Websérie | Leishmaniose | Episódio 3

No vídeo “Biocurativo para tratamento da leishmaniose tegumentar”, a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Camila Indiani, explica como está sendo desenvolvido na instituição um curativo a base de celulose bacteriana para tratamento da leishmaniose tegumentar ou cutânea.

A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

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Covid-19: Estudo analisa influência da faixa etária na efetividade de vacinas

Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

Um estudo realizado por pesquisadores brasileiros mostra como a idade influi na efetividade dos dois principais imunizantes usados no país contra a Covid-19. Submetida em forma de preprint no MedRxiv (versão atualizada com dados divulgados nesta matéria será disponibilizada em breve), a pesquisa Influência da idade na efetividade e duração da proteção nas vacinas Oxford/AstraZeneca e CoronaVac envolveu mais de 75 milhões de pessoas imunizadas, tornando-se o maior estudo realizado com os dois imunizantes e podendo servir de base para orientação de decisões de saúde pública, incluindo a necessidade de doses adicionais ou de reforço. 

Coordenado por Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia, o trabalho avaliou a efetividade dos imunizantes em 75.919.840 pessoas vacinadas no Brasil entre 18 de janeiro e 24 de julho deste ano. Os resultados mostram que ambas as vacinas são efetivas na proteção contra infecção, hospitalização e óbito, considerando o esquema vacinal completo (duas doses): AstraZeneca/Fiocruz, com 90% de proteção, e CoronaVac com 75%. A pesquisa também demonstrou que as duas vacinas oferecem proteção contra casos moderados e graves de Covid-19 frente às variantes de preocupação em circulação no Brasil no período da análise.

No entanto, ao separar os grupos de vacinados por faixa etária, os dados demonstram que há uma redução na proteção com o aumento da idade e que as duas vacinas oferecem graus de proteção diferentes com o esquema vacinal completo. Dos 80 aos 89 anos, a vacina AstraZeneca/Fiocruz teve um índice de proteção contra morte de 89,9%, enquanto a CoronaVac apresentou 67,2%. Acima dos 90 anos, esses índices ficaram em 65,4% nos vacinados com AstraZeneca/Fiocruz e 33,6% com CoronaVac. 

“Já tínhamos suspeita da influência da idade na queda da efetividade, porque o mesmo ocorre com outras vacinas. O que fizemos foi delimitar claramente esse ponto de declínio. Essa é também a primeira comparação feita entre vacinas que usam diferentes plataformas”, contou Barral-Netto. “A intenção é fornecer dados para embasar decisões dos gestores”. 

Importância da pesquisa no Brasil 

A AstraZeneca/Fiocruz já foi aprovada em 181 países e a CoronaVac em 39. No entanto, poucas nações conseguem oferecer uma base de dados tão ampla para um estudo desse porte. Embora os 211 milhões de brasileiros estejam divididos em diferentes regiões, o sistema de coleta de informações em saúde é o mesmo, fornecendo uma ampla fonte de dados – o que permitiu a análise por faixas etárias. Para isso, foram usados dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do e-SUS-Notifica e do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).  

Efetividade geral após esquema completo de vacinação 

Indivíduos que receberam as duas doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz tiveram uma proteção de 72,9% contra infecção, 88% contra de hospitalização, 89,1% contra internação em UTI e 90,2% contra óbito. 

Pessoas com o esquema vacinal completo pela CoronaVac tiveram um risco de infecção 52,7% menor; 72,8% menor de hospitalização, 73,8% menor de ir para a UTI, e 73,7% menor de morrer.

Efetividade de acordo com faixa etária

Quando a faixa etária é levada em conta, as vacinas oferecem diferentes níveis de proteção, sendo observada uma evidência de aumento, ainda que em níveis distintos, na taxa de incidência de hospitalização das vacinas de acordo com a idade. O esquema vacina completo da AstraZeneca/Fiocruz induziu um índice de efetividade de cerca de 90% em diferentes resultados até os 89 anos. No grupo acima de 90 anos, foi observada uma redução nos níveis de proteção, com uma efetividade contra óbito de 65,4%.  

No caso da vacina CoronaVac, após os 60 anos observa-se uma tendência de queda na efetividade geral de 75%, evidenciada em cada década de vida analisada, sendo esta diminuição mais sensível no grupo acima dos 80 anos e alcançando um impacto ainda maior na população acima de 95 anos, onde a efetividade contra óbito cai para 33,6%.

Os dados destacam o “impacto crítico da idade sobre a efetividade de duas vacinas que empregam tecnologias diferentes”, diz o texto.

Estudos anteriores 

A pesquisa mostra ainda que a proteção oferecida pela CoronaVac contra a Covid-19 sintomática é compatível com estudos anteriores de eficácia realizados no Brasil, mas menores do que um trabalho feito na Turquia. Já no Chile, os níveis de efetividade para infecção e hospitalização foram maiores do que no Brasil, o que poderia ser parcialmente explicado pela maior proporção de indivíduos mais jovens imunizados com a CoronaVac no Chile (51,2% de indivíduos imunizados com menos de 60 anos no Chile e 38,5% no Brasil). O estudo lembra ainda que o colapso no sistema de saúde brasileiro, a velocidade de vacinação e a diferença entre as variantes circulando nos dois países podem ter influenciado essas diferenças.  

