 0% a 43,7% em brasileiros e a maioria dos brasileiros com LPA estão no grupo de risco intermediário ou alto de recidiva. As principais manifestações da doença reportados foram presença de coagulopatias (37,5%-72,8%), sangramentos (17,2%-90,9%), equimose (90,9%-92%) e febre (27%-31%). As alterações laboratoriais são características do quadro clássico de leucemia aguda, porém com leucocitose e plaquetopenia extremamente acentuada em alguns casos. A presença da t(15;17) varia de 84,6% a 100% dos indivíduos, enquanto a frequência do PML-RARα varia entre 74,7%-100%. Nove casos brasileiros de mutações variantes associados a LPA foram encontrados na literatura. A maioria dos estudos apresenta sobrevida global de 5 anos abaixo de 70% e a maior parte das mortes são precoces. CONCLUSÃO: Os dados dos estudos nacionais apontam para um cenário preocupante da LPA no Brasil. Acreditamos que este cenário sugere uma possível negligência no atendimento básico de saúde aos pacientes, com diagnóstico tardio e automedicação que pode ser melhorado com ações organizadas, que contribuam para o desenvolvimento de normativas nacionais, e com o comprometimento da comunidade médico-científica e o Ministério da Saúde.
Palavras-chave: Leucemia promielocítica aguda, leucemia mieloide aguda, revisão sistemática, Brasil.

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Divulgado edital 2022.1 para mestrado e doutorado do PGBSMI

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa divulga a chamada para inscrição de candidatos que desejem participar do processo seletivo 2022.1 para ingresso no Programa, nível de Mestrado e Doutorado, nas datas e demais condições especificadas no edital. As inscrições vão de 03 a 21 de janeiro de 2022.

Clique aqui e consulte o edital.

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Websérie | Leishmaniose | Playlist

A Fiocruz Bahia lançou uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. O terceiro módulo abordou os estudos em leishmaniose. 

Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 10 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

Confira a playlist!

 

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Dissertação avalia esquema terapêutico contra leishmaniose cutânea

Autoria: Marina Faillace de Amorim
Orientação: Patrícia Sampaio Tavares Veras
Título da dissertação: “Desenvolvimento da formulação contendo o fármaco 17-DMAG impregnado em membrana de celulose bacteriana para compor esquema terapêutico contra leishmaniose cutânea”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 16/12/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada, endêmica em mais de 90 países e, no Brasil está presente em todas as regiões, sendo considerada um problema de saúde pública. As manifestações clínicas variam entre formas cutâneas, que apesar de não serem fatais causam estigma social, e a visceral que, por sua vez, pode ser fatal. Sua transmissão ocorre por meio da picada de flebotomíneos fêmeas que, durante o repasto sanguíneo, inoculam promastigotas de Leishmania presentes em sua saliva. As promastigotas, então, infectam as células hospedeiras e se diferenciam na forma amastigota. Os tratamentos atuais mais utilizados são os antimoniais pentavalentes, além da Anfotericina B, pentamidina, paramomicina e miltefosina, porém, limitações como efeitos colaterais, aplicação invasiva, longos ciclos de tratamento, falha terapêutica ou alto custo levam o abandono do tratamento. Esses dados mostram a necessidade do desenvolvimento de novas drogas leishmanicidas. Neste cenário, a Hsp90 é uma chaperona envolvida no processo de estabilização e ativação de diversas proteínas cliente e é importante para a manutenção da homeostase celular. Em estudos anteriores, demonstramos que inibidores da Hsp90 são eficazes no controle de infecções causadas por Leishmania spp. em modelos in vitro e in vivo, chegando a zerar a carga parasitária e a reduzir citocinas pró-inflamatórias em camundongos BALB/c. No entanto, o uso prolongado in vivo, causou toxicidade. Desta forma, decidimos desenvolver uma formulação tópica, que por ser menos invasivo, hipotetizamos ser capaz de diminuir os efeitos tóxicos, ser de fácil aplicação, além de apresentar redução de custos. Assim, desenvolvemos formulações contendo 17-DMAG impregnado em membranas de celulose bacteriana (MCB), que é um biopolímero com propriedades curativas. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial quimioterápico do 17-DMAG, um inibidor da Hsp90, impregnado em MCB no tratamento da leishmaniose cutânea (LC) em modelos in vivo e in vitro de infecção por Leishmania braziliensis. Após diferentes testes, a impregnação das MCB seguiu as seguintes etapas: primeiramente as membranas foram cortadas com diâmetro de 3,5 cm, impregnadas com diferentes concentrações de 17-DMAG diluído em trealose 5% e secas em liofilizador. Para utilização nos ensaios, as MCB foram cortadas com punch de biópsia de 3 mm para os ensaios in vitro e de 8 mm para ensaios in vivo. Avaliamos a toxicidade das MCB sobre BMMΦ (CC50) e sua eficácia in vitro contra promastigotas axênicas de L. braziliensis (IC50). Após 72 horas de tratamento, foi obtido um valor de CC50 de 30,76 ± 1,29 nM, e IC50 de 159,9 ± 49,6 nM. Devido ao valor do IC50 ser menor do que o do CC50, não conseguimos calcular o valor do IC50 para índice de seletividade. A faixa de concentração usada para determinar o IC50 não causou toxicidade aos macrófagos, porém não teve efeito sobre as amastigotas intracelulares. Nos ensaios in vivo as concentrações de 311 e 155 µg/cm2 apresentaram toxicidade local com duas semanas de tratamento, mas não apresentaram toxicidade sistêmica. Concentrações menores, entre 1.000 e 125 ng/cm2 não apresentaram toxicidade local, sendo viáveis para ensaios de toxicidade in vivo. Estes dados, somados aos resultados anteriores com a droga livre, demonstram que, após ajustes de doses, 17-DMAG terá potencial para compor esquema terapêutico contra LC.

Palavras chave: Leishmaniose, Tratamento tópico, 17-DMAG, HSP90, Membrana de celulose bacteriana

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Covid-19: todas as vacinas administradas no Brasil demonstram efetividade, aponta boletim

A primeira edição do boletim sobre a efetividade das vacinas contra Covid-19 na população brasileira, do projeto Vigivac da Fiocruz, foi publicada na quinta-feira (09/12). O informe, que apresenta análises das quatro vacinas administradas no Brasil, de janeiro a outubro de 2021, aponta que todas conferem grande redução do risco de infecção, internações e óbito por Covid-19. 

Considerando os desfechos graves (internação ou óbito) em indivíduos com idade entre 20 e 80 anos, a proteção variou entre 83% e 99% para todos os imunizantes. Na população abaixo de 60 anos, todas as vacinas apresentam proteção acima de 85% contra risco de hospitalização e acima de 89% para risco de óbito.

Confira na íntegra o boletim, com a descrição dos resultados encontrados para cada vacina, os métodos de investigação utilizados no projeto e a análise do contexto epidêmico e da evolução das variantes do coronavírus nas regiões do Brasil.

As análises do projeto, coordenado pelo pesquisador Manoel Barral, da Fiocruz Bahia, foram realizadas com informações individuais anônimas dos bancos de dados da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19 (Vacinação Covid-19), Notificações de Síndromes Gripais (e-SUS Notifica) e Notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG 2020 e 2021; SIVEP-Gripe). Estes bancos de dados e seus dicionários estão disponíveis no site do Departamento de Informática do SUS (DataSUS).

Coronavac

A Coronavac apresentou alta efetividade para a população entre 18 e 59 anos, variando de 89% a 95% e de 85% a 91% para óbitos e hospitalizações, respectivamente. Entretanto houve queda importante na efetividade em pessoas com 60 anos ou mais. Na faixa entre 60 e 69 anos a proteção contra formas graves da doença foi de 81%, chegando a 64% em maiores de 80 anos. 

Os pesquisadores afirmam que esta redução na proteção em idosos pode ser explicada por diversos fatores, mas principalmente pelo maior tempo de seguimento, maior tempo desde a última vacinação e pela maior vulnerabilidade do grupo que recebeu o imunizante, já que a Coronavac foi a mais utilizada entre idosos e profissionais prioritários, como da área de saúde e segurança, que são mais expostos ao contágio. Além disso, a vacina foi administrada durante um período de maior circulação do vírus.

Astrazeneca

A AstraZeneca foi a vacina mais utilizada no país, segundo o boletim. Os resultados para a população adulta de até 59 anos mostraram efetividade de 99% do imunizante contra óbitos. A queda da efetividade também acompanhou o aumento da faixa etária. No grupo de pessoas entre 60 e 69 anos a proteção contra infecção foi de 89%, chegando a 82% nos indivíduos acima de 80 anos. Com relação aos óbitos, pessoas acima de 80 anos tiveram proteção de 91%, um pouco menor do que as outras faixas de 60 a 69 e 70 a 79 anos, que tiveram 97% e 93%, respectivamente.

Pfizer

As análises para a população adulta com até 59 anos que recebeu a Pfizer mostraram que a proteção manteve-se acima de 96%. A proteção contra óbito e internação por Covid-19 neste grupo foi de 99%. Os pesquisadores destacam que a Pfizer foi administrada na população mais jovem e em momento epidêmico com menor circulação do vírus, o que pode favorecer a efetividade da vacina.

Janssen

Na população adulta de até 59 anos que recebeu a Janssen, as análises apontaram proteção contra óbito de 78% a 94%. Contra hospitalização a proteção ficou entre 88% e 91% e contra infecção a efetividade foi de 68% a 73%. Para a população idosa, foi possível calcular a efetividade com segurança apenas para a população com 80 anos ou mais, que teve proteção contra óbito de 91% e contra hospitalização de 93%.

 

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Fiocruz Bahia realiza última edição do Papo Acadêmico 2021

Realizado no dia 04 de dezembro, através da plataforma virtual Zoom, a última edição do Papo Acadêmico 2021 reuniu coordenadores, professores e demais colaboradores da equipe de Ensino da Fiocruz Bahia. O evento foi iniciado pela Vice-diretora de Ensino e Comunicação, Claudia Brodskyn, que falou sobre os desafios superados por toda a equipe durante a pandemia da Covid-19.

Em seguida, Claudia apresentou o balanço das principais atividades desenvolvidas durante o ano, destacando ações como as edições anteriores do Papo Acadêmico, que esse ano deu uma atenção especial às discussões acerca da saúde mental; a Formação Continuada de Metodologias Ativas de Ensino-aprendizagem e o lançamento do Projeto Mais Meninas Baianas na Ciência, que contou com palestras, mesas redondas e oficinas virtuais. A Vice-diretora também falou sobre a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da Fiocruz e do SciNext, uma parceria entre o Grupo Mulheres – Núcleo do Vale do Silício e a Fiocruz Bahia, que discutiu sobre oportunidades de carreira científica nacional e internacional, dando ênfase às trajetórias de mulheres cientistas.

Brodskyn falou ainda sobre os planos para 2022, que envolvem edições futuras do Papo Acadêmico, o Prêmio Gonçalo Moniz e uma série de ações voltadas à divulgação científica, ressaltando o compromisso com os alunos e toda a comunidade. “É importante continuar. É importante ouvir os estudantes e os seus anseios e fazer com que as coisas aconteçam de forma fluida, sendo bom para todos”, finalizou.

Na sequência, a coordenadora de Ensino e atual coordenadora do Programa de Pós-graduação em Patologia Humana (PGPAT), Valéria Borges, mediou a apresentação dos projetos contemplados pela segunda edição do Edital de Divulgação Científica e falou um pouco sobre a motivação de incentivar projetos no campo da saúde, tendo como principal objetivo a promoção do diálogo entre cientistas e a sociedade. “A ideia de um edital de divulgação de divulgação científica surgiu no ano passado de uma parceria entre o PGPAT e o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI). Por serem dois programas de excelência na Capes, tivemos possibilidade em apoiar a execução financeira dos projetos apresentados por equipes compostas por discentes e pesquisadores”, destacou Valéria.

Durante o evento, foram apresentados os projetos: Histórias de Cientistas, Podcast no Viés,  Podcast que droga é essa?, TBZando e E-Science. O encontro contou ainda com o lançamento da Revista Histórias de Cientistas – volumes I e II, disponíveis no link https://www.bahia.fiocruz.br/fiocruz-e-voce/divulgacao-cientifica/.

Após as apresentações, foi aberto o espaço para que os demais participantes pudessem dar as suas contribuições. A pesquisadora da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras, aproveitou o momento para parabenizar as iniciativas apresentadas e destacar a importância dos esforços coletivos para a construção de produtos relevantes para a comunidade científica e para a população em geral. A coordenadora do PGBSMI, Deborah Fraga, também falou sobre a importância dos projetos desenvolvidos com o apoio do edital, destacando a necessidade de dar prosseguimento a essas atividades. “Foi um ano difícil, mas precisamos ter esperança. 2022 vem aí e com esses projetos vemos que nós temos muito o que fazer”, reforçou.

Já a coordenadora da Pós-Graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT) Conceição Almeida, destacou a união da equipe como um dos principais elementos para a concretização dos projetos, ressaltando a interação entre alunos, professores e colaboradores e a necessidade de acreditar em dias melhores. “Realmente não tem sido fácil, mas se a gente mantiver a esperança e a vontade, nós conseguiremos”, afirmou.  A esperança de dias melhores foi reforçada pela coordenadora do PROIIC, Juliana Fullam, que parabenizou as equipes e enfatizou a necessidade de estabelecer um diálogo entre cientistas e o público geral. “Precisamos divulgar o que a gente faz e demonstrar a importância da ciência…mostrar a população que o que nós fazemos é importante e que fazemos para eles”, finalizou.

Conheça os projetos contemplados pelo Edital de Divulgação Científica

 

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Inscrições prorrogadas para edital de Doutorado na área de Biotecnologia e Saúde Digital

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) torna público o edital para inscrição de candidatos que desejem participar do processo seletivo 2022.1 para ingresso em uma turma especial do Programa de Doutorado na área de concentração de Biotecnologia e Saúde Digital, stricto sensu, no primeiro semestre do ano de 2022. As inscrições foram prorrogadas até dia 20 de janeiro de 2021..

Clique aqui para consultar o Edital com a prorrogação.

 

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Palestra abordou fisiopatologia da doença falciforme e perspectivas de tratamento

A Sessão Científica, realizada no dia 19 de novembro, através da plataforma Zoom, recebeu a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves, que apresentou a palestra ‘Fisiopatologia da doença falciforme e perspectivas de tratamento’. O evento foi mediado pela pesquisadora da instituição, Camila Indiani, que abriu a atividade apresentando a convidada e destacando a sua relevância para a comunidade científica.

Marilda Gonçalves iniciou agradecendo o convite e falou sobre a epidemiologia da doença falciforme, enfermidade presente na África, península arábica, parte da Ásia, Américas e no Sul da Europa, chegando a afetar entre 300 e 400 mil crianças em todo o mundo. No Brasil, a maior incidência está no estado da Bahia, onde 0,2% das crianças nascem com a forma mais grave da doença. Durante a apresentação, a pesquisadora descreveu algumas condições enfrentadas por pessoas nesta condição, como a hemólise e a falcização das hemácias e os seus desdobramentos, como a disfunção endotelial e o fenômeno de vaso-oclusão.

Marilda também falou sobre as manifestações clínicas ocorridas na doença falciforme, que podem compreender acidente vascular cerebral (AVC) e infartos silenciosos, osteonecrose, sequestro esplênico e hepático, além da suscetibilidade a infecções. “É necessário que o acompanhamento desses pacientes, principalmente aqueles que têm a forma mais grave da doença, a anemia falciforme, seja seguido por uma equipe multiprofissional porque é uma doença que envolve o acompanhamento com várias especialidades clínicas”, afirmou.