Em relação à AstraZeneca/Fiocruz, o estudo mostra 72,9% de efetividade contra infecção – acima dos 66,7% registrados em uma análise combinada de ensaios clínicos realizados no Reino Unido, África do Sul e Brasil. Já a efetividade contra hospitalização é compatível com os 80% e 88% observados em estudos na Escócia e na Inglaterra, respectivamente. “Além disso, nossas descobertas apoiam o alto nível de proteção oferecido pela Vaxzevria [como a vacina também é chamada] apesar da alta circulação da variante Gama no Brasil durante o período”, diz o texto. 

Terceira dose 

Segundo o estudo, a redução da efetividade pode estar relacionada à diferença das plataformas tecnológicas utilizadas pelas vacinas e seu impacto sobre a imunogenicidade, bem como a um processo natural de resposta imunológica menor em indivíduos mais idosos, chamado de imunoscenecência. Para os pesquisadores envolvidos, em um contexto em que há uma disponibildiade limitada de vacinas, poder identificar com maior precisão os limites de idade em que a proteção imunológica fica comprometida torna-se uma evidência valiosa para implementação de medidas de saúde pública.

“Considerando o atual cenário no Brasil, nossas descobertas demonstram a eventual necessidade de uma dose de reforço vacinal nos indivíduos acima dos 80 anos que receberam CoronaVac e naqueles acima de 90 anos imunizados com a AstraZeneca/Fiocruz”, diz o estudo. 

Os resultados da pesquisa foram apresentados ao Ministério da Saúde e ao grupo de especialistas em vacina da Organização Mundial da Saúde (OMS). Participaram do estudo pesquisadores do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia); do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia); da Universidade Federal da Bahia (UFBA); da Fiocruz Brasília; da Universidade de Brasília (UnB); da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); da Universidade de São Paulo (USP); da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ); e da London School of Hygiene & Tropical Medicine.  

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Fiocruz Bahia disponibiliza bens para doação a órgãos públicos

Em cumprimento ao Decreto nº 9.373 de 11/05/2018, a Fiocruz Bahia comunica que está colocando à disposição bens diversos classificados como Inservíveis, na situação de Irrecuperável. 

Os interessados deverão entrar em contato com a Seção de Patrimônio, pelo telefone 3176-2222 ou e-mail olivia.reis@fiocruz.br, e tratar com Eugenia Olivia Reis de Souza. Caberá aos interessados a retirada e transporte dos bens.

Clique aqui para acessar a lista de bens.

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Estudo descreve perfil de pacientes com Covid-19 grave na segunda onda

Mudanças no perfil de pacientes com Covid-19 internados na unidade de terapia intensiva de um hospital privado, em Salvador, entre a primeira e a segunda onda da pandemia, foram observadas em estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz Bahia. Os resultados do trabalho foram publicados no periódico International Journal of Infectious Diseases, em 10 de agosto.

Os achados da pesquisa demonstraram aumento da proporção de adultos jovens e sem comorbidades com Covid-19 grave durante a segunda onda, logo após a confirmação da circulação local da variante Gama. A P.1 ou Gama é uma das quatro variantes de preocupação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com mutações importantes no receptor (RBD) da proteína spike tornando o vírus mais transmissível. As outras variantes são a Alpha (B.1.1.7), Beta (B.1.351) e Delta (B.1.617), esta última encontra-se atualmente em avanço no Brasil e no mundo.

Liderado pelo pesquisador Bruno Solano, também participaram do estudo os pesquisadores Tiago Gräf, Clarissa Gurgel e Isadora Siqueira, da Fiocruz Bahia. O grupo de cientistas analisou informações clínico demográficas de pacientes internados em dois períodos de alta no número de hospitalizações no estado da Bahia: maio a julho de 2020 e dezembro de 2020 a fevereiro de 2021. O sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2 foi realizado em amostras de swab nasofaríngeo de 12 pacientes com menos de 60 anos, durante a segunda onda, sendo a variante P.1 detectada em todos eles.

Resultados

Foram 672 pacientes internados na UTI do hospital, no primeiro período, e 943 no segundo. Além do aumento do número de internações, também observou-se, no segundo período, aumento de pessoas internadas com menos de 60 anos e sem comorbidades conhecidas, como doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Pacientes sem comorbidades representaram cerca de 32% das internações em fevereiro de 2021, quando em junho de 2020 eram aproximadamente 15%.

Também foram avaliadas possíveis alterações no padrão dos resultados obtidos na análise do RT-qPCR. A média para o tempo entre o início dos sintomas e a coleta da amostra foi de 4,4 dias para junho de 2020 e 5,1 dias para fevereiro de 2021. Os resultados apontam que houve aumento da carga viral nos pacientes em fevereiro de 2021, o que também foi relatado em comparação a amostras não Gama. Os dados da pesquisa não demonstraram aumento da taxa de mortalidade em pacientes hospitalizados com esta variante. 

Os autores do estudo sugerem avaliar o efeito da vacinação nas hospitalizações já que, durante o período do estudo, poucos pacientes idosos haviam tomado as duas doses da vacina para Covid-19.

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Resultado final e convocação para matrícula do PROFORTEC- Saúde

O Comitê Técnico Assessor do PROGRAMA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE – PROFORTEC-SAÚDE, promovido pela Fiocruz Bahia, torna público o resultado dos recursos interpostos e o resultado final da seleção do programa de formação, nos perfis Laboratórios e Plataformas e Ciência de Dados. Clique aqui para acessar.