A pesquisadora também abordou as diferentes formas de tratamento disponíveis, apresentando as abordagens voltadas a fisiopatologia, transplante de medula óssea, terapia gênica e as terapias adjuvantes – destinadas a suprir os efeitos da hemólise e da vaso-oclusão. Ainda sobre o tratamento, Marilda ressaltou o uso da hidroxiuréia no Brasil, medicamento que reduz a contagem de leucócitos, reticulócitos e plaquetas, e aumenta a produção de hemácias com concentrações elevadas de HbF.

Marilda Gonçalves discorreu ainda sobre os novos estudos e descobertas a respeito de testes terapêuticos e novos fármacos que podem contribuir para o avanço no tratamento da doença falciforme, apresentando resultados de pesquisas nacionais e internacionais. “Nós estamos em um momento muito importante com esses novos tratamentos, como a edição e a terapia gênica. É um momento muito importante para o estudo da doença falciforme”, ressaltou. Marilda apresentou resultados do seu grupo de pesquisa, envolvendo estudos realizados por vários alunos de pós-graduação, todos eles hoje doutores (Thassila Pitanga, Modeste Yahouedehou, Sânzio Santana, Caroline da Guarda, Milena Aleluia e Rayra Santiago), apresentando resultados que investigaram a inflamação e os diferentes mecanismos de ação associados a hidroxiuréia. Por fim, foi aberto o espaço para contribuições por parte dos ouvintes que puderam fazer perguntas e sanar dúvidas a respeito do tema.

 

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Pesquisador da Fiocruz Bahia é novo coordenador do Fio-Chagas

O pesquisador da Fiocruz Bahia, Fred Luciano Santos Neves, foi nomeado, no dia 24/11, coordenador do Programa de Pesquisa Translacional em Doenças de Chagas – Fio-Chagas, para o biênio 2022-2024. É a primeira vez que um cientista de uma unidade regional ocupa o cargo. Também ocupam esta posição os pesquisadores da Fiocruz André Roque (IOC), Tânia C. Araújo Jorge (IOC) e Luiz Henrique Conde Sangenis (INI).

“Sempre participei ativamente do programa, desde a época que se chamava PIDC (Programa Integrado de Doença de Chagas). Durante os últimos anos muitas parcerias foram firmadas dentro do Fio-Chagas, o que facilitou o desenvolvimento do TR Chagas e sua produção por Bio-Manguinhos. Os desafios serão grandes neste próximo biênio, mas os resultados para a Fiocruz serão valiosos. Muito orgulho de ter recebido o convite”, declarou Neves.

Fred Luciano é um um dos idealizadores do TR Chagas, novo kit diagnóstico para doença de Chagas crônica, que obteve registro da Anvisa em 2020. O teste rápido, que dá o resultado em 15 minutos, será produzido pela unidade produtora de imunobiológicos da Fiocruz, Bio-Manguinhos, e irá contribuir para a melhoria do diagnóstico da doença no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente nas ações de controle e vigilância epidemiológica coordenadas pelo Ministério da Saúde.

O Fio-Chagas é composto por vinte e seis grupos de pesquisa, reunindo pesquisadores das diversas unidades da Fiocruz. Tem como missão ser protagonista decisivo na pesquisa em doença de Chagas e gerar produtos aplicáveis ao SUS; ser referência na elaboração de estratégias de vigilância nesta enfermidade; e elaborar estratégias educativas para a conscientização da população com relação aos diferentes aspectos da doença.

O Programa promove a articulação de grupos de pesquisa biomédica, clínica, de desenvolvimento tecnológico em saúde coletiva em torno de projetos que desenvolvem respostas para as necessidades e questões críticas para o controle de agravos, no caso a doença de Chagas, estimulando a composição de equipes inter laboratoriais, interunidades e interinstitucionais. A iniciativa assegura uma contribuição efetiva da Fiocruz para o controle da doença de Chagas no século 21, com metas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Sobre o pesquisador

Fred Luciano possui graduação em Farmácia-Bioquímica e mestrado em Patologia Humana pela IGM/UFBA, e doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde pela Fiocruz Pernambuco. Atualmente, é Pesquisador da Fiocruz Bahia, onde vem se dedicando a estudos sobre a busca de biomardores diagnósticos de doenças infecto-parasitárias. Docente permanente do curso de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (conceito 6), da Fiocruz Bahia, é responsável pela disciplina Desenvolvimento de Ferramentas Diagnósticas para Identificação de Patógenos. Atualmente é pesquisador nível 2 do CNPq.

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Dissertação caracteriza perfil bioquímico, hematológico e inflamatório em camundongos falciformes

Autoria: Gustavo Marinho Miranda
Orientação: Jaime Ribeiro Filho
Título da dissertação: “Caracterização do perfil bioquímico, hematológico e inflamatório em camundongos falciformes: correlações com o metabolismo lipídico e produção de eicosanoides em modelo de úlcera cutânea”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 16/12/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Anemia Falciforme é uma hemoglobinopatia autossômica recessiva, caracterizada pela mutação na sexta posição do gene da β-globina (GAG → GTG) que leva à substituição do ácido glutâmico por valina, gerando a hemoglobina S (HbS). Sua patogênese está relacionada com a polimerização da HbS, vaso-oclusão e inflamação estéril com posteriores complicações e alterações sistêmicas. As úlceras falciformes são complicações que afetam 8% a 10% dos pacientes com AF. Nesse contexto, embora seja estabelecido que a úlcera falciforme tanto resulte da predisposição dos pacientes, como induza processos inflamatórios, os mecanismos envolvidos, em particular, a participação dos mediadores lipídicos, permanecem por ser melhor investigados. OBJETIVO: Caracterizar o perfil hematológico, bioquímico e inflamatório de camundongos humanizados para anemia falciforme e avaliar as alterações locais e sistêmicas induzidas pela úlcera cutânea nestes animais. MATERIAIS E MÉTODOS: Após anestesia, amostras de sangue total, soro, órgãos e fragmentos de pele de camundongos da linhagem Townes B6:129 foram coletados a fim de determinar as diferenças basais em parâmetros bioquímicos, hematológicos e inflamatórios de camundongos sadios (AA), com traço falciforme (AS) e com anemia falciforme (SS). No modelo murino de úlcera falciforme, quatro lesões cutâneas de 4 mm foram induzidas no dorso dos animais, e amostras destas lesões foram coletadas nos tempos de 0, 24 e 72h após a indução das úlceras. Nestes mesmos períodos de avaliação, amostras de sangue total foram destinadas à análise de hemograma e leucograma por análise semiautomatizada, utilizando equipamento URIT 5160 Vet e esfregaços sanguíneos corados com Romanowsky. Análises bioquímicas de colesterol total (CT), triglicerídeos, AST, ALT, ureia e creatinina realizada no soro, por espectrofotometria por método automatizado no equipamento Smart Vet 200+. As concentrações de PGE2 e LTB4 no soro foram avaliados por ELISA. A expressão de genes associados à produção de eicosanoides tais como COX-1, COX2, 5-LO, PLA2 e PLIN2 nas lesões cutâneas foram determinadas por RT-qPCR. Análises histológicas do infiltrado inflamatório foram realizadas por microscopia em lâminas coradas por H&E, utilizando o programa Imaje J 1.53. As diferenças entre os grupos e respectivos tempos foram avaliadas por pelos testes One-way ANOVA, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, utilizando o programa Graphpad Prism 8.0.2. RESULTADOS: A caracterização dos parâmetros basais mostrou que animais SS apresentaram anemia hemolítica grave e leucocitose, enquanto o grupo AS se assemelhou ao controle. Níveis elevados de AST foram observados nos grupos AS e SS em comparação ao grupo AA, enquanto ALT do grupo SS estava elevada em comparação com os grupos AA e AS, e os níveis de creatinina do grupo SS foram significativamente maiores que o grupo AA. No grupo SS a concentração sérica de PGE2 se mostrou elevada enquanto os níveis de LTB4 estavam diminuídos em comparação com os animais do grupo AA e AS. Correlações negativas entre hemoglobina, hemácias, hematócrito e PGE2 foram observadas. As alterações induzidas pela úlcera no hemograma do grupo SS não foram significantes. No entanto, houve redução dos leucócitos totais em 24h e aumento em 72h nesse grupo. Em contrapartida, o infiltrado leucocitário tecidual apresentou aumento em 24h e leve redução em 72h. No grupo SS em 24h, houve redução de CT e de AST. Já em 72h, observamos aumento do CT e redução de ALT e creatinina no mesmo grupo. Ainda no grupo SS, o perfil de expressão da COX-2 no tecido aumentou em 72h, enquanto a PGE2 e LTB4 sistêmicos não apresentaram alterações significativas. CONCLUSÃO: Animais transgênicos com anemia falciforme apresentam alterações bioquímicas e hematológicas que estão correlacionadas a um desbalanço no metabolismo lipídico e produção de eicosanoides, contribuindo para um maior estado inflamatório em nível basal. A indução de úlcera cutânea neste modelo leva a um maior recrutamento de leucócitos nos animais doentes em comparação com os animais saudáveis e com traço falciforme, o que parece estar relacionado com as alterações bioquímicas, hematológicas e inflamatórias apresentadas por estes animais. Palavras-chave: Camundongos transgênicos; Doença falciforme; Eicosanoides; Inflamação; Úlcera cutânea.

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Nota de esclarecimento sobre posicionamento da Fiocruz Bahia para realização do Carnaval de Salvador

Em virtude das recentes citações à Fiocruz Bahia em torno do debate sobre a realização do Carnaval de Salvador em 2022, esclarecemos que a seleção de trechos específicos do ofício encaminhado à Comissão de Retomada de Eventos da Câmara Municipal de Salvador, no dia 22 de novembro de 2021, está levando a uma interpretação errônea de que a Fiocruz Bahia avalizou a realização do Carnaval de Salvador, que reúne milhões de pessoas, se 90% da população da capital baiana estiver vacinada.

No documento, o observatório Covid-19 da Fiocruz, destaca de início, a partir da avaliação de especialistas em epidemiologia da instituição, que têm acompanhado a evolução da pandemia desde março de 2020, que “tudo dependerá do cenário no período que antecede o carnaval, a partir de janeiro”, em função das consequências das comemorações de final de ano e das férias escolares. Esta ressalva apontava o grau de incerteza em que nos encontramos no momento, o que impediria afirmativas categóricas sobre o planejamento de um evento de grandes dimensões, com aglomeração inevitável de milhões de pessoas.

Assim, a recomendação de avanço da vacinação, a pelo menos 90%, seria o fator necessário para que fosse iniciada qualquer discussão, ou seja, atingida esta margem, será necessário avaliar outros fatores citados no documento, a exemplo, do controle da entrada de não vacinados e a testagem, uma vez que o evento atrai indivíduos de outras regiões do Brasil e de outros países.

A Fiocruz, como instituição paradigmática no âmbito da saúde, com amplo reconhecimento nacional e internacional, sempre atuou em favor da vida, da saúde dos indivíduos e coletiva. Nossa atuação durante a pandemia da Covid-19 demonstra nosso compromisso centenário com a saúde dos brasileiros. Desta forma, é equivocado informar que a Fiocruz Bahia se posicionou a favor da realização do Carnaval de Salvador, uma vez que as recomendações colocadas no referido ofício não estão sequer contempladas para que fosse iniciada a discussão.

A Fiocruz Bahia sempre esteve disponível para dialogar com outras instituições representativas da sociedade, por isso não nos furtamos em participar de debates públicos que versem sobre políticas públicas que irão atingir a saúde dos brasileiros, principalmente em momento de alerta de nova onda da Covid-19, em diversos países da Europa, e com a possibilidade de aparecimento de novas variantes do SARS-Cov-2. Continuamos abertos ao diálogo para que a saúde da população seja preservada e priorizada.

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Resposta de teste rápido para esquistossomose é analisada em dissertação

Autoria: Ronald Alves dos Santos
Orientação: Ricardo Riccio Oliveira
Título da dissertação: “Avaliação do padrão de resposta do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de elevada endemicidade no Estado da Bahia”
Programa: Pós-Graduação em Patologia
Data de defesa: 17/12/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença negligenciada causada por helmintos do gênero Schistosoma, e reconhecida como um importante problema de saúde pública que afeta especialmente as comunidades mais pobres ao redor do mundo. A esquistossomose possui uma ampla distribuição ao redor do mundo, porém, está restrita apenas às zonas tropical e subtropical, onde vivem os parasitos e seus hospedeiros intermediários, fator esse que influencia diretamente na distribuição global da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as pessoas mais suscetíveis a contrair a esquistossomose são as que habitam áreas carentes, cuja fonte de renda principal seja a pesca ou a agricultura em rios e lagos com caramujos infectados. O diagóstico atualmente é realizado por exame parasitológico de fezes, pelo método Kato-Katz, o que representa uma limitação dos estudos e inquéritos parasitológicos, considerando o cenário epidemiológico atual do Brasil. Alguns testes diagnósticos estão sendo propostos e avaliados em todos o mundo, dentre eles, destaca-se o teste rápido em urina POC-CCA. OBJETIVO: Determinar a frequência de positividade do teste rápido em urina para o diagnóstico da esquistossomose, POC-CCA, em uma população de alta prevalência no estado da Bahia, antes e após o tratamento da esquistossomose. METODOLOGIA: Trata-se de uma coorte realizada no município de Conde-BA, localizado a cerca de 170 km de Salvador-BA. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos com idade entre 4 e 70 anos que entregaram amostras de fezes e urina. As amostras de fezes foram utilizadas para a confecção de duas lâminas de Kato-Katz, e as de urina para a execução do POC-CCA e tira reagente de urina. Para as análises do póstratamento, todos os indivíduos que receberam o tratamento para a esquistossomose e enviaram amostras de fezes e urina foram incluídos. O acompanhamento foi realizado em cinco momentos: avaliação pré-tratamento (D0), tratamento (D30), controle de cura (D30), acompanhamento 180 (D180) e 360 (D360) dias após tratamento. RESULTADOS: Foi identificada a presença de ovos de S. mansoni em 189 indivíduos (55,59%) com mediana da carga parasitária de 36 (12–108) ovos por grama de fezes (OPG). Para a avaliação do POCCCA das 273 amostras no D0, 58,24% (n=159) foram positivas para o Antígeno Catódico Circulante (CCA), destes, 18,32% (n=50) foram considerados falso-negativos; 19,05% (n=52) falso-positivos; 23,44% (n= 64) verdadeiro-negativos e 39,19% (n=107) verdadeiro-positivos. Demonstramos ainda que a densidade da urina é um fator que interfere no desempenho do OC-CCA, onde urinas com densidade mais elevada aumentar a chance de resultados falso negativos no POC-CCA CONCLUSÃO: O POC-CCA, apesar de apresentar uma frequência de resultados positivos maior do que a trazida por duas lâminas de Kato-Katz, apresenta um número considerado de falso-negativos, especialmente entre os indivíduos com baixa carga parasitária. O POC-CCA mostrou as mesmas falhas que o Kato-Katz, no que diz respeito a sensibilidade em amostras com baixa carga parasitária, além disso, o método demonstrou sofrer influência da densidade urinária. Por essa razão a utilização em larga escala do POCCCA não pode ser recomendada em seu formato atual. É possível que a adequação do teste ou do estado do paciente, como a recomendação de hidratação do paciente antes da coleta de material, ou utilização de solução tampão durante a aplicação da amostra, possam auxiliar na melhoria de desempenho deste teste em regiões de alta endemicidade do Brasil.
PALAVRAS CHAVE: Schistosoma mansoni; Diagnóstico; POC-CCA.