A matrícula dos primeiros classificados ocorrerá no dia 24/08, na Sala 1 do Laboratório de Epidemiologia Molecular e Bioestatística (LEMB), localizado no primeiro andar do Pavilhão Lain Carvalho, na sede da Fiocruz Bahia, conforme agendamento divulgado na Convocação, clique aqui e confira. Os candidatos devem levar original e cópia da documentação apresentada digitalmente no momento da inscrição.

Os candidatos que não tiverem disponibilidade em comparecer no horário agendado devem entrar em contato através do e-mail clara.vasconcellos@fiocruz.br, até o dia 23/08, para agendamento de outro horário nessa mesma semana (23 a 27/08). Os candidatos que não tenham interesse em efetivar a matrícula devem informar, através do e-mail clara.vasconcellos@fiocruz.br, para que possa ser convocado o próximo candidato aprovado na lista de classificação. 

Os casos em que o candidato não entrar em contato para reagendamento até o dia 23/08 e não comparecer no horário agendado serão interpretados como desistência, ficando a vaga disponível para a convocação do próximo candidato aprovado na lista de classificação. Informamos que os candidatos aprovados que não forem convocados no momento irão compor banco de reservas para convocação no caso de desistências ou surgimento de novas vagas durante o período de vigência do curso. 

 

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Websérie | Leishmaniose | Episódio 2

No vídeo “Pesquisa clínica e translacional em leishmanioses”, o pesquisador da Fiocruz Bahia, Edgar Carvalho, explica os dois tipos de pesquisa e fala sobre os principais estudos em andamento na Fiocruz Bahia nestas áreas.

A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.  

Confira!

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Eventos iniciais de infecções parasitárias é tema de e-book

O e-book “Early Events During Host Cell – Parasite Interactions”, publicado pela Frontiers Media SA, foi organizado pelas pesquisadoras da Fiocruz Bahia, Patrícia Veras e Juliana Perrone Fullam, em colaboração com o pesquisador Albert Descoteaux, do Institut Armand Frappier, no Canadá, e a pesquisadora Maria Isabel Colombo, da Universidad Nacional de Cuyo, na Argentina. A publicação tem como foco as respostas do hospedeiro nas fases iniciais das infecções causadas por parasitos como a toxoplasmose, leishmaniose e doença de Chagas.

Composto de 11 artigos, o e-book aborda as descobertas recentes sobre mecanismos relacionados com a biologia celular e molecular de eventos iniciais que ocorrem nas células hospedeiras durante a interação com estes agentes patogênicos, incluindo o reconhecimento, internalização e estabelecimento no meio intracelular das células hospedeiras. Os textos originais e as revisões dão uma visão da complexidade e particularidade de cada um dos tipos de interações das células hospedeiras com diferentes micro-organismos.

Além disso, esse conjunto de publicações fornece informação sobre os recentes avanços na resposta imune inicial que leva ao controle ou progressão de doenças causadas por micro-organismos. Dessa forma, essas moléculas ou vias identificadas pelos diferentes autores podem servir como alvos para futuras intervenções de infecções pelos patógenos investigados.

Clique aqui para baixar gratuitamente o e-book.

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Aula inaugural marca lançamento do projeto Sons e Imagens da Bahia

A professora Ana Paula Nunes ministrou a aula inaugural do projeto.

A aula inaugural do projeto Sons e Imagens da Bahia, que teve como tema “Impactos pedagógico e socioculturais do Audiovisual”, foi ministrada pela professora Ana Paula Nunes, do curso de Cinema e Audiovisual, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no dia 02 de agosto, por meio da plataforma Zoom. O projeto vai realizar oficinas de audiovisual, capacitando 81 alunos da rede estadual de ensino para a produção de curta-metragens.

O objetivo do Sons e Imagens da Bahia é proporcionar aos estudantes conhecimento em estratégias de promoção e disseminação da cultura popular e da divulgação científica da saúde, além de incentivar a produção digital e audiovisual como linguagem interdisciplinar. Os vídeos produzidos pelos discentes serão exibidos em uma mostra cinematográfica, destacando os três melhores filmes. Também haverá o Ciclo de Palestras Temáticas, que terá como público-alvo professores da rede estadual da Bahia, mas será aberto ao público. Para receber certificado é necessário efetuar inscrição e confirmar a presença através de link disponibilizado durante os eventos.

Esta é uma ação do projeto Sons e Imagens da Bahia através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com gestão cultural da SPCOC, em parceria com a Fiocruz Bahia, apoio da Secretaria de Educação e Governo do Estado da Bahia, assim como produção da Giro Planejamento Cultural. O projeto Sons e Imagens da Bahia conta com o patrocínio da Bayer e realização da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Lançamento

O coordenador da Assessoria de Comunicação da Fiocruz Bahia e do projeto, Antônio Brotas, apresentou a proposta e agradeceu às instituições, representadas pelos participantes da mesa de abertura, que atuaram na sua construção. “O projeto está na sua primeira edição e acreditamos nele, porque acreditamos que cultura, ciência e saúde podem caminhar juntas, formando cidadãos”, declarou.