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Projeto Sons e Imagens da Bahia realiza mostra de cinema

Nesta quinta-feira, 25/11, às 18h, acontece a Mostra de Cinema do Projeto Sons e Imagens da Bahia. O evento, aberto ao público, será transmitido pelo canal da Fiocruz Bahia, no YouTube. Os vídeos exibidos são fruto de oficinas de audiovisual ministradas a alunos da rede estadual de ensino, para a produção de curta-metragens.

O objetivo do projeto, que vem sendo realizado desde agosto deste ano, é proporcionar aos estudantes conhecimento em estratégias de promoção e disseminação da cultura popular e da divulgação científica da saúde, além de incentivar a produção digital e audiovisual como linguagem interdisciplinar.

Esta é uma ação do projeto Sons e Imagens da Bahia através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com gestão cultural da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. O projeto Sons e Imagens da Bahia conta com o patrocínio da Bayer e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

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Webinar sobre medicina personalizada acontece em 25/11

O 2º EULAC PerMed Webinar 2021In Silico Models and Personalised Medicine será realizado no dia 25 de novembro, às 10h, pelo Zoom. O evento, promovido através do projeto internacional EULAC-PerMed, do qual a Fiocruz é membro, reunirá palestrantes e participantes de países da Europa, América Latina e do Caribe, visando intercâmbio de conhecimentos e estratégias relacionadas à implementação da pesquisa em Medicina Personalizada. 
 

O webinar conta com a participação da pesquisadora do Hospital Sírio Libanês, Anamaria Aranha Camargo, que ministrará a palestra “Precision Oncology In Brazil:A Promising Future But Along Way To Go”, e do pesquisador do Centro de pesquisa Jülich GMBH na Alemanha, Marc Kirsncher, que abordará o tema “A European Standardization framework For Data integration And Data-Drivenin-Silico Models For personalised Medicine”.

Acesse o link para participar do evento.

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Tese investiga a modificação de aminoácidos e do envelope do vírus Zika

Autoria: Jamile Gomes Conceição
Orientação: Ramon dos Santos El-Bachá
Título da tese: Estudo da interação da fenilfluorona com aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika e seus efeitos em células in vitro
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 30/11/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

Zika é uma doença que se tornou um problema de saúde pública mundial. O vírus pertence a família Flavivírus, e possuem resíduos de arginina, lisina e cisteína que são altamente preservados na glicoproteína E. Catecóis ao se oxidarem geram quinonas e semiquinonas altamente reativas, que são capazes de se ligar a resíduos de arginina, lisina e cisteína de proteínas. Catecóis podem modificar covalentemente a estrutura de aminoácidos da glicoproteína E, alterá-los covalentemente e interferir na infectividade viral. OBJETIVO: Este trabalho investigou a modificação de aminoácidos da glicoproteína e do envelope do vírus Zika através da Fenilfluorona. METODOLOGIA: Foram analisados os locais de ligação da fenilfluorona com resíduos de aminoácidos da glicoproteína E in silico. Foi identificada a concentração não citotóxica da Fenilfluorona em linhagem de glioblastoma U-251 através de testes de viabilidade celular. Comparou-se a infectividade do vírus selvagem (não modificado com Fenilfluorona) com a do vírus modificado em cultura de células Vero pela formação de unidades formadoras de placas (PFU). Investigou-se a resposta imunológica por ELISA através da expressão de citocinas TNF,IL-8 e IL-10. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do zika vírus. A fenilfluorona não apresenta citotoxicidade para células de glioblastoma U-251 em uma mediana de 49,9 µM. O vírus modificado com a fenilfluorona apresentaram redução da PFU em células Vero. Não houve alteração estatisticamente significativa de interleucinas IL-8, IL-10 e TNF nas células infectadas com o vírus modificado. CONCLUSÃO: Entende-se que a fenilfluorona interage com a glicoproteína E do vírus da Zika. Concentrações não tóxicas de Fenilfluorona não interferem na viabilidade de linhagens de células de glioblastomas U-251. Os vírus modificados com fenilfluorona tem sua infectividade reduzida em células Vero. Não há mudança na expressão de interleucinas. O vírus modificado não altera o perfil de expressão de das interleucinas IL-8 IL-8, IL-10 e TNF em glioblastomas.

Palavras-chave: células de glioblastoma, Zika vírus, Fenilfluorona.

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Tese avalia prevalência de doença reumática e sarcopenia na população do ELSABrasil

Autoria: Lélia Renata Carneiro Vasconcelos
Orientação: Maria da Conceição Chagas de Almeida
Título da tese: “SARCOPENIA E OCORRÊNCIA DE DOENÇAS REUMÁTICAS ENTRE OS PARTICIPANTES DO ELSA-Brasil”
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 30/11/2021
Horário: 14h30
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A sarcopenia é caracterizada pela redução de massa e força muscular esquelética de forma progressiva. Está associada a eventos negativos de saúde e nos casos mais graves pode levar a limitações e síndrome da fragilidade. Existe associação entre sarcopenia e doenças crônicas, entre elas, as doenças reumáticas. As doenças reumáticas (DR) compreendem uma gama de patologias com diferentes manifestações clínicas, entre as quais, a dor, desgaste em estruturas do aparelho locomotor, limitações funcionais, que levam a redução da qualidade de vida, da produtividade e a elevados custos de assistência à saúde. Tanto a sarcopenia quanto as DR, têm em comum o caráter inflamatório, as repercussões negativas ao estado de saúde e são consideradas um problema de saúde pública. O conhecimento sobre a frequência e fatores associados a sarcopenia poderão constituir-se como insumos importantes para triagem e identificação precoce desta patologia entre pacientes reumáticos. OBJETIVO: Nesse sentido, o propósito do presente estudo é estimar a prevalência de DR e sarcopenia e analisar a associação entre a presença de doenças reumáticas e a ocorrência de sarcopenia na população do ELSABrasil. METODOLOGIA: Tratar-se de um estudo transversal que utiliza dados oriundos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma coorte prospectiva, que conta com uma população de 15.105 participantes, homens e mulheres funcionários de seis Instituições de diferentes regiões do país, com idade entre 34 e 75 anos. Os dados fazem parte da linha de base realizada 2008 a 2010 e da etapa ocorrida entre 2012 a 2013. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista utilizando questionário estruturado, além da realização de exames complementares para acompanhamento do estado de saúde, entre eles a força de preensão palmar e bioimpedância. A prevalência de sarcopenia foi calculada usando dois critérios de diagnóstico. O primeiro critério com base na perda de massa muscular (sarcopenia grau I); e o segundo critério com base na redução da força e da massa muscular (sarcopenia grau II). Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva, medidas de associação para variáveis categóricas. Foi realizada análise de regressão logística bruta e ajustada para verificar possíveis fatores intervenientes. RESULTADOS: Para esse estudo foram selecionados 7.708 indivíduos, sendo a maioria mulheres (n=3864), com média de idade 51,85 ± 9,0 anos, brancos (as), que vivem com companheiro(a), tem nível superior de escolaridade, estavam no maior tercil de renda, e exerciam trabalho não manual e não rotineiro. A prevalência de doenças reumáticas foi de 33,7%. Foram consideradas todas as doenças reumáticas relatadas. A prevalência de sarcopenia variou de 1,2% a 16,7% de acordo o critério de classificação utilizado. As variáveis idade e presença de comorbidades mantiveram associação positiva estatisticamente significante tanto para sarcopenia quanto para DR para ambos os sexos. Foi verificada associação positiva estatisticamente significante entre doenças reumáticas e sarcopenia grau II entre as mulheres. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo sugerem que na presença de DR, o comprometimento da massa muscular e força muscular possa ser mais significativo para pessoas do sexo feminino. Descritores: Sarcopenia, Doenças Reumáticas, Epidemiologia, Saúde.

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Fiocruz Bahia celebra Dia Nacional de Combate à Tuberculose (17/11)

Nesta quarta-feira, 17/11, é celebrado o Dia Nacional do Combate à Tuberculose. Apesar de ser curável, a doença é responsável pela quarta maior taxa de mortes por infecção no Brasil, são 70 mil casos em média por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. A data surgiu com o propósito de alertar os brasileiros para a prevenção e a importância do tratamento da doença, que é eficaz e em uma ou duas semanas já diminui a capacidade do paciente de infectar as pessoas de seu convívio, embora os cuidados devam ser seguidos mesmo após o fim dos sintomas.

Os sintomas mais comuns são tosse por mais de três semanas (às vezes, com sangue), dor ao respirar ou tossir, perda de peso, febre, fadiga e dores pelo corpo, especialmente no peito. Muitos indivíduos não apresentam qualquer tipo de sintoma inicial após a infecção, desenvolvendo a doença pulmonar anos após o contato com a bactéria. Aplicada logo nos primeiros dias de vida, a vacina BCG é altamente eficaz na proteção contra o desenvolvimento de doenças como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar nos primeiros anos de vida, porém em adultos essa proteção é insuficiente para controlar a transmissão.

A tuberculose pode ser detectada através de exames, como a radiografia de tórax, disponível gratuitamente pelo SUS, assim como todo o tratamento. Na Bahia, o quinto estado com maior número de casos, a taxa de abandono do tratamento pelos pacientes chega a 8,1%. O risco de a doença se agravar novamente é muito grande e a bactéria pode ficar resistente aos medicamentos. 

Pesquisadores da Fiocruz Bahia atuam em estudos sobre a doença, o desenvolvimento de práticas para melhor diagnóstico e tratamento dos pacientes e vacina. Uma das pesquisas mapeou a interação entre tuberculose e diabetes, analisando como a origem do aumento do risco de adquirir tuberculose ativa em pessoas com diabetes é multifatorial.

Confira o vídeo da pesquisadora da Fiocruz Bahia, Theolis Bessa, vice-líder do Grupo de Pesquisa Clínica Fiocruz em Tuberculose, sobre a importância da data:

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SciNEXT abordou oportunidades de carreira científica nacional e internacional

Nos dias 5 e 6 de novembro, ocorreu o SciNEXT: Nova geração de cientistas, realizado em parceria entre a Fiocruz Bahia e o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, com o objetivo de discutir sobre oportunidades de carreira científica nacional e internacional. Esta primeira versão teve como público alvo toda a comunidade acadêmica da Fiocruz Bahia. Confira a playlist das palestras.

Foram 105 inscritos, com alunos e alunas do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), incluindo os ICs Junior (PROVOC), os discentes do Programa de formação técnica em ciência, tecnologia e inovação em saúde (PROFORTEC-SAÚDE), bem como discentes de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Patologia Humana (PGPAT), da Universidade Federal da Bahia em ampla associação com a Fiocruz Bahia, Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PGBSMI) da Fiocruz Bahia, bem como do curso de Pós-graduação em Pesquisa Clínica e Translacional (PGPCT).

No primeiro dia do evento, as boas-vindas aos participantes foram dadas por Valéria Borges, coordenadora de Ensino da Fiocruz Bahia e do PGPAT, e Cynthia Michels, uma das líderes do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício. A palestra de abertura foi proferida por Patrícia Veras, ex-vice-diretora de Ensino e Comunicação da Fiocruz Bahia, com o tema: Atração de jovens para o futuro da Ciência, tendo como moderadora Juliana Menezes Fullam, coordenadora do PROIIC. Logo após, foi apresentado o Programa Meninas Baianas na Ciência: conectando passado, presente e futuro e suas perspectivas, pela pesquisadora da Fiocruz Bahia, Karine Damasceno, que compõe a comissão do programa juntamente com as pesquisadoras Natália Tavares e Isadora Siqueira.

Em seguida, aconteceu a mesa-redonda ‘Trajetórias de carreiras de mulheres cientistas da Fiocruz Bahia’, com Camila Indiani, ex-vice-diretora de Pesquisa da Fiocruz Bahia; Cecilia Favali, egressa do PGPAT e atual docente da Universidade de Brasília, e Deborah Fraga, egressa do PGBSMI e atual coordenadora do mesmo Programa.

No dia 6 de novembro, a mesa-redonda ‘Desafios e facilidades de trabalhar com ciência no exterior’ foi moderada pela cientista Raquel Santana e teve a participação das pesquisadoras do Comitê Ciência do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício,  Eliza Alves-Ferreira, Liliana Massis, Luciana Frazão  e Nárjara Grossmann falando de suas trajetórias acadêmicas e profissionais no exterior.

O evento também contou com Márcia Fournier, co-fundadora e presidente da ONG Dimensions Sciences, e Lucas Cunha, analista do BRASA – Associação de estudantes brasileiros no exterior, tendo como moderadora Cynthia Michels, na última mesa intitulada ‘Quer estudar ou trabalhar com ciência no exterior?’. Os palestrantes compartilharam sobre suas experiências profissionais, sobre a missão das instituições que representam e responderam perguntas dos discentes sobre como aplicar para oportunidades internacionais. O evento foi encerrado com a fala da Diretora da Fiocruz Bahia, Marilda Gonçalves.

Cynthia Michels pontuou que foi uma parceria frutífera entre a Fiocruz Bahia e o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, que conta com cientistas que atuam no governo, no setor privado e na academia nos Estados Unidos, sem nunca perderem o foco em contribuir para a valorização e o fortalecimento da ciência no Brasil. Segundo Valéria Borges, o SciNEXT: Nova geração de cientistas foi um evento marcante da Equipe de Ensino, coordenada por Cláudia Ida Brodskyn, atual Vice-Diretora de Ensino. 

“Nosso corpo discente em diferentes estágios de formação desde a Iniciação Científica à Pós-graduandos, acompanharam todas as atividades da  programação com curiosidade e entusiasmo e fizeram uma avaliação positiva”, disse. “O SciNEXT foi um evento diferente de tudo o que eu já vi na Fiocruz Bahia. Considero um espaço de acolhimento, empoderamento e formação de novos líderes em um tempo muito oportuno”, declarou Igor Muller, egresso de mestrado do PGBSMI.

Já a IC Ana Caroline Santos declarou que se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o SciNEXT 2021, escolheria inspiração. “De fato, o evento foi marcado pela exposição de trajetórias marcantes de grandes mulheres cientistas, que mostraram como vale a pena persistir no sonho de tornar-se cientista, mesmo em meio aos desafios que se enfrentam no caminho”. Veja mais depoimentos dos discentes neste link.

Sobre Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício

O Grupo Mulheres do Brasil, presidido por Luiza Helena Trajano, foi fundado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. São mais de 98 mil mulheres no Brasil e no exterior, atuando de forma voluntária em causas alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, em mais de 150 Núcleos. O Núcleo Vale do Silício, organizador do SCINEXT junto com a Fiocruz Bahia, é liderado por Monica Kangussu-Marcolino, Aline Fontes e Cynthia Michels, e tem como objetivo construir uma ponte entre o Brasil e o Vale do Silício em prol do desenvolvimento do País.

O Núcleo Vale do Silício é composto por diferentes comitês temáticos, entre eles o Comitê Ciência, que tem como missão contribuir para a valorização da ciência no Brasil através principalmente de ações que fortaleçam a presença das  mulheres na ciência. O comitê é liderado por Eliza Alves-Ferreira, Liliana Massis e Nárjara Grossmann, e é composto pelas também cientistas Raquel Santana e Luciana Frazão.