Representando o Secretário de Educação da Bahia, o superintendente da Coordenação Executiva de Projetos Estratégicos de Educação, Marcius Gomes, disse que a Secretaria valoriza o audiovisual como parte da formação dos alunos e parabenizou a iniciativa. “Esta grande parceria com a Fiocruz tem sido fortalecida nas comemorações do Dia da Ciência, no projeto Meninas na Ciência e tantas outras agendas que a gente considera estratégicas para essa pauta que envolve a cultura, arte, ciência e educação”. Shirley Costa, coordenadora do Programa Bahia Olímpica, também da Secretaria, ressaltou o trabalho dos professores para que a ação acontecesse. “Esse projeto vai colaborar para que os estudantes se sintam ainda mais fortalecidos para participar desses espaços que extrapolam as paredes da escola”.

Marilda de Souza Gonçalves, diretora da Fiocruz Bahia, ressaltou a importância da iniciativa e afirmou ser uma “entusiasta dos projetos da Fiocruz, principalmente como uma instituição que realiza trabalhos em interação com a sociedade”. Disse também que a Fiocruz Bahia tem feito uma política de realização de projetos em diálogo com outras instituições do estado. “Estaremos sempre juntos em prol da educação, da ciência, do desenvolvimento tecnológico e da inovação”, comentou.

O coordenador do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz, Luis Fernando Donadio, endossou o convite aos estudantes de que aproveitem ao máximo a oportunidade e falou sobre a viabilização do projeto, desde sua elaboração até o financiamento através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, popularmente conhecida como Lei Rouanet. Também agradeceu aos participantes e à diretora da Fiocruz Bahia, “que, com maestria, vem conduzindo todos esses estímulos de divulgação de cultura científica por meio da instituição”.

Carolina Tolosa, especialista em assuntos públicos, ciência e sustentabilidade na Bayer Brasil, disse ser uma satisfação poder apoiar o projeto. “A Bayer é uma empresa de ciências da vida, de inovação e saúde, no sentido mais amplo, mas a gente também acredita que desenvolvimento social vem através da educação, e da cultura. Acreditamos muito nesse projeto, muito no desenvolvimento da educação pelo audiovisual”, afirmou.

O funcionamento das oficinas, a divisão dos módulos e quem serão os facilitadores foi explicado por Gabriela Rocha, da Giro Planejamento Cultural, produtora da iniciativa. “Temos como premissa o audiovisual como ferramenta de transformação social, então a ideia é que ao final do projeto os estudantes produzam um filme, a partir dos seus anseios, da realidade em que estão inseridos, das coisas que eles gostariam de falar”, ressaltou. Confira a aula inaugural no canal do YouTube da Fiocruz Bahia.

Sobre a palestrante

Ana Paula Nunes é professora adjunta do Curso de Cinema e Audiovisual da UFRB, onde também é tutora do PET Cinema e líder do Grupo de Pesquisa Quadro a Quadro – projetando ideias, refletindo imagens. É idealizadora e coordenadora da Mostra de Cinema Infantojuvenil de Cachoeira – ManduCA. Em termos de formação, é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas – UFBA (2016), tendo realizado Doutorado Sanduíche na Universidade do Algarve, Portugal (2014); mestre e graduada em Comunicação/ Cinema pela UFF; e membro da Ong CINEDUC – Cinema e Educação por 13 anos, através da qual aprendeu e trabalhou em vários projetos e Oficinas de Vídeo e de Linguagem Audiovisual para professores, jovens e crianças.

Confira o calendário das próximas atividades abertas ao público que serão transmitidas pelo YouTube:

 

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Websérie | Leishmaniose | Episódio 1

No vídeo “Pesquisas para enfrentamento das leishmanioses”, o pesquisador da Fiocruz Bahia Manoel Barral fala sobre a doença, faz um panorama sobre as pesquisas em leishmaniose, os estudos realizados na Fiocruz Bahia e os principais desafios. A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição.

Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose.  As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.  

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Divulgado resultado preliminar do PROFORTEC- Saúde

O Comitê Técnico Assessor do PROGRAMA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE – PROFORTEC-SAÚDE, promovido pela Fiocruz Bahia, torna público o resultado preliminar da seleção do programa de formação, nos perfis Laboratórios e Plataformas e Ciência de Dados, respectivamente. Como critério de desempate foram utilizados a maior nota na prova de conhecimentos específicos e, quando persistiu o empate, a idade dos candidatos, sendo priorizado o candidato com maior idade. 

Clique aqui e confira o resultado preliminar.

Os candidatos estão apresentados por ordem de classificação. Os candidatos com pontuação inferior a 50,0 pontos (nota 5,0) não foram aprovados e por isso não constam da lista de classificação. O prazo para recurso contra o resultado da prova teórica será 16 e 17/08/2021, através do e-mail clara.vasconcellos@fiocruz.br. 

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PROFORTEC-Saúde divulga gabarito das provas

O Comitê Técnico Assessor do PROGRAMA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE – PROFORTEC-SAÚDE, promovido pela Fiocruz Bahia, torna público o gabarito das provas de seleção do programa de formação, nos perfis Laboratórios e Plataformas e Ciência de Dados. Os resultados e notas dos candidatos que realizaram a prova online podem ser acessados no mesmo link utilizado para a realização da prova. Clique aqui e consulte o gabarito.

As notas obtidas pelos candidatos que realizaram a prova presencialmente serão encaminhadas individualmente por e-mail, até o dia 13/08/2021. A divulgação do resultado preliminar da prova teórica com a classificação será divulgada no dia 13/08/2021O prazo para recurso contra o resultado da prova teórica será 16 e 17/08/2021, através do e-mail clara.vasconcellos@fiocruz.br.

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Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz abre inscrições para sua 11ª edição

Estão abertas as inscrições para a 11ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma)/ Fiocruz. Podem participar alunos e professores da educação básica, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos, de escolas públicas ou privadas. Os professores são responsáveis pela inscrição dos trabalhos de seus alunos nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Texto ou Projeto de Ciência.

A iniciativa tem como objetivo estimular e mobilizar a comunidade escolar a refletir de forma crítica sobre questões relacionadas à saúde, ao meio ambiente e suas interfaces com a educação e a ciência e tecnologia (C&T). Os trabalhos devem ser, obrigatoriamente, originais, abordarem os temas centrais propostos e serem realizados entre os anos de 2021 e/ou 2022. A partir da inscrição, ficam vinculados a uma das seis Coordenações Regionais – Centro-Oeste; Minas-Sul; Nordeste I; Nordeste II; Norte e Sudeste – de acordo com a cidade e o estado onde está localizada a escola.

Na 11ª edição, será conferido o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, nesta edição em homenagem à trajetória científica de Maria von Paumgartten Deane (1916-1995), a trabalhos regularmente inscritos na 11ª Obsma desenvolvido por grupos de alunas e professoras. exclusivamente do gênero feminino. Para concorrer ao Prêmio a professora responsável deverá assinalar no formulário eletrônico, no momento da inscrição, que seu trabalho está de acordo com o Art. 34 do Regulamento.

Acesse o regulamento e participe

 

Fonte: Obsma

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Divulgada lista de inscrições homologadas para processo seletivo do PROFORTEC-SAÚDE

O Comitê Técnico Assessor do Programa de Formação Técnica em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde – PROFORTEC-SAÚDE, promovido pela Fiocruz Bahia, torna pública a lista de inscrições homologadas para participação no processo seletivo do programa de formação. Clique aqui para acessar a lista.

As orientações para acessar o ambiente virtual, onde ocorrerá a prova e o link de acesso à sala virtual através da ferramenta Zoom, serão disponibilizados para os e-mails informados, no momento da inscrição, para todos os candidatos que tiveram a inscrição homologada, até as 17 horas do dia de hoje (03/08/2021). 

O candidato que não receber as orientações e link de acesso à sala virtual até o dia 03/08/2021, às 17 horas, deve imediatamente entrar em contato com o e-mail ensino.bahia@fiocruz.br para comunicar o não recebimento das informações.  

No dia 05/08/2021, às 09 horas, haverá uma reunião preparatória online com todos os candidatos inscritos para teste no uso das ferramentas tecnológicas e esclarecimentos de dúvidas. O link para participação na reunião será encaminhado via e-mail cadastrado no ato da inscrição. A participação na reunião, embora fortemente recomendada, não é obrigatória. 

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Websérie | Playlist – Esquistossomose

A Fiocruz Bahia lançou uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. O segundo módulo abordou os estudos em esquistossomose, com os pesquisadores Ricardo Riccio e Leonardo Farias.

Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

Confira a playlist!

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Grand Challenges Icoda Covid-19 Data Science seleciona três projetos da Fiocruz

Cristina Azevedo (Agência Fiocruz de Notícias)

Três projetos liderados por pesquisadores da Fiocruz estão entre os dez selecionados em todo o mundo pelo Grand Challenges Icoda Covid-19 Data Science, uma iniciativa que apoia projetos de dados em saúde para responder de forma mais precisa à pandemia e a possíveis desafios no futuro. Com o apoio da Fundação Bill & Melinda Gates, da Minderoo Foundation e do programa AI for Health, da Microsoft, eles receberão um fundo de US$ 100 mil (R$ 515 mil) para seu desenvolvimento por um ano. Acesse aqui o anúncio do Grand Challenges.

Os pesquisadores da Fiocruz à frente dos três projetos selecionados pelo Grand Challenges Icoda Covid-19 Data Science

Efetividade da vacinação de Covid-19 no Brasil utilizando dados móveis, liderado por Fernando Bozza, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz); Avaliação dos efeitos das desigualdades sociais na pandemia de Covid-19 em um país de média e baixa renda, comandado por Maria Yury Ichihara; e Avaliação rotineira de infecções, prevenção e controle de Sars-Cov-2 em populações desiguais, que tem à frente Juliane Fonseca, ambas do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), estão entre os dez escolhidos, numa seleção que envolveu mais de 400 inscritos de 69 países. Além dos três projetos brasileiros, os demais selecionados incluem pesquisadores de 19 países com foco particular em nações de rendas média ou baixa, como Colômbia, Ruanda e África do Sul. 

Luz sobre “invisíveis” 

Pesquisador do INI e chefe do Laboratório de Medicina Intensiva, Bozza lidera o projeto que tem cerca de 15 pessoas em seu núcleo central, entre epidemiologistas, engenheiros de computação, cientistas de dados, não só da Fiocruz, como também da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), em diferentes estados. O grupo já vinha trabalhando com o impacto da Covid-19 sobre o sistema de saúde brasileiro. Agora, o projeto passa a englobar a vacinação, seu acesso e efetividade, tanto para evitar a forma grave da doença como o contágio, em especial nas populações mais vulneráveis. 