Saiba mais no link: https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/

Sobre as instituições parceiras:

Dimensions Sciences

A Dimensions Sciences, presidida por Márcia Fournier, visa promover a inclusão na ciência de grupos étnicos, culturais, raciais, religiosos, e minorias de gênero, além de fornecer oportunidades que promovam a diversidade e o crescimento profissional. Em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício, fundaram e coordenam  o prêmio ScientistA, uma iniciativa com os principais objetivos de homenagear cientistas brasileiras trabalhando nos EUA e conectar os pesquisadores brasileiros nos Estados Unidos. 

Saiba mais sobre o Dimensions Science e da premiação do ScientistA nos links: https://dimensionssciences.org/ e https://www.grupomulheresdobrasil.org.br/premio-scientista-conheca-a-historia-do-projeto/

BRASA

A associação de estudantes brasileiros no exterior, BRASA, oferece benefícios como ajuda financeira, mentoria e atividades de desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional para estudantes de baixa renda que estudam ou irão estudar em uma universidade no exterior. Fundado em 2018, o programa já conta com três gerações de bolsistas. A organização tem como missão, fomentar a igualdade de oportunidades para que talentos brasileiros realizem o sonho de estudar no exterior.

Saiba mais no link: https://www.bolsas.gobrasa.org/

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Depoimentos SCINEXT

Depoimentos SCINEXT

O que o evento SciNEXT contribuiu para sua formação acadêmica?

“Além de todas as oportunidades maravilhosas para os pesquisadores, eu notei no SciNEXT que todos nós passamos por momentos em que duvidamos de nossas capacidades, mas que apesar disso devemos nos sentimos capazes de lutar por nossos sonhos.”

Pedro Olivaldo Santos Júnior, Iniciação Científica

 

 

 

“Amei o evento! Concordo que foi emocionante e humano ver as pesquisadoras contando suas trajetórias e histórias de como não foi fácil chegar onde elas estão hoje, um aprendizado bastante importante para quem nem começou ainda! Eu me vi nelas, pois muitas vezes julgamos que deve ter sido fácil, mas sei que não vai ser. Esse evento me deu um gás a mais!”

Laiane Almeida Santos, PROVOC

 

 

 

“Acho que se eu tivesse que escolher uma palavra para definir o SciNEXT 2021, eu escolheria inspiração. De fato, o evento foi marcado pela exposição de trajetórias marcantes de grandes mulheres cientistas, que mostraram como vale a penar persistir no sonho de tornar-se cientista, mesmo em meio aos desafios que enfrentam no caminho. Ademais, a exposição de projetos como o “Meninas baianas na ciência” mostrou como é possível e importante aproximar a ciência da população, especialmente de adolescentes em formação e, ainda, a apresentação de empresas que fomentam a vivência de experiências no exterior foi também outro grande marco do evento, que serviu como um potente estímulo para prosseguir no sonho da pesquisa científica”.

Ana Carolina Santos, Iniciação Científica

 

“Foi incrível 🤩

Fiquei muito feliz com a oportunidade! Parabéns pela ideia e pela organização! Foi um evento muito inovador e necessário!”

Lorena Cunha Martins, Apoio técnico

 

 

 

 

“Minha experiência no evento SciNEXT foi única e inesquecível que com certeza vou levar para toda minha vida acadêmica e profissional, através da palestras e mesas redondas ministradas fiquei ainda mais motivada a seguir a carreira acadêmica e científica, cada vivência e experiência passada pelas palestrantes foi de grande aprendizado e incentivo principalmente em relação a especialização no exterior que sempre foi um sonho, e através do evento pude me sentir mais próxima dessa realidade e entender que é possível chegar lá! Agradeço a todos os envolvidos por essa experiência tão enriquecedora! Espero que tenhamos mais nos próximos anos! “

Mariellen Santos de Jesus Souza, Iniciação Científica, graduanda em Farmácia

 

 

“O SCINEXT foi um evento diferente de tudo o que eu já vi na Fiocruz Bahia. Considero um espaço de acolhimento, empoderamento e formação de novos líderes em um tempo muito oportuno. Fomos acolhidos ao conhecer as trajetórias de pesquisadoras de destaque em nossa instituição e notar os percalços que também vivenciamos sendo por elas superados. Fomos empoderados ao entender que é possível vencer os nossos desafios, em nossas realidades, e continuar fazendo ciência, afinal, os tempos ruins passam, mas a ciência permanece. E finalmente, foram nos apresentados caminhos, alternativas e ferramentas para a construção de uma carreira sólida e bem sucedida, seja ela no contexto nacional ou internacional. Particularmente, considero esse último momento o mais valioso de todos, pois confere ao aluno independência na tomada de decisões e expande o seu leque de possibilidades. Muito obrigado Fiocruz Bahia, Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Vale do Silício e ao BRASA!”

Igor Muller, egresso de mestrado do PGBSMI

 

“O evento contribuiu de forma importante para a minha formação acadêmica. Através do depoimento das cientistas brasileiras ficou claro a importância de se dedicar aos estudos durante a pós-graduação, assim como perseverar para alcançar os objetivos na carreira. Além disso, percebi que estudar ou trabalhar no exterior é um sonho possível. E mais importante, estudando no exterior, podemos voltar para nosso país para retribuir o conhecimento adquirido.”

Márcio Almeida, discente de doutorado do PGPAT

 

 

 

“Participar da primeira edição do Scinext me promoveu um novo incentivo para buscar novas experiências científicas internacionais! Foi gratificante conhecer a história de grandes pesquisadoras que já estiveram exatamente no mesmo lugar em que estou agora.”

Yasmin Santos Freitas Macedo, discente de mestrado do PGBSMI

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Papo Acadêmico discute cuidado emocional com a Comunicação Não Violenta

O Papo Acadêmico, realizado no dia 29 de setembro, através da plataforma virtual Zoom, abordou o tema ‘Cuidado Emocional com a Comunicação Não Violenta (CNV)’, apresentado pela bióloga Thayna Meirelles. A convidada, que é mestre pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI), da Fiocruz Bahia, e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), falou sobre o papel da CNV, destacando a proposta de mudanças na forma de nos relacionarmos com o outro e compartilharmos poder.

O evento, que contou com a presença de professores, alunos e demais colaboradores dos programas de pós-graduação da Fiocruz Bahia, foi mediado pela coordenadora de Ensino Valéria Borges, que falou sobre a importância da iniciativa. “O Papo Acadêmico foi criado em 2019 com a proposta de ser, de fato, um lugar de acolhimento e troca com o nosso corpo discente, a coordenação dos programas e toda a equipe de ensino da Fiocruz Bahia. E hoje nós temos o prazer de receber uma egressa de mestrado que irá compartilhar sobre sua trajetória e atual área de atuação”, afirmou.

Em sua apresentação, Thayna Meirelles falou sobre a sua formação acadêmica, sua passagem pela Fiocruz Bahia e como essas experiências ajudaram a construir o seu caminho para a CNV, tema ao qual se dedica há 5 anos. Segundo a palestrante, a chamada comunicação trágica – pautada nas posturas que criticam, rotulam e ordenam – estão enraizadas na sociedade e são ensinadas desde o núcleo familiar, ganhando força em ambientes como a escola e o mercado de trabalho. “Infelizmente, a gente não aprende a liderar, a gente aprende a comandar”, explicou.

A palestrante falou ainda sobre a necessidade de sair da política de julgamentos em que há uma dicotomia entre certo e errado e mudar o foco para aquilo que é importante para o cuidado com os seres humanos, fundamentado em sentimentos como o pertencimento, saúde, colaboração, paz e confiança. “Na comunicação não violenta, a gente dá nome às nossas necessidades, a gente traz a comunicação também, mas a gente acredita que elas representam a própria força vital”, disse.