“No início da pandemia, desenvolvemos um aplicativo de testagem, Dados do Bem, que já teve mais de dois milhões de downloads. Essa informação coletada vai ser usada para entender a efetividade nas comunidades onde a gente vem trabalhando em mais detalhe, como é o caso da Maré”, explica Bozza, referindo-se à comunidade no Rio onde já era desenvolvido o Conexão Saúde, um projeto que se refletiu na redução de mortes por Covid-19, e que agora também inicia um estudo de vacinação em massa. 

O pesquisador lembra que o Brasil, ao longo dos anos, vem construindo um sistema de informação bastante amplo, como o Data SUS. “Por outro lado, ainda falta muito na área de análise. Hoje, muitas das políticas no país ainda são baseadas em impressões”, diz Bozza. Para ele, o novo projeto pode contribuir para aprofundar a cultura de análise de dados em saúde, em tempo real, de uma forma mais próxima das pessoas e das comunidades. “Essa é uma das contribuições que eu gostaria que o projeto trouxesse: trazer essa luz aos invisíveis. O Estado brasileiro e o sistema de saúde ainda não têm capacidade de enxergar bem e entender o que acontece nessas comunidades.” 

Cidacs em dose dupla 

Os outros dois projetos escolhidos vêm do Cidacs, com alcance igualmente nacional. O grupo de Maria Yury é integrado por cerca de dez pessoas da Fiocruz, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da London School. Ele pretende criar um Índice de Desigualdade Social para a pandemia, o IDS-Covid-19, medindo as diferenças em termos socioeconômicos, demográficos e de acesso aos cuidados de saúde. Seu desenvolvimento é um desdobramento do Índice Brasileiro de Privação (IBP), de cuja elaboração a vice-coordenadora do Cidacs também participou.  

“Esse índice vai medir a condição de vulnerabilidade, como está a desigualdade da população em relação à doença”, conta Maria Yuri. Se o IBP já usava dados do censo, como renda, escolaridade e condições de moradia, o novo índice vai agregar uma dimensão sociodemográfica — como raça, idade e densidade domiciliar —, além de informações sobre o acesso ao sistema de saúde. Vai mostrar ainda a curva de mortalidade por Covid-19 nos 5.570 municípios brasileiros. A partir daí serão analisados os padrões e sua relação com o indicador de desigualdade. 

“Espero que esse índice possa auxiliar a entender melhor o impacto da Covid em áreas mais vulneráveis, a desenhar políticas de proteção social, a mitigar os efeitos adversos da pandemia e melhor alocar recursos”, conta. Como o trabalho parte de dados simples de serem coletados por organismos demográficos e de estatística em países de baixa e média rendas, Maria Yuri espera que outras nações possam reproduzir a metodologia.  

Tradução de estatísticas 

Já o trabalho liderado por Juliane Fonseca pretende desenvolver métodos matemáticos e estatísticos para estabelecer modelos sobre a transmissão da Covid-19 e tornar esses dados mais acessíveis à população. Ele é uma continuação de um projeto financiado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, o Inova Fiocruz. Em sua primeira parte, foi desenvolvida uma plataforma de visualização de modelos analíticos, onde os dados são atualizados em tempo real, para ver cenários e métricas e saber se a doença está controlada ou não. Com a verba do Icoda, ele entra em uma nova fase.  

“O objetivo é continuar com essa plataforma e ter agora resultados que impactem mais nas estratégias de vacinação, levando em consideração a questão da pobreza. Temos um mapeamento em tempo real do risco de infecção e hospitalização para cada cidade brasileira”, conta a pesquisadora da Fiocruz e da Universidade do Porto, à frente de uma equipe de nove pessoas, que inclui ainda integrantes da UFBA. 

Um outro aspecto é o trabalho de divulgação científica junto às comunidades, que já vinha sendo desenvolvido. Agora os pesquisadores esperam conseguir entrar um pouco mais nas áreas mais carentes. “Vamos usar cartilhas, minicursos, seminários, vídeos explicativos para deixar mais palpável o que a gente tem na parte de matemática e estatística, os resultados analíticos e as recomendações, por meio de uma linguagem mais acessível”, conta. 

Muito competitivo, o chamado grant pilot, além de recursos, traz projeção internacional. “Um dos pontos importantes do Icoda é que ele destaca muito a cooperação internacional. Tudo o que a gente está desenvolvendo fica aberto e pode ser reproduzido. Um país na África pode aproveitar nossos dados e conhecimento, por exemplo”, diz Juliane. “Ter três projetos da Fiocruz entre esses dez selecionados é muito importante. Mostra que a Fiocruz tem impacto e que é um exemplo”, conclui. 

Grand Challenges e ICODA 

O Grand Challenges é uma família de iniciativas lançadas pela Fundação Bill & Melinda Gates em 2003 para estimular inovações em busca de soluções para problemas globais em saúde e desenvolvimento. Já o International Covid-19 Data Alliance (ICODA) é uma aliança global convocada pela HDR UK (o instituto nacional para dados de saúde do Reino Unido), em 2020. A iniciativa já mapeou cerca de cem repositórios de dados, plataformas e bancos de dados relevantes para o combate à Covid-19. Apoiam ainda a iniciativa a Mindaroo Foundation, uma organização filantrópica com base na Austrália, e a AI for Heath, um programa filantrópico da Microsoft destinado a melhorar as condições de saúde no mundo.

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Dissertação avalia desempenho diagnóstico de antígenos recombinantes quiméricos do T. cruzi

Autoria: Ramona Tavares Daltro
Orientação: Fred Luciano Neves Santos
Título da dissertação: “WESTERN BLOT COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA PARA IDENTIFICAR A DOENÇA DE CHAGAS CRÔNICA UTILIZANDO PROTEÍNAS RECOMBINANTES QUIMÉRICAS”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 05/08/2021
Horário: 09h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: A doença de Chagas (DC) é causada pelo Trypanosoma cruzi. Sua forma de infecção pode ser vetorial, oral ou congênita, além da transfusão sanguínea. No Brasil, o número de indivíduos infectados varia de 1,9 a 4,6 milhões e, na América Latina, de 5 a 7 milhões. A fase crônica da doença é caracterizada pela presença de anticorpos IgG anti-T. cruzie o seu diagnóstico é realizado por métodos sorológicos, principalmente o ELISA indireto. A OMS preconiza a utilização de dois testes distintos para o diagnóstico da DC e a combinação dos resultados define os indivíduos como positivos, negativos ou, no caso de discordância entre eles, inconclusivos. Neste último caso, um teste confirmatório deve ser empregado, como o Western blot (WB) ou a PCR; no entanto, esta última apresenta baixa sensibilidade na fase crônica da doença. Quatro antígenos recombinantes quiméricos, denominados IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3 eIBMP-8.4 foram expressos pelo nosso grupo e avaliados em estudos de fase I, IIe III, utilizando o ELISA, o microarranjo líquido e a imunocromatografia, obtendo acurácia de 95 a 100%. Estes antígenos também foram submetidos à avaliação para detecção da DC em cães. Em 2016, o único teste de Western blot produzido no Brasil foi descontinuado e, por conta disso e devido ao elevado desempenho diagnóstico conferido aos antígenos IBMP, investigamos a utilização destas moléculas em diagnosticar a DC utilizando ensaios de WB.

OBJETIVO: Avaliar e validar o desempenho diagnóstico dos antígenos recombinantes quiméricos do T. cruzi (IBMP-8.1,IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4) como matrizes antigênicas utilizando plataforma de WB no diagnóstico da DC crônica.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliadas 22 amostras positivas, 24 negativas e 3 positivas para leishmaniose visceral. A padronização dos ensaios foi realizada através de diferentes diluições dos antígenos, dos anticorpos conjugados e das amostras séricas. A validação do potencial diagnóstico foi realizada através de curvas ROC. A reatividade cruzada também foi avaliada para leishmaniose visceral.

RESULTADOS: Todos os antígenos IBMP apresentaram 100% de sensibilidade, especificidade e acurácia, com exceção doantígeno IBMP-8.3, que obteve 90,9% de sensibilidade, 100% de especificidade e 95,7% de acurácia. Todavia, não houve diferença significativa nos referidos valores.

CONCLUSÕES: No presente estudo (fase I ou prova de conceito), os antígenos IBMP apresentaram elevada capacidade em diferenciar amostras positivas das negativas para a DC, sendo, portanto, elegíveis para o estudo de fase II.

Palavras-chave: doença de Chagas, Trypanosoma cruzi, Imunodiagnóstico, Western blot.

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Desempenho de antígenos para o diagnóstico de doença de Chagas é tema de dissertação

Autoria: Natália Erdens Maron de Freitas
Orientação: Fred Luciano Neves Santos
Título da dissertação: “CONJUGAÇÃO DE ANTÍGENOS RECOMBINANTES QUIMÉRICOS DO Trypanosoma cruzi À PEROXIDASE E SUA AVALIAÇÃO COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA PARA DETECÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS”.
Programa: Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa
Data de defesa: 10/08/2021
Horário: 14h00
Local: Sala virtual do Zoom

RESUMO

INTRODUÇÃO: O ELISA geralmente é o teste de escolha para o diagnóstico da doença de Chagas(DC), no entanto, o seu desempenho depende da preparação antigênica utilizada na fase sólida, podendo levar a resultados falso-positivos e reações cruzadas. A utilização de antígenos recombinantes quiméricos pode superar esta limitação. Quatro antígenos quiméricos do T. cruzi (IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4) foram desenvolvidos e avaliado sem estudos defase I e II. Contudo, a utilização de anticorpo secundário anti-IgG humano marcado com peroxidase, como ocorre na metodologia indireta, limita o uso da técnica para a detecção de anticorpos espécie-específicos e classe-específicos. Para proporcionar a identificação da DC em diferentes espécies através do mesmo ensaio é possível utilizar o próprio antígeno quimérico marcado com peroxidase, através da metodologia do ELISA sanduíche duplo antígeno(DAS-ELISA).

OBJETIVO: Avaliar e validar o desempenho diagnóstico dos antígenos IBMP-8.1, IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4 como matrizes antigênicas e agentes de detecção após conjugação à peroxidase, para o diagnóstico da DC em humanos.

MÉTODOS: O DAS-ELISA foi otimizado por checkerboard titration. Para o estudo da fase I(prova de conceito), foram avaliadas 207amostras positivas e 205negativas. A reatividade cruzada para outras infecções também foi avaliada utilizando 68 amostras.