Meirelles também falou sobre a relação entre problemas de saúde mental, como a depressão, o ambiente de trabalho e as diversas formas de nos relacionarmos com o mundo e com as pessoas. “O nosso convite, o convite da comunicação não violenta, efetivamente, é tirar o foco sobre o que a gente pensa sobre nós e os outros e colocar o foco no que sentimos, para encontrar as nossas necessidades e fazer escolhas melhores na vida”, concluiu.

Em seguida, a  vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn, agradeceu à palestrante pela participação e falou sobre a complexidade de praticar a comunicação não violenta em diversos ambientes, ressaltando os desafios de aprender a lidar com as emoções. “É importante essa fala, principalmente para os alunos. Esse é um momento muito difícil para quem escolhe a vida acadêmica no Brasil. Especialmente nesse momento que é muito particular. A gente tem que ter a coragem de encarar este tema e saber o que é melhor”, pontuou. Por fim, foi aberto o espaço para contribuições por parte dos ouvintes que puderam compartilhar as suas experiências com os presentes.

Confira a palestra completa aqui

Sobre a palestrante

Thayna Meirelles é formadora em Comunicação não violenta e fundadora da Konekti que oferta cursos e treinamentos de CNV. Sua trajetória trabalhando com empatia e com a Abordagem Centrada na Pessoa iniciou em 2011, quando se tornou voluntária do Centro de Valorização da Vida. Iniciou seus estudos em CNV com cursos no Brasil e desde 2018, conta com diversas experiências internacionais, incluindo três imersões pelo Centro Internacional em CNV, treinamento em CNV voltada à Educação e formação em mediação usando a CNV. Atualmente encontra-se em processo de certificação como treinadora internacional pelo The Center for Nonviolent Communication.

Informações Konekti:

Site: www.cnvkonekti.com

Instagram: @cnvkonekti

 

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Fiocruz Bahia celebra o Dia Mundial de Combate ao Vírus HTLV

Nesta quarta-feira, 10 de novembro, celebra-se o Dia Mundial de Combate ao Vírus HTLV. A data foi instituída pela Associação Internacional de Retrovirologia (IRVA – International Retrovirology Association), com o objetivo de informar e mobilizar a sociedade e o poder público para sobre a infecção, as doenças a ela associadas, seu impacto na saúde pública e os meios de contê-la. 

O HTLV é um retrovírus pouco conhecido, pertencente à mesma família do HIV, que infecta um dos tipos de células humanas de defesa. As principais formas de transmissão são por meio da relação sexual, aleitamento materno e agulhas de seringas contaminadas. Diferentemente do HIV, que destrói o sistema imunológico, o HTLV provoca alterações sistêmicas que prejudicam a qualidade de vida e causa doenças como leucemia, incontinência urinária, disfunção erétil e problemas neurológicos. Ainda não há cura. 

A Bahia é um estado endêmico da doença. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz Bahia, coordenada pela pesquisadora Fernanda Grassi, em 2019, apontou a disseminação e o aumento do vírus no território. 

O HTLV foi inserido na Bahia como uma doença de notificação compulsória, em janeiro de 2011. No período de 2012 a 2020, o estado apresentou o total de 3.722 casos notificados, de acordo com o último Boletim Epidemiológico, da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (SESAB). A ocorrência da infecção predomina entre as mulheres, com 86,6% dos casos em 2020. Do total, 28,9% são gestantes. 

As faixas etárias mais atingidas são 20 a 39 anos e 40 a 59 anos e a maioria dos casos notificados é entre pardos e pretos, com cerca de 62%. Mesmo com a pandemia Covid-19, o número de pessoas notificadas como portadoras da doença em 2020 (308) é superior ao primeiro ano de registro de casos no estado (189). 

A Portaria N° 460/2020, que publicou a Linha de Cuidado aos Portadores de HTLV na Bahia, foi um marco e uma conquista de anos de mobilização de pessoas que vivem com o HTLV. A política pública, inédita no Brasil, estabelece fluxos assistenciais, ações e serviços de saúde para atender às necessidades de saúde da população portadora do vírus. O protagonismo do pesquisador emérito da Fiocruz Bahia, Bernardo Galvão, junto a organizações da sociedade civil, também foi reconhecidamente importante nesse avanço

Confira o vídeo da pesquisadora Fernanda Grassi sobre a importância da data e da conscientização sobre a doença e de suas formas de transmissão:

 

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Tese avalia participação de cílio primário em carcinoma escamocelular oral

Autoria: Renata Oliveira de Souza
Orientação: Clarissa Araújo Gurgel Rocha
Título da tese: O Cílio primário em carcinoma escamocelular oral: participação na regulação da sinalização hedgehog e proliferação celular
Programa: Pós-Graduação em Patologia Humana
Data de defesa: 29/11/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: O carcinoma escamocelular oral (CECO) é o subtipo tumoral que mais acomete os tecidos bucais. A via Hedgehog (HH) é uma importante cascata no desenvolvimento embrionário, que também está associada ao desenvolvimento tumoral, inclusive do CECO. A via HH ocorre, de maneira canônica, no Cílio primário (CP), estrutura que funciona como um sensor, responsável por abrigar diversas vias de sinalização. Uma alteração da função do CP pode culminar em diversos problemas, inclusive neoplasias. HIPÓTESE: Há perda do CP em CECO, o que favorece a manutenção da proliferação celular e desregulação da via HH. OBJETIVO: Estudar o processo de ciliogênese e a presença do cílio primário em tecidos e linhagens celulares de CECO, bem como a relação entre CP, moléculas HH e proliferação celular deste tipo tumoral. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizadas linhagens celulares tumorais (CT), não metastática (CAL27) e metastática (HSC3), linhagem celular não tumoral (HGK, controle) e 22 amostras de tumores humanos (TH). As linhagens tumorais foram cultivadas em meio DMEM completo suplementados com 10% de Soro Bovino Fetal, 1% de antibióticos e 8% de hidrocortisona; a linhagem HGK foi cultivada em meio Keratinocyte SFM. As células foram analisadas nos tempos 0h e, para CT, também nos tempos 6, 12, 24 e 48h em privação de soro (sincronização em G0). qPCR foi realizado no tempo 0h (CT e HGK) e nos tempos 6, 12 e 24h (CT), como também para as amostras de TH para análise da expressão gênica da via HH (PTCH1, SMO, GLI1 e SHH), CP (KIF3A, IFT88, AURKA e BORA) e proliferação (Ciclina D1). Para caracterização das proteínas do CP (α-Tubulina acetilada), via HH (SMO e GLI1) e proliferação (Ki-67 e profilina), foram realizados os ensaios de Western Blot (WB) e Imunofluorescência (IF) nas CT (tempos 0, 24 e 48h) e HGK (tempo 0h), assim como Imuno-histoquímica nos TH. A análise estatística foi realizada utilizando o teste ANOVA (p<0,05). RESULTADOS: Genes de montagem e desmontagem apresentaram níveis de expressão abaixo ou similar nas CT quando comparadas à HGK; Não houve diferença estatisticamente significante entre componentes de montagem e desmontagem do CP, proliferação celular e moléculas HH. SHH não foi encontrado nas linhagens estudadas. CP, ativação da via HH (GLI1 nuclear), SMO nuclear e citoplasmático, e proliferação celular (Ki-67 nuclear) foi encontrado nas CT. CONCLUSÕES: O CP está presente em células metastáticas e não-metastáticas de CECO, bem como em tumores humanos. Nestas células e tumores, GLI1 e SMO nucleares foram descritos independente da presença do CP, mas também em células que exibem esta organela. Em conjunto, esses resultados indicam que há ativação da via HH, canônica e não-canônica, em CECO. Ainda, a proliferação celular ocorreu de forma independente do CP nas linhagens celulares.

Palavras-chave: Neoplasias bucais, Proteínas hedgehog, Cílio primário.

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