RESULTADOS: As condições selecionadas para realização dos ensaios foram 25ng de antígeno, conjugado diluído de 1:2.000 para todas as moléculas e ausência de diluição sérica. No presente estudo, as áreas abaixo da curva dos antígenos IBMP-8.1,IBMP-8.2, IBMP-8.3 e IBMP-8.4 foram de 98,7%, 99,5%, 98,6% e 98,8%, respectivamente. Dentre as amostras positivas, o antígeno IBMP-8.1 classificou 53 (25,6%) como falso negativas, o IBMP-8.2, 27 (13%), o IBMP-8.3, 24 (11,6%) e o IBMP-8.4, 43 (20,8%), conferindo valores de sensibilidade de 74,4%, 87%, 88,4% e 79,2%, respectivamente. O único antígeno que não atingiu uma especificidade de 100% foi o IBMP-8.3, com 96,6%. Esta foi também a única molécula a apresentar reatividade cruzada com uma amostra de HTLV.

CONCLUSÃO: O DAS-ELISA é uma ferramenta promissora para o diagnóstico da DC e, apesar dos altos valores de AUC encontrados, o desempenho deste ensaio foi diferente dos valores obtidos pelo nosso grupo ao empregar esses antígenos no ELISA indireto, por este motivo, melhorias serão consideradas para aumentar a sensibilidade do DAS-ELISA no estudo de fase 2.

Palavras-chave: doença de Chagas, Trypanosoma cruzi, Imunoensaio, Imunodiagnóstico, ELISA.

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Websérie | Esquistossomose | Episódio 2

No vídeo “Helmintíases: Esquistossomose – Conhecendo o parasito”, saiba sobre os estudos em andamento, na Fiocruz Bahia, que podem colaborar para o desenvolvimento de vacinas e fármacos contra o Schistosoma. A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição.

Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose.As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

Confira!

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Melhores trabalhos de iniciação científica são premiados na RAIC 2021

A Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) 2021 da Fiocruz Bahia foi realizada nos dias 22 e 23 de julho, na modalidade virtual, por conta da pandemia de Covid-19. No evento, promovido pela Vice-diretoria de Ensino da Fiocruz Bahia, através do Programa Institucional de Iniciação Científica (PROIIC), os estudantes realizaram as apresentações de seus estudos desenvolvidos na instituição e receberam os prêmios de Melhores Trabalhos e Menções Honrosas.

Participaram da RAIC a vice-diretora de Ensino da Fiocruz Bahia, Claudia Brodskyn, a coordenadora do PROIIC, Juliana Menezes Fullam, e os demais integrantes da comissão, Ana Carolina Menezes, Bruno Solano e Jorge Clarêncio. Os trabalhos foram divididos em 5 bancas e avaliados por pesquisadores internos e externos.

Na abertura, Claudia Brodskyn deu as boas vindas e falou da importância da ciência. “Agradeço aos alunos que estão aqui para falar de seus trabalhos e estão confiantes na ciência. Mais do que nunca, nós mostramos que a ciência é importante, que merece todo o investimento, e que só assim o país se desenvolve, não só na Saúde, demonstrada através da pandemia, mas também em áreas de tecnologia extremamente importantes”, afirmou.

Este ano a RAIC foi realizada em duas etapas. Uma oficial da Fiocruz, baseada nos relatórios das pesquisas entregues pelos alunos, e outra voluntária, “para dar oportunidade aos alunos que ainda não puderam obter resultados de seus trabalhos, devido à pandemia, de discutirem seus projetos”, explicou Juliana Fullam, que recebeu os participantes.

Clique aqui e confira o resultado da premiação.

 

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Websérie | Helmintíases: Esquistossomose | Episódio 1

No vídeo “Helmintíases: Esquistossomose – O que é?” saiba sobre o Schistosoma, como é o seu ciclo natural, o que este parasito pode causar no corpo humano e as pesquisas em desenvolvimento na Fiocruz Bahia.

A Fiocruz Bahia produziu uma websérie sobre as principais pesquisas realizadas na instituição. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose.

As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.

Confira!

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RAIC vai premiar os melhores trabalhos

A Reunião Anual de Iniciação Científica (RAIC) da Fiocruz Bahia será realizada dias 22 e 23 de julho, no formato virtual. O público pode assistir à abertura, que acontece às 08h30, neste link. Os trabalhos dos alunos serão apresentados ao longo do dia, divididos em 5 bancas:

Banca 1 – Sala Virtual 5 
Banca 2 – Sala Virtual 4 
Banca 3 – Sala Virtual 5
Banca 4 – Sala Virtual 4
Banca 5 – Sala Virtual 3 
 
O encerramento será no dia 23 de julho, às 09h00. Clique aqui para participar. A programação conta com a palestra do pesquisador da Fiocruz Bahia, Bruno Solano, intitulada “Há espaço para a terapia celular no tratamento da COVID-19?”. 
 
Clique aqui e confira a programação completa.
 
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Websérie | Playlist: Arboviroses

A Fiocruz Bahia lançou uma websérie que aborda as principais pesquisas realizadas na instituição. O primeiro módulo abordou os estudos em arboviroses. Os vídeos, publicados semanalmente nas redes sociais, estão divididos em 9 temas: arbovirose, big data, câncer, células-tronco, doença de Chagas, doença falciforme, helmintíase, HTLV, leishmaniose e tuberculose. As gravações tiveram início em 2019, por isso a maioria das entrevistas foram realizadas antes da pandemia.
 
O objetivo é reforçar a importância da cultura científica, levando ao conhecimento do público as atividades de pesquisas da instituição, que tem como missão promover a melhoria da qualidade de vida da população através da geração e difusão de conhecimento científico e tecnológico.
 
Confira a playlist! 
 

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